- Uai? Quê isso? Festa surpresa? - perguntou no seu jeitão, como se nada tivesse acontecido. Eu só tive uma reação: sorrir e correr para abraçá-lo. - Oi, amor. - beijou minha cabeça, enquanto eu o apertava, aspirando seu cheiro, para ter a confirmação que ele estava bem, intacto.
- Que bom que você tá bem. - beijei seu tórax, respirando aliviada.
- Eu devia estar mal? - perguntou com um sorriso serelepe no rosto, me fazendo acordar para o que ele tinha nos feito passar.
- Como você some do nada? Você quer me matar, é isso? - me afastei e estapeei seu braço.
- Ai, muié, para. - se defendeu, enquanto todos olhavam-o indignados.
- Luan Rafael Domingos Santana! Aonde você estava? - Marizete levantou, séria. - Você quer nos matar de tanta preocupação? Sai de casa cinco horas da manhã, não avisa a sua mulher, não avisa a ninguém, e só chega agora?
- Credo, Xumba! Eu só fui dar uma volta.
- Dar uma volta? - Bruna perguntou, com sua expressão facial sendo tomada pela a indignação. - Bate mais, Tatá, bateu pouco.
- Irresponsável! - Amarildo acusou e de repente, a sala foi preenchida por burburinhos, todos criticando meu marido. Ele até tentou se defender dos sermões, mas acabava liberando seus risos desentendidos e assustados.
- Pode me explicar o que foi isso? - me seguiu até a cozinha, eu queria beber água.
- Você não dirige a palavra pra mim, não, Luan Rafael. - peguei o copo.
- Meu bem, o que eu fiz?
- Sumiu. Acha pouco? Poxa, nem pra deixar a merda do celular ligado.
- Ele descarregou. - se aproximou.
- Sai. - me afastei. - Você me preocupou, fiquei desesperada, tive que avisar seus pais, liguei pra todos os seus amigos... - ele riu, debochando. - Fica rindo mesmo, não foi você. Sabe quantas coisas horríveis eu imaginei? Não, você não sabe.
- Eu só fui dar uma volta porque ontem fiquei muito nervoso. Mal consegui dormir! Estava agoniado, então, decidi sair. Eu não quis te acordar, meu amor. Só isso.
- Não justifica! - exclamei.
- Que fofinha cê toda preocupadinha. - sorriu, encantado.
- Vai tomar no seu... - revirei os olhos.
- Ó! Ó os modos, muié. - me repreendeu, com um ar brincalhão. Será que ele não percebe que quase me matou? Não respondi, só bebi minha água sem olhá-lo. Ele ficou me encarando, com um sorrisinho de lado, tentando cessar minha marra. - Vai ficar brava mesmo?
- Vou! Posso?
- Pode, uai. Quer que eu vá embora de novo? Aí só volto amanhã. - deu de ombros.
- Faz o que você quiser. - sorri, cínica.
- Você é bem chata quando quer.
- Você é bem idiota quando quer também.
- Minha baixinha, fica assim, não. - se aproximou, me abraçando à força.
- Sai! - tentei empurra-lo, com o copo na mão, que acabou me atrapalhando. Ele beijou minha cabeça, com as mãos grudadas ao redor do meu corpo, enquanto eu seguia querendo fugir.
- Opa, não sabia que já estavam assim. - Breno apareceu, constrangido, fazendo seu cunhado me soltar. Amém. - Dona Marizete mandou chamar vocês! Quer fazer um churrasco, aproveitando que estamos todos reunidos.
- Se a carne não for a do meu corpo, eu topo. - Luan fez piadinha.
- Eu não vou. - disse séria, enraivecida com meu marido.
- Vamos, Tatá! Ignora o boi. - provocou o amigo.
- Poxa, Breno, quê isso, cara? Vai ficar do lado dela?
- Vou. - riu. - Você fez ela, minha sogra e minha namorada quase passarem mal. Tá sem moral!
- Babaca. - o xinguei e saí, deixando os dois à sós na cozinha.
- Vocês dois vão, Tatá? - minha cunhada perguntou, assim que eu pus o pé no ambiente que todos estavam.
- Não.
- Sim. - meu marido apareceu. - Vamos!
- Sim ou não? - Rober perguntou e eu permaneci calada. Tia Zete nos olhou e pareceu decifrar o que estava acontecendo.
- Tatá? - praticamente pediu, de uma forma quase irrecusável. Ela não estava a favor do filho e isso me deu apoio. Minha chateação era visível. Luan me olhou sem jeito e eu sorri, respirando fundo.
- Vamos! - afirmei e o sorriso da Bruna foi comemorativo. - Mas vocês podem ir na frente, eu e o Luan ainda vamos nos arrumar. - avisei e todos concordaram.
Foram saindo e Marizete não deixou de dar seu sábio conselho.
- Conversa com ele, raiva não leva à nada. - sussurrou no meu ouvido e eu assenti, grata. Luan olhava nosso cochicho de canto, desconfiado. A mãe lhe lançou um olhar intimidador e saiu, sem ao menos se despedir.
Fechei a porta e olhei ao redor, visualizando a sala ocupada apenas por nós dois, num silêncio desconfortante. Passei para o quarto, mais calma, o nervoso já havia passado.
- Vão ficar as duas contra mim, agora? Só porque eu dei uma saída? Não sabia que eu era preso, que te devia satisfação de todos os meus passos. - Luan entrou no quarto, afiado. O olhei, desacreditada. Como é que é?
- Péssima hora pra você dar um de dono da razão, Luan Rafael! Péssima hora. - enfatizei, mexendo nas minhas coisas; estavam uma bagunça pela nossa mudança (que aconteceria a dois dias).
- Não quero ser o dono da razão, mas também não quero você chateada comigo. Por besteira. Você e a Xumba. E se for pra ser assim, não quero mais ir. Se for pra me evitar, me evita aqui, não precisa ser na frente dos outros.
- Você saiu cinco horas da manhã, caralho! Sabe que horas são? Sabe como eu fiquei? Esperei até a hora do almoço e nada. Tarde, nada. Noite, Luan Rafael! Noite! Poxa, quer dar uma de adolescente revoltado sem motivo, avisa a uma pessoa, pelo menos. Ninguém é obrigado a ficar preocupado com você.
- Não é ser adolescente revoltado. Não posso respirar? Me acalmar? Eu fiquei nervoso, você sabe disso.
- Seu pai ia chamar a polícia, você tem noção? A Laura ficou preocupada.
- Cadê minha filha?
- Tá na Larissa, não queria que ela ficasse no clima tenso.
- Hum.
- Tudo por culpa sua!
- Tanara! Para!
- A minha pressão, a pressão da sua mãe. Você é um inconsequente!
- Desculpa, tá legal? - finalmente.
- Não faz mais isso.
- Não vou fazer. Eu pensei, respirei, me acalmei. Eu gosto da ideia de me desligar um pouco de tudo. Hoje foi preciso. A Isabel é asquerosa.
- Que bom, pelo menos alguém passou o dia bem.
- Não faz assim, vai. Eu não sabia que ia causar tudo isso!
- Está tudo bem. - ele suspirou.
- Você quer mesmo ir?
- Quero. Quero me distrair. Ficar aqui com você não vai dar muito certo.
- Vai me bater? - afrontou.
- Talvez. - ameacei.
- Larissa não vem deixar a Laura?
- Liga pra ela, vou tomar banho. - entrei no banheiro e bati a porta. Fiquei com tanto medo de perder esse idiota e ele simplesmente estava só refletindo.
Luan's POV.
Discutir com a mãe da minha filha sempre era desgastante. Mas, a nossa última briga foi mais que isso.
Frustrante.
E mexeu intensamente com o meu psicológico. Não consegui dormir e acabei abandonando minha esposa na cama, antes mesmo que o sol nascesse.
Passeei de carro, sem direção, com uma única intensão: paz. O tempo passou rápido demais e quando anoiteceu, eu me dei conta que sequer havia avisado alguém. Fui para casa e obtive uma surpresa: todos me aguardavam.
Criaram a expectativa de coisas ruins e estavam afogados num mar de preocupação. Minha esposa correu para me abraçar, carinhosa. Mesmo sem entender, gostei. Foi, hum, fofo?
Mas, Tanara era uma metamorfose e não demorou para me estapear. A partir daí, fui hostilizado por todos. Meu sumiço sem motivo revoltou minha família, mas, especialmente, minha mãe e minha esposa. Viraram a cara pra mim e confesso, aquilo estava me angustiando.
- Larissa tá perguntando se a Laura pode dormir lá. Pode? - Tatá perguntou, olhando para o celular. Não respondi. - Pode? - insistiu e eu permaneci do mesmo modo. Quer me perguntar alguma coisa, olha pra mim. - Luan, eu tô falando com você. - finalmente, pôs os olhos em mim.
- Se você perguntar de novo, me olhando, eu respondo. - expliquei.
- Ah, me poupe! - resmungou. - Vai deixar ou não?
- Pode ser. - falei sério, concentrado na pista. Tanara não disse mais nada, simplesmente começou a me ignorar. Seus dedos, digitando rapidamente, deslizando para lá e para cá na tela do celular, me deixava ocioso.
Ocioso. Irritado. Incomodado.
- Tanara! - repreendi, em um tom alto.
- O que foi? Tá louco?
- Larga esse celular, eu tô do teu lado.
- E?
- Que falta de educação! Coisa mais alienada. Uma pessoa do lado e só fica aí, mexendo em internet...
- Seria inconveniente da minha parte se não fosse proposital. - sorriu, cínica. Ok, eu desapareci, deixei todos nervosos, preocupados... Mas, não me precisava me excluir tanto assim, certo?
- Proposital? - arqueei as sobrancelhas. - Tudo bem, então digamos que isso aqui também seja proposital! - segurei o voltante só com a mão esquerda e com a direita, tomei o celular dela.
- Luan Rafael! Me dá! - reagiu instantemente.
- Só vou devolver quando você aprender a dar atenção pras pessoas que estão ao teu redor. Já não basta nas minhas viagens, todo mundo metendo o celular na minha cara pra foto! Só querem saber de foto com o Luan Santana, celular, celular, celular... Você acha que algum pergunta ao menos se eu estou bem? Acham que me dão a mão? Me abraçam?
- Você quer me culpar por isso? E larga de exagero, existem as fãs que só querem um abraço.
- A minoria ainda quer. Dá pra contar nos dedos! Esses dias todos eu sinto isso na pele e tenho que atender gentil, simpático. Porque senão, já caem em cima, já viro estrela. Deles eu escolhi suportar. Agora de você, Tanara, não. Não sou obrigado, não quero e não consigo.
- Quanto drama!
- Ah, eu tô com drama?
- Não vou discutir com você.
- Beleza. - dei de ombros, segurando seu celular com firmeza. Ele só voltaria pra ela no dia seguinte e olhe lá. Vai depender muito da minha boa vontade.
- Só acha engraçado que, você pode sair sem dizer nada, aparecer horas depois com a cara mais lavada do mundo e eu não posso reclamar.
- Você tem todo o direito de não gostar, de achar ruim... Mas já deu, poxa! Todo mundo me deu lição de moral, eu preciso mesmo ser desprezado por você?
- Estou chateada! Devolve meu celular.
- Não devolvo! Não. Devolvo. Agora eu também estou chateado com você, então, pegar seu celular não me faz inconveniente, porque é proposital. - usei sua própria frase contra ela.
- Chateado comigo por quê? Por ter ficado mal, o dia todo, esperando notícias suas? Pensando besteiras? Me martirizando?
- Não. Estou chateado por você prolongar essa revolta. Então estamos quites!
- Me dá meu celular agora, Luan Rafael. - "Luan Rafael" pra cá, "Luan Rafael" pra lá, que saco.
- Não dou, já falei. Fica quietinha! - entramos no condomínio dos meus pais e ela bufou. Estacionei na casa deles e assim que desliguei o carro, pus o aparelho no meu bolso. Tanara desceu com a cara mais fechada do mundo e quando se aproximou de mim, introduziu a mão no meu bolso, tentando pega-lo.
- Já disse que não vou entregar. - segurei seu antebraço e ela se soltou rapidamente; porque eu não pus força, claro.
- Não estou para brincadeiras, Luan Rafael!
- E quem está brincando? Amanhã, ou depois de amanhã, quem sabe, se você melhorar seu tratamento comigo, eu devolvo. Até lá, vai ficar sem seu vício. - sorri debochado e apressei meus passos, a deixando para trás.
Tanara's POV.
- Vocês não conversaram, Tatá?
- Olha, tia, o Luan quer ser o dono da razão mesmo estando errado! Não aguento.
- Pensei que esse papel fosse seu, amiga. - Bruna zoou e a mãe riu, enquanto eu sorria sem humor.
- Não é que eu tenha que ser sempre a dona da razão, mas dessa vez eu estou certíssima em ficar chateada e ele não respeita isso.
- O que ele fez? - minha sogra questionou.
- Pegou meu celular.
- Hã? Como assim?
- É, Bru, tomou meu celular.
- Não sabia que minha neta está projetada aqui na minha frente, com 23 anos. - Marizete também brincou, enquanto um bico se formava espontaneamente na minha boca.
- Luan é seu marido ou seu pai? Porque isso é coisa de pai, não? Esse casal, sei não... Ele dá uma de adolescente fugindo de casa e ela, uma adolescente que teve o celular proibido.
- Ele pôs no bolso, Bruna. Tentei tirar e ele me impediu. Quer que eu faça o quê? - elas riram, vendo entretenimento na história.
- Ah, minha filha, você e Luanzinho me divertem.
- Tirar o celular é sério, Mita. Se eu fosse você, só voltava a falar com ele daqui a um mês.
- Bruna! Deixa de plantar discórdia! - a mãe repreendeu-a, liberando risos mais fracos.
- Deixa ele! Chegar em casa eu pego meu celular e nem olho na cara dele.
- Brigar pra quê, hein? Estão aí, longe um do outro, querendo estar perto.
- Quem disse que eu quero, tia? - neguei e ela fingiu acreditar. Luan entrou aonde estávamos, mexendo no meu celular, me provocando.
- Ô Xumba, o que cê acha dessas muié que conversa com esse tanto de gente no WhatsApp? - mostrou a tela do meu iPhone, com o maior cinismo. Elas riram e eu revirei os olhos.
- Acho que você devia ler todas as conversas com homens, Pi. Sabe que a Tatá é bandida, né?
- Sempre faço isso.
- E se ela tiver apagado? - Tia Zete entrou na brincadeira e ele me olhou, como se me controlasse.
- Aí eu descubro de outra forma.
- Não sou eu quem some o dia todo. Deve ter outra no meio mesmo! Pra passar o dia fora e nem se importar com o celular, o lugar devia estar muito bom. - destilei meu veneno e ele riu, descarado.
- Tava num cabaré, da próxima levo o Mone comigo. - provocou a mãe, infelizmente fazendo-me rir também.
- Tá fazendo o quê aqui? Ninguém te chamou. - impliquei.
- Não preciso ser chamado. - sentou no meu colo.
- Sai daqui, Luan Rafael. - empurrei e as duas levantaram-se, rindo.
- Casal sem-vergonha! - Bruna acusou, antes de nos deixar a sós.
- Se não me tratar bem, só vai ter o celular daqui a uma semana.
- Você acha que manda, né?! - ele virou, me olhando nos olhos, com um sorrisinho malandro.
- Eu mando. Em tudo. Inclusive, você. - beijou meu rosto e roçou a barba, tentando me amolecer. Fechei os olhos e abri rapidamente, não querendo ceder.
- Se manca. - esmurrei seu ombro. - Sai daqui, sai.
- Não tô a fim. - mordeu minha orelha.
- Ai, ai, Luan... - gemi, com ele puxando a coitada. - Filho da mãe! - soltou-a, rindo. Pensei que ele finamente me deixaria em paz, mas só deslocou os dentes para minha bochecha. Mordeu mais forte ainda. - Luan! - alertei a aversão. - Sai! - dessa vez, como vingança, perfurei minhas unhas na pele do seu pescoço.
- Ô, anã do caralho. - esquivou-se, enquanto eu estava na minha vez de rir. E fiz jus.
- Pedi pra você sair.
- Unhas grandes, vei. Doeu, sua otária.
- Sério? Nem percebi. - me diverti. - Vem cá, deixa eu dar um beijo. - passei a mão, alisando, vendo que realmente havia marcado.
- Bipolar.
- Vai deixar ou não?
- Você quer é morder mais.
- Não vou, amor. Juro! Vem cá. - trouxe sua cabeça pra mais perto e beijei de leve, sugando a pele em seguida. Ele se contorceu.
- Saquei, sua safada.
- Eu não quero nada! - sussurrei, me defendendo, com cinismo. Repeti o movimento com os lábios e ele com pressa, virou a cabeça, selando as nossas bocas.
- Faz aqui. - pediu, rouco. Inevitável rir. E durante o meu breve sorriso, ele tomou meu lábio inferior e iniciou um beijo lento e instigante.
Infelizmente, não passamos disso. Uns amassos com ele no meu colo, ali, numa parte discreta da casa da minha sogra. Serviu para cessar nossa briga! Curtimos o churrasco amigavelmente e com certos olhares maliciosos. Acho que meu marido se animou com os beijos.
- Depois de amanhã nós deixamos o apartamento. É estranho, né? Tudo começou aí. - comentei, no caminho de volta.
- Mas vamos iniciar uma fase ainda melhor, meu bem! - alisou minha coxa.
- Nossa casa, nem dá pra imaginar.
- Quem diria que aquele namoro problemático daria nisso? - gargalhei, concordando.
- Quem diria? Muito surreal, Loli. Eu ainda lembro da nossa amizade, parece que foi ontem!
- Mas já faz cinco anos.
- Acho que naquela época, nem nos meus melhores sonhos, eu me imaginei morando com você. - estacionou.
- Sou seu sonho. - se gabou, com um sorriso galanteador.
- Convencido! - abri a porta.
- Realista, bebê. Realista! - deu uma piscadela, enquanto eu ria, indo ao seu encontro.
- Tô feliz, sabia?! Tipo, muito, muito, muito...
- Sabia! E fico do mesmo jeito por ser motivo da sua felicidade.
- Você é muito convicto que eu te amo, isso não é saudável.
- Trabalho com fatos verídicos. - beijou minha testa, enquanto íamos para o elevador. - A Laura tá mais ansiosa do que você. Se é que isso seja possível...
- Hum, ela está ciente que o quarto dela será maior, rosa e maravilhoso. Confia no meu bom gosto. - beijei meu ombro e ele semicerrou os olhos.
- Quero só ver como que tá lá.
- Eu, Dona Érika e Dona Marizete fizemos tudo com o maior cuidado, caprichando, assim, em detalhes. Por isso demorou!
- Eu achei que fosse mais rápido.
- Um mês e meio, mais ou menos. Pro trabalho que tivemos não foi nada.
- Nossa casa é cor de rosa? Porque se for depender de você...
- Credo, amor. - o elevador chegou.
- Tô curioso!
- Só mais um diazinho! E eu também não vi como ela está pronta. Só quem viu foram as senhoras que nos ajudaram... As duas, juraram, que está a coisa mais linda.
- Você sabia que elas estão mais nostálgicas que a gente, né?!
- Você acha, amor? Não acho. Mamãe sempre foi acostumada comigo longe. Eu preferia morar com a minha avó.
- Mas ela nunca gostou. Sempre joga uma indireta, se mostra insatisfeita, chateada...
- Tia Zete sempre te teve debaixo das asas, acho que ela que está assim.
- Claro que não! Eu já tinha saído de casa, esqueceu?
- Mas não foi casado. Uma casa, uma mulher, uma família.
- Mas estamos morando juntos, uai.
- Você entendeu! E ó, pode ir se preparando que elas vão viver lá.
- Tô sabendo! Ainda mais por termos escolhido um condomínio pertíssimo do da Xumba.
- Marina vai com a gente, né, amor?
- Você tá muito mal acostumada. Vou por você pra fazer os trem, pegar no pesado!
- Ah, coitado. Eu dona de casa? Já trabalho, meu amor. E mesmo que eu não trabalhasse, não daria conta.
- Claro que ela vai, Tatá. Eu não largo da Marina mais! - disse o óbvio. - Sabe o que eu tava pensando? Da Dona Fátima vir morar com a gente.
- Amor, já disse, nada tira ela da casa dela.
- Acho que é mal de família! Nada te tira dali também. - pareceu desgostoso.
- Você ainda quer me afastar de Fortaleza? - indaguei, incrédula.
- Quero! E vou!
- Coitado. - sem cabimento. - Eu vou andar lá sempre, não posso abandonar minha avó.
- Vou nem falar nada pra você.
- Meu Deus, parece que você tem medo de Fortaleza! O que lá tem de tão assustador?
- Digo nada pra você, Tanara. - virou o rosto e eu lhe agarrei, beijando todo seu peitoral.
Bastou passarmos da porta para meu marido retomar a safadeza de mais cedo. Laura não estar ali foi uma coincidência maravilhosa e nós aproveitamos-a. Era nossa penúltima noite ali, naquele espaço tão especial para a nossa história, nosso recomeço, nosso relacionamento...
Tínhamos que ter uma despedida digna. Melhor, digna de lunara.
Luan's POV.
- Meu Deus! Amor do céu! Eu não sabia que ia ficar tão, tão...
- Lindo? - ria do deslumbramento da minha esposa.
- Tá tudo tão perfeito! Parece uma casa de boneca. - me abraçou, feliz. Eu me sentia completo em lhe proporcionar aquilo. - Ai, acho que tô sonhando! - beijou meu rosto.
- Você é bem louquinha, né, amor? Você que comprou tudo e tá falando como se tivesse sido eu.
- Eu comprei, mas, sei lá, ver assim é diferente.
- Graças a Deus já tá tudo arrumadinho, não quero mexer em nada. A partir de agora só quero aproveitar.
- Viu?! Por isso demorou. Tudo foi organizado enquanto estávamos no apartamento...
- Acho que já vimos todos os cômodos, né?!
- Menos a cozinha!
- Então, vamos ver a cozinha. - a abracei por trás, um pouco nervoso.
Havia uma surpresa na cozinha para ela e minha ansiedade para sua reação era gritante.
- O que é isso? - sorriu, boquiaberta.
- Gostou?
- Um jantar romântico?
- É, uai. Um jantar de boas-vindas, pra nos dar sorte!
- Não precisamos de sorte, temos amor, é suficiente. Mas seu gesto foi muito fofo, meu bem. Amei, sério. - alisou meu rosto. - Amo você romântico. Dedicado. Huuuuuum. - suspirou, feliz.
- Eu amo te deixar boba, com esse sorrisão. - beijei seu pescoço.
- Acho que o nosso último jantar romântico foi em 2013, o da nossa primeira vez.
- Ai, Tatá, não seja exagerada. Tivemos vários outros!
- Então me diz um! Mas eu quero a data, a situação...
- Agora eu não lembro, não esse não é o segundo.
- Se lembrar me diz, porque eu tenho quase certeza que não tivemos!
- Vamos comer, vai. Já colocamos tudo que trouxemos no lugar, podemos comer, curtir e dormir.
- O que é isso? - se afastou de mim e se aproximou da mesa, pegando a garrafa. - Vinho, amor?
- Vinho, uai.
- Sacanagem!
- Talvez, uma vez ou outra, eu goste de te ver bêbada.
- Dessa vez eu não vou te dar esse gostinho! Não vou nem provar.
- Vai, sim!
- Onde você comprou essa comida? Hum, o cheiro tá bom.
- Eu não posso ter feito?
- Não! - negou prontamente e eu fingi ficar ofendido. Ela riu. Sua risada era música para os meus ouvidos.
Íamos sentar, quando uma buzina começou a tocar freneticamente em frente a nossa nova casa. Olhei as horas imediatamente e vi que não estava na hora que eu havíamos combinado. Por que ele se adiantou? Droga!
- Amor, tá ouvindo? - Tatá perguntou, percebendo. É, infelizmente ela não era surda. - Tem alguém buzinando.
- Tem?
- Claro que tem, Loli! Tá surdo?
- Mas quem seria? Não autorizamos a entrada de ninguém. - tentei ganhar tempo, na esperança de mandar mensagens e interrompê-lo.
- Só pode ser as nossas mães.
- Xumba tá com a Laura!
- Então, é a Érika. - concluiu, já apressando os passos até a porta.
Vou matar o Marquinhos!
Segui a Tatá e logicamente, era ele. Ela tomou um grande susto, mas pelo o sorriso que abriu, gostou bastante. É, eles se gostavam. Ele desceu do carro rapidamente pra agarrar a minha esposa. Mereço!
- O que você tá fazendo aqui, seu louco? - sorria, pendurada no seu pescoço.
- Vim te ver.
- Quanto tempo, seu... Ahgr, que saudade! - beijou seu rosto e ele me olhou todo se gabando.
- Chega, né?! Ele não veio por você coisa nenhuma, Tatá.
- Cala a boca, boi. - me repreendeu. Esperto demais da conta.
- E veio por quê? - olhou-o, encantada, ainda abraçada.
- Já deu, vai. - puxei seu braço, ganhando um olhar reprovador seu.
- Esqueci que a senhora Luana não gosta da nossa amizade, Tatá! Não posso chegar perto de você.
- Não tem isso, não. - me olhou séria.
- Você estragou o presente, Marquinhos! Esse não foi o horário que combinamos! - reclamei.
- Achei que já tivesse na hora, tava impaciente.
- Hã? Presente? Horário?
- É, Tatá. Esquenta com esse chato, não! Ele tá irritadinho porque estávamos combinando esse presente pra você. - cruzei os braços, emburrado.
- Gente? Que presente?
- O carro, Tanara! - apontei, lesada.
- Sério? - arregalou os olhos.
- Seríssimo. Pelo visto acho que atrapalhei o jantar de vocês! Achei melhor vir agora do que vir no horário combinado e ser um empata foda.
- Você disse isso pra ele, Luan Rafael?
- Não! - me defendi.
- Ah, Tatá, cê acha que esse viado aí ia armar jantarzinho romântico sem segundas intenções?
- Luan!
- Eu não disse nada disso, muié! - me defendi. Marcos só ria, esse filho da puta.
- Tô brincando, Tatá! Relaxa! Gostou do carro?
- É lindo, socorro. - finalmente notou o automóvel, se aproximando, desacreditada. Aproveitei para dar socos no braço do meu amigo (da onça). Tatá o analisou todo, com os olhos brilhando. - Você é louco, amor! Meu Deus!
- Vale como presente dos dias dos namorados.
- Um mês depois? - riu.
- Sim, meu bem. Gostou mesmo?
- Eu amei, seu sem juízo. - correu para me abraçar. - É tão lindo, minha cara. Parece que foi feito pra mim! Você me conhece mesmo.
- Eu ajudei a escolher, Tatá. Não dá todo o mérito pra ele, não.
- Você é insuportável, cara! Já tô arrependido de ter pedido sua ajuda.
- Dá pra parar os dois? Obrigada, meu amor! - me deu um selinho. - E obrigada, Marquinhos! - sorriu, deitando a cabeça no meu ombro.
- De nada, Tatá. O dinheiro foi dele, mas a parte mais importante, foi minha, claro. - zoou.
- Vai se foder, vai. - esbravejei, fazendo os dois rirem.
- Vamos entrar, Marquinhos? Janta com a gente? - Tatá convidou, educada, e instantaneamente, mostrei meu descontentamento ao meu amigo, fazendo gestos para ele 'vazar'. Marquinhos, continuando sua implicância, sorriu pensativo. Ele não ia aceitar, né?!
- Se o Luan não se importar. - sorriu, cínico. Meus olhos se arregalaram e eu continuei falando, sem som, indignado. Seu merda!
- Claro que não, né, Marquinhos? Que loucura é essa, agora? - perguntou, me olhando. Tive que parar com as expressões e sorrir forçadamente.
- De onde tirou isso, viado? - falei, falso. Ele sabia da minha falsidade e diante esse fato vil, riu.
- Então eu aceito!
- Você tá em São Paulo sozinho?
- Com a minha mãe!
- Podia dormir aqui, né? - Tanara, porra, cala a boca.
- Como você é previsível, Tatázinha! Já trouxe até uma mochila. - os dois sorriram, satisfeitos. O único insatisfeito era eu mesmo. Revirei os olhos, sem que minha esposa percebesse.
- Põe seu carro na garagem, amor, que eu vou colocando o Marquinhos no quarto de hóspedes.
- Verdade! - assentiu. Meu amigo pegou a mochila e passou por mim, pedindo licença e adentrando na nossa casa.
Começou a admirar tudo, nos parabenizando pelo o bom gosto. Quando estávamos a sós, enquanto Tatá guardava o carro, eu aproveitei.
- Inventa uma desculpa pra Tatá e vai embora agora, Marcos!
- Tá nervorsinho?
- Eu tô falando sério, seu arrombado do caralho! - xinguei, sem calma, tendo sua risada como resposta.
- A sua mulher me convidou. Acho que ela não ficaria feliz se soubesse que você está me expulsando...
- Você tá fazendo isso por que, hein?
- Porque eu tô com saudade da Tatá! Nossa, hein, boi?! Essa casa aqui é demais... Você gastou quanto? A Tatá escolheu tudo, né?! Minha baixinha tem bom gosto.
- Minha baixinha é o seu... - irritado ao extremo.
- Você é muito possessivo! Ela é minha amiga e eu chamo como quiser.
- Vai embora, Marcos! - ou melhor dizendo, puto.
- Sabe o que é, boi? Meu lance de São Paulo não deu certo. Ou seja, eu tô na seca. Você, como um bom amigo, deve me acompanhar nessa situação, entende?
- Vai se foder, não tenho culpa se tuas peguetes furam contigo.
- Não tem culpa, mas eu fiquei triste, então... Nada melhor que minha Tatázinha pra me alegrar.
- Você é muito cuzão, vei.
- Tatá vai adorar saber que você está me expulsando só por causa de sexo.
- Você não é louco!
- Eu até posso ir embora, mas você vai continuar sem transar! Tatá é dramática e quando souber disso, vai ficar decepcionada com você.
- Eu devia ter chamado algum dos meninos, não você! Traíra!
- Só porque os meninos não têm intimidade com a Tatá?
- Isso pra mim é frescura!
- Ciúmes, ainda?
- Eu nunca fiquei de coisa com namorada tua, não.
- Mas a Tatá me conquistou, sabe? Ela é bem melhor que você. Como amiga, claro.
- Marquinhos, vai à merda!
- Duvido que os meninos iam resistir à ficar nessa casa chique, aconchegante, novinha, imensa... Com a recepção de Tanara Accioly, com um jantarzinho delicioso.
- E ROMÂNTICO! Duas. Pessoas. Você tem a vida toda pra aproveitar a nossa casa, aproveitar a simpatia da Tatá, pode viver aqui se quiser...
- E você tem a vida toda pra transar.
- É a nossa primeira noite aqui! É especial, início da nossa vida de casados.
- Você fica muito bobo com a Tatá, boi. Ser romântico às vezes ajuda, mas toda hora fica chato. Ela, que é ela, nem se importou.
- Ela só foi educada.
- Claro que não! Ela me ama e até trocou um jantar romântico pela minha companhia. Mas você não tá assim pelo o jantar, né?! Você queria era encher a coitada de vinho pra rolar mais rápido. Você só pensa com a cabeça de baixo, Luan. Se eu fosse mulher, nunca daria pra você. Cachorro. - afinou a voz e eu revirei os olhos. - Inclusive a Tatá vai gostar de saber dessa minha observação.
- Para de me ameaçar como ela se mandasse em mim!
- Ela não manda em você? - indagou, rindo.
- Claro que não.
- Ah, não. Você só come na mão dela! Mas relaxa, todos os nossos amigos são assim também. Mas, eu, não quero ser.
- Fala isso agora, namora 'procê' ver.
- Se minha namorada fosse estilo Tatá, eu deixava ela mandar em mim de todos os jeitos. Principalmente na cama. Podia até me por coleira.
- Marquinhos... - respirei fundo.
- Já olhou pra bunda da Tatá? As fotos dela de costas são as melhores.
- Não, a gente nem transa, nunca percebi.
- Deve ser legal, né?! Porque ela é baixinha, você é um poste...
- Muito legal. Quer que eu grave e mande pra você?
- Não precisa. Mas se quiser me dar ela pra ela me mostrar pessoalmente, eu aceito.
- Olha, fica, mas fica sem secar ela. Se eu ver você olhando pra bunda dela, não vai dar certo.
- Você já leu nossas conversas? Ela mesma sabe que eu tenho uma paixãozinha por isso.
- Cala a boca, viado! Deixa essa mochila aí e desce. - passei na frente e ele começou a rir, alto.
Tatá estava deslumbrada com o meu presente e mais uma vez, me agradeceu, completamente encantada. Meu esforço valeu a pena. Nós três jantamos e quem aproveitou o vinho que eu havia preparado, foi Marcos.
- A Pri é muito sagaz, né, amor? Muito esperta. - Tatá comentava, enquanto provavelmente olhava seu Instagram.
- Ou muito louca. - Marquinhos riu. - Ela deduz umas coisas tão... sei lá, aposta muito alto! Senão acertasse às vezes, eu diria que ela viaja.
- Exatamente. Uma viagem pra quem está do outro lado, pra gente já faz sentido. - ponderei. - Mas por que isso, amor? - questionei.
- Olha a foto que eu postei quando estávamos vindo pra cá e olha a que ela postou há pouco tempo. - peguei meu celular e fiz o que minha esposa disse.
tataccioly Tchau elavadorzinho que sempre serviu perfeitamente como cenário para as my fotitas! 🙌🏻 Obrigada e até qualquer dia! 💙🙊🏡
- Que foto mais linda, amor. Toda adulta, toda metida, que fofa. - se derreteu. - E tá igualzinha a Bruna.
- Ela é a cara da Bruna, Tatá. - Marquinhos palpitou. - A personalidade sua e dela e a aparência só dela. Vocês duas estão transformando a menina numa blogueira.
- Verdade. - concordei com meu amigo. - a Laura não existe e vocês ainda dão corda! - sorri, balançando a cabeça.
- Daqui a uns anos o boi vai estar tendo trabalho com ela.
- Espero que esses anos passem lentamente! - olhei para cima, respirando fundo, como se orasse.
- Vai atrás da publicação da Pri, amor. - Tatá pediu e eu, novamente, obedeci.
lunara Oi, oi, oi, meus amores! 🙋🏻 Como vão? Essa fotos foram no show das meninas. 💃🏻 Lindas, né?! Fiquei apaixonada! 😍 Tô postando elas pra vocês verem e vou aproveita-las para falar uma coisinha. #bombadatia 💥 A última postagem da maravilhosa me deixou intrigada! 🤔 A foto é em um elevador e ela se despede dele. Só, quê, todas nós sabemos que a residência da Dona Érika, vulgo sogra do cantor, onde a Tatá sempre ficou e 'está', é casa. Casa não tem prédio. Não têm andares. Não tem elevador. Então, aonde foi essa foto? E se foi um prédio aleatório/uma visita, por que ela se despede como se já estivesse íntima? "SEMPRE serviu perfeitamente como cenário das minhas fotos" A Tanara mal posta foto em elevador, no máximo, nesse tempo todo, umas 3 (SOMENTE NO SNAPCHAT). Então, senhora ❓ Se explique. 💅🏻 "Você não tem ideia do que se trata, Pri? E suas paranóias?" CLAAAAARO QUE EU JÁ TENHO A PARANOIA PRONTÍSSIMA. 💁🏻 Todos sabem que o cantor saiu das asas de MariMaravilhosa, vulgo Tia Zete da Tatá, há um bom tempo, né?! Em entrevistas ele diz que é um apartamento simples, pequeno. Creio eu que como NOIVOS, Tatá frequente muito lá (🌚), então, já descobrimos de onde é o elevador. Só, quê, por que ela tá se despedindo dele? Lunara terminou de novo? Luan se mudou? E POR QUE ELA PÔS UM EMOJI DE CASA? Não sei vocês, mas já penso besteirinha. 🙆🏻 TANARA VOCÊ ESTÁ FAZENDO UM JOGO CONOSCO, GAROTA? Ahhhhhh e mais uma coisa: QUERO O PROGRAMA DA ELIANA LOGO, sinto que vem mais 💥. #vem #fimdelunara #MasPQoSorriso #EoEmoji #CasalCasouEcomprouMansãoNoAlpha #ChamaDeTiaZetePraRoubaroFilho #BrunaTerminaEssaFaculdade #ArranjaLogoUmEmprego #ou #ViraBlogueirinha #ou #SeEncostaNaCarreiraDoRepetido #LuanNãoTeBancaMais #AgoraSóPikitinha #ArranjaNoiva #IrmãPerdeaPreferência @tataccioly @luansantana 👁
- Acho ela engraçada. É gata? - Marquinhos perguntou, safado.
- Menino! - minha esposa riu, desacreditada. - A menina é quase uma criança!
- Pena. Muita pena. - Marquinhos lamentou, dengoso. O silêncio voltou a reinar e sempre que minha esposa se distraía, eu mandava ele ir embora, por gestos. Opa. Minha esposa. Que delícia falar isso!
- Essa comida tá ótima, Loli! Qual o restaurante?
- Você não vai acreditar mesmo que fui eu quem fiz? - me fiz de ofendido, fazendo os dois rirem. Meu Pai amado! - A Marina que fez. - respondi, derrotado.
Acabamos de comer trocando algumas palavras. Tanara estava muito animada, para tudo. Queria estrear tudo da casa e logo chamou Marquinhos para assistir filme. Não só um, vários. Ela propôs uma maratona de filmes. Eu aguento? Pior, ele aceitou. Ele. Aceitou. Fiquei chocado com a cara de pau do meu amigo - volto a dizer, da onça. Tatá fez pipoca e arriscou fazer vários sanduíches rápidos. Abre parêntese. Eu não poderia escolher esposa melhor. Ela pensou até em fazer compras para a nova casa. Fecha parêntese. Entre os filmes, só tinha dois de comédias, o resto era tudo romance. Mal pude acreditar, ela sabia o quanto eu odiava.
Durante o primeiro filme, os dois trocavam palavras, mas depois começaram a prestar atenção para valer. Minha esposa suspirava com algumas cenas, me fazendo rir horrores e ser xingado, em seguida. Não era muito tarde, o viado tinha chegado cedo e atrapalhado tudo.
- Esse filme é muito lindo. Sempre choro! - minha namorada comentou. Tínhamos acabado de assistir Qual seu número?.
- Já vi melhores, mas gostei. - meu amigo disse, crítico.
- E você, Loli, o que achou?
- Legal, minha linda.
- Legal? Você é insensível! - ela me acusou e eu ri, sem graça, levando a mão ao peito. - Qual vamos assistir agora? Não quero mais assistir esses de comédias. Vai acabar com o meu lado sentimental de hoje.
- Já que é para sofrer, coloca Querido John! - Marquinhos deu seu palpite. Já disse que ele estava parecendo, realmente, um viado?
Tatá adorou a ideia, procurando logo em seguida. Enquanto deixava carregar, fez mais pipoca e, naquela altura, já tinha desistido de mandar Marcos embora. Filho da mãe! Eu já não aguentava mais ficar pensando que todos os meus planos foram frustrados. Havia planejado tudo bonitinho, para fechar com chave de ouro o nosso dia, a nossa noite; e agora, por causa de um idiota, ficaria no zero a zero.
No meio do filme, dei um beijo na minha esposa que correspondeu carinhosa. Isso me animou, então, passei a selar minha meus lábios mais seu rosto, consecutivas vezes. Também carinhos em seus cabelos castanhos escuros, o famoso cafuné. Ela ficava sorrindo, meio boba. Me abraçou afável, como se me carregasse no colo.
Alguém avisa para a anã que eu sou quase o dobro da altura dela?
Marquinhos não tirava os olhos da televisão, então nem me importei com a vela que ele estava segurando. Ou melhor, eu estava até gostando. Hum, bem feito.
- Essa parte é a melhor! - Tatá comentou, toda derretida com o filme.
- Gente, tô com sono. Não aguento mais. - Marquinhos revelou, bocejando. - E se vocês forem estrear a cama nova, por favor, façam silêncio porque eu não sou obrigado.
- Credo, Marquinhos! O que você pensa de mim? - Tanara perguntou, divertida.
- De você só coisas boas, Popozuda. - lhe acertei com uma almofada, indignado. Quanta liberdade. - Do Luan, só coisas péssimas.
- Dorme com Deus, Marquinhos. Tem tudo lá no armário do quarto. Se precisar, me chama. - Tanara sorriu, hospitaleira. Ela era assim.
- Bons sonhos, boi. - falei, feliz pela sua saída, quando ele começou a subir as escadas. Abracei o meu amor, puxando ela mais para mim.
Beijei seu pescoço. Seria uma boa hora para inaugurar o sofá novo? Me entusiasmei de imediato, começando a imaginar algumas besteiras. Beijei seu pescoço e ela se esquivou, me cortando. Jogo duro? Pô, amor... Tentei virar ela de frente e consegui, lhe dando um beijo em seguida. Tentei animar o beijo, mas novamente fui cortado.
- Amor, eu estou com dor de cabeça... - falou dengosa.
Fui com calma, então. Queria respeitar seu momento, mas tinha uma certa urgência. A beijei com cuidado, acariciando sua bochecha. Ficamos assim por alguns minutos e eu arrisquei levar minha mão até sua bunda, porém, me arrependi. Ela partiu o beijo na hora, impaciente.
- Eu estou com dor de cabeça, meu bem. Já falei. Hoje, não... - se desvinculou.
- Desculpa de mulher casada há dez anos, Tatá? - tentei descontrair, um pouco sem jeito.
- Não, Luan... É só dor mesmo. Dor chatinha, tá me incomodando.
- Preparei tudo bonitinho hoje e olha só... - demonstrei minha chateação.
- E eu agradeço. Amei tudo, Loli. Você é perfeito. - agradeceu, dando beijos no meu olho. - Mas você entende, não é? Veio de repente.
- Aham, linda. - beijei sua bochecha. O que eu poderia fazer? Tinha que respeitar as vontades da minha mulher. Ela estava com dor ou estava inventando que estava com dor. Enfim, de todas as formas, não queria que rolasse. E eu não podia forçar a barra, até porque, Tanara não é dessas que cede por pressão. Mesmo depois da desculpinha de dez anos, eu tinha que aceitar sua escolha.
Ela me chamou para ir para o quatro, toda dengosa. Subiu em meu colo e pediu para que eu a levasse, como se estivéssemos acabado de nos casar, para cumprir a tradição. Será que ela sabia o que rolava depois disso? Tive que rir. Mas ela logo citou um de seus bordões, agarrada ao meu pescoço: "É a magia, né, amor?".
Ao adentrarmos no nosso quarto novo, deitei ela na cama, que não demorou a levantar, toda preguiçosa.
- Tenho que tomar banho, meu amor. Estou exausta.
- Posso ir junto? - perguntei, já esperando seu não.
- Promete não tentar nada? - assenti, mentindo. - Ok.
No banheiro tiramos as roupas e antes que ela entrasse no chuveiro, decidiu colocar uma touca para não molhar o cabelo, me arrancando gargalhadas. A ridícula conseguia ser linda até assim.
- Você para de rir. Dormir com o cabelo molhado não é bom! - falou já embaixo do chuveiro. Eu ainda a zoava.
- Você tá linda, amor. Como consegue? - a abracei, fazendo o chuveiro molhar nós dois.
- Sabe como é, né, lindo? A sorte é para poucos. - se gabou. O que ela faria se eu puxasse aquela touca? Beijei seus lábios, que rapidamente moldaram-se aos meus.
Levei minha mão até sua nuca e sem que ela pensasse em se afastar, puxei a touca e levei seu cabelo à água. Ela deu um grito, chateado. Liberei altos risos. Ficou ainda mais linda, nervosinha. - Ai, Luan! Por quê?
- Você já se olhou no espelho? Fica linda de cabelo molhado.
- Você é muito gaiato, Luan! - estreitou os olhos.
- Gosto de ser esse trem aí. Gaiato!
Beijei-a novamente.
Como eu desejava aquela mulher.
Senti meu pau endurecer durante o beijo. E assim que encostou nela, ela se afastou, estarrecida.
- Pô, amor... - reclamei. Ela não ia querer mesmo? Eu sei, estava me contradizendo, mas se soubessem da minha ânsia, julgariam a insistência válida.
- Hoje eu não quero, Luan.
- Por quê? Por que você não quer transar comigo?
- Não é todo dia que a gente quer.
- Eu quero todo dia! E você é tão safada...
- Luan! - repreendeu-me.
- Mas você é, uai. Eu viajo, fico dias fora e quando eu tô aqui, você não quer?
- Mas estávamos em casa, juntos.
- Você não me entende. - suspirei, virando de costas. Chateado, nervoso. Nem um ano de casamento e minha esposa já negava fogo.
- E pelo visto aquele ditado se concretiza: homem é tudo igual e não são capazes de entender a mulher! - ela acusou e abriu o boxe, saindo do banheiro. Fiquei ali, sozinho, acompanhado da minha ereção.
Tanara's POV.
O Luan sabia me surpreender de todas as formas. No dia da mudança para nossa casa, ele conseguiu fazer (em surpresa) um jantar mega romântico para mim.
Dedicado, fofo, lindo, perfeito e meu.
Antes mesmo de colocarmos a primeira garfada na boca, ouvimos buzinas insistentes da porta. Era Marquinhos, trazendo mais uma surpresa do meu amor para mim.
Um carro! Uau!
Sim, um carro. Ele sabia que eu estava sem e só estava andando com o seu, ou de mamãe. Apesar do costume, não titularia ser bom viver de táxi.
Acabei convidando Marquinhos para jantar conosco. Era o primeiro dia na nossa casa nova, e obviamente, ele seria nossa primeira visita. Aquilo até me animou. Acabou ficando tarde e eu o convidei para assistir filmes e dormir.
Agora, ele já dormia no quarto de hóspedes, enquanto eu estava tendo um pequeno atrito com meu marido. Motivo? Simples: ele queria transar. Eu, não. Dá pra acreditar? Não estava no clima, não estava com desejo, não estava com vontade. É fácil entender? Claro que é. Além do mais, eu tinha passado o dia quase todo arrumando as nossas coisas mais pessoais que permaneceram com a gente até o nosso último dia no apartamento, para trazer pra cá. Realmente um dia cansativo, cheio.
Estava no closet, terminando de vestir um babydoll e ele apareceu. Sequer olhou na minha cara e foi para sua parte, certamente pegar uma cueca. Suspirei pesado. O que eu poderia fazer? "Ah, Tanara, você poderia transar." Não, gente, não podia. Não iria me submeter a isso para simplesmente, agrada-lo ou não ganhar sua irritação.
Ele passou por mim e foi para a cama, ainda sem me olhar. Era até difícil de acreditar que ele estava fazendo birra porque eu não queria transar. Me deitei do seu lado, mas ele estava de costas pra mim.
- Amor... - o chamei, e não obtive resposta. - Amor! - tentei novamente.
- Oi, Tatá.
- Para com isso, vai. Coisa mais imatura.
- Parar com o quê? De pensar que a minha esposa não tem mais desejo por mim? - ele estava dengoso. Com o orgulho ferido e muito, muito fofo.
- Ai, quanto drama. Eu pensei que esse papel fosse meu! - respirei fundo. - Olha, amor, se eu estivesse com vontade, daria horrores para você. O problema não é você e muito menos minha atração por você. É só o dia, a ocasião, meu interior.
- Não sei como você não sente desejo por mim, eu olho para você e já quero te comer de todas as formas. - insistiu na ideia, com seu palavreado comum (que nunca me incomodou, até eu mesma usava) mas agora, pelo o contexto, soou bastante machista. Pedi paciência aos Deuses, eu tinha que entender que meninos, homens, esses ser humanos que tinham pênis no lugar de vagina, tinha uma mente mais lenta para o amadurecimento, limitada independente da idade é totalmente voltada ao ato sexual.
- Seu amigo ainda tá aqui, Luan! Que falta de respeito.
- Esquece aquele viado! Pode falar, você não gosta de transar comigo... - ele estava tentando me estressar, era isso?
- Claro, Luan, eu finjo orgasmo.
- Joga na minha cara mesmo. - disse, triste. Não contive meu sorriso paciente. O abracei por trás, beijando seu pescoço.
- Não faz isso! - ele reclamou, pegando um dos travesseiros e colocando entre as pernas. O larguei, chateada, e me cobri, para dormir. Ou tentar. Sem ao menos me importar com meus cabelos úmidos. Que saco, que saco!
Ele se mexeu na cama, pegou no meu maxilar e me deu um beijo. Correspondi.
- Deixa eu secar seu cabelo? - propôs, me arrancando um sorriso.
- Por quê? - contraí os lábios.
- Porque você disse que não gosta de dormir com ele molhado e bom, eu molhei, né, Pikitinha?! - selou meus lábios e puxou o inferior. - Aproveita minha boa vontade!
- Tudo bem, seu bipolar.
- Você também é, não pode me criticar.
- Vamos para a penteadeira?
- Não pode ser aqui?
- Pode. Vou buscar o secador! - saí da cama e só voltei para encaixa-lo na tomada. Luan ficou atrás de mim, nós dois sentados. Suas mãos eram pequenas e como se não quisesse me machucar, tentou infiltra-las entre os meus cabelos da forma mais delicada possível. Ter alguém mexendo no seu cabelo sempre era confortante, gostoso... Ainda mais quando é o seu marido, que parecia não saber lidar muito bem com o secador, mas estava se esforçando. E sim, eu deixava escapar algumas risadinhas.
Gente, socorro! Que demora foi essa? Me sorry (arraso nos inglês 💁🏻). Minhas aulas voltaram (há duas semanas), ou seja, paciência! Sim, pra quem presenciou, eu privei o blog. O objetivo era uma coisa mais selecionada, algo mais íntimo... Mas vocês me surpreenderam (pra variar). Apareceu leitora de tudo que é canto e eu fiquei tão assustada, que cedi a deixar ele aberto. Até porque, sou só uma, não tinha tempo/como colocar tantos e-mails. 😂🙋🏻🎉 Eu tô sem pc, então, vocês vão ter que ter mais paciência ainda! Agosto disse que não quer que vocês tenham capítulo (só estou repassando a informação). Queria agradecer à Laura e a Rayza, que deram a ideia do show da banda 5H e resultou nisso, me agradou bastante! Obrigada meninas, vocês arrasaram! (tanto nessa ideia como nas outras, thanks) 😍🙌🏻 Queria agradecer à Lare (ELA VOLTOU COM A FIC DELA, NÃO PERCAM TEMPO)... sim, minha co-escritora da 1ª temporada. Fazer o quê, né?! A temporada muda e nóis num se larga. Ela escreveu esse comigo e me ajudou muito. Obrigada Larinha! 😍 Gente, o que vocês estão achando? Críticas? Ideias? Sugestões? Deduções? #vemcontar #seabra HAHAHAHAHAHAHA Capítulo de CASA NOVA! 🏡 Gostaram? Beijoxxxxxxxxxxxxxxxx mosamores. 😘
Que capitulo foi esse? Muito fofo MDS! Luan preocupou geral, mas até entendi o motivo, poderia avisar né, mas ok! Tata não consegue ficar muito tempo brigada com o morzão haha ainda bem né, um casal tão apaixonado que nem eles, eu morro de amores kk titia pri trabalha pro FBI kkk como pode hein?! Deduções e deduções, ela sempre acerta kkk poxa vida hein Marquinhos acabou com a noite do Lu kkkk ri demais com esses dois kkk "empata foda sinixxxxtra" kkk Lu foi tão romântico. Que marido hein! ps: já quero o capítulo 54! 😍😍😍
ResponderExcluirAi senhor o Luan é doido kkkkkkk como que faz isso kkkkkkk deveria ter apanahado mais kkkkk continua
ResponderExcluirQue capítulo maraaa!!
ResponderExcluirLuan mó cuzão heim?! Sai e não avisa nada,deixa nem bilhetinho.E ainda quer ta na razão!! Mas pelo menos não brigara.Já quero o outro cap maravilhoso, VC se supera a cada dia,bjs!!😘♡
ResponderExcluirEita Tatá retada ameei quero o Joca loooooogo , imagina o
ResponderExcluirMarquinhos virando empada foda kkkkkkkkkk quando der continue viu muié
nossa q cap foi esse,luan querendo mandar de todo o jito embora kkkk e a tatah n quer transar ela ta certa se n ta num bom dia num pode ceder vc sabe q eu amo essa fic neh eu amo essa fic amo esse casal amo tudo cont
ResponderExcluirMarquinhos empata foda kkkkkkk
ResponderExcluirFinal fofo e engraçado 😂😂😂😂
Aaaai meu Deus viu, Loãm merecia mais um pouquinho de despreso kkk ou ñ né q lindo "preparou" um jantar romantico (q oq marquinhos fez questão de atrapalhar kkk), comprou um carro, pikitinha ñ quis coisar com o coitado kk e esse final fofo ❤❤❤❤
ResponderExcluirTo apaixonada real!!! Não demora tanto assim pra continuar que o core doiiiiii 😩
ResponderExcluirAdorooo esses capítulos assim, gigantescos kkkkk esse casal tá d+
ResponderExcluirContinuaaaaa
Capítulo mais fofo 💕 Marquinhos dando uma de tata na 1ª temporada e empatando foda kkkkkkkk e um marido que seque meu cabelo, sim eu quero ❤️❤️ já quero Laurinha na casa nova tbm .. E de nada meu amor, sabe que sempre que precisar destrava as ideias estaremos aqui né 😘
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLuan tem probleminhas mentais, como ele sai e não avisa ninguem?Amei q o Marquinhos apareceu 😍 E o q foi essa primeira noite na casa nova? Esse casal é mara ❤
ResponderExcluirLuan não é normal, ele sai assim do nada kkk.
ResponderExcluirTo amando esse clima da casa nova
Continuaaa
Luan que agonia por causa de uma transa ! Marquinhos também provoca viu oh serumaninho .
ResponderExcluirVooorteii 💁
ResponderExcluirLuan num drama todo por causa de uma transa.mas também né? Marquinhos,vulgo amigo da onça, vai inventar de ficar lá justo no primeiro dia deles?
Eu hein kkkk
Continuaaaaa tata?
Uooouu! Para tudo para esse cap fofo e ao mesmo tempo engraçado. Luan é uma graça mesmo. Apanhou foi pouco! Tudo bem entendo o lado dele. Mas deveria ter deixado pelo menos um bilhete dizendo que iria sair para espairecer, por conta do ocorrido. Mas tudo bem, passou já. E o que era pra ser um jantar romântico, nao foi né?! Marquinhos é foda kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirQuero mais!
Cap super fofo, Luan dramático real kkkkkkkk mas o Marquinhos atrapalhou tudo em??? esse clima de casa nova (to doida querendo saber a reação da pri sobre o programa da Eliana) continuuuuaa
ResponderExcluirTanara cadê tu? Não me mata de ansiedade!!!!
ResponderExcluirFiquei com muito ódio da Tanara! como assim e o primeiro dia na casa nova ela ganha jantar romântico e carro novo e ela vai e convida outra pessoa pro jantar romântico e ainda por cima inventa dor de cabeça! Qual e, ela merecia um bom castigo e uma boa ignorada de semanas, fala serio!! Luan tem todo o direito de ficar puto... Podia se vingar dela em vez de ser todo fofo. So acho !!!
ResponderExcluirTmb fiquei, mt chata ela, mimada, chatona mesmo
ExcluirSó queria entender esse Luan!!Para achar que sair sem avisar é normal mas que nao estar com vontade de transar não é. Mil desculpas pela demora, vc consegue me surpreender cada vez mais!
ResponderExcluirLaura Araujo