Tanara's POV.
O aniversário do meu amor foi incrível e finalizamos com chave de ouro. Assim que acordamos tratei de repreendê-lo, pelo fato de mais uma vez termos esquecido a camisinha. De início ele deixou transparecer sua preocupação, mas depois, tratou de disfarçar pondo um sorriso no rosto e afirmou que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, ou seja, eu não engravidaria novamente estando com uma perda tão recente.
Não que tivéssemos desistido de ter filhos, não. Mas realmente meu aborto fazia pouquíssimo tempo: eu ainda estava me recuperando, tanto psicologicamente como corporalmente. Atualmente, outra gravidez não era recomendada. Sem contar dos problemas, estávamos num momento muito delicado.
Outra coisa que eu o repreendi foi sobre as marcas que ele havia deixado em mim. Ao olhar-me no espelho até assustei; a cor e o tamanho deixava-as impossível de não perceber. Indisfarçáveis. E agora? Ferrou, hum? Estávamos com sua família, muitos parentes, é claro que qualquer um logo veria.
- A culpa é sua que me provoca. Agora se vira! E ó, muié: minha família gosta dessas coisas, não, viu?! Dizem que é coisa de muié safada, sem vergonha. - o descarado me pôs mais medo, entrando no banheiro na maior despreocupação. Aliás, ainda ria de mim. Dá pra acreditar?
- Vai tomar no seu...
- Tanara. - impediu que eu terminasse o xingamento, debochado. Bufei, indignada.
- Você vai ver se ainda vai encostar em mim, Luan Rafael. - ameacei e tive como resposta uma gargalhada sua. Resolvi não retrucar mais, tratei de focar no meu pescoço; precisava esconder aquilo e obviamente, usei minha companheira: a maquiagem. Não queria me rebocar tão cedo, mas, se não fosse assim as marcas estariam visíveis à todos.
Ele só tinha me marcado pelo "acordo" que fizemos. Eu o chupei sem querer, então, ele teve que retribuir com mais intensidade. Agora me arrependo e prometo para mim mesma que nunca mais irei aceitar suas brincadeiras, eu era quem sempre se dava mal. Até porque, na pele dele nem tinha sinais meus. Nada, nadinha. Revoltante!
Depois que voltei do aniversário, minha mãe parecia mais calma, menos raivosa e chateada. Perguntou como havia sido e eu lhe contei tudo, com um sorriso de orelha a orelha. Não se deu por vencida totalmente e continuou mais reservada. Não me importei, eu estava muito feliz e teriam que nos engolir.
Luan me surpreendendo como sempre, me fez um convite maravilhoso. Um show. Adivinhem de quem? Bruno e Marrone. Inacreditável, né?! Eu fiquei tão feliz que ele até riu da minha euforia. Eu amava eles, as músicas deles... Amava demais, mesmo. Então, foi impossível negar.
Caprichei na minha produção, afinal, era uma noite especial. Essa dupla tão maravilhosa marcou nosso começo, nosso namoro, nosso término, nossa distância e o nosso recomeço tão perturbado. Meu amor foi me buscar e eu não dei satisfações à ninguém, não deixaria que eles estragassem meu entusiasmo. O notei mais ansioso que eu, e olha que eu nunca o achei tão fã. Vai ver me enganei, não é?!
Assistimos todo o show do camarote e enquanto eu prestava atenção em cada sílaba que eles cantavam, Luan me abraçava por trás, deixando de vez em quando, beijos molhados no meu pescoço. Um clima perfeito, parecia estar num sonho. A minha música preferida começou, aliás, a mais lunara. 'Agarrada em mim' se tornou sagrada depois dele ter cantado-a para mim na nossa segunda noite; quando ele foi atrás de mim em Fortaleza, com a ajuda de Carolina. Passei a canta-lá baixinho, mas acabei sendo atrapalhada por um sussurro em meu ouvido.
- Meu amor...
- Hum?
- Isso tudo tem um propósito, sabia?
- Tem? - ri fracamente.
- Tanara Accioly, minha Pikitinha, encalhada, anãzinha, empata foda... Você aceita deixar de ser minha menina e se tornar minha mulher, oficialmente? Quer casar comigo? - Luan disparou e meu coração o imitou. Eu não estava preparada. Meus olhos arregalaram-se, minha boca secou e minha respiração ofegou. Ele então riu baixinho, ainda no pé da minha audição. Eu encarava o palco desnorteada. De repente a melodia começou a se distanciar, um som muito longe, abafado, opaco.
- Tatá. - a voz de Luan saiu no volume normal, me fazendo despertar. - Não vai responder? Aceita? - virei imediatamente e me deparei com o sorriso mais lindo que ele já tinha me permitido ver. Suspirei e sorri nervosa ao mesmo tempo.
- Você é louco. - únicas palavras que quiseram sair. O momento deixou-as preguiçosas e indispostas. Ele continuava a sorrir, me deixando mais nervosa ainda. Lembrei então das suas frases iniciais e tratei de arranjar respostas para as mesmas. - É claro que eu aceito ser sua mulher. Eu sempre fui sua. Sua menina, sua mulher. Sempre. - alisei seu rosto que agora estava iluminado da forma mais maravilhosa possível. - Eu te amo. - nossos olhares continham o mesmo brilho, e o meu, particularmente, um pouco de receio também. Antes que eu terminasse de apresentar minha resposta, meus lábios foram tomados pelos seus. Finos, deliciosos, meus. A música então se estabilizou como antes e com o beijo acabando, meus olhos foram abrindo e a coragem me abandonando.
- Eu te trouxe aqui porque lembrei de uma vez que estávamos nos arrumando para um show meu, em 2014, eu cantei uma música deles pra você e enfim, acabei prometendo que só iríamos à um show deles quando eu fosse te pedir em casamento. Foi no momento certo. Planejei trazer a aliança que eu comprei ainda no nosso namoro, bem perto de terminarmos.
- Você comprou uma aliança? - indaguei boquiaberta.
- Sim. - riu fracamente. Percebi a música acabando, mas logo retornei minha atenção para ele. - Eu estava decidido a te pedir em casamento, mas logo em seguida veio toda aquela confusão... Flávia, Erick... Mas pelo amor de Deus, não vamos falar deles. - pediu quase em suplico. - Você não se importa se noivarmos sem ela, não é?! Eu queria fazer tudo bonitinho, eu sei o quanto você liga pra essas coisas, só que eu esqueci... Pensei em voltar para buscá-la, mas já estava atrasado, não queria te deixar esperando e muito menos perder o começo do show. - explicou-se fofo, me apertando o coração. Eu não o merecia.
- Loli, eu...
- Você se importa? Poxa, Tatá. - passou a mão no cabelo, com uma pré chateação.
- Não, não. - neguei prontamente, balançando a cabeça e sim, o sorriso nervoso ainda dominava meus lábios. - Eu não me importo. Aliás, eu não me importaria. - juntou as sobrancelhas. - Eu aceito ser sua mulher, até porque sempre me achei isso. Sempre me achei sua, como já falei. Nós estamos numa nova fase, delicada... Vou continuar sua, independente de qualquer coisa.
- Aonde você quer chegar? - um sorriso confuso se apossou da sua expressão.
- Eu não quero casar. - abaixei o olhar, encara-lo exigia a frieza que eu não tinha.
- Como assim? - sua risada saiu desacreditada. - Isso não tem graça.
- Eu não estou brincando. - voltei a encara-lo. - Amor, olha a situação que estamos! Vamos deixar as coisas se acalmarem?
- Amor é o caralho, Tanara. - bufou, muito sério dessa vez.
- Você é muito apressado! Parece que gosta de confusão! Já pensou nas consequências de um casamento agora?
- Eu não estou nem aí. Faz um bom tempo que eu parei de me importar com o que os outros vão pensar e passei a me importar com o que eu sinto. Eu não entendo você, Tanara. - sim, começamos a discutir ali mesmo, enquanto o show prosseguia.
- Eu só acho muito precipitado! Acabamos de nos assumir e já vamos casar? O que custa ficarmos assim por um tempo?
- Namorando? - riu sarcástico. - Namorar nós já namoramos. - respirou fundo.
- Eu acabei de sair de um noivado, você tem que ver isso também.
- Ah, obrigado por me lembrar. Agora eu já entendo por que você não quer casar comigo.
- Já vai ser paranóico? - cruzei os braços. - Eu quero casar com você, mas não agora. Você parece que não pensa, Luan Rafael! - irritei-me e em instantes sua mão pegou firmemente meu braço. Seus olhos negros estavam de uma forma nunca vista por mim. Raiva, decepção, esgotamento.
- Você tá me dando esse fora porque eu sou um trouxa. Se eu fosse homem de verdade você não faria isso comigo. Sabe por quê? Porque eu já teria te largado! Você não respeita meu sentimento, não me respeita. Se acha no direito de brincar, pisar. Tudo isso porque não gosta de mim, gosta dele. Mas se você se diz tão honesta, deveria assumir isso!
- Quem tá falando de Felipe aqui, Luan Rafael? - soltei meu braço, quase revirando os olhos. Ele com essa história, não!
- Uai, com ele você noiva, você casa. Ama ele e só achava divertido me usar. Mas não deveria ter cedido ao chato que te enchia o saco. Falasse pra ele que ama o seu noivo, oras! - deu de ombros, rindo sem humor.
- Se eu amasse o Felipe, eu trairia ele com você? Hein?!
- Traía porque...
- Se você for me ofender, acho melhor a gente parar por aqui.
- Ah, tadinha! Ofendida! Incrível que você vive me ofendendo, me magoando...
- Você com seu ciúme doentio, sua insegurança exagerada, não percebe que eu só traí ele porque te amo. Eu sempre odiei traição! Nunca teria feito o que eu fiz se eu não te amasse. Tudo pra você é porque eu gosto do Felipe e caramba, quem gosta faz o que eu fiz? Eu noivei com ele porque sei lá, foi um momento de loucura, uma tentativa de te deixar só no meu passado definitivamente. Eu demorei pra terminar com ele por medo. Medo de magoar ele, medo das reações. Ele pode ter todos os defeitos do mundo, mas sempre me tratou muito bem, sempre se esforçou pra me fazer feliz e não merecia isso. Mas por você, Luan, eu machuquei ele, eu briguei com a família, eu fui contra os meus princípios. - ele não me olhava. - Seu egoísmo é maior do que você. Esse amor que você sente por mim não é saudável! Eu não queria casar por tudo que estamos passando, mas agora, eu não quero casar porque sei que em qualquer momento que eu não te agrade, você vai deduzir que a razão é meu amor pelo o Felipe, é o que eu só te usei... Eu não quero passar o resto da minha vida assim, sofrendo com essa sua desconfiança!
- Então não passe. Eu não quero mais viver desse jeito com você e achava que você quisesse a mesma coisa, casar de uma vez. Mas você é complicada demais, é mimada demais, é medrosa demais... Não dá pra mim! Quem tá acabando tudo agora sou eu! E espero que daqui a dois anos eu não te reencontre. Você nunca me mereceu, nunca soube me dar valor. Esquece tudo, Tanara, é melhor pra você. Eu vou fazer o mesmo. - me deu as costas e saiu à passos largos.
Fiquei em choque com a sua atitude. Não sabia decifrar o que estava sentindo. Raiva, chateação, tristeza. Não sabia o que queria. Sair correndo e chorar, assistir o resto do show chorando, ir atrás dele para xinga-lo... Eram inúmeras opções e na minha confusão interna, apenas permaneci ali. Novamente eles acompanhariam meu sofrimento. Suas canções intensificariam o nosso problema e em um drama melancólico, me entenderiam, tratariam do assunto com uma clareza que eu não era capaz de enxergar. Será que no final do show eles poderiam me dizer a solução? Me dizer o que fazer? Me dizer quem era o errado da história? Será? Mas então, como faço para contratar Bruno e Marrone como conselheiros amorosos particulares?
Luan's POV.
PUTA
MERDA!
Simplesmente deu tudo errado. Tanara era desgraçadamente imprevisível. Nunca, nem como devaneio, passou pela minha cabeça a hipótese dela não aceitar o pedido. Qual era o problema dela?
Deus, por favor, me responda: qual pecado eu cometi para ter que amar essa...(ok, sem ofensas)... criatura? Foi nessa vida? Não? Eu sei que não, porque não é possível. Sinceramente? Eu não aguento mais. Se o Senhor puder dar uma ajudinha, eu agradeço. Nunca fui um mal filho para o Senhor, deve saber disso pelas minhas orações diárias, pelos meus atos... Claro que sabe, és Deus, O Todo Poderoso. Minhas forças se esgotaram e agora, entrego em tuas mãos. O que o Senhor quiser pra mim, eu quero. Se for pra ela ser minha, ela vai ser. Se minha felicidade não for com ela, há de tirar ela do meu coração. Só que independente dos seus defeitos, das raivas e chateações, eu a amo tanto. Queria tanto ser feliz com ela e caso os destinos que o Senhor tenha traçado para nós dois não se cruzem, eu confesso que será difícil aceitar a outra escolhida para ocupar o lugar dela. Ela é única. Entretanto, eu aprenderia a amar algo diferente. Eu serei obrigado a aprender, já que ninguém é feliz sozinho.
Então, peco. Numa narração tão santa, me pego lembrando dos prazeres que aquela bandida me proporciona. Está foda.
Flashback ON:
| Continuação desbloqueada |
Tatá me sorriu com os olhos e por um segundo eu soube ler tudo que vinha deles. Suspirei, e animado, soltei seu cabelo e olhei ao redor do quarto enquanto me passava uma vaga ideia pela cabeça. Vi, no canto do lado da cama, um espelho que não estava virado pra mesma.
- Hum, não estou a fim de te aproveitar aqui. - disse olhando em seus olhos novamente e acariciei seu rosto, depois voltei a olhar pro quarto. Avistei um sofá, dava bem pra nós dois, e decidi que seria ali.
- Um instante. - disse me levantando e caminhei até o sofá sob o olhar atento e aflito de Tanara.
Testei o peso, e assim que constatei que dava pra levantar, fiz. Arrastei com um pouco de dificuldade até a frente do espelho, de modo que ainda assim conseguisse ver nosso corpo todo.
Ajeitei exatamente do jeito que queria antes de sorrir e voltar pra cama, já animado, e tascando logo um beijo gostoso e molhado na minha menina.
Apertava sua cintura com força, arqueando as suas costas cada vez mais pra mim. À medida que o beijo ganhava intensidade, desci as mãos pra sua bunda e apertei com muita força. Tão gostosa, tão minha. Tanara deixou ecoar um gemido baixo e suplicante. Eu sabia que ela queria mais, estava impaciente, mas ainda iria torturar. Tanara estava entregue e eu amava isso.
Em seguida, dando início ao plano que eu tinha, comecei um beijo, enquanto com as minhas mãos ergui uma das suas pernas e passei pelo meu corpo, colando bem seu corpo em mim. Dessa maneira, sabia que Tatá podia sentir o volume do meu membro, que eu nem sabia como ainda estava aguentando depois de tanta tortura. Voltei uma das mãos na bunda, e a outra emaranhei com força entre os seus cabelos, conseguindo erguer todo seu corpo conforme ela me abraçava pelo pescoço e suspirava contra meus lábios.
Aquilo era um afrodisíaco incrível.
Me levantei com Tanara ainda naquela posição, sem cortar o beijo, quase sem fôlego e andei até o sofá. Deitei primeiro seu corpo e me acomodei por cima, finalizando o beijo longo com selinhos, mais por faltar de ar do que por vontade própria.
Fechei os olhos, sorrindo, enquanto nossos rostos se tocavam em carícias silenciosas; alisei seu rosto com as minhas mãos. A pele macia me deixava fascinado, até seu cheiro me hipnotizava.
Ainda um pouco ofegante, senti seu coração batendo forte embaixo de mim.
- Você só precisa sentir. - disse, com a voz rouca de desejo.
Seu corpo todo se arrepiou, suas mãos pararam na minha cintura por dentro da camisa e eu sorri.
- Nossa vida sexual tem que estar naquele livro também, ela é incrível. - suas bochechas coraram. - Você escreveu? - ela negou com a cabeça, com um sorriso malicioso.
- Fiquei envergonhada. - se aproximou do meu ouvido. - Sabe como sou tímida e inocente.
Dei risada do seu jogo, ela estava tentando me responder à altura e me provocar.
- De inocente, Tanara... - disse pegando na perna dela, levantando-a e me abaixando até seu corpo, para beijar sua barriga sequinha. - Você não tem nem a cara. - olhei com intensidade antes de beijar sua boca novamente.
Naquela posição conseguia sentir o calor que irradiava da sua intimidade. Sorri entre o beijo. Ela realmente era muito inocente... só que não.
- O que foi? - perguntou soltando um riso entre o beijo.
- Vou fazer um stripper pra você. - disse a primeira coisa que me passou pela cabeça.
Naquela altura, tinha visto que realmente bebi um pouco mais do que devia. Eu nunca falaria isso se não estivesse um pouco alterado. Tanara gargalhou e eu ri. Alisei seus cabelos e com carinho cobri seus seios com eles; beijei entre seu colo e em seguida eu levantei, realmente disposto a levar o plano adiante.
Comecei a cantar umas notas dispersas, sem formar uma música, mas sim um som; um som que eu julgava sensual, enquanto comecei a rebolar e abrir o botão da calça. Mas eu tinha certeza que aquilo não estava sexy, já que Tanara riu.
- Você não está fazendo isso, Luan Rafael!
Sim, realmente bebi demais. Mas, continuei a brincadeira, agora rindo e descendo o zíper, deixando a cueca azul marinho aparecendo um pouco. Desci a calça com um pouco mais de pressa e quando me apoiei só em um pé para tirar o outro, aconteceu o que eu nunca imaginei que aconteceria naquele momento: caí.
Isso mesmo, tropecei nos meus próprios pés e caí, cambaleando e colocando as mãos na frente. Tanara começou a gargalhar. Ela não tinha controle nenhum sobre sua risada. Mas eu também ri, e muito. Não estava completamente bêbado, mas um pouco desequilibrado para querer me apoiar num pé só.
Nossas risadas se misturaram, preenchendo o ambiente enquanto eu, ainda sentado, tirava os pés da calça e levantei só de cueca; sentei ao lado da minha menina, que gargalhava, soltando o meu som preferido.
- Eu broxei amor. - confessou rindo e eu fiz bico.
Fiquei desanimado. Também ri, mas ela continuava e eu não via mais necessidade de rir daquela maneira.
- Mas vem cá... - me chamou, ainda rindo um pouco. Puxou a minha cabeça pra ela, iniciando um beijo maravilhoso, enquanto suas mãos percorriam meu pescoço.
- Deixa seu lado dominador pra outra noite, nessa você já estragou! - disse depois de separar nossas bocas em selinhos.
Tanara levou as mãos ao meu pescoço, e começou a beija-lo com calma, enquanto acariciava em círculos minha nuca, me causando leves arrepios. Minhas mãos se juntaram na sua cintura e apertava ela com calma.
Ao nosso lado era possível ver toda a movimentação através do espelho. E enquanto ela me provocava arrepios inúmeros, arranhava minhas costas e dava chupões me excitando, eu observava a cena, dos nossos corpos seminus, juntos, como um só.
Senti as suas mãos pequenas sobre meu membro, ainda dentro da cueca, e ela o apertou. Suspirei pesadamente, e em seguida a mesma me ajudou a descer a cueca sem sair daquela posição. Minhas mãos passaram pela lateral da sua calcinha e juntei nossas intimidades, dando um beijo molhado em sua boca. Percebi que quem olhava nosso reflexo agora era ela, enquanto sem conseguir mais esperar, passei as mãos pela lateral fininha de sua calcinha e puxei com força, rasgando. Ela se assustou, mas depois sorriu pra mim, que retribui fazendo o mesmo do outro lado pra facilitar nosso serviço.
Com os dois completamente nus, ficou bem mais fácil. Ajustei suas pernas pra grudarem na minha cintura e ela me abraçou, com uma das mãos pelas minhas costas, que eu tinha certeza que me arranhariam em segundos; depois a outra na nuca, me causava arrepios que desciam por toda as costas. Virei um pouco seu rosto, com as mãos firmes, e a fiz olhar pra nós dois refletidos, enquanto, com calma, penetrei, dando alívio aos nossos desejos. Tanara gemeu um pouco mais alto, e eu sorri, olhando pra ela pelo espelho. Seus braços me apertaram cada vez mais e comecei a me movimentar lentamente, suspirando pesado, enquanto ela gemia baixinho.
À medida que o desejo ficava mais urgente, eu aumentava a velocidade. E assim, os gemidos de Tanara aumentavam também.
- Não vai gritar, hein... - ri beijando todo seu pescoço. Ela era perfeita pra mim.
Quando dei uma estocada mais forte, sua unha percorreu minhas costas inteira, me fazendo arquear a mesma, enquanto ainda penetrava no mesmo ritmo.
- Luan... - Tanara gemeu.
Peguei em sua bochecha e sorri pra ela, ainda estocando com forte.
- Pode gemer meu nome, vai...
- Luan... - ela repetiu, tomada pelo prazer.
A cena de nós dois no espelho era incrível. Comecei até a estocar mais devagar pra poder observar melhor. Tanara sorriu pra mim e depois começou a beijar meu pescoço. Eu estava louco de desejo.
O som dos nosso corpos se chocando enquanto penetrava minha menina agora com mais velocidade era incrível. Suas pernas me apertavam, como quem queria de todo modo me puxar mais ainda pra si mesmo. Abracei ela também, colaborando pra unir ainda mais nós dois. A imagem refletida me excitava de uma forma absurda. Sentia cada vez mais o meu orgasmo se aproximando e então aumentei a velocidade, quando senti Tanara tremer nos meus braços. Iríamos gozar juntos, ao meu tempo, e era somente isso que eu queria naquele momento enquanto estocava forte dentro dela. Passei então a beijar sua boca abafando um gemido alto.
Assim que penetrei mais forte, Tanara apertou as unhas nas minhas costas e gemeu entre o beijo, arqueou as costas e apertou suas pernas em mim, chegando em seu clímax. Estoquei mais algumas vezes e explodi em um dos melhores orgasmos da minha vida, gozando dentro dela. Deixei meu corpo cair sobre o seu e sorri, ofegante e respirando com dificuldade enquanto ela fazia o mesmo.
- Nossa... - disse, alisando seu pescoço, onde acomodei meu rosto.
- A gente pode fazer isso mais vezes?
- A gente pode fazer isso todos os dias. - ri, sem entender. - Umas cinco vezes por dia se você quiser.
- Não. - Tatá riu respirando pesado e acariciando meu cabelo. - Se ver... - corou o rosto. - O espelho.
- Ah! - ri, eu também tinha amado aquilo. - Quantas vezes minha pequena preferir. - continuava, passando meu nariz por seu pescoço. Sim, aquele foi o melhor aniversário de todos.
Flashback OFF.
Ao invés de descontar minha angústia na bebida (como fazia antigamente), assim que cheguei em casa fui atrás do nosso livro e abri numa página aleatória.
“Não aceitar um recomeço depois dos três dias que passamos juntos foi muito difícil. Eu amava ele. Muito. Entretanto, as 72 horas (incríveis) que passamos juntos não foram suficiente para cobrir meses de provocações e mágoas. Confesso que não foi só isso. Claro que não foi! Eu tive medo. Medo de enfrentar tudo e todos. Quis preservar meu psicológico. Sem contar das mudanças radicais que eu causaria (novamente). Fazia pouco tempo que eu havia me mudado para Fortaleza, reformado meu quarto, trancado a faculdade em São Paulo e me matriculado numa de Fortaleza para dar continuidade... Envolvia muita coisa! Eu não podia desperdiçar tudo que tinha feito, ou melhor, não podia ficar brincando de mudar de casa/cidade/vida por causa de um namorado. Não estou desprezando o nosso sentimento, mas, era a verdade. Eu já tinha feito isso em 2014, estava apaixonada demais e bom, era algo novo, diferente, eu tinha a minha mãe. Poderia sim dar certo. E deu! Só que repetir tudo daria um trabalho maior, dessa vez eu teria prejuízos e também noventa e nove por cento de chances de não obter sucesso (como na primeira vez). Ah, sem contar do que falariam (novamente eu tendo medo do julgamento das pessoas). Claro, existia a opção de namorarmos à distância. Podia parecer fofo em filme, mas na vida real era muito complicado e dolorido. Concluindo, não era pra ser. Olhando assim, depois, bate um pequeno arrependimento. A saudade, às vezes, tenta me convencer de que eu fui covarde e somente errei. No fim, acabo como agora: nessa incerteza. Sem saber se fiz bem, se deveria ter sido feliz ao lado dele e fim... Ai, Tanara, você já passou 20 anos sendo indecisa e confusa, não bastou? Precisava ser agora? Precisava mesmo se arrepender da escolha que afastou o grande amor da sua vida? Isso faz de você tão... burra. Mas, de qualquer forma, arrependida ou não, confusa ou não, o que foi feito já foi feito. Só terei essas respostas se Deus me der uma segunda chance. E se ele me conceder esse presente, eu não me importaria com o passado; eu me preocuparia em aproveitar ela da melhor forma possível. Viver com intensidade, mais uma vez, o meu amor.”
Interrompi a leitura e larguei o livro. Respirei fundo. Ela era tão profunda escrevendo, escrevia tão bem... Não sei se o que eu já escrevi chega, pelo menos, aos seus pés.
Na mesma hora me deu uma vontade imensa de pegar meu celular e lhe mandar uma mensagem instantânea:
Sim, Tanara, você foi e está sendo covarde. Você errou em me rejeitar pelos prejuízos que teria, e sabe por quê? Porque nossa felicidade recompensaria tudo. Errou feio quando se importou com o que falariam. Que porra! Por acaso você é movida por opiniões? Pagam suas contas? Caralho, Tanara, você é o que é e não o que acham. Para com isso e se permite ser feliz. Deus fez a parte dele, nos deu uma segunda chance. Só que diferente do que você escreveu no livro, não está aproveitando ela da melhor forma possível; não está vivendo intensamente o nosso amor. Sabe o que realmente tá acontecendo? De novo, seu medo e sua covardia estão estragando tudo! E sinto muito, nem que Ele te dê uma terceira chance, eu aceitaria. Melhor você abrir seus olhos e correr atrás, antes que seja tarde demais. O trouxa aqui não vai mais ceder à suas vontades.
Tanara's POV.
Abandonada e sem dinheiro para o táxi, tive que recorrer aos meus contatos. Mas que contatos eu teria em São Paulo? Só havia Larissa e bom, ela tinha uma filha e era esposa do Gabriel. Ele saber do que aconteceu? Hum, nunca. Com muita vergonha, eu liguei para Bruna. A que ponto cheguei, céus? Mas, ela foi uma verdadeira amiga. Atendeu ao meu pedido e como ela já estava por dentro de tudo, não teve problema eu informa-lá o motivo de Luan ter me largado no meio do camarote. Ela riu e eu ri também. Só que aí lembrei que havíamos terminado e ela falou que só tivemos mais uma briga à toa. Logo ele cederia, ou eu cederia... Não, ela estava errada. Eu não casaria contra a minha vontade só por chantagem do Luan. Ah, e quase esqueci: acabei nem conhecendo a minha dupla favorita. Triste noite! Bruna me deixou em casa e eu agradeci. Ela me pediu para pensar melhor e ficar bem. Irônico, não?! Mas tenho que admitir: ela foi admirável.
No dia seguinte eu acordei tarde e depois de acordar, tive que lidar com tédio e reflexão. Tanto olhei as fotos da minha galeria que até achei algumas que esqueci que havia tirado. Uma delas era com o Puff, no dia que eu fui para casa da Tia Zete com Bruna. Estava tão fofa e poxa, nunca postei. Então, remendando o meu erro, editei-a rapidamente e logo em seguida publiquei no meu Instagram.
tataccioly Coisa mais fofa. 🐶💘 @puffaugusto
Um tempo depois, minha timeline foi abrilhantada com o apressado mais lindo.
luansantana Ó!! Puff!! 🐶 @brusantanareal
Hum, que coincidência! Também postando foto com o Puff? E um tempo depois da minha? Se ele estava com o Puff é porque ele estava na casa dos pais. Consequentemente, com Bruna. Será que ela contou alguma coisa? Ah, não importa, que conte. Na nossa conversa só falei verdades!
Larguei o celular para comer alguma besteira e quando retornei ao Instagram, vi algo bom de se ver.
lunara Primeiramente: NUM CEI TO LOKA! 💃🏻 OLÁ OLÁ, como estão? O dia foi tranquilo né non? E foi também, incrementado com essas fotos mais lindas do @puffaugusto. 🐶💛 Eu não sei lidar com essa sincronia (proposital) do casal. 💑 Meu migo benzão, @luansantana (se eu não shipasse tanto lunara eu ia pedir pra tu me pegar, deixa de ser gostoso af) curtiu a foto da amiga @tataccioly, e correu pra pegar a bola de pelos mais gostosa do Brasil. 🏃🏻 Tirou a fotinha e postou 📸 me deixando morrendo de amores. 😍 NEM ACREDITO QUE VOCÊS ASSUMIRAM!!!!!!! 🎉❤️👐🏼 Ah, recadinho pras zini: diferente de certos casais aí, não assumiram pra mídia, não, foi só aqui mesmo. Sabe, né?! Estilo casal de verdade, com calma, com amor. 😌 Até agora Luan não deu NENHUMA declaração para NENHUM site, só posta aqui... E isso deixa tudo mais lindo, não sei por que. 😭🤗 As declarações de ambos me deixam toda boba, toda me tremendo, REAL OFICIAL. 😫 Só desejo muita luz, muita felicidade, só sentimentos bons! VIVA O AMOR! 🎆❤️ Brilha ou não brilha? ✨ #TodaMeTremendo #LunaraEhReal #EhOficial #LunaraAssumiu #BrilhaLunara #NumCeiToLoka #AuauDoCasal 😍
Ai, Priscila, só você! Curti e bloqueei o celular, suspirando.
- Posso entrar? - bateram na minha porta e eu reconheci a voz do meu tio. Estávamos sozinhos em casa. O que ele queria?
- Pode. - respondi baixo e logo ele adentrou.
- Tudo bem com você? - sorriu generoso e eu amarelo.
- Mais ou menos. - sentou-se na ponta da minha cama.
- Isso tem a ver com o Luan Banana?
- Ai, que piadinha antiga! - lhe joguei uma almofada, enquanto ríamos fracamente. Ele falava isso pra implicar comigo quando eu tinha 15 anos. Acreditem, eu ficava com raiva e retrucava irritada, olhem que bobagem. - Tem sim, Tio. - respirei fundo, enquanto a breve risada cessava.
- Fiquei sabendo que vocês voltaram...
- Sim, voltamos. - mais um pra encher meu saco. Mereço? - Sei que o senhor nunca gostou dele, mas eu realmente tô cansada de tantas críticas. Pode ser amanhã?
- Ei, não tire conclusões precipitadas, sua pirralha! - arremessou a almofada de volta. - Eu não gostava mesmo dele, gostava do Erick.
- Sério? Nossa, ninguém percebia. - ironizei e ele me olhou sério, mas logo deixou escapar um sorriso envergonhado. - A sua implicância de certa forma contribuiu para terminarmos naquela época.
- E eu confesso que comemorei muito quando recebi a notícia. - eu fiz careta. - Mas hoje percebo como fui idiota. Não devia ter insistido no seu passado, a escolha era sua. Se ele te fazia feliz, estava valendo. - ele mudou os pensamentos tão radicalmente? Uau. - Me desculpa viu, Tatá?! Se eu estraguei, te fiz sofrer... Nunca quis isso, você pra mim é como uma filha; só que eu era teimoso, inconveniente, errado.
- Tio, relaxa. Já passou e eu não sou rancorosa!
- Me sinto mais aliviado com vocês dois juntos de novo. - passei a mão no cabelo, um pouco incomodada. Incômodo que logo ele percebeu. - O que foi? Mas vocês não estão juntos? Você acabou de falar isso, não me confunde! - se atrapalhou e eu me permiti rir do seu desentendimento.
- Não sei se estamos juntos. Quer dizer, não sei mais.
- Como assim não sabe? Menina, você bebeu? - eu vou ter mesmo que explicar? Logo pra ele?
- Tio, nós estávamos bem, pelo menos até ontem.
- Ah, brigaram?
- Mais ou menos.
- Dá pra você parar de falar mais ou menos e ser direta? - parecia interessado. Era o Marcos mesmo?
- Tá, tá. Bom, ontem fomos ao show do Bruno e Marrone e ele me pediu em casamento.
- Isso não é bom? - sorriu.
- Não. Eu não aceitei.
- Você negou o pedido de casamento dele? - arregalou os olhos, mudando a expressão: de aliviada para curiosa. Por que eu estava conversando sobre isso com o meu tio? O que está acontecendo?
- O Luan é muito apressado, Tio. Está todo mundo criticando a gente e ele quer casar. Tem noção? Iria piorar tudo, não tem lógica.
- Claro que tem lógica, ele gosta de você! Você é burra?
- Passamos dois anos separados, acabamos de assumir que reatamos e já vamos casar? Isso não é loucura? Você não vê a razão? Está como o Luan?
- Minha filha, razão de quê se vocês se gostam? Você tá com medo dos outros? O que não tem lógica é sua desculpa. Não é alguma coisa de agora, faz tempo... E daí que faz pouco tempo que assumiram, e daí que criticariam ainda mais? Tanara, meu Deus. - parecia inconformado e eu simplesmente travei, sem reação. Será que eu estava delirando? Meu tio defendendo Luan? Assim, com unhas e dentes?
- Eu não tô entendendo.
- Eu que não te entendo. Você vai ligar pra ele e falar que aceita, o mais rápido possível!
- Tio, você não escutou? Eu não quero e eu não vou casar. Muito menos à força, por pressão do Luan Rafael. Se ele é apressado, o problema é dele! Temos todo tempo do mundo! Ele que tá atropelando as coisas! Criando problema à toa!
- Não, Tanara, não. - respirou fundo. - Vocês não têm todo tempo do mundo. - por que ele está reagindo assim?
- Eu realmente não estou entendendo essa sua reação. Está preocupado comigo e com o Luan? Torcendo? Defendendo ele? Mais sem lógica do que a ideia dele, está sendo sua atitude.
- Eu acho que você precisa saber de algumas coisinhas pra ver se acorda! - falou sério, com um tom que até me assustou um pouco. Engoli seco e em seguida, preparei meus olhos e meus ouvidos para seu próximo pronunciamento. Fiquei atentíssima, com a curiosidade mais atiçada do que nunca.
“E o que vai ser de nós?”
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