quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Capítulo 27


Tanara's POV. 

Sem dúvidas, eu passei por algo muito difícil. Não sabia o quanto ruim é isso e infelizmente, pude sofrer sentindo na própria pele. Eu já estava tão acostumada com o meu bebê, já fazia planos para nós três e ele se foi... assim... tão de repente! Mas graças a Deus, Luan pôde me ver. A companhia dele, com toda a certeza e sem nenhum drama, era o mais importante agora! Passamos a segunda-feira com calmaria e na manhã da terça, Laura continuava insistindo em querer ir pro Beach Park. Começando a observar melhor, ela era mesmo mimadinha. Seu modo de falar já denunciava isso! Luan no começo negou instantaneamente e eu me iludi achando que ele seria firme na sua decisão. Não foi. Terça à tarde já estávamos à caminho de Aquiraz. Ele alegou que era somente por eu poder ir e isso me deixou encantada. Ele se preocupava, ele não me abandonaria para satisfazer as birras da filha. 

 - A Laura não tá estranhando? - perguntei, terminando de me olhar no espelho do quarto. 
 - Estranhando o quê? - ele se aproximou por trás e beijou meu ombro 
 - Ficarmos num quarto sozinhos, amor. - falei, sentindo suas mãos envolverem minha cintura. 
 - Ela está toda empolgada, não está ligando pra isso! Relaxa. - beijou meu pescoço. 
 - Que bom, né?! - virei, com um sorrisinho de canto. - Vamos, elas devem estar impacientes! 
 - Você não vai por um biquíni? - alisou meu rosto. - Vamos pro mar! Você não pode? É isso? 
 - Eu tô de biquíni, amor. - ri. - Isso é um maiô. Eu tiro esse short e pronto! - expliquei, fazendo ele me olhar atento.
 - Hum... - falou estranho. - Cê num prefere um biquíni normal? 
 - Até prefiro, mas eu comprei e nunca usei esse. Por que não? - sorri e ele torceu a boca. - Ei, o que foi? - alisei seu rosto. 
 - Quero só ver cê toda assanhadinha com esse trem imoral! - revirou os olhos e um sorriso escapou dos meus lábios. 
 - Você tá com ciúmes, Loli? Biquíni é pior, você não acha? 
 - Não sei, Tanara. Você ama qualquer coisa curta! Vou me admirar quando você estiver com algo comportado. 
 - Ai, amor. Credo! Deixa de coisa e vamos logo. - pus um fim naquele assunto, enquanto ele ainda resmungava algumas coisas. - Tá falando alguma coisa, Luan Rafael? - perguntei, pegando minha bolsa.
 - Tô calado, muié. Tô calado! - bufou e eu neguei, rindo. 

Nós nos encontramos com as meninas e descemos, para curtir aquela praia maravilhosa. Lembrei de quando fui ali em 2015. Estava muitíssimo magoada com Luan, nosso término tinha trazido muito sofrimento. Mas agora era diferente, eu estava com ele. E feliz! 

 - Pensando em quê? - ouvi a voz de Bruna atrás de mim. 
 - De quando vim aqui há dois anos. - suspirei. Observei de longe, Luan brincando com Laura no mar. Os sorrisos dos dois mostravam o quão perfeito pai ele era. O amor dos dois era algo lindo, puro, que me deixava admirada e cada vez mais encantada por ele. Eu era muito apaixonada. 
 - Muita coisa mudou. - ela disse baixo, olhando na mesma direção que eu. 
 - Eu sei. - assenti. 
 - Ele agora não é mais seu Rafa. Solteiro, só seu e das fãs. Ele é um homem com responsabilidades. Ele é pai.
 - Por que está falando isso? - estranhei seu tom. 
 - Porque eu sinto que isso vai ser um problema entre vocês! 
 - A Laura?
 - Sim, a Laura. Eu vi sua cara quando ela insistia para virmos.
 - Ela é mimada.
 - Ela é muito mimada e pelo seu jeito, te incomodou um pouco. 
 - Não é que tenha me incomodado! Eu gosto muito da Laurinha e ainda não tinha visto esse lado dela, só isso. - dei de ombros. 
 - O Pi faz tudo que ela quer. É uma forma de preencher a ausência dele.
 - É errado.
 - Todos percebem, menos ele. Então Tatá, é melhor você não intervir. Ele vai fingir que é surdo, que não ouviu, não entendeu. Ele vai te ignorar.
 - Não pretendo intervir! 
 - Cuidado, não é o mimo dela que pode atrapalhar vocês. Laura é louca pelo o pai e ele nunca namorou ninguém depois de conhecê-la. 
 - Ela já me falou isso. Acha que o pai só vai namorar a mãe, que ele é só delas. 
 - Exatamente! Laura pensa assim e Luan nunca pensou em contraria-la. 
 - Ele nunca teve ninguém.
 - Sim, porque ele não quis. Se fechou para relacionamentos e isso contribuiu para a certeza da Laura. Ela é só uma criança, não tem culpa. Isabel é a culpada, ela é influi a filha na maior cara de pau.
 - Ela gosta do Luan, não é?!
 - Ela ama ele. 
 - Quem não ama ele... - brinquei e ela riu. 
 - Meu irmão é maravilhoso, Tatá. Você tem que se achar uma pessoa muito sortuda! - eu sorri. - Isabel é louca. Minha mãe não a suporta! - riu, venenosa. 
 - Sério? 
 - Sim. Ela acha que é dona do Luan só porque os dois têm a Laura em comum. Nunca extorquiu ele, mas, faz coisa pior. Luan dá a pensão e ela nunca reclamou do valor. Ele dá presentes, mas Isabel nunca pediu nada. 
 - Mas também né Bruna, deve ser uma boa quantia.
 - Eu não sei ao certo, mas parece meu pai foi bem mesquinho na hora de chegarem a um acordo. Ele é seguro em relação à fortuna do Luan. 
 - E o Luan confia planamente nele.
 - Isso mesmo! Pi só sabe quanto dá pra Laura porque enfim... Mas como já disse, ela nunca cobrou nada. Ela cobra outras coisas!
 - Tipo o quê? - perguntei, lembrando de quando ele me ligou desesperado por chantagens dela.  
 - Ela cobra carinho do Luan. 
 - Mas ele é tão carinhoso! - sorri boba com a cena à nossa frente. Eles continuavam brincando. 
 - Ele é, mas com a Laura. Ela acha pouco, você entende? Ela fantasia uma família. Acha que ele tem obrigação de ficar com ela, amá-la, sair os três... Só porque ela proporcionou a Laura pra ele. 
 - Ele nunca deu esperanças? 
 - Ele geralmente corta, mas...
 - Mas o quê? - perguntei, mais atenta.  
 - Eles já transaram. Pi usou ela, coisa de homem. 
 - Não acredito. - sorri, tentando absorver aquela informação. 
 - Pois acredite! Se ela já queria ele, depois disso então... Acho que meu irmão faz o negocio bem feito, ela pirou de vez. 
 - Ele nunca me contou isso, Bruna. - disse séria.
 - O que foi? Ciúmes? - riu.
 - Só acho que ele foi cínico comigo. Me ligou, fazendo maior drama, mas não contou que já tinha alimentado o sentimento dela. 
 - Não vai brigar, né?! Vocês estão bem e você não pode ficar nervosa. 
 - Só estou um pouco chateada.
 - Não fica assim! Não foi nada pra ele. 
 - Isso não é ciúmes, Bruna! - expliquei, sincera. 
 - Por incrível que pareça, esse mané só tem olhos pra você. 
 - Você é muito recalcada quanto a nós dois, né?!
 - Só acho que ele é tudo de bom e tem mulheres lindas e maravilhosas atrás dele, não precisa se humilhar desse jeito por você. Você não é nada demais! No máximo bonitinha. - fez careta, me provocando. Eu ri, desacreditada. 
 - Obrigada pela parte que me toca.
 - Vamos tirar uma foto. - pegou o celular, posicionando-o. 
 - Você quer foto com a bonitinha? 
 - Eu estou me sentindo linda, quero foto pra mostrar nossa diferença e te humilhar. 
 - Nossa, você é uma cobra mesmo! Não quer mandar foto minha e do Luan pro Felipe também? Seu veneno é maior do que isso! 
 - Ainda não, mas só pelo o Pi. Vem, Tanara! - se ajeitou próximo a espreguiçadeira que eu estava deitada. Fizemos pose e ela tirou algumas, vindo me mostrar em seguida. 
 - Essa daqui foi a melhor! Apesar da sua cara de nojenta. - lhe empurrei de leve e ela riu fracamente. 
 - Ficou boa mesmo. Eu postaria se claro, não te odiasse.
 - Eu até curtiria, caso não te achasse uma puta. - sorri irônica e ela fez o mesmo. 
 - Quê que cêis tanto conversa aí? - Luan disse se aproximando com Laura nos braços, completamente molhados.
 - Nada demais. - semi-cerrei os olhos nele, que tinha um sorriso enorme e os cabelos molhados, o deixando mais lindo. Ele entendeu meu olhar, sempre nos conectávamos bem. 
 - Pai, vamos voltar! - ela falou, quando ele a pôs no chão. - Eu quero ir pro mar!
 - Primeira menina que eu conheço e não tem medo de água. - comentei. - Sua filha mesmo, Loli. Um peixinho! - sorri e ele sorriu de volta. 
 - Vou dá um beijo na sua boca. - falou sem som. Mas eu fiz leitura labial e entendi, rindo logo em seguida.
 - Pai, vamos. - puxou sua bermuda. 
 - Acabamos de sair, Laurinha. 
 - Mas eu quero de novo! - cruzou os braços, emburrada. 
 - Eu não vou. - ele disse firme.
 - Por favor, paizinho. - ameaçou chorar e ele passou a mão nos cabelos, meio impaciente.
 - Eu vou com você, Laura. - me ofereci e ela abriu um sorriso imediatamente. 
 - Não precisa ir só pra ela não chorar, Tatá. Já reclamei com ela sobre isso! Não foi, Laura? - olhou-a sério e eu lhe lancei um olhar de: está tudo bem, eu quero ir. 
 - Pai. - ela revirou os olhos. Essa menina é muito precoce, meu Deus!
 - Luan, deixa ela. Eu quero ir! - disse. 
 - Você olha ela, Bruna? Eu vou no quarto, rapidão. - ele disse e eu o olhei indignada. Eu acabei de falar que vou pro mar com a menina e ele pergunta se a Bruna pode olhar ela?
 - Olho, Pi. 
 - Luan, eu estou aqui também! Eu vou entrar com ela!
 - Você não cuida nem de você, Tatá. Bruna, olha as duas! - provocou e saiu, fazendo-a rir. 
 - Tatá, vamos. - Laura puxou minha mão. 
 - Vamos, princesa. Mas antes a gente podia tirar uma foto, né?! Esqueci meu celular, mas a Bruna tá com o dela aí. Cê tira pra gente? - perguntei e ela assentiu. Eu e Laura tentamos algumas poses e acabou não dando certo. Somente um bom tempo depois, Bruna tirou a foto e disse que finalmente tinha ficado boa. Respirei fundo agradecendo, mas me empolguei ao ver.

 - Tira outra pra mim? - pedi e ela concordou novamente. Fiquei fazendo umas poses e quando percebemos, Laura não estava mais do nosso lado. Tinha saído correndo e já estava dentro do mar. O Luan me mata! 
 - Vai logo, Tatá! - Bruna me empurrou, rindo. 
 - Essa menina é muito atrevida, meu Deus. - disse de olhos arregalados, correndo até ela logo em seguida. - Laura! Menina! Não faz mais isso! - repreendi ao me aproximar, em vão. Ela nem ligou, parecia rir da minha cara. Ficamos ali, nos divertindo um pouco e depois de um bom tempo, a convenci de sair. Ela queria comer e depois ir pros brinquedos. É, ela tinha pilha. Na hora que saímos, Bruna decidiu largar o celular e ir pro mar. Luan já tinha voltado! Estava com a mesma bermuda, um boné e uma camisa no ombro. Laura estava entretida com uma latinha de refrigerante que ele acabara de comprar. 
 
 - Refrigerante faz mal, Loli. - falei, amarrando meu cabelo. 
 - Mas ela pediu, uai.
 - Mas faz mal, principalmente pra criança! Já é a décima vez que eu vejo a Laura tomando coca-cola. 
 - Ela gosta, Tatá. E tá calor mesmo!
 - Ai, ai. - suspirei, negando e lembrando do que Bruna havia me dito. Passaram dois homens e me encararam, me secando literalmente. Eram muito bonitos e eu nem disfarcei meu olhar. Ou melhor, tentei disfarçar e fingi que não percebi nada. Mas vi que falhei quando senti Luan se aproximando, me abraçando por trás. 
 - Acho que chega desse seu maiô, né?! - sussurrou, parecendo sério. 
 - O que tem ele? - ri, sentindo sua respiração na minha orelha. 
 - Tanara, você não me estressa. Eu tô falando sério! - falou rouco e eu ri fraco. 
 - Esse maiô é mais vestido que os outros biquínis que eu trouxe, não reclama. - retruquei. 
 - Nenhum biquíni destaca tanto sua bunda assim! Eu lembro de quando o Marquinhos viu sua bunda e me zoou a vida toda. Ela é impactante! 
 - Que horror. - neguei e senti ele pondo sua blusa ao redor da minha cintura. Tapou minha bunda e fez um nó no meu ventre. Gostei daquele contato e lembrei de como eu estava com saudades! Para piorar, ele apertou minha cintura fortemente, como se estivesse me dando um recado. 
 - Eu tô de olho em você! Não se comporte, pra você ver. - sussurrou rouco novamente e eu ri mais divertida. Virei e nossos olhares se cruzaram. Carregavam afeto e com certeza estaríamos em um dos nossos gostosos beijos agora, caso a sua filha não tivesse do nosso lado, vendo tudo. 

                             •

 - Não acredito, Tatá. - ele ria porque eu simplesmente acabei de contar o que Laura fez comigo mais cedo. 
 - Amor, não ri de mim. - fiz bico, me aconchegando ao seu lado. 
 - Nunca mais deixo a Laura com você. 
 - Para, eu tenho responsabilidade! Eu juro! Só que ela correu e eu tava entretida nas fotos. A Bruna também não percebeu, poxa. 
 - Sei... - ele me deitou no seu peito, ainda rindo. - Coitado do nosso filho. 
 - Eu cuidaria dele direitinho. - sorri, pensativa.
 - Combinamos de você não ficar triste por causa desse assunto, meu amor. - suspirou, preocupado. 
 - Eu não tô triste. - sorri e olhei-o. Ele me olhou como se não acreditasse. - Eu tô feliz, de verdade. Muito feliz! Eu te amo, estou realizada por te ter do meu lado. Nós dois, juntinhos. - sorri mais com os olhos do que com os dentes. 
 - Há males que vem para o bem! - ele disse, suave. - Eu te amo muito, estou mais feliz que você. - beijou meu olho, com delicadeza. - Não vamos lembrar de ninguém, falar de ninguém... Vamos só curtir o momento! 
 - Vai ser delicioso. - beijei sua boca, com suavidade. 
 - Nem tanto. - ele disse com segundas intenções e eu depois de uns segundos tentando processar, eu entendi e lhe dei um tapinha. 
 - Ai, Luan Rafael! 
 - Sabe quanto tempo faz que nós não temos nada? Não, não sabe. Estou sofrendo! Ainda mais com você aqui, tão próxima...
 - Então deixa eu me afastar. - me levantei e ele riu, reprovando meu ato.
 - Faz isso não, Pikitinha. 
 - Vamos manter uma distância! 
 - Não inventa, vem pra cá. - bateu no colchão. 
 - Eu vou ver minhas mensagens. Quero ver as fotos que tirei no celular da Bruna... - levantei para pegar meu celular. O ouvi bufar, mas só isso. Peguei, abri minhas mensagens e fui direto para as de Bruna. Eu gostei das fotos e se não tivéssemos nessa situação, não pensaria duas vezes antes de postar. 





Luan's POV.

Eu e Tatá dormimos agarradinhos, o que diminuía um pouco minha saudade. Só um pouco. Eu queria bem mais, mas ela não podia. No mínimo, depois de quinze dias. Eu sei! Meu querido amigo sofrerá por mais algum tempo. Mas calma, cara! Você ainda tem a minha mão. Acordei e não a vi do meu lado, o que me fez estranhar. Olhei a hora e me assustei ainda mais: 12h00. Dormi demais! Aonde essa louca está? Desbloqueei meu celular com o intuito de ir no seu WhatsApp direto, mas acabei tendo uma boa surpresa. Ela tinha me mandado fotos que explicava seu sumiço. 


"Oi meu amor, bom dia! Não te acordei porque tive pena. Parecia num sono tão bom, tão descansado... Me desculpa, tá?!"

"Tô com essa lindinha aqui!"


Eu ri, mais aliviado. Elas estavam se dando bem. As suas mensagens faziam duas horas e eu lhe mandei uma perguntando onde elas estavam, para que eu pudesse tomar banho e encontrá-las para almoçarmos. Ela respondeu na mesma hora, carinhosa como sempre, me deixando todo bobo. 

Eu tomei banho, me arrumei e desci. Encontrei-as e fomos almoçar, enquanto minha filha contava tudo que tinha feito com a tia e com Tatá, toda empolgada. Eu abraçava e fazia um carinho na minha menina sem juízo sempre que dava, mas não passava disso. Fomos para a praia de novo, já que elas já tinham ido nos brinquedos enquanto eu dormia. Eu agradeci mentalmente! Não curtia muito esses trem alto. 

 - Não, você não vai postar isso. - implicava com a foto que ela tinha tirado, editado e agora queria postar. 
 - Por que não? 
 - Porque não. Apaga! - falei sério. Ela tinha saído muito diferente, muito mulher, sexy. 
 - Amor, eu não tô entendendo. Eu amei, você não gostou? Não estou bonita?
 - Está linda, mas não quero que você poste. Não pode guardar só pra você? - pedi mais doce. Ela me olhou desentendida e foi desanimando. 
 - Tudo bem então. - deu de ombros. - Talvez seja melhor. A Bruna está só postando fotos, então se eu postar, a Priscila vai ligar tudo e fazer tumulto. - sorriu de canto. 
 - Não vai ficar chateada? 
 - Não vou. Mas você nunca me pediu algo assim! Eu sempre postei coisas piores quando namorávamos. 
 - Talvez eu tenha mudado um pouco. - sorri, tentando não deixá-la chateada. -  Vem cá, me dá um beijo, aproveitando que elas não estão perto. - aproximei meu rosto do dela. Peguei na sua nuca e toquei nossos lábios apaixonadamente. - Me envia essa foto, eu quero pra mim. - sussurrei e soltou uma leve risada. 
 - Agora eu estou começando a entender! - sacou. - Vou te enviar. - pegou o celular, ainda com nossos rostos próximos. Eu fiquei de olhos fechados, sentindo seu cheirinho. Pronto! - avisou, me fazendo despertar. Peguei meu celular imediatamente e vi a maravilhosa foto, que agora era só minha. 



Tanara's POV.

Felizmente, mesmo tendo que esconder nossa paixão de Laura, estávamos conseguindo alguns momentos carinhosos. Quarta-feira foi como a tarde de terça: calma. Deixei Luan dormindo para sair com as meninas e na hora de dormirmos, não pudemos abusar dos beijos. Qualquer coisa na nossa situação era muito perigoso e realmente não podíamos fazer nada. Diferente do dia anterior, quinta-feira nós acordamos juntos e Bruna, aos nos ver de mãos dadas, nos alertou. Me olhou apreensiva e eu soltei a mão de Luan, aproveitando que Laura estava entretida com o celular da tia. Tomamos café juntos e eu comuniquei à Loli que eu queria tomar sol. Bruna discordou de mim, dessa vez não por implicância e os três acabaram decidindo fazer outra coisa e me deixar quieta. Ele concordou contrariado, mas por causa da insistência da sua filha, teve que aceitar. 

 - Tchau, cuidado. - se despediu seco, me fazendo rir da sua carinha emburrada. 
 - Não fica assim! É só um tempinho. Ela quer brincar, vai com ela. 
 - Ela não cansa de brincar. - parecia esgotado. 
 - Relaxa, vai? - beijei seu rosto. 

Eles foram e eu fiquei, sozinha, tomando um sol. Aquilo era bom para refletir e foi isso que eu fiz, enquanto tirava algumas fotos para o meu SnapChat. 


Depois de um tempo, eles voltaram e Luan estava com a mesma cara feia. Bruna pareceu entender, mas permanecia calada. Fomos para a praia novamente como havíamos combinado e eu quis tirar uma foto, dessa vez para postar. Troquei de óculos com a Bruna e pus a minha blusa. Fiz algumas poses e Bruna foi tirando as fotos, enquanto Luan olhava Laura brincar na areia perto da gente. Escolhi e editei antes de mostrar pra ele, para não correr o risco dele implicar novamente. 

tataccioly Vibes e tal ✨



Depois dali nós fomos almoçar e depois voltamos para o quarto. Fiz uma massagem no meu amor, enquanto conversávamos baixinho. Ele foi amolecendo e acabou pegando no sono. Eu dormi logo em seguida. Acordamos de tardinha, e nos arrumamos para dar uma volta à pedidos da Bruna. Ela afirmou que Laura estava inquieta e não queria ficar no quarto. Escolhi uma roupa azul, florida; fiz um rabo de cavalo e pus o mesmo óculos que tinha tomado sol mais cedo. Saímos e as nossas voltas acabaram rendendo uma foto minha e da Laura. 



 - Ela está se divertindo. - comentei, enquanto eu passava meu hidratante nas pernas. 
 - Ela está acabando comigo.
 - Você tá de mau humor ou é impressão minha, Loli? Está tudo tão bem, tão calmo... E você fica aí, todo ranzinza. - notei. Ele estava com uma bermuda leve, sem camisa, encarando o teto do quarto. 
 - Eu não sei. - suspirou. - Mas pra falar a verdade, eu estou incomodado com a minha própria situação. 
 - Como assim? - troquei de perna. 
 - Tatá, não me faz ser grosseiro. 
 - Por que você seria? - sorri, desentendida. 
 - Eu estou sem sexo há uma eternidade e você fica me provocando, desfilando com esses biquíninhos. Não está dando! 
 - Ai, quanto drama.
 - Você não entende. - bufou. - Vou dar uma volta, ficar olhando você passar creme não ajuda muito. - levantou e ia até a porta, mas eu empatei. 
 - Para com isso, não precisa desse estresse. Está tudo tão bom, hum?! - espalmei minhas mãos no seu peitoral. 
 - Está, meu amor. Mas isso mexe comigo, eu sou homem, é inevitável. - alisou meu rosto. 
 - Se eu pudesse...
 - Eu sei, não se culpa. - sorriu de canto. 
 - Mas podemos aliviar essa sua tensão...
 - Como? - olhou-me desconfiado, mas com uma safadeza discreta. Fiquei de ponta de pé e consegui selar nossos lábios. Um doce selinho se transformou num bom beijo e foi se intensificando. Nem percebi quando ele pegou minhas pernas e entrelaçou-as na sua cintura, deixando a própria pegada mais forte. Ele me dava assistência, me segurava firme nas coxas e eu alisava sua nuca, às vezes puxando seus cabelos e me preocupando em caprichar cada vez mais no beijo. Estava tudo delicioso e eu conseguia sentir seu calor. Percebia sua vontade de me jogar na cama ser controlada a cada minuto passado. Mas como a vida nunca pode ser perfeita, nos assustamos com a porta abrindo de repente e ele cortou o beijo imediatamente, arregalando os olhos. Só fui entender sua expressão depois de escutar uma fina voz:

 - Papai? O que o senhor tá fazendo com ela? - era Laura. Merda. Agora sim, estávamos ferrados! 

13 comentários:

  1. Ferrou tudo.. Quem mandou não fecha a porta

    ResponderExcluir
  2. Laura já começou estragar as paradas 🙄 aff

    ResponderExcluir
  3. Laura ja chegou pra fudê com tudo afzao

    ResponderExcluir
  4. Puta que pariu essa Laura, essa menina eh o demônio vey? Como brota assim? Vai de retrô satanás, cruzes.

    ResponderExcluir
  5. Kkkkkkkkk mata a Laura, essa menina é um demo

    ResponderExcluir
  6. Meeeeeeu deus logo agora Laurinha ??
    Ai ai vou pro 28 com medo 😶

    ResponderExcluir
  7. Amei o capítulo ������ só não gostei da Laura querendo estragar o amor do casal ��

    ResponderExcluir
  8. Essa Laura é mimada demais pelo amor de Deus. E agora FUDEU. . . FUDEU BEM FUDIDO. QUERO SO VER AGORA COMO ISSO VAI FICAR. KKKKK
    BEIJOS!

    ResponderExcluir