Me perdoem a demora, amores! O 30 vai ser dividido por uma questão de tamanho, pra não ficar extenso. Boa leitura!
- Você vai terminar esse noivado assim que ele por os pés em São Paulo. Ou então, eu desisto da gente. Por mais que doa em mim, eu não posso continuar vivendo com essa angústia, dividindo o que eu tanto amo. A escolha é sua, Tanara! - encarei-a, sério.
- Eu já falei que vou fazer isso. - se aproximou. - Por que está voltando nesse assunto? Parece que não confia em mim! - alisou meu rosto e eu desviei o olhar. - É isso, você não confia mais em mim? - perguntou com a voz mais baixa, beirando um sussurro; meus ouvidos só foram capazes de ouvir porque estavam atentos a qualquer murmuro que ela deixasse escapar, devido à minha situação frustrante e à minha busca de uma posição dela.
- Não inverte o jogo, Tanara! - tirei suas mãos, um pouco irritado com a sua tentativa. - Não se trata de confiança, se trata da sua insegurança. Eu te conheço melhor do que ninguém e confio planamente em você, por isso sei o quanto você tem medo de falar essa maldita verdade! - rosnei, sem olhá-la. - Eu não tô aguentando mais, você tá entendendo? Estou esgotado, estou sofrendo. Será que você não percebe? Poxa. - virei, com meus dedos sobre minhas sobrancelhas e um olhar totalmente perdido.
- Eu já entendi, meu amor. Mas eu também já falei que voltei disposta a dar um fim nisso de uma vez por todas, não já?! Não precisa ficar me cobrando, me colocando contra a parede! Me deixa mal.
- Então estamos quites. Você só tá me deixando mal! - acusei.
- É isso? Eu só te deixo mal? - sua voz soou com chateação.
- Você entendeu, Tanara!
- Quer saber, Luan? Desde cedo você está cheio de farpas e eu cansei! Só vamos brigar, eu vou embora. - senti seu afastamento.
- Não precisa disso. - virei-me, respirando fundo. - Não vai embora! - disse autoritário e ela não me olhou, apenas continuou andando até o quarto. Eu a segui, procurando palavras para convence-lá a ficar.
- Não precisa levar tão ao pé da letra. - murmuro, desfazendo minha marra aos poucos apenas para mantê-la ali.
- Você se transforma quando fala do Felipe, Luan. Eu não te entendo! - sentou na cama, brincando com as mãos e evitando me olhar.
- Eu não me controlo! Você acha que eu sou de ferro? Eu sou ser humano, corre sangue em mim...
- Mas nós estávamos de boa e você age como se eu, sempre, procurasse o Felipe. Quisesse ficar com os dois, gostasse dele. Porra! Eu amo você, estou cansada de me declarar. Fico tão bem do teu lado, é meu refúgio, você não entende? O mundo lá fora é cruel, vai ser cruel com a gente; e por isso eu prefiro ter meus momentos felizes no nosso mundo. Só nós dois. - fui sendo tomado pelo o arrependimento. Sentei na cama, na sua frente, encarando o chão. Fiquei sem jeito e antes que pensasse em qualquer palavra, frase, pronúncia, ela me abraçou. Ela sempre sabia o que fazer, parecia ler minha mente, sentir meus sentimentos. Ela era o meu anjo e eu sofria assim simplesmente por não entender tantas dificuldades para ficarmos juntos, para ela me proteger de vez, pra sempre. Nos gostávamos de verdade, era recíproco. Abre parêntese. O que já era um grande passo, uma coisa rara. As pessoas de hoje em dia são fúteis, vivemos num mundo fútil, incapaz de valorizar ou até mesmo começar a sentir um sentimento verdadeiro. Fecha parêntese. Quando isso acontece, não é correspondido. Pessoas se amarguram, se fecham. E eu, mesmo dando a sorte de amar, de ser amado, me amarguro do mesmo jeito. Talvez até pior. Paixão não correspondida não deve doer tanto quanto desejar uma pessoa e não poder ficar com ela por causa de um filha da puta, por causa da sociedade, por medo do que vão pensar, falar e fazer. Não. Eu não tenho esse medo. Mas minha menina tem. Tenho que respeita-la e entendê-la. A sua capa era forte, independente, atrevida... Mas, eu, exclusivamente, sabia o quanto ela era frágil. Sou um trouxa por ter aguardado até agora. Ou, não. Não sou trouxa porque tudo isso é para preserva-lá. Se eu estava passando por tudo isso para tê-la, não podia abandoná-la porque ela não se decidia. Não tinha lógica. Ela estava comigo. Mas me machucava. Sim, me machucava. Sinceramente? Eu estava foda-se para mim. Colocá-la na parede é só uma tentativa de obter atitudes. Talvez com a minha pressão ela agilizasse as coisas... Quer saber? Esqueçam tudo que eu acabo de narrar. Mesmo amando-a muito, não sou de ferro. Não sou inabalável. E sim, sem drama, aquilo estava sendo um sofrimento pra mim. Sofrimento cansa. O que vai ser da gente quando eu cansar? Eu não sei. Estou me deixando levar, porque além de não ter coragem de tomar alguma atitude, não sei o que fazer ao certo. Tinha que pensar em mim, nela, na minha família, na família dela, na minha filha... No fim, acabávamos tentando esquecer todos esses problemas. Nós dois, entregues às nossas carícias, abraçados, cobertos apenas por um lençol, sorrindo e falando alguma bobagem, uma brincadeira, uma declaração.
- Eu não posso dormir aqui, não me atiça, vai. - ela dizia dengosa, enquanto eu a envolvia nos meus braços, revezando em beijar seu olho esquerdo e direito.
- Diz que o vôo atrasou.
- Nossa amor, atraso histórico, né?! - riu da minha desculpa sem nexo. - Me deixa levantar, por favor. - fechou os olhos, com um sorriso lindo.
- Deixo.
- Obrigada, senhor gentil. - tentou levantar o corpo, mas eu a mantive ali.
- Com uma condição! - terminei e ela suspirou, derrotada.
- Qual?
- Amanhã você vai jantar comigo.
- Claro, amor! - aceitou, prontamente. - Agora eu posso ir?
- Não, minha linda. Não um jantar aqui... Um jantar em um restaurante! Como um casal normal. - lhe olhei, com um sorriso sugestivo e ela franziu a testa. - Qual o problema? Somos um casal. - tomei seus lábios em um breve selinho. - Está com medo?
- Estou! Mas não do que você está pensando, e sim, da sua fama. Podem nos ver, gerar notícia...
- E aí chegar nos olhos das nossas famílias. - conclui sua frase, revirando os olhos.
- Você está fazendo de propósito?
- Não, Tatá. Não quero que ninguém saiba da gente antes que você abra o jogo com o babaca. Mas confia em mim, não vai acontecer nada! Ninguém vai ver nada, não vai sair na mídia.
- Tudo bem.
- Tudo bem? - estranhei a facilidade.
- Sim, eu confio em você e sei que vai ser um jantar maravilhoso. - beijou meu rosto e levantou. Uai, ela aceitou sem pestanejar?
Dei de ombros, agradecendo por não precisar insistir mais. Ela entrou no banheiro e eu fiquei sorrindo, como um idiota. Meu celular estava próximo e eu o peguei. Vi quem havia me mandado mensagens recentemente, li algumas e não respondi nenhuma. Fui para o Instagram e logo de cara, tive uma surpresa.
lunara Incrível como ainda existe as pessoas que acham que eu fantasio as coisas, invento, só pra ganhar fama no fandom. Um recadinho pra vocês, lindas: fama eu já tenho! Sou o fã-clube com mais seguidores, aceitem. Tenho follows do Luan, sim, da Tatá, sim, das zamigas e dos zamigos, sim! E não, eu não preciso inventar porra nenhuma. Vocês não devem ser burras, devem saber diferenciar deduções e certezas. Deduzo muita coisa sobre lunara MAS quando falo com certeza, é porque aconteceu de fato. Sim, todo esse rodeio porque duvidaram do que eu disse sobre ter alguém me informando. Pra provar, aqui está essa foto. Eles tiraram antes de ir para o Beach Park! Fã-clubes lunaras, me agradeçam pela foto inédita. E ahhhhhhhhh, essa é só a primeira de muitas! Já recebi várias lindas! LUNARA BRILHANDO? Confere. ✅❤️ Sejam felizes, meus amores. @luansantana @tataccioly
Como assim? Tinha alguém informando a Priscila? Realmente tiramos essa foto antes de irmos para o Beach Park, mas...
- Tatá, vem cá. - chamei-a e ela apareceu, já arrumada.
- Oi, amor.
- A Priscila postou uma foto nossa.
- E? - riu. - Qual a novidade disso?
- Não, uma foto nossa de agora...
- De agora? - se aproximou.
- Sim! 2017! - mostrei a tela do celular. - Tiramos no carro...
- Antes de irmos pro Beach, eu sei. Essa foto é o fundo do meu WhatsApp. - disse assustada. - Como ela conseguiu?
- Eu não sei, mas tá dizendo que tem uma pessoa informando ela sobre a gente...
- Que loucura! - arregalou os olhos.
- Será que é verdade? Tem uma pessoa contando tudo pra ela?
- Acho que não, Loli. Mas como ela conseguiu?
- Não faço a mínima ideia! - dei de ombros. - Bom, deixa isso pra lá. As únicas pessoas que sabem são...
- A Bruna, a Marina...
- Eu prefiro acreditar que a Bruna não faria isso com a gente de novo, Tatá.
- Não é ela, ela ficou arrependida de verdade.
- Então isso é um mistério?
- É só a Priscila, amor. Ela torce pela gente! Você sabe que ela é meio ninja, sempre descobre... Mesmo que tenha essas informações privilegiadas, o que pode fazer contra?
- É. Tem razão!
- Deixa isso pra lá! - tomou o celular da minha mão e o jogou na cama. - Eu preciso ir. - me abraçou e eu soltei uma risadinha fraca pelo bico que ela formou na sua linda boca.
- Amanhã eu te pego que horas?
- Não é melhor eu vir pra cá?
- Já falei que vamos num restaurante, Tatá.
- Eu sei, mas...
- Não! Eu vou te buscar.
- Você é muito machista!
- Eu sou cavalheiro, é diferente.
- Então tá, senhor cavalheiro. - riu, tendo que aceitar minha decisão.
Tanara's POV.
Fui embora da casa de Luan com ele... Quer dizer, quase não fui embora da casa de Luan com ele agradecendo pelo o bolo e me enchendo de beijos, não me deixando sair. Minhas risadas me distraiam, mas logo eu caía na real e lembrava que tinha que ir embora. Já havia demorado demais!
- Meu amor, que bom que você chegou! - Dona Érika me recebeu com um abraço forte. - Por que não ligou pra eu te buscar no aeroporto?
- Tô acostumada com tantas viagens, mãe. Não precisa! - ri.
- Como foi a viagem?
- Foi ótima! Mas tô cansada...
- Larissa ligou perguntando se você já tinha chegado, Alice quer te ver.
- Depois eu falo com ela! Mas eu prefiro não ver a Alice, quero dar atenção e hoje eu não sou nada.
- Então vai descansar, Tatá!
- Tenho que desfazer as malas...
- Depois desfaz.
- Mas aí eu esqueço, mamãezinha. - beijei os dois lados do seu rosto.
- Amanhã eu te lembro e te ajudo.
- Sério, meu amorzinho?
- Sério, preguiçosa! Vai, sobe. - riu fracamente.
- Cadê o povo dessa casa? - peguei minha mala, indo até a escada.
- Fui abandonada, estou sozinha! - respondeu, com a voz mais distante. Devia estar indo para a cozinha. Eu me permiti rir do seu drama. Infelizmente era assim, eu matava as saudades da minha vózinha e criava da minha mãe. Matava as da Dona Érika e começava a sentir da Dona Fátima! Subi, troquei de roupa e me joguei na cama, largando as malas em qualquer canto do quarto como minha mãe aconselhou. Fechei os olhos e acabei pegando no sono. Um cochilo, que foi atrapalhado por um vesgo que eu só perdôo por amar demais.
- Mas meu Deus, muié! Por que cê demora tanto pra atender esse telefone?
- Bom dia pra você também, Luan Rafael.
- Amiga sua louca, tá de noite ainda! - afinou a voz, despertando minha risada preguiçosa.
- Eu cochilei, amor. Você me acordou! Seu ridículo!
- Bem feito, sua preguiçosa. Cê só dorme!
- Ah, é?! Vou passar a só dormir mesmo. - foi a sua vez de rir.
- Liguei pra saber como foi aí com a Érika... Ela estranhou? Não, né?!
- Não, amor. Deu tudo certo, ela até se ofereceu pra me ajudar com as malas porque eu estou cansada da viagem.
- Da viagem? Sei! Que bom então... Mas deixa eu te falar, Pikitinha. Quando cê saiu, eu lembrei do incômodo de mais cedo e acabei lembrando de uma música...
- Ih... Uma música?
- Coincide muito com o que aconteceu e eu vou cantar procê.
- Canta, meu amor. Amo ouvir você! - respondi empolgada e já encantada. O repertório do Luan continha músicas lindas e românticas. Não demorou nada e ele começou:
Tira esses olhos de cima dos meus
Desse jeito eu posso me apaixonar
O cara que você namora tá aí
E ele pode até desconfiar
Eu sei que você não está feliz
Basta ver dentro do seu olhar
Eu sei que você hoje quer sair
Pra beber, pra beijar, pra trair
Quer saber? Eu não tô nem aí
O seu namorado vai ficar só te ligando
Você na minha cama só me namorando
Ficar com você desse jeito é perigoso
E é assim que fica muito mais gostoso
- Seu cretino! - eu tentava controlar minha risada. Que safado! Eu esperava no mínimo uma música mais romântica.
- Cretino por que, Tatázinha? - riu cínico. É assim iniciamos mais uma das nossas ligações duradouras.
O dia seguinte, felizmente, passou muito rápido. Logo chegou o horário do meu jantar com meu amor e mesmo com um pouco de receio, eu dei uma desculpa para quem estava na sala da minha casa e saí, vendo seu carro, me esperando, como ele tinha garantido. Ele não existia! Nos cumprimentamos com um beijo que se prolongou e quando acabou demos outro, e outro, e outro... Um dia era tempo suficiente para termos saudades, ok?! Meio melancólico, mas nos dêem um desconto: somos vítimas de uma paixão quase proibida.
- Não ficou boa!
- Claro que ficou boa, Tatá! Já é a décima que tiramos e você diz que não gostou.
- Você não tá sabendo tirar.
- Você que é uma fresca!
- Fresca?
- É, nojenta. Cala a boca que eu vou tirar só mais uma... E foda-se se você não gostar, eu não vou apagar.
- Vesgo.
- Faz uma pose! - ordenou, me fazendo lhe dar um tapinha. Não doeu nada, não se preocupem. Coloquei a língua pra fora, cansada dos sorrisos e dos bicos das outras tentativas e ele logo clicou. Pronto! Agora restava saber se finalmente havia ficado pelo menos guardável.
- Deixa eu ver! - pedi, já arrancando o celular da sua mão. Então eu não pedi, porque minha reação não esperou a resposta dele... Enfim, vocês entenderam!
- Gostou? - perguntou, enquanto eu observava a foto.
- É, mais ou menos. - torci a boca e ele riu.
- Eu desisto de você.
- Sabe o que é, amor?! Acho que hoje não estou fotogênica. - fiz drama e ele negou, olhando pra cima, como se pedisse paciência aos céus. Mas poxa, era a verdade! Todas as fotos ficaram um horror, eu tinha motivo de ficar, no mínimo, chateada comigo mesma.
Luan's POV.
Como o combinado, busquei Tatá em casa e a levei no restaurante reservado para aquela noite. Não estava cheio e nós não tivemos problemas nem na chegada e nem no decorrer do jantar. Comemos, bebemos, rimos... Enfim, acabamos esquecendo o risco e nos divertimos. Me empolguei tanto que acabei esquecendo nossa atual situação. Abri meu SnapChat e tirei uma foto sua, mexendo no celular, desprevenida. Postei na minha história num ato involuntário e ela, que também estava mexendo no SnapChat, quando viu, me repreendeu imediatamente. Eu apaguei, a acalmando com a hipótese de ter sido rápido demais ao ponto de ninguém chegar a ver e muito menos, tirar print. Ela acabou se convencendo e esquecemos esse assunto. Fomos embora um pouco tarde e eu, por muita sorte, a convenci de dormir comigo. Não preciso dizer o que aconteceu, não é?! Nos amamos mais uma vez.
POSTA LOGO OUTRO MERECEMOS
ResponderExcluirAmooooo a Pri quem tá passando essas fotos pra ela kkkkk quero que ela abre o jogo logo com o besta lá
ResponderExcluirEspero que dessa vez, ela termine com Felipe
ResponderExcluirContinuaaaaaaaaaaaaa muié, a gnt esperou dmais merecemos outro hoje ainda !!!
ResponderExcluirEITA QUE ESSA FT VAI DAR O QUE FALAR CONTINUAAAA
ResponderExcluirAmmmeei o capitulo nega, postaaa mais um.
ResponderExcluirLunara viu, o mundo viu, todos viu e a porra vai piaaaar kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk adorooooo -- Tanara ta na hora de se decidir né mofia pq olha.... Quero saber quem ta falando as coisas haha #soueu - continuaaaa
ResponderExcluirEntre tapas e beijos HAHAHA
ResponderExcluirMais gente esses dois são uma graça kkkkkkkk. Amoo esse dois juntos. São tão espontâneos. Amo eles e quero eles juntos logo sem Felipe no meio. E essa for no snap vai render kkkkk.
ResponderExcluirMiga sua louca xxnapchap não pode kkk
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