sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Capítulo 58 - Eu não vou aceitar.

O Luan's POV.

Queria dedicar esse capítulo para mais uma aniversariante, a Julia Graciano! Parabéns, lindona! Tudo de bom, uma ótima leitura. 🎉😊

 - Elas estão demorando, e se tiver acontecido algo? - perguntei, nervoso.
 - As meninas estão em três, né?! Três contra uma. Quer ver se a Tatá tá machucada?
 - Cala a boca, Testa! Só fala merda.
 - Ué. - Roberval deu de ombros, me fazendo revirar os olhos. Torcia para Tatá voltar logo, minhas pernas balançavam numa carga elétrica exagerada em relação a uma "besteira". E fazendo meu coração disparar, Tatá retornou ao alcance dos meus olhos. Não do jeito que eu esperava, devo-lhes informar. Sorria, do mesmo modo que chegou.

 - Demorou, meu bem. - puxei a sua cadeira para mais perto de mim.
 - Fui retocar a maquiagem, eu avisei. - sorriu, normal. Ela não viu as meninas? Wellignton e Roberval nem disfarçavam o medo, o nervosismo. Estavam temendo mais do que eu.
 - Já sabe o que vai pedir? - introduzi a mão em seus cabelos. Ela sorriu, se inclinando com meu toque.
 - O que tá acontecendo? - Heman sussurrou, de modo que só nós três víssemos.
 - Cala a boca! - respondi, balbuciando, enquanto minha esposa olhava o cardápio. Pude ficar aliviado. Ela fez o pedido e começou a conversar com a gente, me dando alguns selinhos. Eu não poupava meus carinhos também. Acho que isso irritou meus amigos. Minhas mãos passaram a não desgrudar do corpo dela e ela provocava meus afagos, ela era a causadora das nossas trocas de afeto 'em público'. As meninas sumiram. Pareciam ter ficados presas no banheiro, ou, terem ido embora de uma forma discreta.

 - Dá pra você parar com a safadeza na lá mesa, boi? Eu sei que vocês estão casados, felizes em terem mostrado isso pra todos, mas... - Roberval lavava as mãos, estávamos no banheiro.
 - Não sou eu. - dei de ombros.
 - Ah, não? Tatá nunca nem te beijou perto da gente. Vocês estão agindo como se estivessem em um jantar romântico, falta de respeito com a gente. Lembre-se que eu sou solteiro e posso ficar com inveja.
 - Problema seu, cara. - ri. - Olha, eu tô percebendo que a Tatá tá meio calorosa, sem se importar com vocês... Mas, quem são vocês pra falar de respeito? Levaram as porras daquelas meninas pra todo canto que eu ia e ainda trouxeram pra cá. Se a Tanara tivesse pegado elas na mesa com a gente? Que bom que ela está carinhosa comigo, né?! Sinal de que eu não estou solteiro!
 - Se a Tatá visse, por qual motivo ela brigaria?
 - Quer uma lista? A Natália não parava de dar em cima de mim. Tatá não é burra, percebeu algo de estranho nelas.
 - Quem manda você ficar iludindo as filhas alheias? Era bem feito se a Tatá brigasse com você até não ter mais forças.
 - Não fala isso nem brincando! Eu só fiquei com a Natália, duas transas e nada mais. E foi antes, muito antes de reencontrar a Tatá. Muié doida! - dei de ombros, saindo na frente.

Passamos mais um curto tempo no restaurante depois de comermos, Tatá alegou cansaço e fomos embora. Finalmente, um quarto, onde somente as paredes podiam ser plateia para as nossas carícias.

 - Você tá muito saidinha, sabia? Os meninos ficaram sem graça. - beijava seu colo, nos levando em direção a enorme cama.
 - Problema deles! Não posso mais beijar meu marido?
 - Tatá, tadinhos, você passou de beijos.
 - Deixa de ser exagerado! Você é muito tímido, que bobeira. Por acaso transamos na frente deles? Paguei um boquete pra você? Você pôs um dedo em mim? Não! Foram só beijos! É bom que eles vejam como é um casal que se ama, né?! - percebi um pouco de ironia na sua voz. Oi?
 - Claro minha linda. - puxei seus cabelos, sorrindo, consequentemente levando seu pescoço para trás. Rocei minha barba nele, causando sua gargalhada espontânea, mas ainda sim muito sexy. Nos pus na cama e ela abriu as pernas, colocando-as em volta do meu quadril. Devo avisar que ela está de saia e nesse seu movimento, a peça subiu completamente. Olhei sua calcinha de renda, delicada -e instigante- e não disfarcei minha reação. Só me atiçou. A beijei novamente e entre o beijo, ela tirou minha blusa. Quando eu ia tirar a dela, também sem partir o beijo, ela literalmente rasgou minhas costas com as suas unhas. Eu gemi de dor. Eu sei que era para me provocar, porém, acho que ela acabou exagerando.

 - Ai, amor. Não faz assim.
 - Assim como? - me arranhou novamente, perfurando suas unhas com mais profundidade. Sorriu, estranha.
 - Assim, Tatá. Poxa, dói! - saí de cima dela, um pouco chateado.
 - Nossa, desculpa. Eu só quis fazer como a Natália! - fez beicinho. O nome pronunciado arregalou meus olhos e me fez até esquecer a ardência. - Não era assim que ela fazia em você? - se pôs sobre mim. Apesar dos seus cabelos escuros caídos no meu rosto, pude perceber seu olhar superior, tão cínico quanto o sorriso. - Tá ai, lutalia, eu shippo, sabia? - passou os dedos na minha boca.
 - Tá louca? Do que você tá falando?
 - Agora eu sou a louca?
 - Não tô entendendo!
 - Natália, amor. Aquela vagabunda que estava atrás de você no aeroporto, no backstage, na caixa. Sabe? Aquela que pra mim era só mais uma fã, que deu a sorte de conseguir tudo isso; aquela que você disse nunca ter nem atendido. Aquela, que na verdade é seu casinho. - atingiu meu braço com um tapa forte. - Aquela que andava com os casinhos dos seus amigos. Aquela que eles deram horário, deram pulseirinha, deram até o local que você iria, mesmo com a corna do lado! - respirou fundo, sorrindo psicopatamente.
 - Merda. - fechei os olhos.
 - Hum, merda? Merda, né?! Seus planos deram errado, não conseguiu me fazer de trouxa sem que eu soubesse. - me bateu no outro braço. - Covarde! - a sequência dos tapas aumentaram e agora ela me presenteava com uma série deles, sem sequer uma mínima pausa. Me xingava de todos os nomes, nervosa e raivosa.
 - PARA COM ISSO! DEIXA EU EXPLICAR! - implorei.
 - VOCÊ NÃO PRESTA! - levantou, com os olhos cheios de lágrimas. Não, não. Bate em mim, mas não chora, não.
 - Tatá...
 - Eu sou uma idiota! - pronto, começou a chorar. E eu aqui achando que ia transar.
 - O que você ouviu naquele banheiro? - indaguei, sem coragem, mas tentando manter a calma.
 - A VERDADE! No aeroporto eu perguntei se você lembrava delas, porque eu achei aquele tratamento muito esquisito. E como elas descobriram que íamos sair por ali? Você mentiu! Estava tudo tão óbvio e eu, burra, não enxerguei.
 - De onde você tirou que ela é meu casinho? Isso não tem lógica.
 - AH, NÃO? CÍNICO, MENTIROSO, GALINHA, CACHORRO, CANALHA! - gritava e soluçava, vestindo uma blusa.
 - Eu já fiquei com ela, sim, mas...
 - ASSUME MESMO QUE EU SOU UMA OTÁRIA!
 - TANARA, PARA! EU JÁ FIQUEI COM ELA. FIQUEI, PASSADO. A GENTE NÃO TINHA NEM SE REENCONTRADO AINDA!
 - Falso. - fungou, mexendo na mala.
 - Você não acredita em mim?
 - Aliás, falsos. Você e seu bando. Não valem o que comem! Espera, usei a expressão certa. Porque todos ali comiam aquelas piranhas e elas não valem um centavo. Deixam nós mulheres envergonhadas! Aquelas putas deviam usar o amor delas por você de forma boa. Mas não, preferem não se dar ao respeito. Preferem dar o corpo em troca de horários, de lugares privilegiados, em troca de abraços seus. Só duas, né?! Porque aquela Natália quenga não queria só abraços seus e pelo visto, conseguiu até mais do que queria. Aonde vocês ficaram? Deu tempo transar antes da minha chegada no restaurante? Aonde foi a rapidinha? Ela estava lá, sentada ao seu lado, te beijando, como se fosse a sua esposa? EU TÔ COM NOJO DE VOCÊ! - esbravejou.
 - Eu não fiquei com a Natália, Tatá. Para com isso! Eu não sei o que você ouviu naquele banheiro, mas, se for o que tá falando, é mentira, elas inventaram.
 - O WELLIGNTON COMENDO UMA DE MENOR! SE APROVEITANDO DELA ÀS SUAS CUSTAS. Se aproveitando não, né? Porque ela deu toda a liberdade. Não sei quem presta menos. Se é ele que oferece trocar fotos com o patrão por sexo, se são elas por se venderem por tão pouco... ou, você, que sabe de tudo isso, apoia e ainda ajuda. O que é? Você gosta de ajudar na vida sexual dos seus amigos? De tirar eles da seca? Você é bondoso mesmo, hein?!
 - A Júlia não é de menor.
 - Uau, tá tão envolvido que sabe até a idade da desfrutável?
 - Você tá distorcendo tudo, amor. Para de chorar, para de gritar, vamos conversar de maneira civilizada.
 - EU NÃO QUERO NUNCA MAIS OLHAR NA SUA CARA! Tô indo embora, entendeu? Pegar o primeiro voo pra São Paulo que tiver! E se você vier atrás...
 - O seu trabalho amanhã, vai faltar? - interrompi sua ameaça.
 - Droga! - lembrou, bufando.
 - Você já me bateu, já me xingou... Agora me escuta, por favor! Não sai falando o que você ouviu delas. Confia em mim, no seu marido.
 - Você disse que ia ser diferente. Você não é diferente! Você é igual. Igual ao Roberval, ao Wellignton, ao Élton. A todos esses homens imundos! Eu sou uma burra de ter me iludido, de ter acreditado em você. - chorava, como se estivesse sido desiludida. Meu Deus do céu, o que aquelas loucas falaram?
 - Tatá olha pra mim, por favor. - levantei, indo em sua direção.
 - Não fala comigo, Luan. Não. Fala. - tentava cessar o choro, respirando mais fundo, soluçando e limpando o rosto das lágrimas que caiam.
 - Não faz isso, por favor, meu amor... - peguei no seu braço, cauteloso. Ela o tirou rapidamente, brava.
 - SAI DE PERTO DE MIM! Eu vou ligar na recepção, quero outro quarto, não vou ficar aqui com você, não vou suportar! - se dirigiu ao interfone, mas, o toque do seu celular impediu sua ligação. Ousei olhar a tela e tinha escrito "Breno". O que o Breno queria com ela, a essas horas?

 - Oi, Breno. - atendeu grossa. - Como assim? - foi melhorando a voz. - O que ele tá fazendo aí? Meu Deus do céu, qual o juízo desse garoto? - Breno parecia explicar o assunto e ela ia concordando, fazendo algumas expressões que só me confundiam. - Eu vou praí, não se preocupa! Obrigada, viu?! Desculpa ter atendido meio grossa, é que... enfim, depois te explico, estou indo. Fica de olho nele! Beijo. - desligou e resolveu ficar calada, o que me torturou.

 - O que ele queria? - ganhei seu desprezo. - Não vai me responder? Tanara, eu tô falando com você! - respirei fundo. - Ótimo, se você não falar, eu vou ligar pra ele e perguntar.
 - Ele está com o João Guilherme. - disse seca. - João fugiu de casa, brigou com o Gustavo e foi pra casa de um amigo. Queria falar comigo e ficou com medo que eu mandasse ele ficar no Rio. Então ele falou com o Breno, que estava tendo show no Rio. O amigo levou ele até o show e eles foram pro camarim. João explicou a história e perguntou se ele podia levar ele pra São Paulo. Marrento, com raiva do padrinho. Breno até tentou aconselhar, mas ele estava irredutível. Agora eles estão em São Paulo e meu irmão está na casa do seu cunhado. Eu vou pra São Paulo buscar ele para conversarmos. Pronto?
 - O que deu no Joca?
 - Você pergunta pra ele.
 - Ô sua cavala... - repreendi, mas na verdade estava contente por ela estar sendo grossa ao invés de chorar.
 - Qual foi a parte do "não fala comigo", que você não entendeu?
 - Amanhã você tem um compromisso aqui em Belo Horizonte, como vai fazer?
 - João Guilherme está precisando de mim. Ele agora é prioridade na minha vida!
 - Nas nossas vidas. Estamos juntos nessa, esqueceu? - virou o rosto. - Tanara eu não gosto quando você me ignora!
 - Me esquece, eu já disse. - ia passar para a mala e eu segurei seus braços.
 - Eu vou buscar ele. Fica aí, faz seu trabalho, eu sei que é importante pra você.
 - Não precisa! O João Guilherme é responsabilidade minha.
 - NOSSA! É. Nossa. Eu vou e você vai ficar. Pode deixar que eu converso com ele, vou perguntar por que ele fez isso e me esforçar para entender.
 - Ótimo. De qualquer forma não vou precisar olhar pra essa sua cara de pau! - se soltou. - Vai logo! - me empurrou, se afastando. Eu respirei fundo, esgotado, pedindo paciência aos céus. Arrumei minhas coisas e avisei os meninos, com ela ainda sem olhar pra mim.

 - Vai ser bom pra você esfriar a sua cabeça. - eu disse, antes de passar pela porta. Ela virou o rosto novamente, marrenta. Depois reclama que o irmão é marrento, tem a quem puxar. O voo para São Paulo durava uma hora e dez minutos, tempo suficiente para eu dar esporro nos meus amigos.

 - Mas ela tava te beijando, boi! Não dá pra entender.
 - A Tanara é louca, deu pra você compreender? Eu até pensei que a gente ia... enfim, não vem ao caso. Só que ao invés de rolar, ela rasgou minhas costas. Me xingou de tudo. Gritou, chorou. Porra, eu odeio ver ela chorando!
 - Desculpa, Luan, de verdade.
 - Já foi, Well. Já foi! Agora vocês três se preparem...
 - Ei, me tira dessa! Eu não fiz nada. - Heman quis se livrar.
 - Mas pra ela foi os três.
 - Eu adoro a Tatá, mas... eu tô com medo! Não quero ver ela por muito tempo.
 - Você é um falso, Roberval! Não gosta dela coisa nenhuma. E não se preocupa que eu vou falar isso pra ela!
 - Luan, tá louco? Eu amo ela, você sabe. Isso das meninas foi coisa do Cirilo.
 - Agora vocês dois vão se safar e me deixar sozinho na roubada? Eu também não quero ver ela tão cedo. O que tem de baixinha, deve ter de brava.
 - Se vocês vissem minhas costas...
 - Quando ela te deixa assim mais calminha você não reclama, né?!
 - Aí são outros quinhentos, né, Testa? Boa sorte pros três, porque a Tatá é realmente surpreendente. - disse por fim, deitando a cabeça na poltrona do meu jatinho. Estava angustiado com tudo isso, e de certa forma também muito arrependido.

 - O que você aprontou, hein, moleque? - mal entrei na casa do meu cunhado e João correu pra me abraçar.
 - Pi, cadê a Tatá? Breno disse que ela foi grossa com ele. O que aconteceu? - minha irmã estava ali.
 - Não disse isso, amor. Eu disse que ela não foi simpática como sempre é... estranhei! Mas ela se desculpou, só não disse o motivo.
 - O que você tá fazendo aqui, Piroca? Breno não tava no Rio? Você viajou com ele?
 - Não! É que quando ele disse que chegou com o João, eu vim ver o que tinha acontecido. Me preocupei com o arteiro!
 - Por que ela não veio? Ela ficou com raiva porque eu fiz isso? - João perguntou preocupado.
 - Não, cara. Ela queria vir, ficou preocupada e tal... Mas, ela tem um trabalho amanhã, lá. Ai eu disse que viria e bom, tô aqui, né?! E ela foi grossa com o Breno porque estávamos brigando.
 - O que você fez? - João e Bruna perguntaram em sincronia.
 - Por que tem que ser eu, vei? Não pode ter sido ela, não?
 - Não. Ela é a dama e você o vagabundo. - Breno zoou e acabou descontraindo.
 - Depois eu explico pra vocês! Mas agora, vou levar esse fujão pra casa.
 - Tchau, Breno! Obrigado mesmo cara. - fez um toque com Breno. - Obrigada, Bruninha. - abraçou Bruna, fechando os olhos, se aproveitando o momento.
 - Cê ajudou o moleque safado que é tarado na Bruna, boi?
 - Luan! - minha mãe me repreendeu, enquanto eu e Breno ríamos e João ficava tímido.
 - Ela é minha crush, é diferente.
 - O que é crush? - perguntei.
 - Ih, vovô! - mostrei o dedo do meio pro Breno. - Ele gosta dela, sabe? Tipo, você é o crush das suas fãs, é o crush da Tatá.
 - E você fala isso na maior naturalidade, ô corno?
 - João Guilherme é uma criança, Luan Rafael. - minha irmã me respondeu.
 - Ele é quase homem, rapaz.
 - Eu vou crescer, tá, Breno? Cuidado! - João Guilherme piscou o olho, malandro, e nós três rimos.
 - Moleque safado, cara! - me admirei. - Agora vamos pra casa que temos muito o que conversar. Quer carona, Piroca?
 - Não, vou aproveitar e dormir aqui. - se abraçou com Breno e João Guilherme revirou os olhos.
 - Não gostei, eu sou ciumento.
 - Vai criar barba, vai, João! - Breno o tirou e ele saiu na frente, fazendo cena. Aquele garoto tinha todo o carisma da Tatá.

 - Vou dormir! - ia subir as escadas e eu o impedi.
 - Pode voltar aqui, vamos conversar.
 - Eu tô com sono, Luan!
 - Tá coisa nenhuma. Eu já te conheço, safado.
 - Eu tô com fome também. - foi descendo os degraus, me obedecendo.
 - Quero comer um doce pra relaxar, faz tempo que não como. Você não jantou, não?
 - Jantei, mas deu fome de novo. Aceito o doce, o que você vai fazer?
 - O que eu sei, brigadeiro.
 - Borá. - fomos até a cozinha e pegamos os poucos ingredientes. Eu ia fazendo e ele me contando o que realmente aconteceu. Quando terminei, sentamos para comer.

 - O padrinho é muito chato, mano. Só sabe ficar do lado da Júlia. - "Júlia", lembrei da pessoa com esse mesmo nome, peguete "de menor" do Wellignton que ajudou a causar toda essa confusão. - Quer mandar em mim, eu não vou abaixar a cabeça pra eles, não. Eu tava certo, ela que é mimada demais.
 - Eles não estavam no lugar dos seus pais, Joca?
 - Estavam, né, Luan. Mas eu não sentia isso! Me sentia meio isolado, me sentia obrigado a aguentar as grosserias dele, as regras da madrinha e os caprichos da Júlia. Madrinha é muito chata, eu me sentia num quartel. Nessas horas que o pai me faz falta.
 - Queria ter conhecido meu sogro, sabia?
 - Ele era mó legal, Luan. Cê ia se amarrar!
 - Uma pena. - lamentei. - Mas isso não te dá razão pra fugir, seu capeta.
 - Eu não quero nem olhar pro padrinho! Fiquei com muita raiva e tenho certeza que ela não vai passar.
 - Se você for dramático que nem sua irmã, isso não foi nada e você tá fazendo tempestade em copo d'água. E chata ou não, sua madrinha não merece essa preocupação. Se eu fugisse, quando eu voltasse, o que seria logo porque eu não iria aguentar, meu pai me dava uma surra.
 - Seus pais nunca iam te dar motivo pra fugir. Mas eles não são meus pais. E pra você é fácil, né? Com 16 anos já tava viajando pra todo canto! Eu não, sou preso.
 - Ê, hormônios! Adolescência!
 - Eu posso ficar aqui por uns dias? Depois arranjo um canto pra ficar.
 - Ô seu moleque, cê acha o quê? Você se meteu com a Tanara, cara.
 - Não entendi.
 - João, tem coisas que cabe só a ela te contar, mas... ela é sua única irmã e nós dois gostamos de você, nos apegamos... Você não pode passar só uns dias, entendeu? Se você não quiser voltar pra sua madrinha - achei melhor não citar as intenções da minha esposa -, é lógico que você vai morar com a gente! Além deles, você tem a gente como família.
 - Você tá falando sério? - seus olhos brilharam.
 - Por quê? Não quer morar com a gente?
 - Seria um máximo, cara. Vocês dois. Dois loucos.
 - Ih, não vai se confiando não, hein? Eu tenho uma filha e a Laura anda na rédia curta. Tatá também não vai te dar moleza, te deixar soltinho por aí. E ela é protetora, cuidadosa...
 - Eu gosto da Tatá! Do jeitinho meio louco dela. Mas e aí, por que vocês brigaram?
 - Assunto de adulto. - zoei.
 - Para, né?! - ri.
 - Rola umas coisas na minha rotina, Joca, que ninguém sabe. Nem a Tatá sabia. E ela descobriu...
 - Você trai ela? - arregalou os olhos.
 - Não, garoto!
 - Fama desses caras que viajam não são lá essas coisas boas.
 - Mas eu sou fiel, tá legal? Nunca, nem agora nem quando namorávamos, eu fiquei com outra mulher. Mas, a história tem a ver. Os caras que trabalham comigo... é algo meio cabuloso, João, não sei se devo te contar.
 - Fala aí, vai. - comeu mais do meu brigadeiro.
 - Ficou bom?
 - A fome que é ruim.
 - Então, espertinho, os caras que trabalham comigo são meio tarados. Você sabe, minhas fãs novinhas, bonitinhas... só ficamos rodeados de muié o tempo todo. E você sabe também que nem todas conseguem me ver e tal. Ou seja, elas se aproximam deles pra conseguir algo, saca?
 - Mas só por isso a Tatá ficou brava? Eu também pediria a alguém da equipe pra me ajudar.
 - Ê inocência! - ri, pegando mais um pouco do brigadeiro. - Elas se aproximam, João, com segundas intenções... elas ficam com ele em troca de coisas que ajude elas a me ver, sabe? E não é ficar só de beijo.
 - Puta que pariu, que escroto. Elas se prostituem só pra te ver? Só pra isso?
 - Nossa, cara, prostituição?
 - É, ué! As prostitutas transam por dinheiro, suas fãs transam pra tirar uma foto com você.
 - É, isso aí. Pesado, né?! E a Tatá descobriu. Meu segurança, o Wellignton...
 - Aquele armário que não larga de você?
 - Ele mesmo. Ele tava de casinho com uma menina, aí deu o horário que a gente chegou em Belo Horizonte, deu caixa, backstage... A Tatá viu, me perguntou e eu menti. Só que junto com esse casinho dele, andava uma menina que eu já tinha ficado e ela estava atrás de ficar comigo de novo. Aí eles também deram o restaurante e elas apareceram lá. Resumindo, Tatá disse que não ia mas apareceu depois. Ouviu alguma merda que elas falaram e que eu não sei e quando a gente chegou no hotel, a sua irmã surtou. Morrendo de ciúmes, chateada, horrorizada com toda a história... não sei, Joca. Mas ela descontou toda a raiva nas minhas costas. Usou todos os palavrões existentes. Enfim, a gente brigou feio e eu estou aqui.
 - Cara, você tá fodido.
 - Eu sei.
 - Isso é bem escroto e você apoiava isso, né.
 - Você queria que eu fizesse o quê?
 - Você não tem fã de menor? Se a mãe descobre, a mídia, o processo cai em cima de você?
 - Eu sei! Meu pai não sabe dessas coisas, ficava só entre a gente. Agora a Tatá também sabe e fresca e certinha do jeito que é, deve estar com nojo deles e de mim.
 - Você podia até continuar apoiando...
 - Não é apoiar.
 - É o quê? Você é o patrão, cara. Você manda e eles obedecem. Não cortou porque não quis. Continuando, se você não queria se meter, pedisse pelo menos pra eles esconderem da Tatá. Até eu já percebi que ela é toda cheia de princípios.
 - Me fodi legal. Mas ela vai passar o dia lá, trabalhando, pode melhorar, se acalmar, pensar um pouco no meu lado...
 - É, tenta a sorte! Vai rezando aí, que agora deu sono mesmo e eu vou dormir.
 - Vai lá. Até amanhã.
 - Obrigado, Luan. Pelo brigadeiro e pelas coisas que você disse. Não sei, também tenho a sensação que vocês são mais minha família que meus próprios padrinhos.
 - Nada, Joca. Qualquer coisa, conta comigo. - fiz um 'joinha' e ele saiu. Fiquei sozinho com o brigadeiro e os meus pensamentos. Fui dormir tarde, perturbado com tudo que aconteceu nesse dia tão pesado. Eu e João Guilherme acordamos no mesmo horário e já na hora do almoço. Marina estava lá, mesmo não sabendo que eu voltaria antes. Deve ter sido a Bruna que avisou a minha mãe e minha mãe, cuidadosa como sempre, avisou Marina. Nós almoçamos de primeira, o que ela repreendeu mil vezes. O dia passou lentamente. Não falei com Tanara, só acompanhei suas postagens no Instagram. Ela agia como se nada tivesse acontecido.

tataccioly Bom dia, Belo Horizonte! Dia de shooting para a nova Coleção It Girls da @mccompany! 📸 Tô encantada com esse cenário para as fotos, que coisa mais fofa! Muito minha vibe 💗💙💜



lunara Olha a rainha após um show do seu rei, fotografando para uma marca de roupas poderosíssima. Muito linda! @tataccioly 😍📸💅🏻👗 



tanarizamos OLHA QUE DEUSA, Brasil! 😍😱 Ensaio para a nova campanha da @mccompany 💗🙌🏻 #TanaraAccioly 



tataccioly 4x4 😚✌🏻snap: tataccioly 



Ela estava linda demais. Porra. Ela tinha que ficar assim justo quando brigamos? Tinha que confessar que ela sabia disfarçar perfeitamente os nossos problemas. Até mais do que eu.

tataccioly Vim pra BH também para fotografar a nova coleção da @mccompany com muito 💗 ! E olha que demais! Esse look e todos os outros da coleção foram inspirados na paleta de cores e estilo do meu insta! Ameeeeeei! ✨ Compartilhei no ixxxnépi: tataccioly 👻




lunara E como nada pode ficar em paz por muito tempo, começam as confusões. As mimizentas não pararam com as chatices sobre o programa da Eliana/sobre eles estarem CASADOS, só diminuíram porque viram que eles estavam juntos, felizes e cagando pra chateação delas. Se toquem! 👌🏻 Mas não, isso não adiantou. A inveja é tão grande, que vem mais história! Sentem aí, sobrinhas, que o bapho é forte! Segundo algumas fãs que foram atrás do cantor em um restaurante, ontem, em Belo Horizonte, Tatá as tratou muito mal. Alegaram que ela estava com os meninos (Roberval, Wellington, Heman) e claro, seu marido. Disseram que foram pedir abraço e foto pro Luan e ela não deixou, foi super grossa, só porque elas atrapalharam a refeição. Disseram que discutiram e Tatá não baixou a bola. Continuou batendo boca, criticando elas, enfrentando. Todos os meninos ficaram calados, observando. Só o próprio Luan pedia pra ela "parar", e ele falava bem calmo, bem baixinho, envergonhado. Segundo elas também, Tatá não escutou o pedido do marido e continuou atacando elas. Bom, nada a declarar. Vocês sabem no que acreditar. Quem conhece essas fãs, sabem que não são confiáveis. Vou nem dizer o que elas são pra não dar polêmica, mas é triste que a felicidade dos outros incomode tanto. Se uma fã, inventa uma história dessa, só pra prejudicar o ídolo e a esposa, não sei mais o que esperar do ser humano. Se essa mentira cair na mídia, o negócio fica feio pra Tatá e pro Luan. "É mentira?" É, sim! Quem já teve a oportunidade de conhecer a Tatá sabe que ela é um amor, independente das ocasiões. Como blogueira ou como esposa do Luan Santana, ela o acompanha sorrindo e NUNCA, NUNCA SAIU HISTÓRIA DELA MALTRATANDO FÃ. E olha que já saiu fotos de fãs com Luan em restaurante e em lugares mais inoportunos (com a Tatá do lado) e a Tatá nunca se incomodou né?! Mas de repente ela começa a "mostrar" quem ela é só porque casaram? ME POUPEM! Enfim. Vou nem falar mais disso porque sinceramente fico impressionada com a ruindade de certos @@@@. Júlia, Natália e Thainá, todo mundo sabe que são vocês atrás desse fc que narrou o "acontecimento", sofreu "a humilhação", divulgou a história. Cuidado viu? Tudo que vai, voltaaaaa! #NãoAcreditemEmTudo #VocêsNãoConhecemEssas3 #BrilhaLunara #TatáRainha #CasadosSim #TatáAmorzinhoSim #Falsas #Mentirosas #Podres #FotoAntiguinhaSim




 - Oi, amor. - falei com um tom calmo, temendo ela ainda estar brava.
 - Oi, Luan. Passa pro João Guilherme!
 - Só desocupou agora? Tá tarde, né?!
 - Passa pro João Guilherme, por favor. - continuou fria, o que me fez suspirar derrotado e passar a porra do celular pro meu cunhado. Ele respondeu com palavras indecifráveis, não deu mesmo para adivinhar o que eles conversavam.
 - Ela quer falar com você de novo. - me entregou, apreensivo. Acho que percebeu que na voz da irmã continha seriedade.
 - Amor, eu tô morrendo de saudade de você. E você é muito sortuda, hein? Ganhou o moleque de mão beijada. - me atrevi a tentar amolecê-la com esse sussurro. João Guilherme não podia ouvir, ele não sabia, torno a falar. Infelizmente só obtive sua respiração como resposta. - Esfriou a cabeça? Pensou?
 - Eu preciso falar com você.
 - Fala, Tatá.
 - Tá perto do João?
 - Sim.
 - Se afasta, não quero que ele escute.
 - Mas não está no viva voz, minha linda.
 - Ok. - suspirou. Seus suspiros estavam me dando medo. - Olha, Luan, eu vou ser bem direta: eu quero romper.
 - Romper o quê? - indaguei, desentendido.
 - O nosso relacionamento. Eu quero acabar, terminar, me separar de você.
 - Oi? - ri, desacreditado.
 - Está surdo? Não vou repetir.
 - Tanara, seja qual for essa brincadeirinha idiota, eu não estou vendo graça. Era só isso? Eu vou desligar.
 - Luan! - ouvi por último e desliguei. Era só o que me faltava, ela vir com essas brincadeiras. Olhei pro João, que estava mais sorridente do que nunca. Outra ligação. - Oi, Tanara.
- Você não desliga na minha cara que eu estou tendo a compaixão de te avisar.
- Me avisar do quê, porra? Eu não estou para brincadeiras, ainda mais as sem graça como essa.
- Você sabe que não é brincadeira, porque sabe o que você fez!
- Você tem que me ouvir antes de me julgar, Tanara! - falei, já com medo de realmente ser verdade.
- Julgar? Eu tô dizendo a verdade. Agora eu sei que você realmente tem uma em cada cidade que passa.
- Para de falar asneira! - quase gritei, incrédulo com a sua atitude. Não queria brigar perto do João.
- Até minha mãe disse, Luan! Para de tentar cobrir o que você fez, o que você faz. Eu já tô aceitando que fui corna. Já conheço a dor, já passei por isso, sabe?
- Sua mãe o quê? - questionei, horrorizado. Como minha sogra poderia ter falado isso? Ela interrompeu meus pensamentos.
- É, Luan! Mas eu sou uma trouxa mesmo. Acreditei que você era diferente. Mas, não. Você é igual todos. Igual meu pai foi com a minha mãe, igual o Erick foi comigo, igual o Chimbinha foi com a Joelma, igual todos os homens cafajestes são. E quer saber? Não precisa mais me explicar nada! Não vou perder tempo, me chatear ainda mais. Vou entrar com o divórcio e você nunca mais vai me ver. Vou cortar o mal pela raíz, entendeu? Bem simples.
- Eu estou indo 'praí'! - falei, nervoso. E com medo. Ela estava séria, não soltou risada, nem estava com a voz abafada. Estava seca demais.
- Não precisa vir aqui, não! Qual foi a parte de não olhar pra sua cara, que você não entendeu? - falou, enraivecida. - Eu odeio você, Luan!
- Olha o que você está falando, Tanara. Me espera, vamos conversar.
- Eu não quero conversar, quero terminar!
- MAS EU NÃO QUERO! - esbravejei, respirando fundo em seguida.
- Por que não? Não era isso que você queria? Ser livre para as suas piriguetes? Ou você tá com medo? De sujar sua imagem com um casamento de três meses? É por isso, né?! Assume.
 - Você só está falando merda, puta que pariu.
 - Acabou, eu já disse! Tchau. - desligou, aparentemente chorando. Ela estava falando sério mesmo. De repente não sei o que pensar e muito menos, agir. Liguei novamente.
 - Eu estou indo, vamos conversar como dois adultos. Você tá sendo imatura!
 - Eu sempre sou a imatura, né?! A criança que não tem entendimento de algumas coisas e por isso, você esconde. Como por exemplo, a safadeza dos seus amiguinhos. Vai atrás de uma madura, cara. Estou te deixando livre para isso! Só peço pra você não abandonar meu irmão, espera eu buscar ele.
 - CALA ESSA BOCA! - bufei. - Tanara, merda, você está me irritando.
 - É mesmo? Garanto que mais irritado do que eu você não está.
 - Eu errei, mas não do jeito que você acha que eu errei.
 - Eu estou esgotada, Luan. Vai ser melhor pra gente!
 - Eu não quero terminar, para com isso. - minha voz já estava fraca como a dela.
 - Não tem o que querer.
 - Eu não quero porque... eu te amo, você não percebe? Eu aceito tudo de você, faço tudo por você. Você não está sendo justa comigo, com a gente.
- Eu sendo justa comigo, é o que importa.
- Eu não vou aceitar. Pronto. É isso. Eu não quero, não aceito. Não terminamos porra nenhuma. Termina sozinha.
- Olha, por favor, eu estou falando numa boa. Não quero que a gente termine com confusão, de verdade.
- Então tá, espera pra falar isso na minha cara! Fala isso olhando nos meus olhos, quero ver se consegue, se vai ter coragem. Tô indo pra Belo Horizonte.
- Não vem! Eu não quero você aqui.
- Foda-se.
- Se você vier, eu vou ficar com o primeiro que aparecer na minha frente.
- Faz o que voce quiser. A consciência é sua. - falei, sem mais forças.
- Ok. Vem pra você ver.
- Tanara, você tá nervosa, tá abalada com tudo... Para com isso, vai? Vem pra nossa casa, vamos conversar.
- Já disse tudo que tinha pra te dizer. Tchau, até amanhã, quando eu for buscar minhas coisas e meu irmão.
- Para com isso, vei. Que saco! - ela desligou, sem se importar comigo. Ela tinha acabado com o nosso casamento, era isso mesmo?

O que eu tinha que fazer, meu Deus? Ela estava terminando comigo. Tinha que pensar. Será que era só uma brincadeira? Mas sua voz estava tão fraca, mesmo ela sendo muito firme no que disse. Fraca de choro, uma voz engasgada... mas não, a minha ficha não caía, não podia ser verídico. Eu tinha que ir pra lá, era isso. Não podia deixar ela sozinha para ela produzir mais ideias e pensamentos que não prestam. Era urgente!

- O que tá acontecendo? - João perguntou, me olhando sério. - Vocês vão se separar?
- Olha, João, vou te deixar na minha mãe, porque vou ter que voltar para BH. Sua irmã enlouqueceu, é isso.
- Vocês vão se separar? - ele tornou a perguntar, intrigado. - Eu estava ouvindo... Ela estava praticamente gritando com você.
- Não, não, não vamos nos separar. Esquece isso. Vou deixar você lá.

Troquei de roupa ligando para o Rober. Falei o que estava acontecendo e ele só concordou. João também trocou de roupa e o levei para casa dos meus pais.

- Mãe, ela está terminando comigo! O casamento, tudo... - desabafei com a minha mãe, depois de explicar o porquê de estar indo tão às pressas para Minas.
- Quê? Por quê? - comecei as explicar tudo e ela fazia suas caras e bocas, me deixando mais perturbado. No final, só pronunciou uma palavra: - Certa.
- Certa o quê, mãe?
- Ela tá certa! Caso com fã, Luan?
- Mãe, não! A senhora não está entendendo. Ahgr, merda! A Tanara tá agindo pela raiva, ela tá sendo uma criança completa.
- Vocês dois são muito intensos.
- Ela é muito intensa! Ela! Porra! Ou ama ou odeia. Não existe meio termo. Eu não fiz nada e ela está transformando nisso tudo.
- Filho, respira, ela está nervosa, você não precisa estar também.
- Não consigo acreditar que uma mentira gerou isso tudo! Olha o João, mãe. Não conta nada pra ele. A Tanara não vai se separar de mim!
- Eu acredito em você, você não vai deixar. Ela ama você, isso é só... Vai, Luanzinho, vai resgatar o que é seu.

Os meninos me buscaram, mas nem falaram nada. Parte dessa situação era culpa deles.

- Se meu casamento acabar por isso, se considerem demitidos. - falei, nervoso. Tanara não estava on-line e seu visto por último era de mais cedo, bem mais cedo. Temia que ela saísse do hotel antes que eu chegasse.
- Boi...
- Não vem com essa de boi, não, Wellignton! Eu te falei que não queria elas e você chamou. Relevei. Mas agora eu tô prestes a me separar!
- Mas, Luan, a gente não sabia... A Tatá não vai acabar um casamento por conta dessa besteira.
- Cala boca, Rober! - encerrei o assunto.

Estava sem paciência e sem cabeça para ouvir desculpas esfarrapadas. Um voo de uma hora pareceu ser de vinte. Meu coração estava muito apertado.

Quando cheguei na cidade, não tinha fãs, por -logicamente- não saberem de nada, nem que eu já tinha ido para São Paulo. Fui direto para o carro, sem cumprimentar as pessoas que trabalhavam lá. Rober, pela minha imagem, ia explicando como podia. Um ótimo funcionário, que estava prestes assunto ser mandado embora. No hotel, fui direto para o quarto que estávamos, nem esperei os meninos.

Pensei muito antes de abrir a porta. Estava muitíssimo receoso. Medo de ela não estar lá e de perder ela pra sempre. Tanara me convertia num dramático. Com a coragem que eu estava desprovido, abri bem devagar. Ela estava na cama. Fiquei observando-a, calado. Até que um soluço alto invadiu o quarto. Ela estava deitada e chorando.

Não, Tanara! 
Por favor, não faz isso! 

- Tem certeza que é isso mesmo que você quer? - disse, quase em gaguejo. Ela me olhou e depois de me avaliar rapidamente, pude percebe-la incrédula com a minha presença.

Nesse capítulo eu e a Lare conseguimos juntar várias ideias nossas e pra vocês entenderem melhor, fica aqui os nossos vídeos-inspirações: 1. Júlio Cocielo. 2. Christian Figueiredo. Assistam, vocês vão ligar as coisas perfeitamente! 💗Hahahahahahahahhaha Gente!!!! A fic da Lare é essa aqui, muito foda: Um amor que cura. Leiam, a bicha arrasa. Beijoxxxx 😘 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Capítulo 57 - Natália.

Queria dedicar esse capítulo a Iasmim, aniversariante do dia! 😍 Parabéns sua linda, que Deus ilumine seu caminho, te abençoe mais e mais; muitas felicidades e todas as coisas maravilhosas que a vida nos proporciona. Feliz aniversário! 🎉💗🎈🙅🏻

 - Cadê a Tatá, hein? Foi chamar vocês, todo mundo veio e ela sumiu. Tá perdendo o programa!
 - Ela tá conversando com o Alexandre, Luan. Lá na piscina! - Paiva respondeu, enquanto passava por mim.
 - Mas ela vai perder!
 - Daqui a pouco ela vem, filho. Agora fica calado pra Xumba ouvir. - minha mãe disse, concentrada. Fiquei um pouco intrigado. Não tinha outra hora pra conversar, não? Passaram-se alguns minutos e eu não aguentei, levantei para chamá-la. Poxa, ela estava perdendo a entrevista toda!

 - Amor? - gritei e os dois viraram assustados. Assustados por quê?
 - Oi, amor.
 - Já começou há um tempão. Cêis tão conversando o quê? Cê vai perder o programa todo, muié! - fui me aproximando e ela riu, estranha.
 - Depois eu termino de te contar, Tatá. - Alexandre bateu no meu ombro ao passar por mim.
 - O que houve? - indaguei.
 - Nada, amor. Por que seria algo?
 - Vocês dois na hora do programa, aqui, isolados.
 - Ele estava me contando algumas coisas da vida dele.
 - Ah, sim! Mas por que deixou pra contar justo na hora que 'nois' ia passar na Eliana?
 - Vamos, crianção, assistir a entrevista! - me abraçou e voltamos para a sala. Nela nós havíamos revelado muitas coisas que só nós dois sabíamos e isso surpreendeu um pouco nossa família. Tatá se agarrou em mim como se fosse ser atacada a qualquer momento. Quando falávamos algo "fofo" sobre nós dois, todos zoavam e ela me dava um selinho, orgulhosa do nosso sentimento. Nós dois estávamos orgulhosos e envergonhados pela situação constrangedora. Quando acabou, todos palpitaram que o programa e todas as coisas faladas, causaria muito nas redes sociais. Eles estavam certos.

shoquei Mais cedo, na edição do programa Eliana, tivemos informações bombásticas! O programa teve a participação do cantor Luan Santana e de sua esposa, a blogueira Tanara Accioly. Não se espantem ao lerem a palavra esposa, pois é essa a informação. Sim, Brasil, o cantor casou às escondidas!
No programa, Eliana não teve dó com as perguntas e mandou ver. Fazendo um bate e volta com os dois, separadamente.
Começou com a blogueira, que mais uma vez foi simpática e carinhosa.

"Vocês dois terminaram e agora voltaram. Por quê?"
"A gente terminou no início de 2015 por uma besteira. Passamos todo o ano trocando farpas, nos provocando..."
"Chegaram a se ver, a ficar novamente, nesse meio tempo?"
"Sim! (risos) Nossas provocações aconteceram pela a internet, e quando nos vimos pessoalmente pela primeira vez depois do término, não resistimos. No carnaval e depois, na tomorrowland, um festival de música eletrônica. A gente se gostava muito e não conseguíamos disfarçar, mesmo com a questão do orgulho."
"Não resistiram? Como assim?" Eliana perguntou e a blogueira riu, sem graça. "Ele foi com os amigos e eu do mesmo jeito. Só que era aniversário da irmã dele, então eu cheguei mais cedo. Eu bebi, bateu aquela dor de cotovelo, a saudade dele... E fui atrás."
"Você?" a apresentadora perguntou assustada. Gente, ela foi atrás do boy! 😱
"Sim! A gente meio que discutiu, aí rolou um beijo e depois ele me levou pra casa." "E depois? Não se falaram mais? Ficou por isso mesmo?"
"Em outubro, teve um show dele aqui, em Fortaleza. Ele chegou dois dias antes e veio bater aqui. Era de madrugada e estava chovendo muito. Disse que a gente precisava conversar e eu deixei ele entrar. Mesmo chateada, não podia deixar ele na chuva, né?! E eu gostava muito dele, não consegui ignora-lo. (risos)"
"E vocês brigaram ou ficaram mais uma vez?"
"Os dois. A gente discutiu e depois ele dormiu aqui, comigo. Eu estava sozinha." "Hum... (risos) Mas então? Não voltaram?"
"Eu fui pros dois shows que ele tinha no Ceará e no domingo, na hora que ele tinha que ir embora, ele perguntou como ficaria a nossa situação. Eu estava morando aqui, fazendo minha faculdade, levando minha vida... Não queria confusão pro meu lado, sabe? Nós dois éramos muito intensos e a vida dele era delicada. Mídia, fãs... Eu pensei com a razão, preferi ficar quietinha no meu canto, mesmo o amando muito. Pus um fim e a nossa despedida foi muito dolorida." Na versão do cantor, ele disse a seguinte frase:
"Fui atrás da 'muié' e ela me deu um pé na bunda. (risos) Aí eu ia fazer o quê, né?! Dei um último beijo nela e fui embora, triste demais da conta."
"E como foi esse reencontro? Ela ficou sabendo da sua filha pela a internet?"
"Nossa, lembrei agora! Quando a Laurinha apareceu na minha vida, eu quis contar primeiro pra ela. Mesmo com o fora. (risos) Eu mandei um e-mail pra ela porque sabia que em rede social, WhatsApp, ela não ia me atender. Cê num vai acreditar, ela pensou que a Laura era uma mulher! Disse pra eu não procurar mais ela, que ela ia seguir a vida dela, que ia me superar... Com ciúmes da minha filha. (Eliana gargalha) Mas depois ela viu e tal, em programas, nos sites..."
"E foi aí que voltaram?"
"Que nada! Ela nem me procurou pra falar nada..." O cantor disse isso com pesar.
"E esse reencontro, menino? Tô curiosa, você está me enrolando!"
"Nós dois temos uma afilhada, a Alice. Minha filha brincava com ela e num dia que eu fui buscar a Laura, quem tá lá? A Tatá!"
"Coração acelerou?"
"Acelerou! (risos) A gente ficou se olhando, meio sem jeito, sem graça... A partir daí..."
"Hum... safadinho! A partir daí a coisa rolou?"
"Rolou! Graças a Deus, né?! Sempre soube que ela era a mulher da minha vida."
"E como é a relação dela com a Laura?" "Muito saudável! Laura parece muito com ela e com a minha irmã, nessa coisa de estilo, roupa... Elas até brincam chamando ela de blogueirinha." Por sua vez, a blogueira já falava de tempos mais recentes.
"E como vocês se encontram agora, hoje? Fiquei sabendo que estão noivos, é verdade? Quando sai esse casório?" A apresentadora perguntou, afiada.
"Então (Tanara ficou sem jeito), estamos casados." (risos)
"Como assim, menina? Casados? Mas já rolou o casamento e eu não fiquei sabendo?"
"Ninguém ficou sabendo (risos) Casamos escondidos." Ela esboçou a aliança.
"Mas bonitinho? Tudo nos conformes? Aqui no Brasil? Como foi isso?"
"Bom... Ele inventou uma viagem pra Itália, com a desculpa de descansar e eu aceitei. Quem recusa uma viagem dessas? E nós já tínhamos ido pra Las Vegas e Los Angeles com os nossos amigos. Chegando lá, minha cunhada, que também estava com o namorado, teve a brilhante ideia de termos um dia de princesa. Do nada, sabe? Mas até então não estranhei, Bruna sempre foi muito vaidosa. Tivemos de tudo naquele dia. E, no final, a Bruna veio com um vestido de noiva, me avisando que eu casaria. Eu fiquei louca, não imaginava nunca! Vesti o vestido, já estava com a maquiagem, tudo certinho... Ela soube aprontar! Aí me levaram pra um lugar, e quando desci do carro, me deparei com um castelo."
"Vocês casaram em um castelo?" Eliana perguntou encantada.
"Sim! Foi tão maravilhoso, romântico... Ninguém sabia, além da Bruna, Breno e ele. Nem meus pais, os deles, ninguém! Passamos a lua de mel lá, foi muito lindo. Só contamos pras nossas famílias quando ele estreiou a turnê dele! Nunca vou esquecer, foi muito especial, muito mágico... Eu devo tudo isso a ele e a ela." Apontou pra cunhada, que estava escutando toda a entrevista e também respondeu algumas perguntas. Ah, e no final, elas ainda passaram um "trote" no cantor. As fãs estão ensandecidas no Twitter, Instagram e Facebook. Lotando as redes socais do casal! As shippers "lunara" (como eles são chamados) ficaram felizes pelos os dois, mas, grande parte se diz chateada por ter descoberto só agora. Só posso desejar felicidades a um dos casais mais lindos, engraçados e fofos da internet. Será que pensam em casar aqui no Brasil também? Já quero a festa e os filhos. 😍 #SHOQUEI #LuanSantana #TanaraAccioly #lunara




A matéria foi como uma bomba. Juliana me ligou desesperada e eu tentei transparecer calma. Sabíamos que ia ser uma notícia e tanto, só não entendi tanta revolta da parte das minhas fãs. Pedi que Tatá não pegasse no celular, ela era mais fraca e as fãs eram minhas, ela não era obrigada! Com certeza se magoaria e eu não queria vê-la assim de forma alguma. Nossos convidados, sem saber de nada, curtiam o churrasco normalmente. Não informei ninguém da confusão e eles não estavam a fim de ficar em rede social. Era a repercussão da festa e a do programa.

Fiz Tatá dormir com cafuné, tentando deixá-la isenta de preocupação e medo. Mesmo dizendo para ela que olhar a confusão não era recomendável, minha curiosidade falou mais alto e eu fui observar. Li de tudo. Mil e um absurdos. Acho que nem um terço defendiam a gente. Só reclamavam, reclamavam e reclamavam.

lunara CHUPAAAAAAAAA, CHUPAAAAAAAAA SUAS TROXA OTARIA DO CARALHO 🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻🖕🏻 EU DISSE QUE AS COISAS ESTAVAM ESTRANHAS! ELES CASARAM, SIIIIIIIIIIIIM! CASARAM!!!!!! PUTA MERDA VEEEEI. 😫 ELES CASARAM NA ITÁLIA, NUM CASTELO, SÓ BRUENO VIU! MANOOOO ELE FEZ UMA SURPRESA PRA ELA! Eu tô tão feliz por eles, eles se merecem, eles se amam tanto. Como vocês conseguem ser tão amargas? ME FALEM! Só porque eles não contaram? CARA PAREEEEEEEM. O LUAN NÃO É UM BONECO DE VCS, ELE NÃO DEVE SATISFAÇÃO A VCS! CHATAS DO CARALHO! VOCÊS NÃO VIRAM COMO ELES ESTÃO FELIZES? PORRRA VÃO TOMAR NO CUUUUUUUU! ATÉ AS LUNARA ATACANDO ELES! 🙄 E SOBRE O QUE EU FALEI EM 2015 (💥🔙) QUE ELES ESTAVAM JUNTOS EM FORTALEZA, EU ACERTEI TBM! ERA A TATÁ NA VAN, SIIIIIIIIIM! A FULANA COM QUEM ELE TAVA 'namorando' na época levou GAIAAAAAAA! CORNAA, CABEÇA ENFEITAAAAAADA! FOI SÓ USADA!!!!!!! Mas não foi um chifre, foi O CHIFREEEEEEEE! FICARAM OS DOIS SHOWS JUNTOS SIIIIIIM! ELE PEDIU PRA VOLTAR SIIIIIIIIIM! E ELA QUE NÃO QUISSSSSS. OU SEJA, ELE SÓ NAMOROU PRA PROVOCAR ELA. CARAAAAA, MELHORRRRR DIA, MELHOR ENTREVISTA... E VOCÊS PAREM DE ATACAR ELES, RIDÍCULAS!!!!!!!!!!! CASADOS 💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍💍👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻👰🏻💑💑💑💑💑💑💑💑💑💑💑💑🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹 E PARA TODAS AS MÍDIAS: APAIXONADOS, COMPANHEIROS, CARISMÁTICOSSSSS, LINDOSSSSS! VÃO DAR VÃO, OU ENTÃO VÃO PRA PUTA QUE PARIU!!!!!! 🤗 #casados #TanaraAlbuquerqueAcciolySantana #VÃOTERQUEMEENGOLIR #ELESFIZERAMTUDOPORAMOR #PORAMOR ❤❤❤❤❤❤❤❤ #AMOR #tchaufofas 😙



Consegui deixar Tatá longe do celular por pouco tempo. Até o escondi. O desliguei. Roubei sua atenção completamente. Mas quando todos foram embora e nós dois ficamos apenas com o Testa, Negão e Heman, não teve outro jeito. Ela viu tudo. Não postou nada. Só leu.

 - Por que elas estão fazendo isso com a gente?
 - Porque elas são complicadas. Eu pedi pra você não olhar, Tatá.
 - Você queria me poupar da realidade?
 - Eu queria te poupar de chateação. - ela suspirou. - Por favor, não posta nada. Deixa rolar.
 - Não pensei que fosse assim.
 - Ninguém pensou. O pessoal do escritório estão pra enlouquecer.
 - Você tem razão, meu amor. Não vale a pena eu ficar vendo essas coisas! - largou o celular. - Vamos pra Jaraguari, né?! Vamos!
 - Espera, vai. Como você ficou?
 - Estou bem, Loli.
 - Não gosto quando você mente pra mim.
 - Hum, então, pra melhorar: estou do mesmo jeito que você. Sentindo a mesma coisa.
 - Eu prometo que elas vão parar.
 - Isso não depende de você, eu sei que não foi culpa sua. Eu quis expor a nossa história, eu quis expor o nosso relacionamento.
 - Foi uma ótima ideia, Tatá!
 - Talvez eu esteja arrependida.
 - A matéria ficou linda. Eu gosto de mostrar como somos, o que somos. Foi isso que passamos. Nosso amor. Nosso recomeço. Nossa caminhada. Compartilhamos a esperança. Assumimos que erramos, mas, se existe sentimento, merece uma segunda chance. Só fomos sinceros. Revelamos como tudo aconteceu. Eu acho nossa história linda e agora muitos acham também. Mais do que nunca, somos inspiração.
 - Por que causou tanto ódio?
 - Porque nem todo mundo tem a sensibilidade para entender e gostar. Estamos juntos e é isso que importa. A implicância de fãs nunca será motivo para um amor verdadeiro acabar. Nem atrapalhar. Nunca nos atingirá. Ligar pra elas diante do nosso sentimento, não tem lógica, cabimento. Sinceramente? Foda-se.
 - Obrigada, eu amo você. - me abraçou.
 - Mas, mesmo não valendo muito, elas não têm esse direito. Por isso digo que se elas não pararem por bem, vão parar por mal.
 - O que você vai fazer, seu louco?
 - É melhor você ver na hora que eu fizer. Agora vamos que o Macaco tá esperando a gente! - beijei sua testa e ela sorriu, melhor (eu espero).

Quando eu fui presenteado com o quadro "Visitando o passado" do Caldeirão do Huck, estávamos separados. Então ela não participou de toda a preparação e eu queria mostrá-la a casinha da minha avó. Fomos com os meninos, Macaco e alguns da minha família (tio, primo) até Jaraguari. Foi impossível não ficar emocionado! Aquele lugar era muito especial pra mim. E eu dividi isso com ela. Entramos e ficamos observando tudo, enquanto eu contava várias histórias minhas dali. Ela sorria e ria.

 - Você era um pestinha, sabia? - Tatá estreitou os olhos.
 - Ainda não presta. - Macaco deu corda e eu ri, como se também concordasse com eles.

Ficamos pouco tempo e antes de sairmos de lá, eu sentei em frente e pedi para Tatá tirar uma foto minha.

luansantana Essa foi a casa que eu cresci..sim, aquela mesmo que o @lucianohuck reproduziu no programa dele..ela fica em Jaraguari, uma pequena cidade de 5 mil habitantes à 45km da capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande..passei os melhores momentos de uma vida nesse quintal. Jogava bola, pisava em espinho, caia de pé de manga, queimava a mão em taturana, catava jabuticaba, arrancava o tampão do dedo chutando o chão ao invés da bola...A infância que todos merecem. A infância que todos deveriam ter, afinal é a infância que forma o caráter. 
Hoje, eu sou o que sou, graças às pegadas que eu deixei aí, na terra desse quintal. @tataccioly



Depois, fomos em um barzinho. Fui recebido muito bem, literalmente com todos de braços abertos. Conversei, tirei fotos e até sentei para cantar. Um amigo sentou do meu lado para me acompanhar e nós pedimos sugestões de músicas para todos que nos assistiam. Minha esposa disse uma linda e eu sorri, como agradecimento. Ela sussurrou, enquanto me olhava encantada, segurando o celular, talvez preocupada com os ângulos. Se eu conheço ela, ela estava registrando tudo.

Já mudou a cor dos seus cabelos

Nem me fala dos seus sonhos

Não me conta mais segredos

Não divide mais seus medos

Nem ao menos diz boa noite

Nem me chama pra deitar


Tenho às vezes que pedir um beijo

Controlar os meus desejos

Esperar por um abraço

Pra curar o meu cansaço

E um carinho no meu rosto

Nem sei quanto tempo faz

Vejo nosso amor se afastando

E entre nós ficou morando
Essa saudade

Estou sentindo que aos poucos você

Vai me perder

Não importa quem foi

Se eu errei, quem errou

Se foi medo de amar

Se foi culpa do amor

Vê se volta pra mim

Porque a vida assim

Já virou solidão

Foram sonhos demais

Tantas noites iguais

E eu querendo te amar

Sem poder te tocar

Vê se volta pra mim

Não te quero assim

Vendo a nossa paixão

Fugir do coração

lunara Para as que estão como eu, tranquilas, tomem essa foto linda do Luan cantando com J&M! 💟 #paz #amor #calmapriscila 💆🏻 @luansantana


lunara Eles foram em Jaraguari, cidade da Dona Ivanir 😿😻 Foram na casinha dela e depois em um barzinho. Tatá tava gravando snap! Isso deixa bem claro né?! Eles estão cagando pra vocês! "Ô Zezé 😍❤" Ô CASAL APAIXONADO ZEZÉ, aposto que você é a trilha sonora todaaaaaa deles. 💑 #SenhoraSantana #brilhalunara #foiconhecerJaraguari #elesestãobemincomodadosmesmo #podemosperceber #tristestadinhos



Tanara's POV.

 - Tá cansadinha, meu bem? - alisou meu rosto. Tínhamos acabado de chegar em Belo Horizonte para mais um show dele.
 - Tô, amor. Tá sendo puxado, né?! Nem pra casa fomos! Mas você deve estar mais que eu.
 - Tô acostumado. - deu de ombros. - Mas é verdade. Não vejo a hora de chegarmos em casa. Se você não tivesse esse trem amanhã, íamos depois do show!
 - Nossa, nem fala. Tinha esquecido!
 - Por que você não cancela?
 - Porque eu honro meus compromissos, né, amor? É meu trabalho.
 - Você não precisa.
 - Por que eu não preciso?
 - Porque você é minha esposa e meu dinheiro dá pra gente viver bem.
 - Você não muda! - o repreendi, rindo.
 - Pedi pro motorista ir por uma saída diferente. Não quero atender ninguém.
 - Até parece, né?! Suas fãs estão por todos os buracos.
 - Mas essa saída é bem discreta, eu nunca nem usei.
 - Tá tarde, acho que não tem ninguém.
 - Sempre tem, Tatá!
 - Você tá sendo justo com elas?
 - Eu venho sempre em Belo Horizonte, minha linda. Sempre atendo. Não quero hoje! Sou ser humano, não sou?!
 - É, é sim! - beijei seu rosto, me aconchegando ainda mais em seu peito. Roberval, Wellignton e Élton escutavam nossa conversa calados. O que predominava era o silêncio da madrugada. E em minutos, a van deu partida, saindo pela saída quase secreta. O que meu marido não esperava é que teria fãs. Poucas, mas haviam. Ele me olhou desapontado e eu ri. O incentivei a ir e ele me ouviu. Deus sempre toca o coração dele, mesmo quando ele tenta se poupar. Well desceu, conversou algo com elas e depois a porta da van se abriu. Eu estava tão cansada que mal conseguia prestar atenção nas coisas ao meu redor. Mas, as três únicas meninas ali, me chamaram mais atenção do que quaisquer outras fãs. Como eram só elas, Luan desceu normal, cumprimentou e abraçou todas. Pareciam ser novas, mas nem tanto. Talvez da minha idade? Eu acenei pra elas e só uma retribuiu. A primeira, da pele negra e os cabelos cacheados e bem cuidados, estava mais nervosa e agiu emocionalmente com ele. Já na segunda, que era branca e também tinha os cabelos pretos, pude perceber algo estranho. Seus olhares para o Well, não sei. Mas a terceira, foi que me intrigou mesmo. Mesmo eu estando cansada, acabada, foi inevitável. Ela era a mais resolvida dali. Não a mais falante, mas talvez seu jeito falasse por ela. E era gritante. Bem mais alto que as vozes das outras duas. A loira bonita e um pouco mais alta que as amigas, agiu muito estranho na hora de abraçar Luan. Foi diferente. Passou a unha na sua nuca, e o apertou, com um sorriso malicioso. Eu deveria não ter visto? Porque eu vi. Well estava despreocupado, acho que por ter somente elas. Outra coisa que percebi nele: estava meio desconfiado. Luan também pareceu diferente. Como se tivesse despertado do cansaço e na hora de substituí-lo, escolhesse o nervosismo. Tinha alguma coisa acontecendo? Luan nem perguntou como elas deduziram, só pediu que elas fossem pra casa porque ali era perigoso. Perguntou se elas tinham dinheiro e acabou dando uma quantia para ajudar. Eu adorava quando ele fazia isso, mas realmente, meu sexto sentido estava querendo me dizer algo.

 - Lembra delas?
 - Como assim lembrar? - riu, sem jeito.
 - Lembrar, Luan! Já atendeu elas, não já?
 - Por que você acha isso?
 - Não sei. Lembra ou não?
 - Eu não, amor. Vejo tanta fã, em tantos dias... Meio impossível né?!
 - Hum.
 - Que foi?
 - Nada! Só quero uma cama. - fechei os olhos, deitando minha cabeça no seu ombro novamente.

Luan's POV.

Depois do show, eu e os meninos fomos para um restaurante. Tatá não quis vir e isso decidiu o assunto da mesa:

 - Você é doido, Negão?
 - Calma, cara, eu pensei que a Tatá ia pra São Paulo. Por isso eu avisei a elas.
 - Mas ela não foi! - respirei pesado.
 - Luan, relaxa, ela não desconfiou de nada. Quer dizer, ela falou algo com você?
 - A Tanara não é burra, né, Roberval?!
 - Pior que mulher sente isso de longe. - Heman riu, tentando amenizar o problema.
 - Mas vocês também são burros, puta que pariu! - dei um gole na cerveja, nervoso. - Aeroporto tudo bem, agora caixa? Backstage?
 - O Well ia era colocar elas no camarim.
 - Valeu, hein, Rober? - Negão deu um empurrão no Testa, que riu.
 - Melhor você falar a verdade pra ele, ué. - deu de ombros.
 - Não quero saber aonde ia colocar. Ainda bem que teve senso e não pôs, né? Tatá me perguntou por que elas estavam na caixa e no backstage. Se ela visse no camarim? Eu ia me foder.
 - Desculpa, Luan! - Well se desculpou, meio arrependido. Cara safado!
 - O que ela disse? - Roberval riu.
 - Você gosta, né, Testa?
 - Só acho engraçado o seu medo dela.
 - Não é medo.
 - Não?
 - Se ela descobre dessas meninas, você acha que ela vai achar super bonito e parabenizar a gente? Tanara já foi fã e era daquelas certinhas. Vei, ela vai brigar comigo até não aguentar mais!
 - Você talvez esteja aumentando, Luan. Ela já foi fã, ela te acompanhava em 2014... Sabe o que rola por trás dessas coisas.
 - Pior que não, Heman. Luan tá certo. A Tatá é muito certinha e a gente nunca deixou ela ver essas coisas. Sem contar os ciúmes dela com o Luan!
 - Mas mesmo assim, Rober. Isso não tem nada a ver com ela!
 - Cara, escuta, é a Tatá. E eles agora são mais que namorados, são casados. Ela nunca teve papas na língua, sempre demonstrou o que incomodava e não incomodava ela. Foda-se se ela não tem a ver, ela vai falar, vai reclamar, vai fazer drama. Mesmo que não fosse mulher dele, até quando era amiga era toda opiniosa. Eu que nunca nem briguei com ela, acho difícil enfrentar...
 - Imagine eu, né?!
 - O Luan que é mandado por mulher, isso, sim.
 - Vai à merda, Heman. Eu tenho medo que ela descubra, sim! Mas não porque sou mandado, e sim porque eu odeio brigar com ela.
 - Ela baixinha, mas é afrontosa, cheia de atitude. Parece menininha, mas... Eu conheço esses dois desde o começo! Então não teima, Tatá saber disso não vai ser legal pra nenhum de nós quatro.
 - Me tira dessa, cara. - Heman disse.
 - Você tá no meio também, seu frouxo.
 - Já deu, né, seus viados? Ela veio cheia de perguntinhas e eu consegui disfarçar. Já foi. Amanhã vamos embora.
 - Amanhã ela trabalha, né?!
 - É, Cirilo! E você nem pense em sair com essa menina pra motel! Ela é de menor, tu sabe que sobra pra mim.
 - Ela mostrou a identidade! Tem 18!
 - Negão, deixa de ser inocente! Essa menina tem mais cara de menina que a Tatá! Já ouviu falar em falsificar? - Rober o zoou.
 - Tatá tem 23 anos, Roberval.
 - Mas parece uma menina. Não sei como a Érika deixou vocês dois se envolverem! Você é mais velho, mais experiente, do mundo. Ela mal saia de casa, né?! Vagabundo, seduziu a filha alheia.
 - Nunca fiz nada escondido da mãe dela. - ri, descontraído, pela primeira vez.
 - E se a mãe dela não deixasse?
 - Eu ia ver ela escondido. Ninguém precisava saber. - dei de ombros e eles riram.
 - Depois reclama de mim!
 - Claro, Negão. Cê é um velho! E a Tatá mesmo novinha já tinha completado 18, e eu tinha 22... Não era pedofilia, nossa diferença de idade é pouca coisa. Sem contar que ela também já tinha namorado, e começou bem mais nova.
 - E se você ficasse escondido com ela, sem a família saber, ia forçar ela a alguma coisa?
 - Não, uai. Até porque escondido é mais gostoso, ia rolar naturalmente!
 - Então, eu não tô obrigando ninguém! Ela tá comigo porque quer.
 - Vei, a loira deu uma arranhada na minha nuca. Puta merda! Na frente da Tatá praticamente. Gelei na hora.
 - Gostou? Vai rolar flashback?
 - Eu já disse que não, Rober. Que saco!
 - Luan é mesmo outra pessoa. - Heman zoou.
 - Eu só quero ser fiel, não pode?
 - Não. - responderam em coro.
 - Então arranjem uma mulher, passem chifres nela e fiquem sozinhos depois. Eu não troco minha Tatá por essas piriguetes.
 - Eu também não trocaria. Tatá é bem gostosinha. - Rober comentou e os dois concordaram.
 - Eu vou bloquear os três do Instagram dela, seus tarados. Ela não é pro bico de vocês, não. É minha. - me gabei.
 - Sinto muito, mas... Se sua dama descobre quem chegou, ela continua sendo sua dama? - Heman olhou em uma direção e nós três olhamos juntos em seguida. De lascar! As três. Ali. De novo.
 - Wellignton! - eu e Rober repreendemos juntos.
 - Eu tô com saudade da novinha, pô.
 - Se a Tanara tivesse vindo?
 - Mas ela não veio. Relaxa, Luan. Ela não vai descobrir!
 - Seu safado, agora vou ter que despistar a loira.
 - A Tatá está aqui? Não. Alguém vai falar pra ela? Não. Fica com ela, não precisa nem passar uns pegas. - Well brincou e eu não vi nada de engraçado. Respirei fundo. Acho que só o Roberval conseguia me entender.

As três vieram para a nossa mesa e nos cumprimentaram. A morena, beijou meu segurança. A de cabelos cacheados, parecia envergonhada e ficou nervosa pela minha presença, eu acho. A loira, insinuada, cumprimentou normalmente todos, menos a mim. Mas que merda! Os meninos as convidaram para sentar e eu sorri falsamente.

 - Por que tá calado? - a loira passou a mão no meu ombro, ia até meu pescoço mas eu a impedi.
 - Porque eu não estou me sentindo muito bem aqui.
 - Não tá se divertindo? - sussurrou com o um sorriso nada inocente.
 - Não, Natália!
 - Não precisa ser grosso, também.
 - Então para de se insinuar. Você pensa o quê? Natália eu vi como você agiu no aeroporto, minha esposa estava lá.
 - Esposa, esposa. - falou com desdém, revirando os olhos. - Não vem pagar de santinho, não! Que é, vai dizer que não quer ficar comigo?
 - Não quero.
 - Das outras vezes você não me tratou assim, né?! A Júlia tá ficando com o Well, qual o problema de aproveitarmos? Eles se conheceram porque você - apontou o dedo pra mim - me procurou. Você se interessou, você que me achou uma fã bonita e teve interesse.
 - Eu era solteiro!
 - Qual a diferença? Continua sendo homem.
 - Natália não enche.
 - Não basta o micão que tá pagando na tevê dando uma de marido apaixonado, vai agir assim comigo também?
 - Chega, tá legal? Não vamos ficar, eu respeito a Tatá!
 - Tudo bem, Luan. - sorriu cínica, quase bufando de ódio. - Meninas, vamos ao banheiro comigo? - chamou as amigas, que se levantaram prontamente e acompanharam a amiga.
 - Wellignton, se livra delas!
 - Mas...
 - Sem mas, eu já disse. Eu não tô gostando dessa história! - bufei, pegando meu celular. Abri no Instagram e vi as fotos da minha esposa.

tataccioly HELLO HELLO Belo Horizonte! 😍 O show de hoje é com vocês, mineirinhos! 💘 E eu estou prontíssima. 💅🏻 #ACaixa




tataccioly Meu bem... 🙅🏻❤🙌🏻 @luansantana



Curti e comentei as duas. Tatá tinha alegado estar muito cansada e preferiu ficar no hotel. Amanhã teria um dia cheio de trabalho e precisava descansar. Mas, assim que eu levantei o pescoço, tive uma surpresa.

 - Oi, amor! Achei vocês! - Tatá estava na minha frente, com o mesmo penteado, outra roupa e um sorriso imenso como se estivesse descansado o suficiente. Eu com certeza fiquei vermelho, azul, roxo... Toda cor!
 - Oi, meu bem. - sorri nervoso e meus funcionários ficaram do mesmo modo que eu. Sentou ao meu lado e beijou meu rosto. - Você, não, não... ia ficar no hotel? - gaguejei.
 - Mudei de ideia! Fiquei lá, aí me deu vontade de comer algo diferente e eu acabei me sentindo sozinha. Lembrei do nome do restaurante que você disse que viria e estou aqui. - me abraçou, carinhosa.
 - Eu avisei, né?! Te conheço. - ela riu.
 - Vou ao banheiro, amor. Quero ver como tá meu cabelo, saí nas pressas.
 - NÃO. - nós quatro, falamos juntos. - Amor, tá linda! Não vai pedir primeiro a comida? - e agora? Well me olhava desesperado. As meninas voltariam e daria uma merda grande.
 - Deixa eu ir lá primeiro, Loli. Com licença, meninos! - levantou, educada.
 - Puta que pariu! - falei entre dentes. - Ela vai ver elas!
 - Vai lá e segura tua mulher, boi. - Roberval sugeriu.
 - Isso é culpa de vocês! - acusei.
 - Eu vou lá. - Wellignton levantou.
 - Vai entrar no banheiro das mulheres? - Heman perguntou mais sensato.
 - Ele tem razão, Negão. Senta aí e reza. Se a Tanara voltar pra me matar, eu te mato antes. Juro que mato. - passei as mãos no cabelo, tentando me acalmar.

Terceira pessoa's POV.

Tanara resolveu ir no restaurante não só por fome ou solidão. No fundo, ela estava desconfiada. Seu sexto sentido estava sendo fiel. Seus pressentimentos não eram bons, não eram de "está tudo normal". E ela concluiu isso quando entrou no banheiro daquele restaurante quase vago pela hora.

 - Natália deixa de drama, eu te avisei que ele podia muito bem te ignorar.
 - Não, Jú, ele tinha que me querer! Poxa, olha pra mim e olha pra ela. Eu sou linda, alta, gostosa. Ela é o quê? Uma magrela, anã.
 - A Tanara é linda, você sabe disso. Sabe ainda mais que ele é louco por ela. Você acompanhou a mudança dele depois que conheceu ela.
 - Eu nunca acreditei nessa paixão dele, mesmo quando eu era só mais uma fã.
 - Natália, você é o quê agora? - Thainá, mais sensata, perguntou ao revirar os olhos. - Continua sendo só mais uma fã, deixa de ser louca.
 - Cala a boca, Thainá! Você não sabe de nada! No aeroporto ele estava me olhando diferente. Além do mais, você acha que ele não trouxe ela pro restaurante por quê? Ele quer. Só tá dando uma de difícil, fiel, com medo.
 - Você é louca, Natália! Vocês só ficaram duas vezes e ele ainda não tinha voltado pra ela.
 - E daí? Ele é areia demais pro caminhãozinho dela. - falou venenosa, tendo os suspiros pesados das amigas como resposta. - Você, Júlia, é só mais uma xerecard. Do Wellignton. Eu, não, entende? Vocês não sabem o que é o Luan na cama, gente. O beijo dele... - passou as mãos no lábios, como se sentisse o mesmo gosto de meses atrás.
 - Ele tá casado, sua louca! Acabou a época que ele pegava uma fã diferente em cada cidade, entendeu? Ele gosta dela, ele gosta muito dela! Ele te deu o maior fora, Natália! Toma vergonha na cara e vamos embora.
 - Eu não vou embora! Quero só ver se até o final da noite, ele não está agarrado comigo. Vocês acham o quê? Ele só está assim porque ela viajou com ele. Mas quando ela não viaja, ele faz coisa bem pior! Não sejam burras, só aparece na mídia o que o Luan quer que apareça. A Tanara sempre foi corna! Em 2013, 2014... Isso não vai mudar, entenderam? Por cada cidade que ele passa, é uma que ele come. Paga de apaixonado no Instagram, nos programas, mas os chifres não são poucos. Quando ele começou a namorar pra provocar ela, ela não passou chifres na mulher? Os dois, em Fortaleza, não fizeram a coitada de trouxa? Homem que trai uma, trai todas. Tudo que vai, volta. Tanara agora vai ter o castigo dela, vai sofrer na pele. E em Belo Horizonte, a uma que ele come, vai continuar sendo eu! - disse áspera, fazendo lágrimas escorrerem pelos os olhos de Tanara.


Gente, oi! Natália, Júlia e Thainá são as minhas leitoras lindas e pela a ordem, foram as escolhidas para esse capítulo. Mas, em especial, a Nath que conseguiu ver o Israel (ela é fã dele também) e eu fiquei super feliz por essa puta. Você merece, viu? Conte comigo sempre para comemorar suas vitórias, amo você (amo tanto que te coloquei como a piriguete). E AÍ? VOLTO RAPIDINHO! BEIJOXXXXXX😘 

sábado, 17 de setembro de 2016

Capítulo 56 - Só sei que somos dois serumaninhos, que delícia é ficar agarradinho, nosso beijo combinou, rapidinho já rolou...


23 de agosto de 2018, quinta-feira

 - Oi. - Tatá dava sorriso tímido, ao me ver pessoalmente pela primeira vez depois de tantos dias. Eu ainda estava meio chateado com ela. Passei o dia sozinho, preso naquela cidade, enquanto ela estava com o meu amigo. Claro que eu estava chateado. Mas, seus olhos me fitaram com vergonha. Receio. Como se Tatá estivesse se sentindo culpada -ela era-. Sua postura também era de uma pessoa sem graça. Eu estava certo, estava com raiva, estava com ciúmes... mas, também estava com muitas saudades.
 - Oi. - me aproximei.
 - E aí, boi. - Marquinhos me cumprimentou e ela observou calada. O pessoal começou a falar com os dois que foram nos buscar no aeroporto e desde então, eu e minha esposa passamos a trocar olhares, com uma distância considerável. Isso, distância. Estávamos afastados. Eu sentia e a sensação era incômoda, péssima.

Permanecemos calados enquanto todos falavam animados. Já se passava das 20h30 e Roberval sugeriu irmos jantar em um restaurante, todos os outros concordaram. Marquinhos nos levou numa pizzaria "ótima", segundo ele. E lá, o clima não melhorou. Tatá sentou na ponta da mesa, entre eu e Marquinhos. Todos tagarelavam -até eu- e ela prosseguia calada. Muito estranha. O direito de estar com raiva era meu, por que ela estava agindo dessa forma? Enquanto esperávamos a pizza, levantei para ir ao banheiro. Só percebi que Marquinhos havia me seguido quando o vi pelo o reflexo do espelho.

 - Preciso falar com você, boi. Papo sério!
 - Uai. - minha curiosidade despertou.
 - É sobre a Tatá.
 - O que tem ela?
 - Ela comentou comigo que vocês discutiram por causa de mim.
 - Não discutimos por causa de você. Foi bem longe disso.
 - Então por que vocês estão sem se falar? Nem parecem o casal chato que não se desgrudam.
 - Eu reclamei com ela, Marquinhos. Mas ela não devia ter te contato, foi uma coisa nossa.
 - Me envolve!
 - O que você quer?
 - Eu sempre levei seus ciúmes na brincadeira. Eles são desnecessários e até idiotas. A Tatá pra mim é como a Bruna, como uma irmã. Você não acha possível existir uma amizade entre homem e mulher?
 - Em nenhum momento eu disse que tinha medo de vocês dois se envolverem, me traírem, enfim.
 - E por que age dessa maneira?
 - Marquinhos, eu tenho ciúmes. Mas não o tipo de ciúmes que você tá achando.
 - Independente do tipo, está afetando a gente, atrapalhando vocês. Cara, eu implico pra te irritar. Abraço ela, beijo e tal...
 - Eu já disse que não é isso!
 - Então por que você foi se queixar pra ela? Ela tá triste.
 - Porque eu estou com a razão, Marquinhos. Você não deve se meter nisso, é coisa nossa, já disse.
 - Devo! Olha, se isso te incomoda de verdade, eu vou me afastar dela. De vocês. Somos amigos de infância e nunca houve isso entre a gente. Eu gosto muito da Tatá, ela é muito especial pra mim. Minhas brincadeiras são com um respeito que você nem imagina! Te considero um irmão e torço muito por vocês dois. Ou seja, se eu sou causa de briga, vou me afastar. Não quero isso jamais. Fiquei bem mal quando ela me contou, principalmente depois, quando fui percebendo como ela estava. Por isso vim resolver com você, de homem pra homem, como os parceiros que sempre fomos.
 - Marquinhos. - suspirei, refletindo. - Desculpa! Você tem razão, eu fui um babaca. Eu me senti sozinho, excluído... com vocês dois juntos enquanto eu ficava preso em um quarto de hotel.
 - Ela não parava de falar em você. Ela ama você, insegurança não cabe.
 - Não é insegurança, foi ciúmes da companhia de vocês. Obrigado por ter vindo abrir meus olhos!
 - Acho que você deve desculpas pra ela, né?! E olha, se isso for resultado do que aconteceu com o Felipe, é totalmente diferente...
 - Não, não. - ri fracamente. - Não tem nada a ver com ele. Eu não acho que vocês dois vão se pegar só porque eu e ela ficamos juntos quando eu era amigo dele.
 - Graças a Deus. - disse aliviado.
 - Agora deixa eu mijar. - me apressei e ele saiu, rindo.

Voltei pra mesa e ela afastava o celular, já que a pizza tinha chegado. Sentei e ela me olhou rapidamente. Pôs o pedaço dela e perguntou qual sabor eu queria; respondi e ela pôs um no meu prato também. Ela cortou o primeiro pedaço e antes de levar pra boca, eu aproximei meu rosto do dela e abri a minha, como se pedisse. Ela estreitou os olhos e tenho certeza que viramos o foco da atenção de todos. Reforcei o pedido mexendo o rosto, então ela sorriu pequeno e pôs na minha boca. Mastiguei enquanto ela cortava o outro e dessa vez, colocava na própria boca. Marquinhos disfarçou a risada e eu aproximei nossas cadeiras. Fiz ela me dar todos os pedaços na boca, como se eu fosse seu bebê. Comemos juntos e até poderia parecer brega, mas, para ela foi fofo e pra mim, divertido. Na mesa ela e Arleyde eram as únicas mulheres e os homens, obviamente, não poupariam as zoeiras.

 - Eu também quero uma namoradinha pra me dar comida na boca.
 - Cê é feio, ninguém te quer, não. - joguei uma bolinha de papel (do guardanapo) nele. Trouxe Tatá mais pra mim e cheirei seu pescoço.
 - Você vai deixar ele falar assim comigo, Tatá?
 - Ignora! Você está sozinho por opção, né?!
 - Opção das 'muié', né, amor?! - insisti e todos riram. Ela sorriu com os olhos e eu beijei seu rosto, tentando cessar a saudade que vinha me torturando.
 - Eita, o grude começou. - Roberval palpitou.
 - Alguém troca de lugar comigo, por favor? - Marquinhos fez drama.
 - Cêis são um bando de invejosos! - acusei, enquanto Arleyde nos olhava encantada.
 - Amanhã vocês saem da seca! - Piunti falou, dando início aos milhares de comentários sobre a festa, a expectativa do pessoal estava grande. Esqueceram da gente um pouco e eu aproveitei ainda mais. A roubei um beijo, beijo de verdade.
 - O que houve com você? Mudou do nada? Não estava com raiva de mim?
 - Percebi que não vale a pena. Fiquei enciumado, com razão, mas... passou.
 - Com razão? - levantou uma das sobrancelhas.
 - Imagina se eu tivesse passando dias com a Carolina, me divertindo, enquanto você trabalha?
 - Mas eu não vim pra me divertir, eu vim pra terminar os detalhes da festa!
 - Mesmo assim. Por favor, não vamos mais discutir? Às vezes eu sou grosso com você, mas cê sabe que é sem querer... É meu jeito, ser ciumento assim, carente de você.
 - Eu mereço um prêmio por te aguentar.
 - Quem merece sou eu! Quero ver quem aguenta ter uma muié tão sorridente, que todo homem já fica babando.
 - Você é louco, mas, sabe que eu até te amo?
 - Sei, eu sei. - rimos e eu a beijei novamente. Ficamos naquele chamego até irmos embora. Eu pus meu casaco e tirei fotos com os funcionários da pizzaria; Tatá foi a fotógrafa. Agradecemos pela a noite agradável, fomos bem atendidos e a pizza realmente era muito boa. Depois de tudo isso, finalmente fomos para a chácara alugada. Testa, Heman e Cirilo ficariam conosco.

Tínhamos tirado uma foto antes de comermos e quase todos quiseram postar.

piunti Ô, Campo Grande! 👊🏻  

lunara Meu amor com o pessoal da pizzaria que estava com toda a galera, incluindo a Tatá, em Campo Grande. O show é amanhã! 😍🍕❣ @luansantana @tataccioly 



Descansei nos braços da minha menina, enquanto ela me informava sobre os últimos preparativos. Estava ansiosa, muito ansiosa. Já eu, bem tranquilo. Ganhei um cafuné e uma massagem. Todos os quartos dali eram grandes e confortáveis, mas, com certeza o nosso era o melhor. Estava louco para ver aquele lugar preenchido pelo o pessoal, não fazia questão de silêncio. Uma pena que Laura e João Guilherme não estivessem com a gente.

24 de agosto de 2018, sexta-feira

tataccioly Hum, Campo Grande! 🙊 #ShowDoMeuNeném @luansantana



 - Tá tendo show do Jorge & Mateus, boi. Borá, né?!
 - Sério, Marquinhos?
 - Sim, Tatá.
 - Não sei, não... Acho melhor a gente ir descansar, amanhã o pessoal chega e o dia vai ser bem cheio.
 - Esqueci que você era casada com um velho, Tatá!
 - Amor, por favor, vamos? É Jorge & Mateus! - me abraçou, malandra. Suspirei, sendo obrigado a aceitar. E foi assim que fomos todos parar no show deles, mesmo já estando tarde. Quando souberam da minha presença, mandaram me chamar para ir no palco. Entre tantas músicas que podíamos cantar, a escolhida foi a que eu fiz para a minha linda: cantada. Ela, lógico, amou. Estava no palco mas era como se eu estivesse frente à frente com ela, vendo ela sorrir inquieta, dando pulinhos ou cantando de olhos fechados, com a mão no peito. O jeitinho dela de enlouquecer.

Quando voltei para onde todos estavam, me dei os parabéns por ter acertado, ter imaginado da forma correta. Ela me abraçou forte, com a boca vermelha, um sorrisão de orelha a orelha, que vai me faltando o ar... Nem preciso dizer como passamos o show: agarradinhos, eu atrás dela, sem tirar minhas mãos da sua cintura, cantando a maioria das músicas no seu ouvido. Como finalizamos aquela noite? Começa com "s" e termina com "o". Sejam caprichosas na imaginação.

25 de agosto de 2018, sábado 

Tanara's POV.

 - Mamãe, a senhora e o Hugo podem ficar no quarto que eu estou com o Loli.
 - Não precisa, Tatá.
 - Esse de vocês é pequeno e ainda tem a Duda! Vocês vão ficar lá e ponto final.
 - O Luan não se importa? Ele que está pagando tudo isso, merece o melhor quarto.
 - Luan não liga pra nada, Dona Érika. E se ligar o problema é dele, já está decidido.
 - E os pais dele, menina? Podem ficar chateados. O filho paga tudo e quem fica com o luxo sou eu?
 - Ai, mãe, o quarto da Tia Zete e do Seu Amarildo é ótimo. E para de ficar falando em pagar, pagar, pagar... Ele que tá arcando com isso, mas, eu sou a esposa dele e faço o que eu quiser.
 - Se vierem reclamar a culpa é sua!
 - Amor, cê trouxe outro chinelo? Eu quebrei esse. - Luan entrou no quarto.
 - Eu não acredito, Luan Rafael! Um dia usando e já quebra? - minha mãe riu.
 - E eu tenho culpa? O trem que quebrou sozinho.
 - Agora você vai ficar descalço! Eu não trouxe outro, só comprei esse pra trazer.
 - Vê se o Alexandre tem, Luan. Ele sempre anda com dois.
 - O Ale tem pé de homem, né, mãe?! O Luan calça 39, uma princesa.
 - 39? - Érika não controlou a risada, desacreditada.
 - Fiquem zoando, cêis duas! Vou pedir pra Xumba.
 - Até porque sua mãe tem que andar com chinelo de um cavalão de 27 anos, né?
 - Então ela vai comprar. - deu de ombros, dando meia volta para sair.
 - Amor! - o chamei.
 - Oi. - parou.
 - Mamãe e Hugo vão ficar no nosso quarto, tá? Lá é melhor pra eles.
 - E a gente aqui?
 - Aham.
 - Beleza! E ah, meu bem, as meninas tão discutindo sobre esse negócio de quarto também.
 - Mas não tá tudo resolvido?
 - Parece que não. Eu acho que têm poucos quartos...
 - Não, Loli, eu fiz a conta certinha.
 - Não sei, mas elas estão vendo problema. - saiu por completo e fechou a porta.
 - Luan é um meninão, né?! - reparou.
 - Né. - ri do seu jeito. - Vou resolver a questão dos quartos, mãe. Leva logo as coisas da senhora pro quarto que eu tô, depois eu trago as minhas e as do Loli. - avisei e saí. O problema era: Carolina queria que o Ale ficasse no quarto com ela e Cristina. Cristina reivindicava e meu primo só ria. Minha sogra assistia tudo e sorria, balançando a cabeça. Bruna, Daniela e Paiva em outro. Tinha Douglas, Juliana (a namorada), Breno e Caio.

 - Homem e mulher não vão dormir no mesmo quarto. Breno pra um lado e Bruna pra outro. Douglas e Juliana do mesmo jeito. Alexandre e Carolina do mesmo jeito também. - Luan falou alto, como se mandasse em todos. Logo após vieram as risadas.
 - O que você tá insinuando, Luan? Que eu e o Ale somos um casal?
 - Mais ou menos, né, Carolzinha?
 - Então a Tatá vai dormir longe de você também, Luanzinho.
 - Mãe! Não tinha minha moral, pô! - me abraçou, enquanto riam mais uma vez.
 - Cala a boca, viado. Eu vou dormir com a Ju, sim! Você não manda em nada, quem manda é a Tatá.
 - Ô pai, chega aqui, o que o senhor acha da Bruna dormir com o Breno? - gritou pelo o Seu Amarildo.
 - Deixa de plantar discórdia, amor. Se resolvam entre vocês, eu já amparei minha mãe e minha sogra. - beijei meu ombro. - Só tem uma coisa que eu lembro: a Cris disse que quer dormir com o Well.
 - Tanara por que você não vai se ferrar? - risos e mais risos.
 - Ô Cirilo, cê tá sendo convocado!
 - Marcos não gostou dessa história. - Douglas entrou na brincadeira e nós não paramos mais.

                               🚺🚹

 - Meu bem, pelo amor de Deus, todos já foram. Literalmente todos, estamos sozinhos aqui.
 - Terminei, seu chato! - sorri, virando. - Como estou?
 - Uma princesa. - me elogiou, com um sorriso tão grande quanto o meu. - Linda demais da conta! Agora podemos ir?
 - Ah, Luan!
 - Vamos chegar atrasados, sabia? Aliás, já estamos atrasados.
 - Quando você chega no horário?
 - Eu sou atrasado, aí junta com você...
 - Vamos! - corri para passar um pouco mais de perfume e ele revirou os olhos.
 - Você já tá cheirosa, amor. É a terceira vez que você passa esse trem!
 - Amor, caladinho, tá? Vamos. - chamei por fim e ele levantou, impaciente. Ele tinha ficado conversando com Rober e Well o tempo todo enquanto eu me arrumava, só entrou agora para me apressar. Ele pode atrasar e eu não?

Realmente todos já haviam ido e só restou nós quatro. Recebi elogios do Roberval e só Wellignton e agradeci, tentando tirar uma foto. Não deu certo. Entramos com flashs, muitos flashs. Cumprimentamos quem víamos e depois fomos tirar fotos juntos. A noite decorreu maravilhosamente. Havia muitos amigos do Luan, tanto famosos quanto anônimos. Ele quem escolheu, foram selecionados os mais especiais. Depois de me arrastar por cada espaço do salão, distribuindo atenção, me apresentando para os amigos que ainda não me conheciam pessoalmente, fomos curtir despreocupados. Nem pegamos nos nossos celulares. Dançamos, bebemos. É, imaginem o Luan dançando um funk? Pra conseguir convence-lo, tive que esperar ele beber um pouco mais. A festa deu mais certo do que imaginávamos. Perfeita! 11 anos comemorados da melhor forma: do jeitinho dele, na sua essência.

 - Amor, para! Vamos dormir, todo mundo já foi. - eu ria descontroladamente, enquanto ele me abraçava, me empurrando.
 - Ô seus loucos, vocês não vão entrar, não? Eu e o Breno já estamos indo.
 - TCHAU, PIROCA! TCHAU! - gritou.
 - Você vai acordar o pessoal, seu doido! Cala a boca! - tampei sua boca e ele mordeu minha mão. Bruna entrou por completo, Breno tinha bebido muito também e ela não o acompanhou, única sóbria. - Amor, se minha mãe me vê assim, ela me mata.
 - Quem mandou beber desse tanto? Eu tô de boa, ocê que tá 'beba maluca'. - rimos alto.
 - A gente precisa entrar! Vem! - afastei os nossos corpos e puxei sua mão, estávamos na área externa da chácara.
 - Minha linda, que dormir o quê! Eu não tô com sono!
 - Você está embriagado.
 - Ô... - começou a tirar a roupa, e pra variar, eu gargalhei. Ele fazia uma dancinha ridícula e acabou tirando tudo de cima. O sapato também voou. Só restou a calça.
 - Luan!
 - Vem cá. - me deu uma juntada e levando meu corpo colado ao dele, foi andando para a borda da piscina.
 - Não, não, não... Você não vai fazer isso! Luan! LUAN! - eu resisti fortemente, mas, não adiantou e ele nos jogou na piscina. - SEU FILHO DA PUTA! - exclamei assim que pus a cabeça pra fora d'água.
 - Cê vai acordar o povo, muié...
 - Cretino! Imbecil! Retardado! - batia a mão na água, lhe atingindo com jatos. Ele ria. E depois de um tempo, me permiti rir também. Ele se aproximou, segurou meu rosto e começou um beijo.
 - Amor, sabe o que eu tô lembrando?
 - O quê?
 - De uma música que eu ouvi ontem no show do Jorge & Mateus.
 - Amor, eu tô com frio. - entrelacei minhas pernas ao redor da sua bunda -debaixo d'água-. Ele deitou minha cabeça no seu ombro e começou a passar as mãos nos meus braços, querendo me proteger do frio.
 - A música é bem a gente.
 - É? - perguntei.
 - É! - pronto, o bêbado começou a cantar. Ou tentar, né?! Além de não lembrar a letra exatamente, sua voz dominada pelo o tanto de álcool consumido, não ajudava.

A gente passa
Por várias situações em um só dia
Primeiro beija e depois briga
Se ama e também faz intriga

A gente forma
Um casalzinho assim meio sem juízo
Você mimada e atrevida
E eu to nem aí pra vida

Se me agride, eu te beijo
Me maltrata, eu sempre esqueço
E me vejo novamente preso em seus abraços

Tem gente que vira lembrança
Outros que viram passado
E eu to sempre me virando, pra tá do seu lado

Só quero estar do seu lado

Seria pior não ter nunca mais
O seu mau humor me tirando a paz
Mas cinco minutos depois

Te provoco risos, te beijo à força
E mais uma vez você me perdoa
Diz eu te amo com voz rouca

Cantou ela embolado, o que me fez rir mais e mais. Em algumas partes que eu entendi, identifiquei a gente. Era bem nossa mesmo. E quando ele terminou, eu bati palmas. Nos beijamos mais uma, duas, três vezes. Poderíamos ficar ali, uma pena foi o frio ter vencido. Meu vestido preto e curto estava encharcado, a calça do meu amor então... Peguei sua camisa e fomos andando devagar, nas pontas dos pés para não fazer barulho -o que foi inevitável pois os dois idiotas riam de qualquer coisa que viam no caminho-. Resultado? Nós levamos uma baita queda antes de subirmos as escadas. Nossos cabelos molharam todo o chão e não deu em outra, Luan escorregou e por estar me segurando pela cintura, atrás de mim, me levou junto. Na hora não doeu muito, só foi motivo para rirmos ainda mais. Se Érika acorda, ela me mata!

Só tiramos as roupas molhadas e dormimos com as peças íntimas, molhadas mesmo. Ele de cueca e eu de calcinha e sutiã. Trancamos a porta, pois a chácara lotada daquele jeito, poderia ocorrer de alguém abrir sem bater. Imagina a vergonha? E o equívoco que com certeza cometeriam? Enfim.

26 de agosto de 2018, domingo 

 - Bom dia, amor. - balbuciei, abrindo os olhos.
 - Bom dia. - ele disse rouco.
 - Dor de cabeça?
 - Muita. Sede também.
 - Vou buscar um comprimido e água.  - beijei seu olho. Vesti um vestido, escovei os dentes e desci. Minha mãe e minha sogra conversavam sobre todos estarem no mesmo estado: ressaca. Contei do que eu e Luan aprontamos, das coisas que eu lembrava de relance e depois subi. Mais tarde elas levaram "remédios" para nós dois e com o tempo, fomos melhorando.

 - Ressaca? - Ale perguntou, ao ver Luan deitado no meu colo, no sofá.
 - Das feias. - respondi.
 - Mas também, né?! Ontem vocês dois beberam mais que todo mundo. - sentou do nosso lado.
 - Esse abestado derrubou a gente na piscina.
 - Sério? - perguntou incrédulo e Luan, cara de pau, só riu.
 - Tatá.
 - Hum?
 - Depois quero falar com você. - disse sem som, fui obrigada a fazer leitura labial.  Luan estava tão desligado que nem percebeu.
 - Amor, me dá meu celular. - pediu.
 - Eu tô com fome! Tia? - Alexandre saiu atrás da minha mãe e eu entreguei o celular para o meu marido.
 - Vai postar as fotos?
 - Vou.
 - Deixa eu ir pegar refrigerante.
 - Não, amor, fica aqui.
 - Eu não sou travesseiro, tá?
 - Mas é melhor. Cuida de mim, vai. - falou dengoso, me convencendo. Continuei então fazendo cafuné e fingindo prestar atenção no que passava na tevê. Ele escolheu uma das fotos que já haviam nos mandado, escreveu alguma coisa e logo publicou. - Olha aí, Pikitinha.

Peguei meu celular e abri diretamente no Instagram. Estava sem saco para qualquer outra rede social!

luansantana Que casal sexy 😏 KKKKKK Eu e minha linda ontem na minha festa de 11 anos de carreira 👩🏻👨🏻 Queria agradecer a todos os envolvidos, os convidados que compareceram e principalmente a ela, responsável por tudo.. Foi tão massa que a muié tomou todaaaas pra comemorar 👀🍾 Num sei pq ela bebe e eu que fico de ressaca 🤔 KKKKKKK Te amo meu amor, obrigado! ❤ (pode continuar cuidando de mim, eu deixo) @tataccioly #LuanSantana11Anos



Ri ao terminar de ler. Como era criança! Aproveitei para ver o que haviam colocado e óbvio, postar uma foto também.

lunara O cantor depois do show dele, foi pro show do J&M 😍 Teve lunara lá, sim! E teve música lunara TAMBÉM! Cantada! 🎶☀👄9⃣⏰ Não é coisa da minha imaginação, quem lembra quando a Tatá postou uma foto e pôs um trecho da música? Em 2014? 💅🏻 ahhhhhh, e hoje ainda teve pic lunara no camarim! 😍 Amo tanto 🔐❤ @luansantana @tataccioly 



brusantanareal 💋 #LuanSantana11Anos 



lunara ME SEGURA QUE EU TÔ É MORTAAAAAA! FIM DO MISTÉRIO! 😱 Tatá estava em Campo Grande organizando a festa de 11 anos de carreira! 😳 Isso nunca aconteceu, nunquinhaaaa! Hoje ele comemora 9 anos do DVD ao vivo em Campo Grande e aproveitaram pra fazer a festa 😧👏🏻 Muitos famosos, todos os amigos... Viados, vocês dois juntos: se não for pra tombar vocês nem vão, né?! 💥 Olha o look da maravilhosa, DEUSAAAAA REAL! 😍💃🏻 Já já volto com mais fotos! 👠 @tataccioly #LuanSantana11Anos #TanaraAccioly #LuanSantana 



lunara MAIS FOTOS! BRUNA, LUAN E TATÁ! 😨😍 LINDOS DEMAIS, EU VOU GRITAR UM PALAVRÃÃOOOOO! ❤❤❤❤❤❤❤ @brusantanareal @luansantana @tataccioly #LuanSantana11Anos 



tanarizamos Tá rolando festão pra comemorar os 11 anos do Luan e olha como a rainha está vestida! 😍👠 @tataccioly #TanaraAccioly #LuanSantana11Anos 



bs.now Bruna curtindo a festa de 11 anos de carreira do irmão com o blogueiro Hugo Gloss! 🎉❤💃🏻 #LuanSantana11Anos 



lunara AS MAIXXXXXXX DIVAS! Muito brilho, meus olhos até doeram! As santanareal donas da porra toda! 👭 Cadê a Mari e a Laurinha? Kero fotinhas. 📸💗💁🏻 #LuanSantana11Anos @brusantanareal @tataccioly



lunara Eu sei que é muuuuuito tiro mas não esqueçam que hoje vai passar a matéria da Eliana com lunara, tá?! ANSIOSA MIL! 😩📺❤ @tataccioly @blogdaeliana



tataccioly Obrigada a todos que nos ajudaram com a festa de ontem! Equipe sensacional! 💪🏻😍 Ontem comemoramos os 11 anos de carreira do meu amor, mas ontem também foi um dia especial por outro motivo: 9 anos do primeiro DVD. 📽Sinais me ajudaram a perceber, o meu caminho é você! 🎼🙌🏻❤ (na verdade nós dois bebemos um "pouco" acima da medida e estamos sofrendo com a maldita ressaca. Quem nunca? 😅) @luansantana #LuanSantana11Anos 



 - Amor eu tinha esquecido! Vai começar o programa da Eliana, com a nossa matéria.
 - Nossa, a Juba tinha me falado mesmo.
 - Vou chamar o pessoal, muda aí o canal. - tirei sua cabeça da minha coxa e ele resmungou. Chamei todos e eles já foram lotar a sala. Principalmente minha mãe e Tia Zete. Elas estavam curiosíssimas.

 - Espera! - Ale segurou meu braço, antes que eu voltasse.
 - Oi, menino.
 - A gente precisa conversar, Tatá! - suspirei, olhando para os lados. - Vamos pra piscina! - foi me conduzindo e com a minha mão presa a dele, fui seguindo-o. - Que história é essa de irmão?
 - Vovó te contou?
 - Claro, né?! Você vai ficar com ele e não falou pra ninguém?
 - Só eu, vovó e o Luan sabemos dessa minha decisão.
 - Tatá é mais uma responsabilidade pra você!
 - Eu sei, mas meu coração tá pedindo isso.
 - Enfim, eu não vou me meter. Você sabe que o papai voltou pra Fortaleza?
 - O que você fez com o dinheiro do carro?
 - Fiz o que pude, mas não resolveu tudo. Juros são altos. O dinheiro virou uma merreca. Seu Marcos continua do mesmo jeito, Tatá! Não liga, ignora, finge que nada está acontecendo. Eu não vou mais suportar sozinho, a coisa vai despencar e todos vão saber.
 - Ale, a vovó não pode saber disso!
 - Mas eu não tô dando conta de segurar essa barra sozinho!
 - Conversa com o Tio Marcos, tenta convencer ele a pelo menos te ajudar.
 - Mesmo que ele passe a ajudar, vai ajudar com o quê? Tatá, você não entende, nesse ramo as coisas são complicadas demais! Os amigos do papai que descobriram se afastaram, ninguém tem amigo quando envolve negócios. A empresa sempre teve prestígio, isso está sendo uma lástima.
 - Olha, eu sei uma saída. Só preciso de mais um tempo.
 - Tem certeza? Tatá, acho que você não consegue ter noção.
 - Tenho! Por favor, continua sem falar nada com ninguém. Vai dando seus pulos, eu vou ver se viajo pra te ajudar lá, tentar entender, sei lá!
 - Tem uma coisa que você não sabe.
 - O quê?
 - O pai sem saídas, óbvio, pensou em vender.
 - Mesmo com tantas dívidas?
 - Sim! Ou vender, ou sociedade... Ele não me contou com detalhes.
 - Ale, a vovó ama a empresa. É o patrimônio dela.
 - Eu sei, mas foi ele...
 - Não pode! Não deixa!
 - Teve uma pessoa interessada.
 - Quem?
 - O Erick.