terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Capítulo 10


- Oi, Tatá. - minha mãe abriu um sorriso, indo abraçá-la. Os outros a cumprimentaram da mesma forma, enquanto eu olhava-a sem reação. 
- Oi, anãzinha! - Marquinhos também abraçou-a. 
- Oi, seu chato. - riu, enquanto ele bagunçava seu cabelo. - Oi, Luan. - me olhou cúmplice.
- Oi, Tanara. - a olhei da mesma forma e minha mãe me chamou, falando algo a ver com o quarto que ficaríamos. Vi Cristina, Eduarda, Alice e minha filha. Cumprimentei minha afilhada, minha ex cunhada e Cris, que me deu um abraço apertado. 

Dona Marizete conversava com Érika e ao olhar pro lado, vi alguém muito especial.

- Luan! Meu filho! - Dona Fátima estava ali, e abriu os braços para me abraçar. Eu a abracei, feliz com aquela surpresa.
- Como a senhora tá? - perguntei.
- Tô bem e você? 
- Tô ótimo. Cê conhece minha mãe? Ô mãe, ô a Dona Fátima, famosa avó da Tatá. - chamei Xumba, que veio sorridente.
- Eu já ia apresentar mamãe! - Érika riu, enquanto as duas se cumprimentaram. Pareceram se dar bem e eu fiquei bem com aquilo. Dona Fátima se tornou muito especial pra mim, eu realmente a adorava. Chamei Laurinha e a apresentei também, deixando Dona Fátima encantada com minha filha. Conversamos sobre a divisão dos quartos, propósito que fez minha mãe me tirar de perto de Tatá. Eu não prestei muita atenção, só concordei. Qualquer quarto ali era confortável! 

Laura ficaria com as crianças e eu dormiria com o Marquinhos. Tinha duas camas de solteiro, claro. Meu pai entrou e também conheceu Dona Fátima e nessa hora, todas as malas já estavam nos quartos. Estava com a impressão de que Érika e Marizete estavam tentando me manter longe da Tatá e fiquei complemente desentendido. O que elas queriam com aquilo? Nas oportunidades que ficaríamos a sós, elas chegavam, nos deixando totalmente sem graças e incapazes de conversar. 

Na área externa já tinha carne e muita cerveja, enquanto as três crianças brincavam na sala com a supervisão da Dona Fátima. 

- Que foi? - Marquinhos perguntou, se afastando da rodinha em que finalmente minha mãe e Érika estavam sem olhar para nós dois, só porque Tatá estava afastada conversando com Cristina.
- Quero conversar com a Tatá e elas não deixam.
- Elas quem?
- Dona Marizete e Dona Érika. - suspirei triste. 
- Como assim não deixam, cara? 
- Sempre que eu tento, quando finalmente a Tatá está sozinha, uma das duas aparece. Meio óbvio, você não acha? Queria aproveitar que a Laura está entretida, cara. Mas desse jeito...
- Você acha que elas tão fazendo de propósito?
- Tenho certeza. 
- Mas as duas sempre apoiaram vocês.
- Mas agora é diferente. A Tatá tem o Felipe, e ele não está aqui.
- Será que é por medo? 
- Com certeza. Tá chato, vei. A Tatá tá muito sem graça.
- Pelo visto você também! Mas vem cá, vamos dar um olé nas coroas. 
- Ou cara, fala direito. - ri, negando. 
- Elas tão entretidas, a Tatá tá ali com a Cris... Vem! - me chamou e eu saí silencioso, sem com que elas percebessem. 
- Viu, deu certo. - sussurrou, enquanto nós andávamos e eu olhava pra trás. Nos aproximamos das duas, e eu fiquei totalmente sem jeito.
- Oi, anãzinhas. 
- Vai se foder, Marquinhos. - Tatá se defendeu, rindo.
- Vocês dois que são grandes demais. - Cristina deu de ombros e eu ri fraco, olhando pra minha menina. 
- Cris, vamos ali comigo? - Marquinhos pediu, a fazendo olhar desentendida.
- Marquinhos quer flashback? - Tatá olhou má intencionada e os dois mostraram os dedos para ela. 
- Quem quer é outra pessoa. - meu amigo deu um tapa amigavelmente nas minhas costas. 
- Cala a boca, cara. - o repreendi. 
- Eu já entendi! - Cristina levantou. - Há tempos que vocês tentam e tadinhos, as mamães não deixam. - nos zoou, fazendo Tatá mostrar a língua.
- Deixa eles, Cris. Não aguento ver os dois tão desconsolados, longe um do outro. Eu com certeza vou pro céu! - Marquinhos zoou por fim, saindo em seguida e levando Cristina junto.
- Oi. - sentei no lugar da sua amiga.
- Oi. - sorriu pra mim.
- Desculpa pela a atitude da sua Tia Zete, eu não sei o que tá acontecendo.
- Eu acho que sei, Luan. - sorriu de lado. - Minha mãe tá estranha comigo, desde que saímos de casa. 
- Ela falou alguma coisa? Ela sabe de alguma coisa?
- Não! Bom, eu acho que não... Só contei pra Cris.
- E eu pro Marquinhos. Aliás, pra Marina também. Mas a Marina é confiável, juro.
- Eu sei... - encarou o chão. Que momento perfeito para um clima chato se formar. Justamente quando conseguimos um tempo a sós! 
- Que foi? - perguntei, um pouco nervoso. 
- Nada. - me olhou doce. - Só não tô gostando do que elas estão fazendo. Um pouco de medo também...
- Não fica assim. - alisei sua coxa, me permitindo sorrir pequeno, causando um sorriso nela também. - Eu vou dar um jeito de cortar elas. 
- Elas têm medo, Luan. Elas são as que mais sabem do nosso passado. 
- Isso não dá a elas o direito de fazer o que estão fazendo. Nos constrangendo! Pelo menos ninguém está percebendo. 
- Precisamos convence-las que não há perigo, como elas pensam.
- Precisamos mesmo. 
- E só vamos conseguir isso nos afastando... Acho melhor a gente não se falar nessa viagem. - sorriu triste. 
- Não, não! Não fala isso, Tatá. Eu não quero.
- E você acha que eu quero? Mas olha a situação que nos metemos, Luan. - desviou o olhar.
- Ei... Confia em mim! - alisei seu rosto. - Eu vou dar um jeito. - tentei passar confiar confiança no meu olhar.
- Elas não vão parar de pegar no nosso pé.
- Vão sim! Confia em mim.
- Luan, sério, são só poucos dias... Da pra gente ficar longe. Afinal, você passou vários sem me procurar, não vai fazer diferença. - deu de ombros, me fazendo rir. 
- Que foi? Sentiu minha falta? - tirei seus cabelos dos ombros. 
- Claro que não, seu convencido. - tirou minha mão, emburrada. 
- Só eu tenho que te procurar? Você tem meu número, pode ligar sempre, assumindo que está morrendo de saudades. - sussurrei no seu ouvido, vendo-a ficar nervosa e gaguejar, me fazendo rir.
- Você não vale nada, sabia? - me empurrou de leve.
- Você usa sua própria traição pra se livrar do seu noivo e eu que não presto?
- Do que você tá falando? 
- Não pode beijar ele por um machucado na boca que eu deixei... 
- Luan! Quem te contou isso? - arregalou os olhos. 
- O próprio. Esqueceu que nós somos melhores amigos e que ele me conta tudo? - sorri arteiro.
- Seu falsiane! - me empurrou, boquiaberta, enquanto eu ria. - Meu Deus, Luan. A falsidade vem de família! 
- Ou, não. De família não. - disse sério. - Eu e Bruna somos diferentes, você sabe. Ela separou a gente por inveja, ciúmes... Foi baixa por nada. E eu tô fazendo isso por você, o Felipe que entrou no meu caminho. 
- Eu também entrei no caminho da Bruna e ela fez o que fez com a gente. Não está achando parecido?
- Se você insistir nisso, não precisa mais olhar na minha cara. - ia levantar, mas ela me segurou.
- Espera, Luan. Desculpa. Só me assustei, você nunca foi assim. 
- Você que inventa isso e eu que sou falso, por que tô jogando seu jogo e fingindo pro Felipe que nós estamos amigos e está tudo normal?
- Desculpa... - me olhou triste. - Desculpa, tá legal? Mas se for pra ficar passando na minha cara que eu tô sendo fingida, falsa, infiel... É melhor a gente parar por aqui. 
- Não, não quis dizer isso. Eu aceitei, não aceitei? - falei, vendo-a respirar fundo.
- Isso é errado, Luan. Estamos nos afundando cada vez mais...
- Para, nós decidimos isso. Para de ser insegura! 
- Eu não consigo.
- Você decidiu isso, confia mais em você mesma. Seja mais segura, Tatá. Isso só vai atrapalhar a gente! 
- Eu não consigo.
- Eu vou te ajudar. Confia em mim! Vai dá tudo certo. - peguei no seu rosto, fazendo nossos olhares se cruzarem.
- Eu confio. Você sabe que você é a pessoa que eu mais confio. - sorriu pequeno, me olhando. Sorri também, mais aliviado. Ia aproximar nossos rostos, quando ela se afastou imediatamente.
- O que foi?
- Elas estão vindo, Luan. - falou envergonhada. 
- Merda! - resmunguei. - Olha, eu tive uma ideia... Confia em mim. - repeti e ela assentiu, desviando o olhar para as duas, que eu também já sentia próximas. 
- Independentemente do que a gente viveu, quero que você seja feliz. Só isso! Felipe é meu amigo, e você foi muito especial pra mim. - falei um pouco mais alto e ela me olhou desentendida.
- Ele vai te fazer feliz. Bom, que pena que não demos certo... Passado, não é?! Vamos deixar pra trás!
- O que você tá fazendo? - sussurrou, espantada.
- Podemos ser amigos? - falei mais alto ainda, tendo a certeza que elas estavam nos ouvindo. Olhei-a pedindo para ela confirmar e assim ela fez, mesmo sem entender.
- Claro que sim, Luan. - sorriu e eu a puxei para um abraço. 
- O que você tá fazendo? - sussurrou.
- Elas voltaram? - perguntei no mesmo tom.
- Voltaram. - riu. - O que você fez, seu louco?
- Elas ouviram nossa conversa! Agora vão pensar que nós vamos ser apenas bons amigos. - a soltei, sorrindo.
- Sensacional. - sorriu de orelha a orelha, assustada com a minha ideia genial. 
- Mandei bem, não é?
- Muito bem. Olha, suas participações na globo foram umas bostas, mas agora você se superou. Quem é Wagner Moura perto de você? - brincou, me fazendo rir.
- Sua besta. Tá vendo o que eu faço pela gente?
- Para, não me deixa sem graça.
- Queria te beijar agora, o que a gente faz? - sorri fazendo charme. 
- Nada! - levantou. - Não vamos estragar sua ideia de genial, senhor gênio! - sorriu. 
- Eu vou dar um jeito de passarmos a noite juntos. 
- Luan, não inventa. 
- Precisamos aproveitar que o Felipe não está aqui. Aliás, por que ele não veio? Ele estava todo animado, achando que sairia da seca. - fiz careta, vendo ficar vermelha.
- Luan Rafael! - cruzou os braços.
- Ele que falou, uai. Que feio, Tatá. O coitado tá se acabando na mão!
- Nós brigamos, deve ter sido por isso que ele não veio. 
- Acho que não.
- Não sei, ele falou pra minha mãe que era algo com o trabalho. 
- Acho isso mais provável!
- Deixa eu ir, vai. Antes que elas estranhem essa nossa amizade. 
- Linda. - sussurrei, fazendo-a sair rindo. 

Voltei para onde estavam bebendo e minha mãe parecia mais aliviada. Fingi não entender e entrei no papo rapidamente, comendo um pedaço de carne. Ainda era cedo e começaram a falar sobre ir numa cachoeira que tinha um pouco longe dali. As crianças se aproximaram de nós e quando meu pai perguntou, todas comemoraram. Todos toparam, menos Tanara que não estava ali. Deixa ela quietinha, era melhor. Já decidido que iríamos, Laura foi para o quarto toda empolgada para mostrar os biquínis que trouxe para Alice e para Eduarda. Só as mulheres quiseram trocar de roupa e prepararam algumas coisas para levar. Eu estava quieto, mas feliz. Pensava em como passaria a noite com minha menina; mesmo correndo riscos, não podíamos desperdiçar essa oportunidade.  

Fomos para a tal cachoeira e Tatá estava simples e linda como sempre. Escolheu um short e uma blusinha leve. Brincava com as crianças, enquanto Marquinhos, Cristina e eu tomávamos banho naquela água deliciosa. Eu a observava, tendo pensamentos nada puros. Ela estava linda, não estou exagerando. O sorriso formado no seu rosto ao brincar com a minha filha me deixava cada vez mais apaixonado. Laura quis entrar também e eu a segurei, já que ela afirmava ter medo. Duda era mais solta e destemida, não demonstrava nenhum tipo de medo. Alice ficou nos braços da 'avó', Érika. Marquinhos questionou o porquê da Tatá não entrar e ela timidamente disse que tinha medo. Puta que pariu. Queria gritar que eu a protegeria, a seguraria, mas me controlei. Foquei na minha filha encantada com tudo, afastando meus pensamentos nada santos com Tanara.

Cachoeira em si me lembrava algo e eu não recordava totalmente. Esforcei minha memória e quando lembrei, não disfarcei a felicidade. Claro! Óbvio! Tinha a ver com minha Tatá, tinha a ver com a gente. Como eu pude esquecer das nossas lunarisses? Cachoeira estava entre as sete safadezas que nós planejamos. Ela que havia sugerido! Nós não concluímos, infelizmente todos nossos planos foram estragados. 

Isso era um sinal. Claro! Era fazendo uma das nossas lunarisses que nós passaríamos a noite juntos. Perfeito, Luan. Você excepcionalmente hoje está tendo ideias maravilhosas. 

Estávamos voltando para casa e no carro, minha mãe tocou no assunto, já que Laura havia ido em outro carro com Alice e Eduarda. 

- Será que vem gente de noite nessa cachoeira? Bonita, né?! - comentei, fingindo desinteresse. 
- É sim, é linda. - Cristina respondeu. 
- Então você e a Tatá resolveram ser amigos, Luanzinho? - minha mãe falou, com o apelido de sempre. Sorri. Minha ideia deu certo. 
- Sim, Xumba. Por quê?
- Lizete tava com medo que vocês se aproximassem. - meu pai se pronunciou. - Ela e a Érika. 
- Por isso estavam afastando a gente? Nos fazendo aquela vergonha?
- Filho, era por precaução. A Tatá é noiva de um amigo seu, vocês precisam deixar essa história no passado.
- Relaxa, mãe. Nós vamos ser só amigos, apenas ex namorados. Quero que eles sejam felizes. - falei convincente, já que ela me lançou um sorriso aliviado. Marquinhos me olhou espantado, igualmente Cristina.
- Que bom, Luanzinho. É o melhor que você faz! 
- Eu sei que sim, Xumba. - sorri, pensando na minha noite que eu teria. 

Voltamos para casa e Hugo e meu pai voltaram a beber, enquanto minha mãe banhava Laura. Eu parei na cerveja, queria estar totalmente sóbrio para mais tarde. Foi anoitecendo e Laura veio me dar um beijo de boa noite, afirmando que antes de dormir assistiria um filme e Tatá faria a pipoca. Minha filha estava feliz, isso me deixava melhor ainda. Todos foram indo para os seus quartos e eu e Marquinhos fizemos o mesmo. 

- Que história era aquela de amizade com a Tatá, boi? Cê tava falando sério?
- Claro que não, né?! Mas é que foi a única forma de afastar a Xumba e a Érika. Vou ver minha linda daqui a pouco.
- Cara, você é muito corajoso. Não tem medo? Está todo mudo aqui, Luan. Seu pai te mata! Érika mata a Tatá... Você vai mesmo expor vocês à esse risco?
- Não vou passar uma noite ouvindo seus roncos por medo, cara. Eu preciso dela.
- Você é louco. E a Tatá é mais louca ainda, de aceitar suas loucuras. 
- Quando eu entro em um jogo, boi, eu entro pra ganhar. Vou tomar banho, caprichar para ela.
- Cris tá dormindo com ela, Luan. Vocês não vão poder fazer nada!
- E quem disse que nossa noite vai ser no quarto dela?
- Tá legal, eu não quero nem ver. 
- Fica de boa, Marquinhos. - ri, entrando no banheiro. 

Tomei um banho relaxado, pensando nos mínimos detalhes da nossa deliciosa noite. Nada podia dar errado! 

Saí do banho e Marquinhos já dormia. Deveria estar cansado, ri dele. Antes de escolher uma roupa, peguei meu celular e enviei uma mensagem para minha encalhada não mais encalhada, infelizmente.

"Passarei aí daqui a meia hora. Estou avisando para você não reclamar de uma surpresa." 

Larguei o celular e escolhi uma roupa simples. Uma camisa e uma bermuda. Deixei meu cabelo livre de toucas ou bonés e exagerei no perfume. Revezava meu olhar entre o espelho e as horas do meu celular, cronometrando os trinta minutos estimados por mim mesmo. 

Minutos passados, bati na sua porta, olhando a todo momento se ainda havia alguém acordado. Quem abriu foi Cristina, arregalando os olhos ao me ver. 

- Luan? - questionou.
- Oi, Cris. Então, cadê a Tatá? - falei com naturalidade, a deixando de olhos arregalados. 
- Ela tá ali. - disse surpresa. - Vocês vão conversar? Agora?
- Vamos dar uma volta. - sorri singelo. 
- Entra. - me deu espaço, mas eu neguei. 
- Não quero entrar, estou com pressa. Cadê ela? - perguntei mais uma vez, recebendo em seguida a melhor visão da minha vida. Minha menina apareceu, linda como nunca.

- Oi, Luan. - sorriu meiga. Ela não era meiga, mas eu juro, ela estava meiga e provocante ao mesmo tempo. Contrariando tudo que eu sempre achei dela, ela estava mulher. Uma linda mulher. 
- Oi... - a olhei dos pés à cabeça. - Então, preparei uma surpresa pra você.
- Ok, tô sobrando! - Cristina saiu, levantando os braços em rendição.
- Vamos? - sorri, entendendo minha mão. Me olhou receosa, mas logo sua expressão hesitante deu espaço a um lindo sorriso.
- Vamos. - segurou minha mão. 
- Juízo vocês dois, por favor! - Cristina pediu, no mínimo preocupada. Ora, preocupada com o quê? Ignorei, envolvendo minha...mulher nos braços e saindo com ela dali. Não ousei lhe roubar sequer um selinho, o lugar não era apropriado. Ela me olhava curiosa, mas não falava nada. Somente quando nos aproximamos do carro, ela se pronunciou pela primeira vez:

- Pra onde você vai me levar, Luan? 
- É segredo. 
- Está tarde, seu louco. Não podemos sair! Eu estou de camisola, Luan. 
- Ei, relaxe meu amor. - segurei seu rosto, selando nossos lábios pela primeira vez naquele dia. - Confie em mim. 
- Mais uma vez?
- Mais uma vez. - beijei seu olho. 
- Me dá uma dica, Luan. - falou manhosa, me causando uma leve gargalhada. 
- Tudo bem, tudo bem... Só porque você está incrivelmente linda. - olhei-a nos olhos. - Você lembra do dia em quê planejamos coisas que deveríamos fazer? 
- Nossas lunarisses...? - deixou escapar um sorriso, ao relembrar.
- Exatamente. Vamos cumprir uma delas. Sua curiosidade diminuiu, agora?
- Não! - exclamou mais alto, boquiaberta. Eu abri a porta e pedi que ela entrasse. Ela obedeceu, sob minhas risadas. A partir daí ela começou a fazer milhares de perguntas e eu somente ria do seu jeitinho, dirigindo até a cachoeira que visitamos mais cedo. 

Parei o carro bem próximo da margem da pequena lagoa que havia na queda da cachoeira, tão ansioso que tremia todo. Algumas luzes estavam acesas, e a noite era de lua cheia, então a iluminação era boa, mas liguei os faróis do carro apontando pra água. 
-  Luan… - Tatá me olhou meio apreensiva, tinha sido pega de surpresa. 
Não respondi, apenas saí do carro e abri a porta pra ela. 
- Pode ter uma cobra aqui! - ela falou enquanto peguei na sua mão. 
- Você está comigo, não está?
Puxei ela até a ponta da margem e então parei, olhando primeiramente seu rosto. A lua iluminava ele, lindamente. Não tinha maquiagem, apenas um batom vermelho fraco cobria seus lábios e seus cabelos estavam soltos. Ela me olhava doce, mas apreensiva. Concentrei toda minha atenção nos seus lábios, e passei a mão por eles, enquanto seus olhos não saiam de mim. Ela abriu levemente os lábios e a ponta dos meus dedos ficou entre eles, tirando quase todo seu batom. Então Tanara acabou comigo quando fez um bico juntando os lábios e chupou a ponta do meu dedo levemente. 

Eu queria dizer o quanto ela era linda, o quanto era minha, mas não consegui. Apenas tirei sua cabelos dos ombros e passei eles delicadamente pra trás, agora acariciando seu pescoço levemente com as mãos. Encantado. 

Então, fixei o olhar nos seus seios. Sua camisola preta era de alcinha, de tecido fino, leve, e cobria os seios, descendo até o limite da polpa da bunda. Era bem curtinha, é um pecado. Minha Tanara estava de covardia. Me aproximei enquanto ela olhava cada movimento e passei as mãos pelas alças, que deixavam o sutiã levemente aparecendo. Voltei a me afastar e olhei o conjunto todo, segurando sua mão. Tentava me recordar de alguma vez que havia visto ela tão gostosa. A camisola, levemente transparente, a luz da lua, marcava sua cintura, e valorizava seus seios. 

Estava embriagado por aquela cena, e podia jurar que meus olhos demonstravam isso, só pelo olhar que ela tinha sobre mim. Fiquei tentando me decidir se tiraria aquele tecido de seu corpo de mulher, hipnotizado. Ergui suas mãos e fiz minha menina girar lentamente, me possibilitando ver sua linda bunda agora um pouco exposta pelo movimento. 
Assim voltou a posição inicial, ela abriu os olhos e mexeu os lábios para falar, mas eu evitei, colocando meu dedo sobre sua boca novamente. E então, quando menos esperei, eu ajoelhei aos seus pés. 
Minha menina suspirou pesado, com certeza já excitada, quando passei as mãos pela sua perna bem devagar. Uma de cada vez, com firmeza e ao mesmo tempo, delicadeza, e em seguida, passei a beija-las, selinho por selinho, até quase sua intimidade. 

- Você tem alguma ideia do quanto estou feliz agora? - perguntei, dando toda atenção merecida à seu belo par de coxas com meus beijos molhados. 

Sentia seu corpo tremer nas minhas mãos e olhei pra cima, vendo seus olhos brilhando de excitação. 

Num único movimento, levantei puxando pra cima comigo a camisola. E fiquei ainda mais embriagado. Seus seios proporcionais haviam ficado perfeitos naquele conjunto de renda. Eu era louco por eles. Por sua vez, A calcinha pequena, quase minúscula, me dava um ar de mistério. Eu não gostei demais, queria ela bem longe de mim, então abracei seu corpo e despi primeiro seus seios, com rapidez, e depois, abaixei, jogando sua calcinha pra bem longe, mesmo caminho da outra peça. Não conseguia nem pensar direito de tanto desejo, então eu mesmo arranquei minha camiseta e escorreguei a bermuda junto com a cueca. 

Tatá me olhava sorrindo, então eu abri um sorriso maior que o dela e peguei em sua mão lhe puxando pra água, bem devagar. Entrei primeiro que ela, pisando e guiando seus passos de forma segura, e ela veio, sem receio. As encostas eram de pedra, então tomei o máximo de cuidado com a minha menina, numa mais nova visão de mulher. 

Parei a medida que nossos corpos ficaram totalmente submersos e puxei ela bem pra perto de mim, colando nossos corpos. E enfim, depois da troca de olharem mais intensa, nos beijamos, com urgência, paixão, desejo. Nossas línguas dançavam, juntas, não conseguindo ficar afastadas. Minhas mãos passavam por todo seu corpo e pararam então na sua bunda, e puxei, juntando nossas intimidades, o que fez Tatá tremer e meu membro latejar. Acho que nunca havia ficado tão excitado em toda a minha vida. 

- Luan… - Tatá pediu suplicante em meu ouvido. 
Levei minhas mãos até sua nuca, enlacei os cabelos e puxei com firmeza, mas não força; levei sua cabeça pra água, deixando somente o rosto pra fora. 

Seu pescoço ficou totalmente exposto pra mim e levei minha boca, chupando com calma, sem deixar marcas. 
- Por favor. - ela pediu baixinho, quase no meu ouvido. 
Soltei seus cabelos e sua mão, pronto pra sair da água, mas ela parou. 
- Aqui. 
- Pode te machucar, vem. 
Ela cedeu e me seguiu, então, assim que avistei uma pedra perto de nós, já sai e pegando seu corpo com a maior facilidade do mundo, tirei ela da água e a acomodei sobre a pedra. 
O olhar dela era urgente, então desci do seu pescoço beijando uma trilha até onde ela queria. Abri bem suas pernas e apreciei aquela cena. Ela era tão minha! 

Levei o dedo indicador até seu clitoris. Já estava inchado, do jeitinho que eu queria. Tanara tremeu e resmungou quando eu desci o dedo por toda a sua intimidade, diversas vezes. Ela já estava bem molhada, pronta, mas eu queria provocar mais um pouco, então levei meus dedos ao clitoris novamente. Passei a fazer movimentos circulares lentamente ao redor deles. O peito dela subia e descia com rapidez, e sua respiração estava totalmente diferente. Ela passou a gemer baixinho e apertar a minha mão que segurava um de seus seios. 

- Ninguém mais pode fazer isso com você, você é minha. - falei rouco, com uma voz intimidadora. 

Mudei o movimento, dessa vez indo de um lado pro outro. Usei meus lábios nos seus seios, me debruçando sobre ela e beijando eles lentamente. Suguei os bicos e quando percebi que ela iria gozar, parei. 
- Não Luan… - ela disse com dificuldade, me olhando suplicante. Era excitante demais ter seu corpo ali nos meus braços. 

Num movimentos rápido, fiquei sobre ela, e antes que pudesse lhe penetrar, ela tentou levar sua mão de volta ao local que eu estava. Peguei com força e ergui seu braço pra cima da cabeça. 
- Quem deixou você fazer isso, hein? - falei bem perto da sua boca sem tirar os olhos dos seus. 
Me afastei um pouco e me ajeitei no meio de suas pernas, penetrando lentamente enquanto olhava meu menor invadir seu corpo e continuei com os movimentos no clitoris bem devagar. Tanara soltou um lindo gemido, mais alto dessa vez, assim que senti meu membro todo dentro dela. Comecei a estocar lentamente. 
Olhei seu rosto e ela mordia os lábios a fim de espancar os gemidos, mas eu levei minha mão a eles e abri. 
- Geme, vai… - disse embriagado do desejo. - Quero ouvir.

Ela soltou o primeiro, longo e constante, baixo e a medida que entrava e saía do seu corpo ele foi aumentando. Tomei seus lábios dessa vez num beijo e levei a mão aos seios. Ela começou a respirar com mais dificuldade e então eu sai dela sem avisar. Antes mesmo dela protestar, eu me posicionei atrás de seu corpo, abraçando ela com uma mão enquanto me apoiava na outra. E então soltei e peguei sua perna, erguendo. De ladinho, ela entendeu o recado e com as mãos urgentes, procurou meu membro e escorregou de novo pra dentro dela mesmo. Voltei a estocar com mais força e levei minha boca até sua orelha, mordendo.
Ela. Era. Muito. Apertada. 
Tão deliciosa. Excitante, minha. 
Vi novamente suas mãos deslizarem pro clitoris e sabia que se ela fizesse isso, iria gozar.
- Não. - disse firme entre dentes. - Eu não deixei você colocar a mão aí, Tanara. 

Ela estava tão excitada, que não recuou, mas seguiu em frente. Começou movimentos rápidos e eu soltei minha mão da sua perna e peguei a dela.
- Você não vai gozar agora. 
Ela voltou a concentrar suas forças em gemer, lindamente, enquanto eu segurava suas mãos pro alto junto com a linda perna. 
Minhas estocadas ficaram mais fortes e não estava mais aguentando, então aumentei a velocidade e senti o corpo dela tremer. 
- Comigo? - perguntei e ela só afirmou com a cabeça. 
Aumentei os movimentos e soltei suas pernas, levando minhas mãos ao clitoris dela. Estimulei ele assim que senti meu clímax chegar, ela tremeu toda nos meus braços. 

Gememos juntos, ela bem mais alto que eu, que era acostumando a não fazer muito barulho.

Eu estava no céu.

Aquilo foi incrível.

Fui acalmando os movimentos lentamente, até cessar todos, mas não permiti que ela saísse dos meus braços. 

Seus olhos estavam fechados e ela respirava lentamente, ainda sentindo as sensações. Eu não estava atras, mas me lembrei de deslizar pra fora dela, pra não machucar. 
- Tatá? - chamei sem muito fôlego. - Você está bem? - me esforcei pra perguntar. 
- Acho que… 
- Acha? - me agitei, olhando ela e tentando achar indícios de algo errado.
Ela abriu os olhos devagar e sorriu, encontrando meu olhar preocupado.
- Acho que nunca estive tão bem em toda a minha vida. - suspirou, com uma expressão relaxada e um sorriso encantador. 


Como prometi, mais um hoje. Estou  muito boazinha, não acham? Mas vocês merecem, admito. Dedico esse capítulo à Isa Guimarães, bota mais pressão do que meu professor de matemática. Agradeçam a ela por eu estar postando, ok? Pequeno, mas continua sendo capítulo. Gostaram? O que acham que vem pela frente? Estou ansiosa para ler o comentário de cada uma de vocês. Acreditem: são muito importantes. Beijos, meus amores! 

23 comentários:

  1. Acho que nunca estive tão bem em toda a minha vida. - suspirou..... Tata safadenha haahah cont muie

    ResponderExcluir
  2. Sabia q eles iam se pegar kkkkkk to amando isso #BrilhaLunara

    ResponderExcluir
  3. Isa bota mais pressão que o professor? Kkkkkkkkkkkkkkkkk Fichinha!
    Tanara, deitou com esse capítulo hein?
    Amo a maneira como eles são intensos, provocantes, se amam e se jogam em tudo. Amo muito esse jeito que só Lunara tem! Arrasa demais... Já te disse... Que Luan! Esse capítulo, talvez mude meu conceito quem manda aqui! Amo demais.

    ResponderExcluir
  4. Eu so acho que deveria cont o hot no prox cap. E eles deveriam trepar na água hahahha. Os dias que eles passarem tem que trepar demais.kkkkk
    Quando chegar de viagem Tatá nao ira querer saber nem de Felipe.kkk
    Felipe chato demais. Quero mais. Beijos!
    PS: A espera do ANAL DELES. 😈

    ResponderExcluir
  5. Meu Deus oq foi isso! Avisa ai q ñ adianta lunara smp da um jeito kkkk q lindo cara esses dois juntos lacram ñ tm pra ngm! Lindimais cont amore e puuuuuur favor quero meu casal cm mais noites como essa kkk cont cont cont

    ResponderExcluir
  6. Quero esses dois juntos de novo logooooo

    ResponderExcluir
  7. Luanarisses a solta nem amo né? Parabens por mais um amor!! #Eduarda

    ResponderExcluir
  8. OMG... Amo/Sou Lunara, meu casal. Lindos, se jogando com tudo nesse sentimento deles. Estou adorando essa intensidade deles gente, tá tudo maravilhoso. Mas para ficar melhor Felipe tem que deixar de existir. Ah e quero muito mais nosso casal se arriscando nessa viagem, fico lendo pensando que alguém vai pegar eles.

    ResponderExcluir
  9. Tô amando cada vez mais Tatá! Esses dois olha kkkkk já quero o próximooooo!❤️

    ResponderExcluir
  10. Tem como se apaixonar mais por esses dois? Loucuras de amor, e por amor. Não tem coisa melhor!
    Não acho justo só a Isabella ganhar homenagem, tudo bem que ela ganha no quesito enxer o saco, mas eu sou a rainha(lembra?) e mereço também!

    ResponderExcluir
  11. Casal mais quente não existe! Melhor casal. LUNARA Forever ❤ Quero o próximo logo por que tenho certeza que está lacrante assim como os outros capítulos ❤❤

    ResponderExcluir
  12. Fizeram uma pesquisa q disseq ex casal quando se separam e ficam amigos, é pq eles nunca se amaram ou pq nunca deixaram de se gostar,mas no caso do nosso casal é a segunda opção❤❤❤
    "Era um amor vencendo medo, eles guardavam um segredo a sete chaves em seu coraçao"

    ResponderExcluir
  13. #LunaraBrilha!!!! Apenaaaaas!!! Contínuas Tata

    ResponderExcluir
  14. Ameeeei o capítulo Tatah
    Nossa como o Lu e a Tatah são bons atores viu kkkkk
    Aeeeeee Lunaraaaaa melhor Casal,ela tem que largar logo Filipe e ficar com Luan
    Tomara que ninguém descubra e nem desconfie
    Ansiosa pelo próximo capítulo
    Continua logoo Tatah
    Bjsss

    ResponderExcluir
  15. Era pra eu estar com pena do boi, porém não estou hahaha

    ResponderExcluir
  16. #lunarabrilha sempre sempre e sempre q hot magnifico,eles fizeram sem camisinha será q vem baby?e luan ator hem gostei enganou ate a propria mãe muito esperto hem,#felipecorno tomara q ninguem descubra cont

    ResponderExcluir
  17. Cara seus hots são perfeitos!!! Continua logo!

    ResponderExcluir
  18. Tatah preciso falar com você.. Tem como você me passar seu E-mail ou alguma rede social pra eu entrar em contato?? Beijoo.

    ResponderExcluir
  19. Cont cont cont Tatá pf preciso do meu casal mais um pouco kkk

    ResponderExcluir
  20. Mulher, to cada dia mais apaixonada mds. Que capitulo maravilhoso!!! Você é uma ótima escritora, tá de parabéns, nunca li um fic tão perfeita igual essa na moral. To amando ler esses hots kkkk. Super ansiosa para o capítulo de amanhã

    ResponderExcluir
  21. Lunarisses amo!!
    Só vem castelo inflavel anciosa kkkk

    ResponderExcluir