quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Capítulo 72 - Felicidade, que saudade de você.


Quando você está trancada em um quarto, longe do seu celular, com o coração partido e o estômago forrado, dificilmente você sabe o que está se passando à sua volta. Mas, no meu caso, uma coisa eu consegui descobrir: Luan não pisou mais em casa. É, literalmente. Durante o dia todo, eu só tive tempo para chorar e me lamentar, questionando o porquê daquilo comigo. Então, somente à noite, resolvi ver o que estava acontecendo dentro da minha casa. Marina lavava roupas, calada e pensativa. 


— Marina?
— Oi, Tatá. Que bom que desceu, menina!
— O que você ainda tá fazendo aqui?
— Ah, é que Seu Luan ligou avisando que ia dormir lá na Dona Marizete com os meninos e pediu pra eu não deixar você dormir sozinha. Ele sabe que você morre de medo. Tô adiantando aqui o serviço! – sorriu, serena e desconfiada, ao mesmo tempo. 
— Ah, entendi. Obrigada por ficar, Ma. Mas, eu não quero que você durma fora de casa por minha causa. Se ajeita que eu vou te levar. 
— Tatá, não é nada, de verdade. Por que você ficou o dia todo trancada? Menina, você tá sem comer nada desde manhã! 
— Não quero contar pra ninguém, mas você convive vinte e quatro horas comigo, vai ser impossível esconder. 
— Ai, meu Deus! 
— Eu... e o Luan... nós, Ma, estamos nos separando.
— Mas Tatá, como assim? – seus olhos se arregalaram e por mais que doesse profundamente em mim, eu tinha que afirmar aquilo. Não podia esconder o sol com a peneira. 
— As coisas acontecem quando menos esperamos. 
— Não, Tatá! Pelo amor de Deus! Vocês são o casal mais apaixonado que eu conheço! Vocês se amam tanto, Jesus... 
— Amor nem sempre é o suficiente numa relação, Ma. Principalmente em um cansamento. Somos novos, sei que vamos conseguir sentir a mesma coisa por outras pessoas. 
— Olhe, menina, eu não posso me meter. Sou uma mera doméstica e...
— Marina, não fale assim! Você é uma amiga pra mim e sabe disso. 
— Minha menina, vocês estão sendo precipitados demais. Um casamento de seis meses? 
— Nem parece tempo de duas pessoas que se amam, não é?! Mas infelizmente temos que esquecer o que vão pensar... 
— Não é pelo os outros, e sim por vocês. Tatá, vocês merecem mais do que isso. 
— Tá sendo muito doloroso, Ma. Eu sinto muito por tudo isso, mas não há mais nada que se possa fazer.
— Ai, menina, vem comer, pelo amor de Deus! Não é pegando uma fraqueza que você vai resolver as coisas. – me abraçou e me fez comer, igual Dona Érika. Não contei o motivo do nosso rompimento e mesmo assim, ela me encheu de conselhos. Muito bons, pena que eu não estava com a mente saudável para absorvê-los. Luan havia pedido para ela arrumar suas malas, que ele passaria rapidamente apenas para deixar João Guilherme e buscá-las. E adivinhem? Eu a ajudei a arruma-las. Chorei de novo imaginando que daqui uns dias eu não sentiria mais o cheiro daquelas peças, não as veria e pior, também não poderia desfrutar mais do dono delas. Marina me consolou e eu a tranquilizei, afirmando estar bem, só muitíssimo sensível. 

Na manhã seguinte, Luan fez o que disse. Deixou o cunhado e pegou as malas. Marina que o recepcionou, eu estava dormindo. João Guilherme, assim que despertei, fez questão de se mostrar insatisfeito e confuso com a atitude do meu ex marido. Me fiz de desentendida e ele não insistiu. 

Exatamente 10 dias se passaram e, como eu esperava, Luan fugiu de mim como o Diabo foge da cruz. Não falou em grupos que estamos em comum e sumiu até mesmo do Instagram. Não ligava, não mandava mensagens... Pra usar o extremo da sinceridade, eu sabia aonde ele estava pelos os fãs-clubes. E nesses dias, eu literalmente passei por maus bocados. Marina me consolava como podia, mas eu precisava de mais, então, desabafei com Marquinhos. Contei tudo, tudo, tudo. A confusão toda desde o início. E como eu imaginava, ele ficou do meu lado. 

Eu fiquei literalmente acabada nesses 10 dias. No Instagram só postava coisas antigas para disfarçar, no SnapChat nem apareci... só conversava parcialmente com as pessoas que vinham me procurar. Tipo minhas amigas, minha mãe... e lógico: Alexandre. Ele nunca trazia boas notícias e eu nem contei nada sobre Luan. Parecia que eu estava no meu pior pesadelo e jamais iria acordar. A cada dia que se passava, tudo piorava... 

João Guilherme havia ido jogar bola com amigos da escola e Marina estava de folga. Eu, de hobby, conversava com Marquinhos por FaceTime. Chovia muito e com a outra mão, eu segurava uma xícara de chocolate quente. Esparramada no sofá com um cobertor nas pernas, era assim que eu sentia vontade de ficar até a tempestade acabar. Não a tempestade literalmente, mas a tempestade que a minha vida estava. Passava um filme na tevê e eu olhava de relance, prestando pouquíssima atenção. Até comentava algo dele com Marquinhos, mas nossos outros assuntos estavam mais interessantes. 

— Essa mulher é muito burra. 
— Trouxa. 
— Ai, nem posso falar nada, sou assim também.
— Você tá longe de ser assim, né, Tatá?! Você e o Luan são um pouco trouxas pelo o outro mas é culpa do amor. 
— Ai, saco, Marcos! Não fala dele!
— Sinto te informar que vocês ainda dormem na mesma cama e ainda vão enfrentar um divórcio, que é uma papelada demorada pra caralho. 
— Eu... ai, Marquinhos, eu não queria. Você sabe. Inclusive tô morrendo de saudades dele. 
— Eu entendo, não precisa ter vergonha. Por que você não luta por vocês dois?
— Porque eu tô cansada. 
— Cansada de quê, garota?
— Nossa história têm 5 anos. 
— Mas nesses 5 anos quem deve estar cansado é o Luan, ele que sempre lutou por você. 
— Ah, você tá do lado dele?
— Não é certo ele desconfiar de você. Mas infelizmente, Tatá, ele sempre fez de tudo pra não sair de perto de você. Ele te ama pra caramba e deve tá sofrendo muito com tudo isso. 
— Ai... – suspiro pesado. 
— Você sabe que ele tá sofrendo do mesmo jeito que você. Ou até mais.
— Mais é impossível. 
— Eu tenho vontade de matar vocês dois. Porra, vei, vocês se amam, quanto fogo no rabo. 
— Para, Marquinhos. Eu to muito sensível, não briga comigo. 
— Cadê o João? Você não disse que tava chovendo?
— Começou quando anoiteceu, ele já tinha jogado a partida. Aí pediu pra dormir na casa de um dos amigos... eu deixei. Confio nele e não quero prender. 
— Ele é um menino ótimo, tem que confiar mesmo. – na mesma hora, o trinco da porta se mexeu e eu me assustei. Marquinhos percebeu e do outro lado da tela, arregalou os olhos. 
— Acho que sei quem é, Marquinhos... vou desligar, depois falo com você. 
— Tanara, juízo. 
— Tchau. – desliguei e na mesma hora, minha suspeita foi confirmada. 

Era ele.
Meu ex-marido. 

Luan estava sem mala, sem nada. Me olhou de canto e depois seguiu para a escada, como se eu fosse um inseto. Ele escolheu um péssimo dia, acreditem. Perante aquele absurdo, não me controlei. 

 — Ei, a madame lembrou que tem casa? – chamei sua atenção, indo atrás dele escada à fora. – Pelo menos me cumprimente quando passar por mim, use a educação que sua mãe te deu. 

Ele continuou calado, subindo e subindo. Sua mão esquerda estava ancorada em seu cabelo e a direita na boca, roendo as unhas. Agora ele faria isso? Iria resolver assim? Agir assim? Como uma criança birrenta? Somos adultos, cacete. 

— Não seja infantil, Luan Rafael! Quanta babaquice! É isso que você vai fazer até o divórcio sair? Ou até eu sair de casa? Então não se preocupa, porque se é assim, eu vou agilizar os dois processos. – falei com adrenalina no corpo e na voz. Não queria e nem quero o divórcio. E nunca iria iniciar com as papeladas. E também não queria sair de casa. Não tinha coragem e não estava pronta. Enfim, da boca pra fora, com o psicológico afetado, irritada, falamos asneiras. Minha raiva só ia aumentando, pois ele continuou sem me responder e me ignorando. Idiota! Ah! Sim! Eu só pensava nesse xingamento tosco para lhe ofender. – Você quer fazer o favor de me responder? 

— Tanara, – do nada sua voz surgiu forte, rude e fria no nosso quarto – o meu avô acabou de falecer. Você pode deixar de ser insensível uma vez na vida? – falou com exaustão, tristeza.
— Ah, meu Deus, Luan! – eu não sabia o que dizer. Até gaguejei. – Eu sinto muito. Aquilo era sério? 
— Eu também sinto. Sinto muito. Mas depois conversamos sobre a nossa relação, tá legal? Agora eu preciso ir para Campo grande.
— Hum, claro. Pode ser. Eu posso ir com você? – pedi sem jeito, chegando um pouco mais perto.
— Faz o que você quiser.

Insensível.

— Eu vou sim. – disse, indo pegar minha mala. Eu também não poderia ser tão insensível. – E o Joca está na casa de um amigo. O que eu faço?
— Leva ele. – ele suspirou. – E a Laura, ahn, é o meu dia de ficar com ela e a Isabel tem um compromisso. Ia deixar ela aqui, mas...
— A gente leva ela e eu cuido dela lá, na hora do velório.
— Mas ela é muito nova para ir nessas coisas, Tanara.
— Eu fico com ela em outro lugar, não gosto muito dessas coisas de velório. 
— Você não vai no velório?
— Eu não gosto muito dessas coisas, eu tenho medo... 
— Ah, claro. – ele disse com ironia. – Lógico que sua frescura te impedir disso. Desculpa, eu esqueci.
— Para de me ofender. – disse com autoridade. – Cadê suas malas?
— A van está aí em frente com elas. Só quero pegar uma bolsa e já vou entrar nela. 
— O Rober está aí?
— Sim.
— Fala pra ele desces. Aliás, todos. Vocês devem estar cansados. Tem chocolate quente, também posso fazer um café... 
— Não sei, Tatá. Meu pai quer ir logo...
— Já liberaram o corpo?
— Eu não sei. 
— Tenho quase certeza que não, essas coisas demoram. Toma um banho que eu vou chamar eles. 
— Ou, ou...
— O quê?
— Hum, você não está vestida. 
— E tô nua?
— É, praticamente. Veste uma roupa, por favor? – revirei os olhos, enquanto ele passava a mão no cabelo, sem jeito. Mas só foi eu dar as costas, para um sorrisinho escapar do meu rosto. Ele ainda se importava. Ufa, nem tudo estava perdido! Luan entrou no nosso banheiro e eu troquei de roupa. Estava tão abatido, tadinho... 

Chamei os meninos e os fiz companhia na cozinha. Eles lamentavam o óbito, lamentavam a morte, questionavam e suspirava pesado, triste pela a perda dos patrões. Chovia forte e eu também os notei preocupados. Será que não era perigoso viajar assim? 

— Graças a Deus só pegamos essa chuva quando chegamos em São Paulo. Tá muito forte. 
— Tô pronto! – Luan apareceu.
— Senta pra comer, Luan Rafael. 
— Eu não tô com fome. 
— Mas vai comer. 
— É, boi, cê não comeu nada. – Rober me deu razão e o marrento sentou na mesa resmungando. 
— Acorda o João Guilherme! Ainda temos que pegar a Laura. 
— João não tá aqui. 
— E tá aonde?
— Na casa de um amigo. Ele foi jogar futebol, começou a chover e bom... pediu pra dormir lá. Eu deixei.
— Você vai ficar soltando o menino assim? 
— Ele já tem 14 anos, Luan Rafael! 
— E daí? É um menino! Além de você fazer isso, você faz sem me consultar. Aonde ele tá? Eu vou buscar.
— Calma, cara! 
— Acho que você tá nervoso demais pra querer decidir algo. Eu sei o que faço! Dá pra você comer calado? 
— Ih... a patroa botou moral. – Élton zoou, tentando melhorar o clima.
— Tanara, Tanara... – ele me olhou sério e eu sorri, disfarçando. 
— Seu Amarildo já vem pra cá?
— Vamos buscar eles. Laura, João, mãe, pai, Bruna. 
— O tempo não tá muito ruim pra viajar, Luan?
— Meu avô faleceu, Tanara. – respondeu grosso.
— Calma, boi! Ela tá certa! É perigoso pegar voo com esse clima.
— Deixa ele, Rober. Ele não tá bem. Bom, vou arrumar as minhas coisas e a do João. Qualquer coisa, me chamem. 

Subi, tomei banho, arrumei minhas coisas e as do meu irmão e liguei pra minha cunhada. Dei os pêsames e ela agradeceu, falando que o pai estava arrasado. Pediu pra eu cuidar do irmão que também estava sentindo muito e eu, por um momento, senti que deveria esquecer tudo que estava acontecendo entre a gente. Luan estava precisando de mim e eu não falharia. Liguei pro João, expliquei tudo e ele não discordou. Ele era um amor. 

Luan's POV.

Depois que levei o Joca na escola fui direto para casa da minha mãe. Também busquei ele na escola, para almoçar lá. E acabei o fazendo dormir lá. O deixei e busquei minhas malas na manhã seguinte. Desde então, não soube como estavam as coisas dentro da minha própria casa.

Então, durante toda a tempestade, fui atingido por um raio. Meu avô paterno veio a falecer. Fiquei desestabilizado, sem chão. Minha mãe me ligou, explicou tudo e eu fiquei bem triste.

Tive que voar para casa e de lá, voaria para Campo Grande. Quando cheguei em casa, Tanara veio com suas implicâncias, mas logo que contei, ela veio e me deu certo apoio. Todos eles: Laura, Joca e ela. Joca ficou uns vinte minutos conversando comigo dentro da van, me distraindo. Laura entrou e me encheu de beijos e abraços. Éramos uma família. E ela tinha estragado isso.

Voamos eu, Tanara, Laura, Joca, minha mãe e meu pai, Bruna e Breno para Campo Grande, depois de esperar a chuva cessar. Todos consolavam meu pai, o mais afetado. Bruna permanecia calada, deitada no ombro do namorado. Meu pai foi abraçado com minha mãe, e eu sentia que toda aquele sua postura séria, sua capa forte, queria desmoronar. Ele estava resistindo por ser o patriarca daquele avião e eu o olhava atentamente, esperando que ele desabasse de uma vez. Guardar é pior. Já eu e Tanara, mantivemos uma considerável distância. Nada normal para um casal recém-casado e terminantemente cúmplices e apaixonados. A verdade estava sendo exposto. Única coisa "recém" que estava valendo no momento para esse casal era o termo recém-separados.

Isso me deixava triste. Acho que tudo me deixava triste depois da decepção que tive. Mas, o que quero dizer é que além da minha família, eu só tinha ela para me apoiar. Aliás, também tinha meus filhos. É... meus. E eles foram essenciais até chegarmos em Campo Grande. As histórias tão jovens e inocentes deles me distraiam e por alguns minutos, eu esquecia de tantos problemas. 


Não sei o que deu na cabeça de Tanara, mas ela resolveu ir comigo para o enterro. Assim que colocamos o pé para fora do avião, ela segurou minha mãe e não soltou mais. 

Quando chegamos no velório, o corpo do meu avô ainda não tinha chegado. O clima de tristeza era profundo, estava todos em silêncio e alguns murmuravam. Minha família estava toda presente, alguns amigos e conhecidos. Nós quatros recebemos milhões de abraços e "sentimentos". Apesar de não conviver diariamente com ele como meu pai conviveu, tínhamos a relação de avô e netos, sogro e nora. Distante, mas ainda sim existente. Não era tão boa... uma lembrança acesa era o episódio do CD... Mas ainda era pai, avô, família... e se existe esse laço, existe o afeto e o perdão. Eu estava sofrendo, mas não tanto pela morte. Sabe quando uma pessoa é sempre tão forte, é seu exemplo, é inabalável para você? Então, Seu Amarildo se encaixa perfeitamente nessa descrição. E agora, ele mais parece um menino. Não posso negar que grande parte desse sofrimento era culpa de quem? Quem atormenta meus pensamentos desde 2013? Ela mesma, Tanara. 10 dias refletindo não foi o suficiente para eu aceitar, minha indignação só crescia. E a desgraçada agora tá aqui, me olhando meiga, caridosa, fofa, solidária... como se prestasse. A Tanara não presta, gente. Pelo amor de Deus. Aprende isso, Luan! Ela não presta. Será que você nunca vai entender isso? 

Meu corpo estava tenso, ereto. Eu sentia uma tristeza e não conseguia dividir com ninguém. Mas, uma coisa, tive que compartilhar com a não-prestante Tanara.

— Eu estou com muita fome.

Ela, mais que depressa, saiu com as crianças para uma lanchonete e comprou algumas coisas para comermos. Bruna e Breno os acompanharam e trouxeram pros meus pais também. 

O corpo chegou e tudo pareceu mais intenso. Laura e João mexiam no celular, como se não entendessem (ou não ligassem muito) pro que estavam acontecendo. Tatá parecia uma mãe. Segurava bolsa da Laura, uma faixinha de cabelo, carregador portátil do João, biscoito, água... em um certo momento eu até ri quando vi os dois azucrinando ela. 

— Tatá, tô com sede. – Laura se aproximou de nós dois, que estávamos sentados um do lado do outro (friamente). 
— Você não tá com sono, Lau? 
— Eu não, papai. João tá me ensinando a jogar o joguinho de dirigir. 
— Hum, Laurinha, toma. – Tatá entregou e ela bebeu, despreocupada, olhando pro João como se ele fosse fugir. 

Que merda! 
Como eu ia separar eles dois? 

— Ah, tá... – assenti.
— Obrigada, Tatá. – devolveu a garrafinha. 
— Já já vamos pra casa, tudo bem? Vocês precisam dormir.
— Tá bom... – saiu, correndo. 

— Ser criança é bom, né?! – comentei. Tanara não era de ficar calada, mas diante todos os fatos, ela não deu um piu perto de mim. Acho que era medo de grosseria. Hum, talvez ela estivesse certa! 
— Eles dois se apegaram muito. 
— É, complicado. 
— Complicado? 
— Você vai levar ele da gente, Tanara. Tanto eu como ela vamos sofrer, mas com ela é mais delicado, ela não vai entender. 
— Você que quis assim.
— Acho que foi você. 
— Eu não quero discutir no velório do seu avô. 
— Na verdade não sei nem o que estamos fazendo aqui, perto um do outro. 
— Você é insensível até nas horas mais improváveis. – Tanara levantou, chateada. 

Meu avô, como se estivesse presente e não tivesse gostado da nossa atitude, derrubou a tampa do caixão. Sim. Ela caiu com tudo, de repente. Tanara gritou e caiu sen-ta-di-nha no meu colo. Na verdade, todos tomaram o maior susto do mundo, mas com ela foi mais engraçado. Isso me fez rir. 

— Meu Deus. – ela disse ofegante e eu pude ver seu coração pulando do peito. Pus e mão para checar e sim, estava acelerado. Ela reprovou minha ação com o olhar, mas não disse nada.
— Vai morrer também do coração? 
— Você não ia achar ruim, né?! Ia até gostar. Se livrar logo de mim! E olha que felicidade, já estamos no clima, me enterra junto e pronto.
— Deixa de ser dramática! Bebe água, você está pálida e tremendo. – peguei na sua mão e ela fez o que eu disse. — Você é muito fraca. 
— Isso não foi normal. 
— Será que ele tá aqui, Tanara? – fiz voz de suspense e ela me olhou medrosa. — Nossa... – arregalei os olhos e ela me deu um tapa. 
— Para com isso, idiota! 
— Relaxa, vai! Você realmente vai passar mal. – peguei sua cabeça e deitei no meu ombro. Ela pôs os braços em volta do meu pescoço e nos permitimos a nos ajudar, sem ressentimentos (pelo menos por enquanto). A respiração de cada um tinha um significado e os dois, tentavam decifrar. Que sintonia maldita essa que existia entre nós dois. 


Oie! Turobom? E aí? 👀 O que acharam? Adivinhem, meus amores! 💅🏻 Depois do 71, chegamos a 400.000 visualizações! 😱😍 Que massa, né?! Volto em breve com o 73 e um caminhão de emoções. 🚚 SEGUUUUUURA CORAÇÃO! 💔

49 comentários:

  1. Que capítulo BABADO! AMEI TATA! ARRASOU COMO SEMPRE! LUNARA EM UM PEQUENO MOMENTO LOVE! ❤🎉💑

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    1. Obrigada, Thai! 😍 EM UM PEQUENO MOMENTO CRIANÇA — que nem eles —. ❤️

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  2. Marquinhos eh fodaaaa, acho que a Tanara tem q ouvir ele, misericórdia 10 dias evitando um ao outro, nem Laura eh assim.🙄
    Luan se faz de durão, mas quer acreditar que tudo aquilo eh uma mentira, que a Tatá não eh aquela pessoa que ele enfiou na cabeça. Os dois tem que parar de ouvir a cabeça e prestar mais atenção no coração.
    Se o orgulho não deixar, bem... Vou preparar meu travesseiro para a chuva de lagrimas

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    1. Casal lunara ainda não tem aquela maturidade que um casamento precisa, Lúh. O sentimento é maior que a razão e maturidade, seriedade, coragem e rapidez passam é longe das atitudes! 😢 Marquinhos é foda, né?! 😍 Eu também acho! Ele se faz de durão, mas lá dentro tem um Luan gritando a verdade, tentando fazer com que ele escute. Cabeça, coração... não sei mais definir o que vem do que. Só confusão! Hahahahahahah será que o orgulho deixa? Mas é melhor prevenir, então já guarda aí o travesseiro. 😘💗

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  3. Ai meu coração 😭😭😭😭eles n podem se divorciar ai vou chorar muito quando a Laurinha for se despedir dela ai senhor tadinho do vô do lu isso ai tatah consola eles q eles n se separem. 🙏🙏🙏🙏Cont

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  4. Marquinhos apareceu �� e já veio dando muitos conselhos ótimos, gosto assim! Gente Luan ta muito grosso Deus me livre, tadinha da Tatá né! mais uma vez Luan não escuta ela (emoji revirando o olho) Que situação!
    Laurinha e João são uns amores af��.
    O que falar desse final? Apenas adorei❤.

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    1. Marquinhos tem que aparecer sempre pra dar brilho, né?! ✨ ELE TÁ UM CAVALO! 😧 Tadinhaaa! Mais uma vez... 😢 que situação, Ias! 💔 São uns bebês, né?! Obrigadaaaa! ❤️

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  5. Ai meu core... Tenho que concordar com o Marquinhos, sempre foi o Luan que "correu" atrás da Tanara. Está na hora da Tanara mexer os pauzinhos também. Corre atrás Tatá, num deixa esse boy te abandonar não, vocês se amam. Esperando o 73. ❤

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    1. — Ai nosso core... — Sempre foi o Loli, né?! MARQUINHOS, tmj. 🙋🏻 Tatá, se puder, mexe uns vários pauzinhos, por favor. NUM DEIXA ESSE BOY TE ABANDONAR, não! Vocês se amam... Hahahahahahahaahahaaha espere aí, saindo do forno! 🍲❤️

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  6. Momento Lunara ❤❤ momento de sofrimento e ñ pude deixar de lembrar q Luan traiu ela 💔😭😭😭😭 comcordo com Marquinhos q ele smp correu atrás e tal, mas ai ela vai lita por ele, e quando descobrir da traição? 😭💔 cont Tatá ❤💋

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    1. Momento Lunara ❤️❤️ momento de sofrimento e não pude deixar de lembrar que... MEU DEUS ELE TRAIU ELA! 😱 Ai, Gaah. 😥 Só acompanhando pra saber, né?! Vai que Dona Accioly surpreende? Continuo sim meu amor! ❤️💋

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    2. Assim vc me deixou mais curiosa 😱😱😱😱 kkkkkk ansiosa dmais ñ me mata do core Tatáaaa ❤❤

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    3. Assim vc me deixou mais curiosa 😱😱😱😱 kkkkkk ansiosa dmais ñ me mata do core Tatáaaa ❤❤

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  7. É muito sofrencia para um casal só meu Deus,eu fico louca com o luan cara como assim toda história tem dois lados, escutar primeiro depois julgar rapaz, pq o amor é tão complicado assim mds tanara miga essa tempestade vai passar estamos na torcida, é posso confessa uma coisa se no tempo dessa briga toda tiverem várias recaídas eu adoro, continua mulher pelo amor de Deus 💜
    #Divadasescritoras

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    1. Muita sofrência, só dá certo se escutar Marília. 🍻💔 Acho que assim, Dessa, ele já — escutou demais —. O coração dele tá machucado, acho que não deu pra escutar a razão, pra lembrar que: "primeiro saber os dois lados da história, depois julgar..." Amor, sentimento, relações são complicadas. Força, Tatá! Estamos na torcida, a tempestade vai passaaaaaaar 🎶🌩 Será que vai ter recaída? 🙊 Continuo sim meu amor! 💜 #DivaÉVocê 😍😘

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  8. Meu coração esta partido em dois, Luan ta cometendo o mesmo erro,acorda pelo amoooor 😣😢😭

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  9. Oh mds tomara que dessa viagem , eles conversem e tudo melhore assim espero

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  10. Ahhhhh, tadinho do meu bichinho! 😢 Será que esse acontecimento vai amolecer ele pra ouvir a Tatá? O que será desses dois teimosos hein? Aaaaaa ansiosa! Continua! ❤😘

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  11. Tadinho do Lu. Eles são tão lindos juntos, não podem se separar.. Luan, toma juízo pelo amor de Deus! 🙏.
    Continuaa!

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  12. Ai gente elese estão sofrendo.. se amam e ficam aí.. não separa elese não todinhos.. por favor🙏

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  13. Não demoraaaaaa a postar outro, estou mega ansiosa.

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  14. Oh deus. Quem aguenta um capítulo desses?!

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    1. Esse final. 💙 O amor é tão grande que até esquecem que estão brigados. Mas esta certa Tanara, um casal não é só flores. E mentiras, se sérias assim, casam realmente desconfianças e brigas.

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  15. TANARAAAAA TÔ PASSANDO MAL COM O SUSTO DO CAIXÃO HAHAHAHAHA espero que Luan tenha a boa vontade de ouvir a tanara falar a verdade, pelo amor de Deus...

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  16. Que aperto no core, Luan tem que largar de ser abestado, meu coração chega doer de pensar na separação, e outra, ele falando meus filhos foi a coisa mais linda que vi na fic

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  17. Amei o capitulo. Tomara que. O Luan escute logo o lado da tata e ele perceba a burrice ele fez eles voltem logo e marquinhos já veio para ajudar a tata so que um pouquinho grosseiro
    Continua amando a fic

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  18. Mano que saudade dessa fic vei💔 Tatá cadé você hein? 😥 Continua aí pá noixx 😐💔

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  19. Vai fazer UM MÊS sem capítulo novo 😪💔 Scrrr, Tatá cadé você????? 😢💔💔💔

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  20. UM MÊS SEM CAPÍTULO NOVO 😞💔 ISSO É MALDADE 😫

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  21. Tatá meu amooooor cadê você???? 😞❤

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  22. Tatáaaaaaaa cadê você? Um mês sem já estou entrando em depressão hein hahaha. Volta logo por favor ��

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  23. Tatá se ainda vai cont? Pf cont, to morrendo de sdd desse casal

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  24. Tatá se ainda vai cont? Pf cont, to morrendo de sdd desse casal

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  25. Vc disse que não demoraria mais um mês pra postar

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  26. Continua Tatá estou ansiosa pra saber se o casal Lunara voltará brilhar.

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  27. Pow, desistiu? Aff esse povo ultimamente começa fanfic mas nem liga pro dia q vai postar, fala e não cumpri

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  28. Tatá onde ta vc 😭😭 cont pf, a sdd do meu casal ta dmais da conta 💔

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  29. Tatá onde ta vc 😭😭 cont pf, a sdd do meu casal ta dmais da conta 💔

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  30. Tô morrendo de saudades do casal Lunara manoooo 😞 CONTINUAAAAA PELO AMOR DE DEUUUUS 💔💔

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  31. Oi, queria pedir a alguém que conheça a autora, que peça para ela dar ao menos um parecer. Estou, e acho que muitas outras então, cansadas de carregar a página e não ter nada novo. Acho que se tivesse alguma explicação, seria passível de entendimento. Mas fica difícil entender um sumiço assim.
    Alguém que possa, só peça que ela esclareça, ao menos, por favor. Obrigada.

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