domingo, 27 de março de 2016

Capítulo 35.3 - Dois corações e a nossa história.

Luan's POV. 

Saí muito chateado da casa dos meus país, incrédulo com a atitude de Seu Amarildo. Como ele pode preferir minha infelicidade? Voltei para meu apartamento com os pensamentos a mil: indignação, tristeza e preocupação. Tomei um banho e não tive cabeça nem para desbloquear meu celular. Mas não tive como fugir dele, já que em instantes o mesmo começou a tocar freneticamente. 

 - Oi, Bruna. - atendi desanimado.
 - Oi, Pi. - ela respondeu da mesma forma. Não ia nem reclamar da minha frieza? - Eu já sei o que aconteceu. - explicou-se.
 - Ah, sabe? - suspirei derrotado. - Não quero ser grosso com você, Bubuzinha, mas... 
 - Você ficou mal, não é?! Não quer falar disso, eu te conheço. 
 - Sim. - concordei. - Eu não sabia que isso ia acontecer, nunca imaginei essa reação dele. 
 - Poxa, Pi! Vocês não tomaram cuidado e o Mone zela muito a sua carreira, era esperado. 
 - Eu estava de férias, Bruna. Férias! Eu queria curtir e fiz isso com a melhor companhia. Não tem nada a ver com carreira, com o Luan Santana. 
 - Teve também o choque... Ele descobriu o caso de vocês, o que não deve ter sido fácil. 
 - Fez um drama, até defendeu o Felipe. - fechei os olhos, reprimindo a raiva. 
 - De certa forma, o Felipe foi uma vítima. Vocês dois que enganaram, mentiram. Era seu amigo, Pi. 
 - Eu sei que errei, mas...
 - Eu sei todos os seus motivos, você gosta dela. Mas quem for ver de fora, não vai enxergar esse lado, entende? Vai enxergar falsidade, falta de caráter, traição dupla... É complicado. 
 - Era disso que ela tinha medo. 
 - Era isso que vocês já sabiam que iam ter que enfrentar! Consequências, Pi. 
 - Pensei em ser julgado por todos, menos pelo meu próprio pai. Ele sabe da minha índole! 
 - Justamente, ele sabe quem ele criou, por isso o susto enorme. E eu não acho que ele saiba do seu sentimento por ela. Para todos, tinha ficado no passado. 
 - Fiquei muito chateado, ele até citou a Isabel.
 - Eu não queria me meter...
 - Você é a mais metida nisso tudo, Bruna.
 - Pi, você não acha que ele pode ter razão? Espera um pouco, deixa a poeira abaixar. 
 - Ter razão? - ri sarcástico. - Ele se anunciou contra nosso relacionamento! 
 - A Tatá já terminou com o Felipe, já está tudo melhor. Dá um tempo, Pi! Deixa as coisas se ajeitarem, Mone refletir e mudar de ideia... 
 - Não, Bruna. Eu já esperei demais! Não vou perder tempo só por medo do que vão pensar, dizer. Eu tenho certeza que essa história não vai vazar, o Felipe não seria corno manso ao ponto de abrir a boca. 
 - Será? Você foi um idiota com ele, podia ser uma forma de vingança. 
 - Não estou nem aí! Se vazar, assumimos e enfrentamos juntos. Se não vazar, eu só voltei com a minha ex-namorada porque não esquecemos, porque apesar do tempo, o sentimento continuou aceso. Vamos casar, recomeçar! Eu estou solteiro desde que terminei com ela, é óbvio que ela foi especial; ninguém vai estranhar nada, até porque é a verdade. E se estranharem, estou...
 - Foda-se, eu sei. De repente você só quer saber de ficar com a Tanara, não pensa mais em nada. - falou como se me repreendesse. 
 - O que quer dizer com isso, Bruna?
 - Nada, Luan. Nada que eu disser vai adiantar! Faz como você preferir, você é dono do seu próprio nariz. - desligou. Ela desligou na minha cara? Atrevida. 

Tanara's POV. 

Voltamos de viagem um pouco receosos. Nos expomos muito e com certeza teríamos problemas. A primeira que eu enfrentei foi Érika. Não fui direto ao ponto e ela não perguntou nada, como se soubesse que eu mesma iniciaria o assunto. Quando essa hora chegou e eu abri o jogo, ela não pareceu surpresa. Confessou que já desconfiava, mas sua expressão era desgostosa. Sim, devo citar que só não discutimos porque eu permaneci calada. Ela afirmou não gostar do que fizemos, que era errado e inaceitável; quanto à ficarmos juntos de agora em diante, ela se assumiu imparcial. Nem contra, nem a favor. Queria ver aonde daria, mas estava muito decepcionada com nós dois. Fiquei mal, e caladinha, subi para o meu quarto. Eu sabia que seria assim e sabia também que tristeza seria inevitável. Os mais próximos que sabiam do meu noivado com Felipe exclamavam surpresa com a minha 'pressa' em arranjar outro, sentia as ofensas mesmo sendo mandadas indiretamente, como reprovações. Quem já sabia do meu caso com Luan, como Cristina, nos chamava de loucos; ora, "ASSUMIR ASSIM? COM ESSA PRESSA?". E quem não sabia de nada (no caso as fãs) comemorava 'a volta de lunara depois de dois anos', reclamava a mesma coisa ou simplesmente comentava sobres os acertos de Priscila. "Uau, ela estava certa!". Entre tudo isso, eu respirava fundo. 

Me permiti dormir o resto dia todo e nem falei com o meu amor. Na manhã seguinte, eu contava os detalhes da viagem para minha irmãzinha e mostrava-lhe as fotos, que ela com inocência, admirava empolgada. Minha mãe continuava estranha comigo, o que continuava a me chatear. De tarde, liguei para minha avó. Meu refúgio. 

Praticamente escondida para ninguém ouvir meus desabafos, lhe contei tudo. Tudo que aconteceu, que estava se passando, que eu estava sentindo; ela como sempre sabia as palavras certas e me aconselhou à correr para os braços dele, ignorar todas as críticas. Defendia a ideia de que só o que importava era minha felicidade e eu teria que lidar com essas horríveis consequências, já que me envolvi sabendo. Agradeci por tudo e com o coração apertado de saudades dela, logo em seguida liguei para Loli. 

 - Oi meu amor. - ele atendeu carinhoso, como sempre.
 - Oi, coisa linda. - sorri. Sua voz me acalmava de uma forma sobrenatural. 
 - Aconteceu alguma coisa? Tá com a voz tristinha. - preocupou-se. Eu realmente não o mereço. 
 - Não, nada demais. Está aonde? 
 - Agora em casa. Mais cedo fui ver meus pais. 
 - Ah, foi? E aí? - perguntei um pouco apreensiva. 
 - Ah, amor... Normal.
 - Eles não falaram nada das fotos?
 - Não. Acho que esperaram que eu mesmo contasse. 
 - Você não contou? 
 - Tô esperando uma boa oportunidade. 
 - Eu contei pra minha mãe. - suspirei. - Ela me criticou.
 - O que ela disse? 
 - Um monte de coisa, Loli. Mas eu sabia que teria que aguentar isso! Só que por mais que todos estejam julgando, por ser ela, me doeu mais, entende? 
 - Entendo, completamente. - suspirou estranho.
 - Aconteceu alguma coisa que você não quer me contar, amor? - desconfiei.
 - Claro que não, só que eu entendo. Estou nessa junto com você, Tatá, é óbvio que eu seja a única pessoa que te entenda. 
 - Tô me sentindo mal, até liguei pra vovó pra ver se melhorava. 
 - A vovó dá colinho, bebêzinha? - zoou-me.
 - Por que você não vai se ferrar? - retruquei, nos causando uma risada sincronizada. Ele me fazia bem. Teríamos que aceitar que, agora, mais do que nunca, tínhamos que estar unidos; seria só nós dois. 
 - Vem pra cá. - pediu manhoso. 
 - Só se for pra ela me matar, né?! - ele riu. Que feio Luan Rafael, rindo da desgraça alheia! - Agora que ela sabe pra onde eu ia sempre, se eu sair não entro mais. 
 - Vem morar comigo, meu apartamento já está acostumado com você.
 - Apressado! Já está assim? 
 - Tem que ser, muié. 
 - Vou pensar no seu caso, tudo bem?
 - Pensa com carinho no seu Lolizinho. 
 - Tá carente? 
 - Você não nasceu pra ser muié, sua grossa. Eu aqui todo bonitinho...
 - Você quer transar, só isso. Aliás, eu sempre te achei meio viado, mesmo já época de fã; será que vou ser o homem da relação?
 - Então vai arranjar um que não seja viado, Tanara. Sua anã. - desligou na minha cara. É, desligou na minha cara e eu só conseguia rir. 

                             •

Os dias passaram naquela mesmice. Notícias, confusões, questionamentos, críticas... Felipe não deu mais as caras e eu até agradeci por isso. Estava perturbada demais para aguentar mais esse problema. Luan me pedia sigilo, coisa da sua equipe. Mas de resto, continuávamos normais e apaixonados. Infelizmente foram poucas as vezes que nos vimos depois da viagem, já que ele estava curtindo o resto das férias com a família e a filha. Eu respeitava e aceitava, por mais que estivesse passando pelo o momento que mais exigisse a companhia dele. Então, me distraía no meu blog, nos meus compromissos como blogueira (que até então era minha profissão, meu emprego). Para piorar só um pouco a situação, Tio Marcos veio para São Paulo passar uns dias na casa da irmã. Legal, né?! NÃO. Ele nunca aceitou o Luan e lembro-me bem das suas implicâncias, da sua bajulação com o Erick. Entretanto, contrariando minhas expectativas, ele sequer tocou no assunto. Fiquei realmente muito surpresa e só me restou agradecer aos céus. Não foi de todo mal, já que antes dele vir ele pôde avisar sua chegada e me dar uma ideia. Minha avó simplesmente tinha mãos de fadas e arrasava em tudo que fazia na cozinha. Lembrei que ela sabia fazer (também arrasava) pamonha e o Luan, o chato que ela tanto amava, nunca tinha provado da sua pamonha. Ele era louco por pamonhas, como isso nunca aconteceu? Antes do Tio Marcos viajar, pedi para Dona Fátima fazer algumas e mandar com ele. Sou dessas? É, sou dessas. Meu amor amaria e eu já sabia a ocasião perfeita para ele provar. 

Estão curiosas? Hum, pois eu lhes conto agora: seu aniversário. 13 de março, um dia esplendidamente especial, chegou. Meu amor faria 27 anos, dá pra acreditar? Exato, não. Justo nessa data, ele voltaria para os palcos; faria seu primeiro show depois das longas e descansadas férias. 

Luan me explicou como tudo funcionaria. O show do dia 12 para o dia 13 seria em Brasília. Ele me convidou para ir com ele, mas como estávamos num momento delicado quanto às fãs, eu neguei e ele depois de pensar melhor, concordou comigo. Então, só quem o acompanharia seria Marquinhos e Douglas, seus fiéis amigos e grudes. Eu admirava bastante aquela amizade, achava-a linda. Me contou também sobre a sua briga contínua com Isabel. Ele queria passar esse dia ao lado da filha, mas ela não deixou a menina viajar para o show. A sua família havia alugado uma chácara em Campo Grande e depois do show, ele iria pra lá; então, pediu que a menina fosse para a chácara. Ela concordou, mas uma condição nada vantajosa para Luan: Isabel teria que ir junto. Será que essa cara de pau não se tocava? Ele negou prontamente. Seria só família, ela não caberia. Além do mais, segundo o meu 'namorado', fora Seu Amarildo, ninguém a suportava. Condição negada, Laura não passaria com ele. Mas como ele já tinha passado boa parte das férias com ela, não viu problema. Fato que fez Isabel iniciar outra discussão, como sempre criticou sua paternidade. Ele me contava com uma impaciência, uma exaustão que me deu até pena. Será que ele não ia se livrar daquela louca nunca? Enfim, prosseguindo, Loli praticamente me obrigou a comparecer na chácara. Eu achava um pouco precipitado, mas ele afirmou que todos já sabiam e era a oportunidade perfeita para nos apresentarmos como um casal oficialmente. Aceitei, até porque se não fosse assim, eu não o veria no seu aniversário. Estava morrendo de saudades, contava os segundos. 

Tudo combinado, eu fui atrás do seu presente. O que dar pra ele? Era complicado, por mais que eu o conhecesse perfeitamente. Lembrei do que ele havia me dado no meu aniversário e porra, esse cretino sempre acertava, como eu iria supera-lo? As pamonhas eu já tinha, mas aquilo não era bem um presente. Pensei, pensei e simplesmente observando o meu quarto, achei o ideal. Nunca narrei para vocês, então absorvam bem a novidade (nem tão nova assim)! Depois daquele domingo, dia 18, que eu pus um fim definitivo na nossa história, eu tive uma ideia. Um pouco contraditória, pra quem desejava esquecer. A nossa história era diferente, estranha, louca e hum... linda? Por mais que tivesse morrido (naquela época eu estava certa disso), não merecia ser apenas uma vaga lembrança. Comprei um livro em branco: sem capa, sem uma palavra sequer. Peguei uma caneta e comecei a lembrar como eu o conheci, como ele se tornou uma pessoa tão especial mesmo estando tão longe. Numa uma ação involuntária, eu fui escrevendo. Descrevi detalhadamente o dia que eu entrei no seu camarim, em 2010. Como ocorreu, como eu consegui, como eu estava, o que eu sentia; falei tudo explicitamente. Uma sensação boa me dominou enquanto eu escrevia e então eu descobri que aquilo não pararia ali. De repente cheguei em 2013, no dia em que eu esbarrei nele, na batida. É, eu me empolguei e passei a escrever todo dia. Às vezes escrevia pouco, às vezes muito... Dependia muito da minha disposição, se eu estava desocupada ou até mesmo da inspiração; nosso envolvimento tinha que ser narrado em boa qualidade. Essa brincadeira dura até hoje e eu também contei essa 'segunda fase'. Quando decidi dar aquele livro para Loli, me apressei em atualiza-lo, para deixá-lo com fatos em tempo real. Parei exatamente descrevendo o dia 12 de março de 2018 e claro, explicando que agora quem contaria nossos novos rumos, nossa história daqui pra frente, seria ele. Não sabia se ele realmente faria aquilo, mas escrevi mesmo assim, já que de todo jeito eu não retornaria àquela escrita.

Agora eu tinha pamonhas e um livro. Bom, mas ainda insuficiente. Lembrei então que ele era um menino arteiro, um crianção. A ideia veio de repente: um drone. Aquilo na mão dele seria um perigo, mas ele com certeza se divertiria muito. 

Pamonhas, livro e drone. Muito bom, mas ainda sim sentia falta de algo. Pensei no seu lado gordo, no romântico e no criança. O que faltava? SEU LADO CACHACEIRO! Claro, Luan adorava uma cerveja. Como você é inteligente, Tanara! Corri para comprar junto do drone, uma chopeira. 

Com o combo perfeito nas minhas mãos, fui arrumar a mala. Ele estava indo pro show e não parava de falar comigo no WhatsApp, todo bobo, ansioso para as surpresas. Teve que largar o celular para cuidar dos preparativos e infelizmente não pôde ver minhas mensagens de "parabéns", enviadas exatamente às 00:00. Foi visualizar mais ou menos uma hora depois, com certeza depois de encerrar o show. Me agradeceu todo carinhoso e avisou que estava de saída e com certeza teria fãs para atender pela van. Eu assenti e comuniquei que estava sem sono, ou seja, depois de livre podíamos retomar nossa conversa. Entre nós dois havia muita reciprocidade e quando eu parava para pensar e perceber aquilo, me via encantada. 

 - Dá pra você deixar de ser aperreado? Eu não tenho culpa se só tinha voo pra essa hora. - respondia Luan, que estava impaciente do outro lado da ligação. 
 - Olha, se você não vier... - respirou fundo. - Eu sabia que devia ter te obrigado a ir pro show! 
 - Meu amor... - tentava acalma-lo, com uma vontade imensa de rir do seu medo. 
 - Não vem com meu amor, não, Tanara. Você é uma tratante, mas não vai me enrolar. 
 - Deixa de ser louco, Loli! Eu estou arrumada, já indo pro aeroporto.
 - Mas já são cinco horas, daqui a pouco anoitece. 
 - Quanto drama, meu Senhor. - pedia paciência aos céus. 
 - Vai curtir sua família, vai. Eu ligo assim que chegar no aeroporto e pego um táxi.
 - Eu vou te buscar.
 - Não precisa.
 - Precisa sim.
 - Não, amor.
 - Sim! 
 - Luan Rafael! - revirei os olhos. - Você vai ficar aproveitando seu aniversário e eu vou de táxi. 
 - Tchau, Tanara! Não demora, por favor. - desligou emburrado. Vê se pode!

Luan's POV.

Dentre tantos problemas, meu aniversário estava sendo um dia tranquilo e feliz. Estava me sentindo muito especial com tantos mimos, homenagens e declarações. Cantaram parabéns pra mim em Brasília durante o show e durante o atendimento. Minhas fãs eram as coisas mais lindas do mundo! Minha Tatá mandou mensagens logo quando deu meia noite, mas eu só pude respondê-la depois. Seu cuidado, seu jeito, só me fazia amá-la ainda mais (se é que isso seja possível). Minha filha só me ligou depois do almoço e mesmo tão pequena foi fofa. Não pôde passar essa data comigo por causa da mãe, uma doente histérica. Minha família estava se dedicando muito, o que só me deixava mais completo. Tatá não quis ir para o show e então viria direto para cá, o que começara a me incomodar. Estava aflito com sua demora! Já se passava das 19h00 e eu conversava com meus amigos, sem largar o celular na esperança que ela me ligasse avisando sua chegada. Sentia meu WhatsApp travar mesmo sem abri-lo, meu Instagram então! Ou seja, única rede social livre para xinga-la era o SnapChat. Não pensei duas vezes antes de entrar e imediatamente, vi seu nome. Pressionei sua história e minha tela foi tomada por uma foto linda. Não sabia lidar com a beleza dessa cretina!                                



Quer dizer que ao invés de ir de uma vez pro aeroporto, ela fica gastando tempo com foto no espelho? Viciada! Ê minha nossa senhora, me dá paciência. Printei a foto e coincidentemente, na mesma hora, o celular começou a chamar avisando que ela me ligava. 

 - Oi, meu amor. Cheguei, viu?! Estou no táxi. 
 - Amém, né, muié? Mas eu falei que ia te buscar. - bufei e ela riu. 
 - Eu sabia que se eu ligasse no aeroporto, você insistiria para vir. Qual o endereço mesmo? 
 - Espertinha, né?! - neguei com a cabeça e logo fui atrás de Xumba, para me explicar e eu repassar. Falei tudo e a ouvi repetindo pro taxista. Trocamos mais duas ou três palavras e eu desliguei. Estava morrendo de saudades, não via a hora de tê-la pessoalmente. 

 - Ela já chegou? - minha mãe perguntou, com um sorrisinho de lado. Eu só assenti com a cabeça, também contendo um sorriso bobo. Para estragar nossos sorrisos, meu pai se aproximou rapidamente, já com o veneno na ponta da língua. 
 - Então você está mesmo disposto a escancarar a sem-vergonhice de vocês? 
 - Pai, se o senhor tratar ela mal, eu levo ela daqui. - avisei de uma vez, firme. Estava falando sério, não ia admitir nem uma cara fechada! 
 - Ele não vai fazer nada, Luanzinho. - minha mãe olhou-o intimidadora. - Não é, Amarildo? 
 - Nunca trataria ninguém mal e eu gosto dela. Além do mais, é seu aniversário, seu dia, você faz o que quiser. - dei de ombros e eu apenas me afastei. O dia estava maravilhoso demais para me estressar com ele. 

Um curto tempo depois, Tatá me enviou mensagens contento o aviso que estava próxima e logo um dos meus primos avistou um táxi na entrada. Corri para pegar o dinheiro do táxi, enquanto Bruna já ia recepciona-la. Quando voltei com o dinheiro, vi apenas minha irmã abraçando-a, nem sinal do carro. Era irônico, mas elas não se odiavam como antigamente. Acho que só um pouco! 

 - Uai, cadê o táxi? - perguntei intrigado.
 - Eu paguei e ele foi embora. - Tatá respondeu soltando-se da minha irmã, como se fosse o óbvio. Odiava essa marra dela! 
 - Mas eu ia pagar, Tanara. - olhei feio e ela riu, vindo me abraçar. 
 - Feliz aniversário, meu amor. - esticou-se para selar meus lábios. 
 - Não mereço segurar vela, por isso já vou na frente. - Bruna resmungou, enquanto o cheiro da minha menina me dava as melhores sensações. 
 - Obrigado, minha linda! - respondi derretido. Como eu ficava gay perto dela! 
 - Será que existe aniversariante mais marmotoso? Eu acho que não. - não demorou para começar a zoar minha roupa. - Que look é esse, amor? - riu, enquanto alisava. 
 - Tô gatão, to gatão. - me gabei e ela riu mais ainda. 
 - Cadê o Marquinhos? 
 - Cê chega e já vai perguntando pelo o Marquinhos, Tanara? Que porra é essa?
 - Deixa de ser paranóico! - mostrou a língua. 
 - Vem, vamos entrar. - peguei suas malas e fui guiando para onde todos estavam. 

Lhe apresentei, mesmo com todos já a conhecendo. A frase "minha mulher" se repetia diversas vezes e todos a cumprimentava com um sorriso, um aperto de mão ou um abraço. Pela primeira vez na vida vi Tanara tímida e estava adorando aquilo. Ela abraçou minha mãe forte, já tinham uma intimidade. Pude ouvir um "meu bebê está crescendo, Tatá" e ela caiu na risada. Fomos guardar suas coisas no meu quarto, aonde ela ficaria, e ela aproveitou para manifestar seu constrangimento. 

 - Amor, você é louco? Me deixou com vergonha. - se queixava.
 - Por quê? 
 - Repetindo várias vezes que eu sou sua mulher! - sorria negando. 
 - Mas você é minha menina, minha mulher. Tenho que frisar mesmo! - beijei seu rosto e ajeitei as malas num canto do quarto. 
 - Tinha esquecido como sua família é simpática. Mas meu Deus, hoje está lotado! 
 - Ih, muié. Juntou foi tudo! - ri. - Pronto! Já podemos voltar.
 - Você não tá esquecendo de nada, Luan Rafael? - levantou as sobrancelhas, com os braços cruzados. 
 - Não. Tô? - cocei a nuca. Ela semicerrou os olhos e eu lembrei. - Ah... - me aproximei, sorrindo, e selei nossos lábios. - Era isso, não era? 
 - Não, seu bobo. O presente, né?! Tenho várias surpresas pra você! - piscou, me deixando curioso. 
 - Uia, precisava não Pikitinha. 
 - Senta aí. - apontou para a cama, que estava mais próxima. Só me restou obedecer. Sentei olhando-a abrir uma mala e tirar algumas coisas de dentro. 
 - Você sabe que eu sou meio indecisa...
 - Meio? 
 - Tá, eu sou muito indecisa, por isso eu resolvi te dar quatro presentes! 
 - Quatro? Êlamor, Tatá. - tomei um susto. 
 - Cala a boca! Um deles é comida. 
 - Você trouxe comida? - me permiti rir. 
 - Não é qualquer comida! É uma comida feita pela Dona Fátima. 
 - Sério?
 - Sério! Veio de Fortaleza, queridinho. E você adora... 
 - Mostra logo! 
 - Pamonha! - estendeu o treco que estava guardando aquela comida. Tenho quase certeza que meus olhos brilharam e eu imediatamente tomei o trem da sua mão. Ia abrir, mas ela me impediu. 
 - Não é pra eu comer, amor?
 - Não, agora, não! - tomou da minha mão. - O segundo eu trouxe pensando no seu lado criança... 
 - Eu sou maduro, Tanara. Estou completando 27 anos, poxa! - fiz bico e ela mordeu o mesmo. 
 - Tenho certeza que você vai gostar, só não machuque ninguém. - estendeu uma caixa e quando eu a li, nem acreditei.
 - Um drone, sua louca? - comecei a rir, feito uma criança mesmo. Aquilo era massa demais! 
 - É! Gostou? 
 - Eu amei, cara. - ia abrir, mas ela me impediu novamente. - Dá pra você parar, sua chata? Me dá os trem e eu não posso usufruir?
 - Deixa de ser afobado! Eu posso terminar de mostrar todos, pelo menos?  
 - Pode. - bufei, revirando os olhos. Duvido que qualquer um deles seja tão legal quanto o drone! Ela logo pegou outra caixa e começou a explicar:
 - Esse aqui eu comprei pensando no seu lado cachaceiro, você é quase um alcoólatra, então... - entregou-me e eu rapidamente li: Chopeira. Ela estava brincando comigo, né?!
 - Caralho, não acredito que você comprou isso. - sorria, incrédulo. Ela era a melhor! 
 - Não sei se estou alimentando seu vício e talvez você morra de cirrose; mas saiba que se você morrer eu fico viúva, rica e arranjo um boy bem novinho! Então, não morra. - piscou, sorrindo cínica. 
 - Idiota. - mostrei a língua e ela riu. 
 - Gostou, amor? 
 - Eu amei, cara. Isso é muito legal! - eu realmente tinha amado tudo até agora. - E cadê o último? Quero que acabe logo pra eu poder abrir. Comprou pensando em qual lado meu? - falei fazendo charme.
 - No seu lado romântico! - suspirou, pegando um embrulho. - Abre. - entregou-me e eu não demorei para começar a rasgar aquela embalagem.
 - Um livro? - franzin a testa. 
 - Não sei como explicar, mas vou tentar resumir. Quando terminamos la em Fortaleza...
 - Quando você terminou comigo. 
 - Enfim, eu fui lembrando de como tudo aconteceu, do quão incrível foi e... Eu escrevi tudo aí, amor. 
 - Cê escreveu, aqui? - abri o livro na mesma hora. 
 - Contei nossa história, pelo menos até ontem. Hoje por exemplo, você que vai ter que escrever. - pôs as mãos na cintura e meus olhos se arregalaram. Li o começo rapidamente e meu coração simplesmente disparou.  
 - Eu não sei o que falar. - a olhei boquiaberto. Eu estava muito impressionado, desacreditado. 
 - Promete pra mim que você vai contar tudo bonitinho de agora em diante, do jeitinho que eu fiz! Tem muitas páginas em branco, pode ficar à vontade. Só não vale mentir, certo? Tenta decifrar meu lado também. 
 - Você é incrível. Obrigado. - soltei o livro e lhe agarrei, bruscamente. - Eu sou louco por você. - me declarei, enquanto ela ria da forma que eu a segurava. Então lhe roubei um beijo. 

Ficamos nos beijando por alguns minutos e logo ela despertou para a realidade. Tínhamos que aproveitar minha festa, ao lado dos meus parentes e amigos. Era muita felicidade! Descemos de mãos dadas e então ficamos no meio de todos. Ela conversava com Jéssica, Amanda, Bruna... Enquanto eu cantava com os meninos. Marquinhos estava inspirado, cantava demais e para implicar comigo, brincava dedicando algumas músicas  para Tanara. Ela correspondia, não menos palhaça, fazendo rir qualquer um que prestasse atenção. Eu peguei meu celular e comecei a gravar aquele momento. Na hora que mechamaram para cantar, pedi ao meu amor que gravasse e assim ela fez. 



Depois, passei a cantar com Marquinhos. Escolhi uma música, agora sim, para ela. "É o amor", de uma dupla que também fez parte do nosso começo: Zezé e Luciano. Ela gravava e eu cantava, às vezes lhe olhando, já que vários nos olhavam e eu não queria parecer o idiota apaixonado que eu era.


Depois, meu favo de mel. Mesmo cantando eu podia percebê-la toda boba, porque ela se derretia com essas coisas. 


Minha mãe lhe chamou para algo que eu não entendi e ela me devolveu o celular. Continuei a cantar, agora sem ser gravado. Quando ela voltou, eu cantava "página de amigos" e eu mesmo gravava. Eu sabia que ela adorava aquela música e fiz questão de encara-lá. 


Depois, larguei o microfone e me preocupei em registrar o mico que meus amigos estavam passando. Eu e Tatá combinávamos até no fato de achar desnecessário "grude à todo momento". Curtimos com todos. 


Na hora que Xumba e Bruna vieram com o bolo, também não deixei de gravar. Tatá preferiu cantar do meu lado, mas atrás do celular, para não ser clicada. A mais exibida se escondendo, dá pra acreditar? Foi tudo massa demais, estava em êxtase com tantas energias, sensações, boas. Tive literalmente muita felicidade, meus 27 anos chegaram da melhor forma. 


A bagunça acabou tarde e eu já não estava mais tão sóbrio. Tatá ria de mim depois de nos despedirmos de todos para 'dormir'. Que dormir o quê, eu vou é aproveitar minha muié! Entrei no quarto beijando-a com um certo desespero, enquanto ela ria como nunca. Minha touca já estava no chão e então eu tirei sua jaqueta. Depois a minha e o meu tênis. Ela se livrou da sandália, mas não parecia me levar a sério.

 - Para com isso, menino! - se esquivava dos meus beijos. - Seu bêbado. - afastava meu rosto com a mão. 
 - Eu só tô feliz, amor. - mordi sua bochecha. Ela continuava rindo do meu estado. Resolvi parar e falar sério. Peguei em seu rosto e liguei nossos olhares, enquanto ela continuava com um pequeno sorriso. - Eu tô tão feliz, Tatá. 
 - Você merece, meu amor. - alisou minha barba. 
 - Você faz parte, você me faz muito feliz. Sabe, não sabe?!
 - Eu sei. Você também me faz muito feliz!
 - Eu te amo. - alisei seu rosto.
 - Eu te amo muito, meu leãozinho. - com certeza se referia ao meu cabelo bagunçado. 

Meu olhar cruzou com o seu em um piscar de olhos. Seus olhos eram lindos, cheios de verdade e intensidade. Não conseguia desviar. Tanara me olhou um pouco tímida e sorriu, meio sem graça, com um olhar tão íntimo, e eu não me segurei. Aproximei nossas bocas e a tomei pra mim, fazendo nossas línguas brigarem por espaço. Seus lábios macios me hipnotizavam e eu podia jurar que me deixavam mais tonto do que eu já estava. À medida que puxava seu corpo pra mim e minhas mãos passeavam nele todo, o tesão foi crescendo entre nós dois. Com cuidado tirei sua blusa sem descolar nossos lábios que se tocavam mais uma vez. Depois, acariciei seu cabelo entre o nosso beijo quente. Não queria desgrudar nossas bocas nunca mais, mas aquilo não era suficiente pra mim. 

Queria mais intensidade.

Quando me afastei de sua boca, Tanara me olhou sorrindo. Passei a rodear ela, observando o quão linda, o quão minha ela era. Parei em suas costas e com as duas mãos acariciei cada um de seus ombros; desci lentamente pela extensão de seus braços. Conseguia sentir sua pele se arrepiar sob meu toque, e usei isso ao meu favor, explorando o toque lento.
Peguei suas mãos com calma e acariciei elas também; finalizei com um beijo na nuca. Tanara se contorceu e agarrei forte sua cintura, a colando ao meu corpo e a imobilizando ainda de costas pra mim, enquanto sua bunda pressionava bem meu membro. 

- Você é minha. - disse com a voz já um pouco rouca de desejo. - E hoje quem manda sou eu. 

Ouvi seu suspiro e ela não respondeu. Quando senti que seu corpo já estava mais rendido, a soltei um pouco e com uma mão ágil ergui sua blusa de uma vez, me arrependendo por um momento de estar de costas e não conseguir ver seus seios naquele momento. A sua calça também lhe caia muito bem, mas era uma pena que não por muito tempo.

Sem muito esperar, assim que descolei nossas bocas, andei um pouco e empurrei Tatá pra cama, ainda de costas. Ela caiu de bunda pra cima, então tirei aquela peça que cobria demais. Enquanto a mesma olhava pra trás apoiada nos cotovelos, alisei sua bunda, só coberta por uma calcinha minúscula que mal tapava nada. Depois apertei. Ela deu um sorriso pervertido, e eu retribui. Sem pensar, dei um tapinha na nádega direita enquanto mordia os lábios já louco de desejo. Tatá me olhou surpresa, mas sorriu.

Em seguida, virei minha garota, a deixando deitada de barriga pra cima no meio da cama, com uma das pernas flexionadas e um sorriso malicioso no rosto. Me aproximei meio que de joelhos. 

Alisei sua perna toda, do pé até a coxa; e quando foi pra fazer o caminho inverso, peguei só o dedo indicador e desci por toda a extensão, fazendo o mesmo caminho, só que com força dessa vez. 
Tanara me olhou surpresa. Estava sendo bruto e não tinha intensão de mudar isso. Aquilo estava me excitando muito, comandar estava me deixando pirado. 

Assim que terminei o trajeto, olhando a marca que deixava em sua pele, voltei fazendo o mesmo até a coxa e sem ela esperar, dei um novo tapa com mais força dessa vez; marcou um pouco meus dedos. Tatá se assustou. Arregalou os olhos e soltou um gritinho, tão baixo e  excitante quanto um gemido. Eu sabia que não estava machucando ela. Dessa forma, o seu gritinho foi como um combustível pra mim. Soltei um sorriso pra ela, e em seguida me abaixei um pouco e beijei todo o local, em cada ponta do meu dedo. Ela ficou sem entender nada, e confusa, me olhou com os olhos cheios de dúvidas. 
- O que eu fiz? - não resisti a soltar um sorriso. Aquilo se acendeu dentro de mim. 
- Nada minha linda. 

Me aproximei de sua boca para voltar a beija-lá, mas minha mão voltou à sua perna, fazendo a mesma coisa que segundo atrás fiz com o meu dedo. Descia e subia ele por toda sua perna, "rasgando" sua pele; depois voltava alisando.

Durante o beijo Tanara soltou um pequeno gemido e desgrudou nossas bocas. 

- Não estou entendendo. - disse, ainda com aqueles lindos olhos, me olhando com tamanha intensidade. 
- Você confia em mim? 
- Por que isso agora? - perguntou levando suas mãos ao cós da minha calça, mas eu peguei nela e segurei, enquanto ainda apertava sua coxa. 
- Responda. Confia em mim? 
- É claro que sim, mas... 
- Me permite? - perguntei, olhando dentro dos seus olhos enquanto voltei a botar força nos meus dedos e apertar sua perna. - Se não for bom pra você, eu paro... Mas olha, é só pro nosso prazer. Não estou te machucando, estou? - perguntei erguendo uma das minhas sobrancelhas.

- Sou louco em você, no seu corpo, em tudo que tem seu cheiro. - disse agora levando minhas mãos pra um de seus seios e acariciando. 
- Eu confio em você. - falou com a voz baixa, tomada de tesão. Olhei pra ela um pouco surpreso e sorri, encantado por saber que tinha ela nas minhas mãos.  
Passei então a acariciar sua perna e voltei a beijar sua deliciosa boca, tomando ela pra mim.

Tanara levou as mãos até minha nuca e passou a puxar com delicadeza meu cabelo durante nosso beijo. Levei minha mão em sua cintura e apertava ela de leve. Então, levei a mão até seu seio ainda por cima do sutiã e ela me apertou mais. E num ato inesperado, desesperada por um toque, me arranhou as costas. 

Parei tudo que fazia no momento, olhando ela me suplicar com o olhar, e então sorri, passando os dedos por seus lábios que estavam bem avermelhados.
- Tudo que você fizer comigo, eu vou fazer três vezes pior com você.

Ela me olhou ainda confusa e tentou me puxar pra mais perto, ainda apertando suas unhas nas minhas costas cobertas por uma camisa branca, fina. 

- Passei por uma situação constrangedora quando você me deixou marcado naquele dia, não quero novamente. Você entendeu?

Tanara somente assentiu com a cabeça. Por um lado eu sabia que ela não ia cumprir nosso pequeno "acordo", o que me deixou bem animado. Continuei a acariciar os seios dela, agora tirando o sutiã. Brinquei um pouco com os bicos, provocando, e ela mearranhou os braços dessa vez, deixando uma leve marca das suas unhas. Sem dizer mais nada, tirei minhas mãos de seus seios ouvindo protestos e as grudei nas suas coxas, apertando forte, até minha garota soltar um gemido de dor em protesto no meio de um beijo que eu lhe dava. 

Passei a fazer o jogo. A cada marca que ela me fazia, eu fazia mais forte nela. 
Passei a beijar seu pescoço, com toda a paciência e calma do mundo, excitando, provocando. Ela tinha o rosto no meu ombro, e num ato inesperado, deixou um chupão em decorrência de um beijo que a arrepiou toda. Sem pensar, colei meus lábios no seu pescoço e chupei com vontade. Podia apostar que ficaria roxo no dia seguinte, mas acordo era acordo. Tatá reclamou num sussurro, mas voltei a beijar sua boca, sem deixar ela chiar mais.

Em seguida, estiquei ela na cama e levei minha boca até seu seio direito, chupando com intensidade. Passei a língua e ela apertou meu cabelo. Depois entrou com as mãos dentro da minha camisa e acabou me arranhando, bem mais forte dessa vez. Parei novamente o que fazia e olhei sério para ela, que ficou surpresa. 

- Foi sem querer. - me olhou sapeca, com malícia e sorriso, como quem pede pra ser castigado. E eu tive a melhor ideia que poderia ter se passado pela minha cabeça naquele instante. 

- Vai mais pra trás! 

Guiei seu corpo até encostar as costas dela na cabeceira da cama. Tinha o olhar ainda de quem não tinha sacado meu jogo, mas sorri e me afastei, tirando a camisa e jogando longe, preparado pra entrar naquilo de cabeça. 

Fiquei de joelhos perto dela, bem na frente de sua perna, peguei a direita com toda a delicadeza do mundo, levantei um pouco e me inclinei na direção. De certo ela achou que eu beijaria, mas, quando Tatá menos esperou, mordi sua canela, fraco, e fui subindo por toda a extensão lentamente. Ela me olhava rindo, só fazia cosquinhas. Mas, quando cheguei em sua coxa, entrei um pouco pra lateral interna, e mordi com vontade, deixando a marca do meu dente da sua pele branquinha. 

Tanara gemeu alto e arqueou as costas enquanto eu a olhava com satisfação. 
- Eu avisei, não avisei? - sorri, beijando seu rosto e rindo. - Está me desobecendo desde o começo já. 
- Foi sem querer, droga. Não faz isso... - pediu manhosa, fazendo biquinho. 
- Poderia lembrar que eu te amo e ter pena de você. Mas, meus dentes estão loucos para provar da sua pele... - disse alisando o local que eu havia mordido, mas me abaixei novamente e mordi perto, ainda mais forte que da primeira vez, ouvindo um gemido mais alto dela, seguido de algumas reclamações enquanto passei a morder a outra coxa também.

A cada vez que me afastava e olhava as marcas da minha boca, eu ficava mais satisfeito. Sorria pra ela, que me empurrou de leve. 
- Chega né... - riu. 
Me aproximei pra beijar sua boca e ela virou o rosto. 
- Não, sai, você é sem graça, foi sem querer. 

Fiquei com o rosto em seu pescoço, controlando minha vontade de morder ali também. Ri das suas reclamações e sem esperar, peguei seu cabelo com força fazendo ela me encarar. Olhei dentro do fundo dos seus olhos e sorri. 
- Você só esqueceu, que quem manda hoje sou eu!

           | Continuação bloqueada |

Depois daquele dia incrível que todos me proporcionaram e uma noite maravilhosa e diferente, eu e meu amor dormimos agarradinhos. Acordamos tarde e então eu fui usufruir meus presentes. Provei as pamonhas e fiquei apaixonado. Brinquei com o drone e guardei a chopeira e o livro. Esses eu queria ver só no meu apartamento, requeriam mais atenção. Também olhei as marcações no meu Instagram, que Tatá também estava incluída. 

tataccioly Fotinha velha, porque eu sou dessas! 💁🏻 Feliz aniversário, meu cantante. Não preciso repetir o que já falei pra você, né?! 😍😌 Não brinca comigo, porque eu sei que não é 27. É 18 e você tem música nova pra galera. 👯✨🎤 Eu te amo muito, parabéns! ❤ @luansantana


Voltei para a minha rotina e Tatá voltou para a dela. Só que eu estava agoniado com aquela nossa situação! Estávamos sendo o quê? Namorados? Não, é inadmissível. Para mudar isso, eu já sabia o que fazer. Descobri o dia do show do Bruno&Marrone em São Paulo e como era um dia que eu estava 'de folga', não havia show, eu não pensei duas vezes antes de cismar com ele. Iria e comigo iria Tatá! Ela era louca por eles e as músicas deles simplesmente marcaram e marcam o nosso amor. Lembrei que uma vez, eu havia prometido que a pediria em casamento num show deles. Promessas são dívidas, certo? Achei até o anel que eu tinha comprado pra ela ainda em 2015, ele era especial, merecia ser usado. 

Quando a convidei, ela simplesmente surtou. Nem pensou em nada, só aceitou pulando de alegria. Era até injusto: ela era tão fã e nunca tinha ido em um show sequer. Tudo pronto, chegou o dia! Me arrumei como uma mulher, demorei caprichando. Era um dia especial, eu tinha que estar perfeito para ela. Só que acabei vacilando logo de cara! Dentro do carro percebi que havia esquecido o anel, mas já estava atrasado, não podia voltar. Mas não deixaria de fazer o pedido! Voei para buscá-la e quando a vi, minha boca foi ao chão. Ela estava deslumbrante, linda demais. Entrou no carro e me cumprimentou com um selinho. Fomos conversando e ela contava como estava ansiosa. Chegamos um pouco atrasados, já que eles já cantavam. O que não diminuiu nossa empolgação! Nos dirigimos ao camarote e curtimos todas as músicas agarradinhos, enquanto eu abraçava-a por trás. Eu sabia o momento certo e ele não demorou-se. 'Agarrada em mim', sem dúvidas, era a mais marcante e eu não esperei ela chegar nem na metade. Tatá, distraída, cantava baixinho, quando eu tornei a sussurrar no seu ouvido.

 - Meu amor...
 - Hum?
 - Isso tudo tem um propósito, sabia? 
 - Tem? - riu fracamente.
 - Tanara Accioly, minha Pikitinha, encalhada, anãzinha, empata foda... - estava nervoso, minhas mãos suavam e ela continuava atenta às minhas palavras. - Você aceita deixar de ser minha menina e se tornar minha mulher, oficialmente? Quer casar comigo?

O tempo ensolarado lá fora, sem vestígio nenhum de chuva, "leve o guarda-chuvas e um casaco, parece que vai esfriar e chover", sábias palavras mãe, e não é que realmente choveu? Ela tinha razão, e eu fui tolo de mais por ignora-la.
"A vida não é como você pensa", realmente pai, você tinha razão, eu tive a necessidade de crescer rápido demais, e tudo aquilo que o senhor me falou anos atrás começou a fazer sentido. 
"Você vai ser adulto um dia", quantas vezes essas frases não havia sido dita, e novamente eles tinham razão. Eles sempre se preocupam com os detalhes, eles buscam nos passar confiança, eles sempre veem, sentem, sabem. Só querem o nosso bem e preveem qualquer mal. Afinal, os pais sempre têm razão.

UFA! Não sabia que ia ficar gigante assim. 😱 Primeiramente: feliz páscoa, meus amores! Que nesse dia Jesus renasça também nos nossos corações, que seja realmente um dia de renovação. 🙏🏼💫🐇😍🍫 Gostaram do capítulo? E esse final? 🙈 Vou explicar o "continuação bloqueada". Então, não passa de uma brincadeira! Para o resto do hot ser desbloqueado, o capítulo precisa ter 60 comentários. De pessoas diferentes, não aceito anônimos não identificados. NÃO é meta! ✋🏼 Eu vou postar de todo jeito, mas, o hot só retornará se houver essa quantidade de comentários. Já tinha explicado no grupo e aliás, quem quiser entrar, é só deixar o número e o nome. Beijos amores, até mais! 😘

quarta-feira, 23 de março de 2016

Capítulo 35.2 - O que acontece em Vegas, não fica em Vegas!


 - Luan, chega de fugir, né?! Precisamos conversar. - me encarou firmemente. Eu suspirei. Não estava com a mínima vontade de discutir relação. Como eu ia explicar que eu só lhe dei um gelo para me sentir um pouco independente? Não podia lhe convencer por completo que eu era terminantemente louco por ela. 
 - Precisamos? - entortei a boca.
 - Por que você me evitou por tanto tempo? - sua voz saiu baixa e triste. - Poxa, o que eu fiz? Por que isso? - suspirou chateada. Por não querer assumir o real motivo, acabei ficando desprovido de quaisquer palavras que servissem de resposta. Me aproximei e sorri. Ela não entendeu, então continuou atenta às minhas próximas expressões e ações. 
 - Você não fez nada, eu só estava precisando de um tempo. - disse simplesmente, mas não parecia o suficiente pra ela, já que me olhou um olhar nada convencido. Então, antes que ela ousasse questionar novamente e perder o nosso tempo, diminui a mínima distância entre nossos corpos e quando ela subiu o olhar desentendido (lembrem-se que ela é anã), eu fui rápido: me inclinei e selei nossos lábios. Levei as mãos para o seu cabelo e intensifiquei o beijo que aquele selinho já havia se tornado. Suas mãos espalmaram minhas costas, surpreendida. Finalizamos carinhosamente e ela riu, enquanto eu mantive nossas testas coladas e alisava seu rosto. 

 - O que foi isso? - perguntou ainda de olhos fechados.
 - Só estou adiantando. - usei sinceridade.
 - Adiantando o quê? 
 - Hum... Vai soar um pouco cafajeste, mas se você insiste, lá vai: sempre acabamos na cama. Não estou disposto a brigar com você, até porque eu realmente só estava pondo as ideias no lugar. Eu te amo da mesma forma. - minha voz escapou beirando um sussurro e tenho quase certeza que vi um sorrisinho nos seus lindos lábios. 
 - Cafajeste. - acusou e nós dois rimos juntos, ainda de testas coladas. 
 - Vamos pular uma briga desnecessária e ir direto ao que interessa. Ah, e eu te liguei no aeroporto. - falei e ela me olhou como se sentisse especial. Logo em seguida iniciei outro beijo. E sim, vocês deduziram certo! Foi só mais um de muitos. Nos entregamos à eles, que despertavam nossa saudade e aquecia aquele quarto tão grande. Tatá estava deitada e eu sobre ela encaixado entre suas pernas, sem desgrudarmos nossas bocas. Tudo ótimo, até a própria cortar-nos. 

 - Loli... - peguei um pouco de ar, na curva do seu pescoço. 
 - Hum? - disse um pouco insatisfeito, mas entendi que ela precisava de fôlego. Era só isso, não era? 
 - Não podemos fazer nada aqui. - ok, não era só isso. 
 - Por que não? - inaceitável. 
 - A Carol tá aqui comigo. Falta de respeito com a minha amiga, né?! E se ela entra? Não, eu não quero. - alisou minha nuca. 
 - Tudo bem. - suspirei derrotado. 
 - Mas eu também tô morrendo de saudades de você, meu amor. - beijou minha bochecha e eu ri abafado. - Não fique chateado, vai. 
 - Não estou. - mordi seu pescoço. - Mas, a senhorita vai ter que me prometer que vai se mudar imediatamente pro meu quarto. Diferente de você, estou em um sozinho. 
 - E os meninos? - afagou meus cabelos, eu continuava esmagando minha pequena. 
 - Eu lá vou dormir com macho, muié! - neguei prontamente e ela riu. Risada gostosa que eu tanto amava. - Meus planos eram dormir com as gringas, mas você dá pro gasto. 
 - Ai, que cretino! - fingiu sentir-se ofendida. - Sai de cima de mim, vamos logo. - deu dois leves tapas nas minhas costas e eu atendi o seu pedido. Enquanto ela ajeitava tudo que levaria para o meu quarto, eu perguntei aos meninos onde eles estavam. Organizamos tudo e fomos ao encontro dos três. 

 - Vocês demoraram, né?! - Carol perguntava com segundas intenções. Eu apenas passei meu braço no pescoço de Tatá e lhe aconcheguei mais em mim. 
 - Desses dois aí eu não duvido nada. - Marquinhos acusou, fazendo a Tatá lhe mostrar o dedo do meio. Ficamos assim, andando abraçados e trocando leves carícias. Não passamos disso, não chegamos a trocar um selinho sequer. Em um momento de distração, eu acabei 'vacilando'. Tirei uma foto com Tatá, Douglas e Marquinhos e como estava postando tudo, acabei fazendo isso automaticamente. Nem avisei a ela, apenas apaguei minutos depois. 

 - Eles pensaram besteira, Loli. Acabamos de nos reencontrar e eu já vou dormir com você. - ela se importava, sentada na cama, tirando o sapato. 
 - Cê fala como se eles não soubessem da nossa história, muié. Relaxa. - eu ria, despreocupado. Estava rolando as fotos no meu Instagram e tive uma surpresa. Merda! 

lunara O QUE ACONTECE EM VEGAS, não fica em Vegas! Eu tô é morta!!!!!! 😍 Alguém me belisca, é muita felicidade pro 1º dia de uma viagem. 😩 Migo Luan descobriu que tem snapchat e usou enlouquecidamente... 👀 Até demais, né?! 🤐 Repetindo a velha historinha: posta foto com Tatá, lembra que não assumiu ainda e apaga foto com Tatá. 😴 Querido @luansantana, amor da minha vida, você só esquece que somos mais rápidas. Várias tiraram prints e eu fui uma dessas porque sim, porque sempre. 💁🏻 ELA TÁ COM ELE SIIIIIIIIIM e se reclamarem muito, vai rolar fotinha #lunara no insta também. Já quero Vegas pra sempre, the best city 👯 #brilhamais #snapeuteamo #eleesquecequenãoassumiu #assumelogoporra #édifícilfalar #tônamorando? #seuputo #euamotanto 👫❤️😭 @tataccioly @marquinhosewf @douglascezar_ 



 - Luan, tá me escutando? - chamou minha atenção. 
 - Tô, amor. - achei melhor não falar da postagem, ela ia reclamar e eu não queria nem duas palavras desgostosas atrapalhando nossa noite. 
 - Larga esse celular. - reclamou, hipocritamente, já que estava mexendo no seu. Eu ri fracamente, deixando o meu de lado pelos os meus planos. Eu já falei como ela estava linda com aquela calça de oncinha colada? Não?! Pois acreditem, está incrivelmente linda. Tirei meus sapatos enquanto observava-a distraída, um pouco deslumbrado em tê-lá, finalmente, só para mim. Percebem o quanto estou feliz? Ele não existe mais entre nós, meu sofrimento acabou. Passando a olhá-la com segundas intenções, eu tirei a minha jaqueta. Ela então notou que estava sendo analisada e entregou que estava sem graça com uma risadinha tímida. 

 - O que foi? - semicerrou os olhos, risonha, enquanto eu me aproximava.
 - Nada. - tentei lhe olhar da forma mais sexy e maldosa possível. Agora nossos rostos estavam quase colados. 

Então Tanara mudou sua expressão; ficou me olhando com intensidade, sorria com os olhos mas com um tom de malícia. Meu coração batia agitado de saudades dela, e o meu olhar encontrou sua boca. Assim que ela percebeu meu olhar, mordeu os lábios inferiores. Me aproximei ainda mais, agora praticamente roçando nossas bocas, e com o polegar contornei todo seus lábios, que levemente abertos davam um ar totalmente sexy pra minha menina. Sentia tantas saudades suas, que o tesão estava a flor da pele naquele momento, e eu podia jurar que não daria certo quando juntei nossas bocas não conseguindo mais extender. Foi um beijo tão intenso que posso jurar que estava no nosso top 3. Nossas línguas se cruzavam e o toque do seu lábio era doce, macio e quase puro. Me arrepiei inteiro e meu corpo pediu pra juntar o dela, que tinha suas mãos apoiadas na cama com o corpo jogado para trás. Passei a mão ainda durante o beijo por trás da sua nuca acariciei seus cabelos. Desci as mãos por suas costas e passando o braço por sua cintura, puxei seu corpo todo em minha direção. Tanara soltou um gemido baixo e até surpreso pela boca, enquanto suas costas arquearam na minha direção.

                               {...} 


Tanara's POV.

Dormir com Luan sempre foi, é e vai ser a melhor coisa do mundo pra mim. Finalmente em paz, com ele. Mais uma vez  me fez mulher da melhor forma e mais uma vez eu me apaixonei. Era uma coisa diária. Sempre estávamos nos apaixonando, aquilo mantinha o nosso amor vivo. Amanhecemos com carícias e logo ele começara a contar os planos para o seu segundo dia em Vegas. Dizia estar animado e sua felicidade, seu brilho no olhar me contagiava. 

  - Eu não vou mais casar mais com você. Só sabe comprar, vai me falir. - Luan resmungava, porque eu desgrudei dele por alguns minutos apenas para comprar mais algumas coisinhas. Homens! 
 - Ai, Luan Rafael. Eu tô usando o seu dinheiro? 
 - Graças a Deus, não. 
 - Então cala a sua boca e me deixa postar essa foto. - revirei os olhos e Marquinhos se aproximou, falando algo que eu não prestei atenção. Terminei de escrever a legenda e postei. 

tataccioly Hoje foi dia de compras, bebê! 🙅🏻 • Não tem como não dar uma passadinha na Victoria's Secret, né?! A loooouca! E vocês gostam de ir em qual loja quando viajam???



Postei para acalmar um pouco as coisas. Já que a foto que Luan postou (e eu fui a ultima a saber) no SnapChat estava causando a maior confusão. A maioria deduziam que estávamos namorando de novo, pelos inúmeros e seguidos fatos. Outras não aceitavam e inventavam desculpas para eu estar na tal foto. Outras me xingavam, xingavam ele; nada que eu não esteja acostumada. Falando em SnapChat, eu lembrei de abrir o meu. A história do meu amor era a primeira e eu logo pressionei. Uau, que gato esse de óculos e blusa branca. 



 - Para de tirar foto, Carol. - Luan reclamava da minha amiga, que tinha o celular apontado para nós três. 
 - Me obriga, Luan. Sai daí, Marquinhos! Deixa só o mais novo velho casal.
 - Eu só sou desprezado. - saiu desconsolado, gerando humor. 
 - Vai, Carol. Tira! - ajeitei-me, enquanto Luan virava o rosto. - Deixa de ser rabugento, seu ridículo! - lhe empurrei de leve. Ele me olhou feio, eu ri e finalmente ele fez uma pose. 
 - Pronto. - ela avisou. 
 - Passa pra mim. - Loli pediu, já pegando o celular. Em rápidos minutos, ele já estava escrevendo uma legenda enquanto eu não apoiava sua atitude. Não achava necessário atiçar a suas fãs, se ainda não íamos assumir nada. Mas ele era muito teimoso, não me deu ouvidos. 

luansantana 😠😍 


                                  {...}

 - Tatá, por favor, vamos. - Luan chamava-me impaciente, enquanto eu editava minha foto. 
 - Amor, deixa de ser chato! Eu já tô indo.
 - Eu tô com fome! - fez bico, enquanto eu lhe olhava pidona. 
 - Rapidinho! - soltei beijo e ele revirou os olhos. 

Depois de editada, fui posta-la. 

tataccioly #aboutlastnight • Aproveitando a luz boa aqui do quarto pra mostrar a famosa make feita 'com pressa'. 💋 



Guardei o celular e ele agradeceu com gestos. Apressei meus passos e ele me envolveu num abraço, enquanto andávamos e ele elogiava meu cheiro. Era um perfume diferente e pelo visto, ele o amou. Jantamos todos juntos e depois, os viciados, insistiram para voltar a jogar no cassino do hotel. Não muito satisfeita, aproveitei pelo menos pra tirar uma foto. 

tataccioly Babando com esse hotel maravilhoso e um pouco insatisfeita com esse vicio, né @marquinhosewf?! 🙄✋🏼



O terceiro dia em Vegas foi diferente, mas não menos divertido. Eu e Luan não nos desgrudávamos, mas também não deixávamos nossos amigos de velas. Sabíamos aproveitar com todos e isso melhorava tudo. 

marquinhosewf Vegas! 🇺🇸 



lunara Hey VEGAS né safada, @tataccioly? Tô morrendo com os snaps 😂 "Luan, para" "Faz biquinho, Pikitinha! Aquele que cê faz em quase todas as fotos..." Marquinhos e Luan/ Luan e Tatá/ Marquinhos e Tatá = surtando de amores 😍👏🏼💃🏻 O @douglascezar_ e a @carolandrade não aparecem muito, por isso não estão brilhando aqui na rainha 😌 Mas relaxem, se quiserem podem dar like, eu não ligo! 💁🏻 Vou parar de pedir pra vocês assumirem que estão juntos, porque não tem forma mais linda do que essa. Não precisam falar em sites, revistas: resolvemos recomeçar. Estão se assumindo do jeitinho de vocês, sendo felizes! 😢 Tô muito sensível, casem logo af ✋🏼 Amo vocês! ❤️🙏🏼 @luansantana



Para finalizar ele, fomos jantar só nós dois. Um jantar romântico? Muito. Por mais que não tivesse sido uma viagem programada, estava sendo incrível para nossa relação. Nossos sentimentos aflorados e logicamente, aquela cidade linda ajudava em tudo. Eu me produzi toda, somente pra ele; e claro, em hipótese alguma podia faltar a foto.

tataccioly #aboutlastnight 💛✨• 💃🏻🍷


Luan, safado como sempre, adorou e não parou de falar e encarar o meu decote. Não cansava de borrar o meu batom e enfim, foi uma delícia. 



Por fim, no nosso quarto dia em Vegas, fomos conhecer o Grand Canyon. Era surreal ao ponto de fazer Luan lembrar que tinha Instagram. 

luansantana "As glórias e as belezas de forma, cor e som se unem no Grand Canyon - formas incomparáveis mesmo pelas montanhas, as cores que disputam com o sol e sons que abrangem o diapasão da tempestade..." John Wesley Powell (Grand Canyon - Arizona, USA)
De noite, tivemos um "último jantar" nada menos especial. 

tataccioly Último jantar, vai deixar saudades! 😢❤️



tataccioly Vendo Las Vegas todinha iluminada! 😍🌙



douglascezar_ Porque a cabeça também precisa respirar.. 💭

Luan's POV. 

O que não planejamos, às vezes sai melhor do que o planejado. Encontrar minha Tatá foi a melhor coisa que podia ter acontecido nas minhas férias, e olha que elas estão só começando. Depois de dias maravilhosos em Vegas, fomos conhecer Los Angeles. Bruninho Cerri, da dupla Bruninho & Davi, um grande amigo meu, estava próximo dali. Contando essa coincidência para meu amor, ela me contou que ele foi o maior motivo delas irem para Las Vegas. Eu não entendi e ela foi explicando mais explicitamente, me deixando surpreendido. Carolina e Bruninho estavam "se conhecendo melhor". Nos falamos por WhatsApp e combinamos de nos vermos em Santa Mônica, cidade que fica ao lado de Los Angeles. Tatá era a louca das fotos e eu não tinha a paciência que ela tinha. Tirava mil fotos, editava vinte e só postava uma. Eu continuava no SnapChat, o que era mais fácil pra mim. 

tataccioly HEY LOS ANGELES! 🙋🏻💗🌴 | 1ª foto aqui super clichê: foto com as palmeiras e a camiseta escrito "LA" hahahahaha • Aqui são 6 horas a menos que em SP 



Logo de início, fomos conhecer o Warner Bros Studio, o que me interessava bastante, mas não tanto Tatá. Mesmo assim, nos acompanhou. 

luansantana Snapchat: santanaluan 😅



luansantana "Como assim seu Obama?" 🤔 #warnerbrosstudiotour



Tanara's POV.

Depois de um dia cheio de novidades em Los Angeles, eu e Loli pudemos nos curtir mais um pouco. Enquanto eu estava só de sutiã, trocamos beijos calmos. Meia luz, um clima gostoso, tudo perfeito. Antes de ficarmos desse modo, eu o pedi para tirar uma foto minha. Um ar de mistério, sensualidade? De costas e com o sutiã preto, havia ficado boa, postável. Apesar de ter se incomodado um pouco, não me impediu de postar. 

tataccioly 🔮



No dia seguinte, nosso primeiro passeio foi para a 'Calçada da Fama'. Agora acompanhadas de uma guia turística. 

tataccioly Olha eeeeeeela! A tão querida e famosa Calçada da Fama. 🌟💗 | look @lojafashioncloset 



Depois, fomos conhecer Hollywood. 

tataccioly Miga sua louca! 🙀😻 @carolandrade 



O que mais uma vez, causou intrigas nas nossas redes sociais. Priscila, como sempre, não ficou 'calada'. 

lunara Olha eles na Califórnia, bebê! Migos seus loucos, que foto ousada foi aquela, ontem? Tatázinha quase nos nudes 🙊 SE PRESERVA, viada! 💁🏻 E você ainda deixa, @luansantana? Aliás, deixou e ainda tirou a foto. Esses boys liberais de hoje em dia 😂 #CADÊOLAERTISMO Repito: não usem camisinha, quero um baby lunara. Vlw flws 😚 
tataccioly Sun is shining for us in California 💛💫 



Finalmente, Santa Monica. A cidade que eu sonhava conhecer. Carolina estava ansiosa, já que veria seu boy. Luan estava rindo, dizendo não imaginar que um dia eles formariam um casal. Aliás, casal, não. Porque ele assim como eu, sabia que Carol era rápida e odiava compromissos. No máximo se pegariam, mas Luan não parava de zoar a coitada. 

tataccioly Pensa num lugar que eu sonhava em conhecer: Santa Monica 💙✨ • acompanhem tudo lá no snapchat: tataccioly/santanaluan 



Encontramos Bruninho e ele era realmente muito simpático (gato também, devo lembrar). Ele já era amigo dos meninos e sabem né?! Foi a maior 'festa'. Fomos conhecer o Píer de Santa Monica, um dos principais pontos turísticos dali. Luan continuava com seus vídeos, enquanto eu estava deslumbrada. Já tinha tirado algumas fotos com Carol, mas só postamos no SnapChat. 

 - Amor, aqui é muito perfeito. - admirava encantada, enquanto ele tinha a mão na minha cintura. 
 - Incrível. - sorria, da mesma forma. 
 - Olha ali a Carolina. - apontei disfarçadamente pra minha amiga sem vergonha, que estava aos beijos com Bruninho. Luan olhou e riu. 
 - Ela não presta. - comentou. 
 - Já tô arrependido de ter vindo pra essa viagem. - Marquinhos se aproximou, já resmungando.
 - Que foi? - perguntei, enquanto ele revirava os olhos. 
 - O combinado era vir só nós três, não vocês duas. Agora eu só seguro vela!  
 - Ai, Marquinhos. Tá reclamando de mim? - disse 'ofendida'.
 - Também. 
 - Vou achar que cê tá é com ciúmes de mim e do Bruninho, viado. Sai fora! - Luan zoou o coitado. 
 - Amor. - ri, apertando ainda mais meu Loli. 
 - Eu lá quero saber de vocês! Mas com esses dias todos, pensei que a Carol fosse pelo menos me dar uma moralzinha. Mas aí o Bruninho chega depois e já quer sentar na janelinha.  
 - Cê num sabe é de nada, boi. - Luan falou, com certeza lembrando do que eu o contei. 
 - Discutam aí a relação de vocês que eu vou postar minha foto. - me soltei de Luan, começando a concentrar-me no celular. Carolina tinha tirado uma foto minha e na hora gostei muito. Fui conferir e realmente havia ficado boa, criativa. Editei só um pouco e postei. 

tataccioly Se você não está amando, você não está exercendo sua liberdade. Não é possível não ser livre. 💙 #LosAngeles 



Fui no IG do Bruninho e o segui. Aproveitei para ampliar a última foto que ele havia postado. 

bruninhocerri 🎡🎢



Voltei para o feed e surpreendentemente, vi o user de Priscila. Entendam a ironia. 

lunara As mais lindas! 👭 De sempre pra sempre, literalmente. 💁🏻💗 @tataccioly @carolandrade 



                                 •

 - A Priscila não vale nada. - ria, negando. 
 - Por quê? - Loli se aproximou do meu celular, já que eu ria olhando pra ele. Curioso. Não disse mais nada, apenas mostrei a postagem. 

lunara TIREI ATÉ PRINT DESSA LEGENDA! 🤔 Amando, Tatázinha? 😍❤️ Vocês são lindos demais, shippáveis demais, apaixonados/apaixonantes demais, eu num guento. 👐🏼 #LasVegas #LosAngeles #CantorDesencalhou #LaurinhaOficialmenteEFinalmenteComMadrasta #EitaLuanzinho 



Ele me olhou com os olhos brilhando e me roubou um selinho. 

 - Ela é um amor. - falei logo depois. - Mas ela postou mais coisa, olha. - pus nas outras fotos e ele foi vendo e lendo as legendas nada normais dela. 

lunara Quem estava guiando os migos em Vegas era a @eunagringa e agora é a @guiacalifornia 🙌🏼 Sortuda ela, né?! Acompanhando todos esses baphos de perto 👀 #migameliga #pracontartudo
lunara Eu quero o de barba. Eu quero o de touca. Eu quero o de boné. Eu quero o que tenha algo no meio das pernas. 😈 RESUMINDO: que homens são esses @deus? Assim não dá. 😩 QUERO TODOOOOOS PORQUE SOU DESSAS #saiTatá #liberaseuboypramim #nuncatepedinada 😌🙏🏼 Ah, quase esqueci de comentar: o @bruninhocerri e a @carolandrade tão se pegando. Olhem a foto que ele postou!!!!!!!! Já entendi tudooooooo... As zamigas arranja os zamigos dos boys pra zamigas e como eu sou amiga da maravilhosa, tô na fila de espera. 💅🏼 



Luan gargalhou, enquanto eu já colocava no perfil do Bruninho para saber se aquilo procedia. 

 - Mal sabe a Pri que você não arranjou nada. 
 - Né?! - concordei, sorrindo. - Ela tem que conhecer a Carol melhor pra saber que ela...
 - É rodada? 
 - Não. Mas eu vou falar pra ela que você disse isso.
 - Eu não disse nada, muié. - deu de ombros. 
 - Pra saber que ela não precisa da ajuda das amigas, ela mesmo vai atrás. - conclui, já com os olhos arregalados, desacreditada. - Ele postou mesmo, amor! 

bruninhocerri Linda 😏👸🏼 @carolandrade 



 - Olha eu ali, Pikitinha. Que gato que eu tô! - enfiou o dedo na tela do meu celular, clicando na foto que ele aparecia. 

bruninhocerri Made In Shopping Campo Grande depois da aula sexta feira! 



 - Convencido. - mostrei a língua e ele fez o mesmo. Empurrou meu celular e juntou nossas bocas, enquanto ríamos. 

Luan's POV.

Há tempos eu não me relaxava e me divertia como aconteceu nessa viagem. Foi literalmente perfeita! A companhia do meu amor me deixou completo, realizado. Mas infelizmente, tudo que é bom dura pouco. Voltei para o Brasil com planos para nós dois, agora de bem. Ainda tinha uns bons dias de férias e isso instigava minhas ideias. Ela não quis ir para o meu apartamento assim que chegamos, afirmou que passamos tempo suficiente juntos. Precisava conversar com a família sobre o que tantas fotos denunciaram; e bom, eu tinha que fazer o mesmo! Mas por mais que fosse urgente, eu queria mais um tempo, queria que ela estivesse do meu lado quando eu contasse tudo. Então, adiei esse fato, entretanto, não deixei de visita-los. Bruna não estava em casa e minha mãe me recebeu cheia de perguntas, parecia curiosa com as maravilhas das cidade que aproveitei. Meu pai só apareceu um pouco depois, mas foi seco na hora de me cumprimentar. Ficou apenas escutando nossa conversa, com um olhar estranho. 

 - Top demais, Xumba! - concluia empolgado.
 - Eu imagino, Luanzinho. E quando você vai buscar a Laurinha? - sorriu serena. 
 - Tenho que ver. - lembrei da minha discussão com Isabel no aeroporto. - Mas acho que amanhã, se a mãe dela não pôr problema. - entortei a boca. 
 - Precisamos conversar, Luan. - meu pai falou em um tom sério.
 - Sobre? - sorri sem graça. 
 - Você sabe muito bem. 
 - Amarildo, isso não é hora. - minha mãe o repreendeu. 
 - Eu realmente não sei. - passei a mão no cabelo. 
 - Vidinha... - minha mãe novamente o repreendeu, parecia receosa. 
 - É sobre a Tanara. - disse e eu, desentendido, apenas franzi a testa. - Você enlouqueceu? Marcar de viajar com a noiva do seu amigo? Todos já viram as fotos, as notícias já estão estampadas em todo lugar. - disse firme, me fazendo suspirar enquanto minha mãe nos observava apreensiva. 
 - Pai, ela não é mais noiva do Felipe, eles terminaram. E eu não marquei nada, foi apenas uma coincidência. 
 - Coincidência? Pelo o que vi, vocês passaram a viagem toda juntos. Vai negar?
 - Não vou negar, nos encontramos por acaso e ela e a amiga ficaram com a gente durante todo o tempo. Qual o problema? - cruzei o braço. 
 - Estão todos pensando besteira! Os boatos estão espalhados, está a maior confusão. Você não pensou nisso? Por mais que vocês sejam amigos e estivessem com outros amigos, é estranho e gerou intriga, especulações... 
 - Não somos amigos. - encarei-o e minha mãe arregalou os olhos. 
 - Luan Rafael. - meu pai me ameaçou com o olhar. 
 - Eu não queria falar isso agora, estava esperando mais um tempo para abrir o jogo, inclusive junto dela. Mas, o senhor está me obrigando... - pausei, tomando coragem. - Eu e a Tatá estamos juntos. 
 - Aí meu Deus. - a reação da minha mãe foi de espanto, tristeza, preocupação; não entendi bem. Já meu pai, transpareceu incredulidade e fúria. 
 - Como assim, juntos? - questionou. - Ela terminou com o Felipe antes de viajar, não é possível que vocês tenham se apaixonado de novo e decidido ficar juntos em Las Vegas. 
 - Não é possível mesmo porque não foi assim que aconteceu. O senhor quer mesmo se meter dessa forma na minha intimidade?
 - Estou fazendo o meu papel! 
 - Ótimo, pai. Eu e a Tatá estávamos nos encontrando quando ela ainda estava com o Felipe. Nós terminamos nos gostando, vocês estão cansados de saber disso. Infelizmente só nos reencontramos dois anos depois e simplesmente quisemos tentar de novo. - dei de ombros, já cansado daquela história. Talvez fosse até bom que eles soubessem de uma vez, estava me aliviando. Minha mãe só expressava surpresa e decepção. Ele bufou, negando. 
 - Tentar de novo? Você fala isso com essa normalidade? Ela estava noiva, garoto. 
 - Não conseguimos controlar.
 - Falta de responsabilidade, de sanidade, de caráter... - acusava. 
 - Pai, você não vai me ofender, não é?! - o repreendi. Nem a ela, nem a mim. Ele não tinha o direito de julgar-nos. 
 - Você se submeteu a isso? A ser amante? E ela? Pensei que conhecia a Tanara, mas pelo o visto, ela não passa de...
 - Eu não vou admitir que o senhor a ofenda. - elevei o tom. - Ela não é uma safada e nem nada que vocês dois devem estar pensando. A história é muito delicada, vocês não sabem e se soubessem, não seriam capazes de entender. Por isso, não podem nos julgar! A gente se gosta e ela abriu o jogo com ele. Aliás, quando nós começamos a ficar, eles não estavam mais juntos. Ela o evitava, ele que insistia. Ele era louco, obcecado, e fazia de tudo para manter-la com ele mesmo sabendo que faltava sentimento. 
 - Vocês já estavam juntos naquela viagem, não estavam? Eu vi vocês conversando, mas me acalmei quando escutei um acordo de amizade. Você me enganou, filho! - minha mãe parecia chateada e me cortou o coração.
 - Xumba, não tivemos a intenção, eu juro. Estávamos sufocados, incomodados com você e a Érika nos cercando. A ideia foi minha; ela estava constrangida e eu também não aguentava mais aquela situação. 
 - Você tá ouvindo isso, Marizete? Ele enlouqueceu por causa de uma menina! - esbravejou. 
 - Amarildo, eu já desconfiava. Eu e Érika. - confessou. - Tanara estava dormindo fora, chegava estranha e não falava em casamento. Érika dizia que ela nunca foi dessas coisas e que teve que cuidar dos preparativos sozinha, porque Tanara não se importava. 
 - Por que você não me falou? Eu dava um jeito de acabar com essa palhaçada. - a encarou, enquanto eu liberei uma risada irônica. 
 - Ia acabar com essa palhaçada, pai? Como? A vida é minha, mesmo que soubesse, não ia fazer nada. 
 - Eu ia, seu moleque! Olha no que você se meteu! Não te criei pra isso! - se impulsionou pra frente, mais próximo a mim, e minha mãe automaticamente se meteu no meio. 
 - Amarildo, pelo amor de Deus. - implorou, desnecessariamente. Ele não seria louco de ao menos encostar um dedo em mim, não cometi nenhum pecado. 
 - Se essa história vazar, Marizete? Se o Felipe descobre? Que vergonha! - disse nervoso e eu só respirei fundo. 
 - Ele já sabe. - abaixei o olhar, mas consegui perceber sua boca abrindo lentamente. 
 - Você fala isso com essa calma, Luan? Seu filho vai me matar do coração, Marizete Cristina! Porra. - se afastou dela, nos virando as costas. 
 - Não precisa disso, pai. Está tudo bem. Ninguém sabe, isso nunca vai vazar na mídia. É a minha felicidade, foi a minha escolha. 
 - Por que, Luanzinho? - Dona Marizete entristeceu o olhar. - Um sentimento não pode ter sobrevivido por tanto tempo, com uma distância imensa. Não faz sentido. 
 - Não precisa ter sentido, eu amo ela e fim. Não precisa disso tudo, mãe. Estou tão bem agora, finalmente estamos juntos, sem empecilhos. 
 - Você não sabe o que é amor! - meu pai me encarou mais uma vez, com a voz mais calma. - Está iludido com uma menina, é apenas uma paixãozinha do passado e te deixou cego. Mas quando você acordar, cansar de brincar de recordar, vai se arrepender de tudo isso! 
 - Para de falar dela assim, eu não tô gostando.  
 - Você não tem que gostar de nada, seu moleque! Pros outros você pode ser o Luan Santana, mas aqui você é o Luan Rafael, meu filho, me deve respeito. Foi falso com o Felipe, dois cínicos chifrando o coitado. 
 - Eu não fiz por mal, mãe. Você sabe, não sabe? - foquei meu olhar em Xumba, deixando transparecer minha sensibilidade. - Eu nunca trairia um amigo assim, eu nunca enganaria uma pessoa por ruindade. Teve um motivo forte. Ela também! Ela se arrependia a cada vez que nos encontrávamos, falava que estava com a consciência pesada, que estava se sentindo mal, que ele não merecia... Eu também estava! 
 - Se estivesse, tinha cortado o mal pela raiz. - meu pai interviu.
 - Você é um hipócrita, Amarildo. Enfrentou tantas dificuldades com a minha mãe por se gostarem, pra ficarem juntos e agora não me compreende. Do mesmo jeito que você ama a Xumba, eu amo a Tatá. E igualmente a você, eu não vou desistir dela. 
 - É totalmente diferente, Luan. - respirou fundo, estava se acalmando. - Vocês podiam ter ficado juntos, mas há dois anos. Quando namoravam, quando já estavam no caminho. Agora não tem lógica! Três anos se passaram, ela se envolveu com o Felipe, você tem uma filha... Não é uma situação simples como você faz parecer. Ela é só uma menina, sem juízo. 
 - Eu pensei que você gostasse dela. 
 - Eu gosto! Sempre a vi como uma menina. Mas era madura pra entender sua vida, te fazia feliz, então estava tudo bem. Só que agora ela te meteu numa cilada, você não percebe? 
 - Não tem cilada, essa história não vai vazar, eu já falei. E ela não me meteu em nada, eu que entrei, eu quis. Ela não tem culpa de nada, que merda! 
 - Você está enfeitiçado! Vai mesmo deixar uma menina estragar a sua vida? - cruzou os braços. 
 - Chega vocês dois! - minha mãe se pronunciou. - Eu não quero ver isso aqui, um pai e um filho brigando desse jeito. Vamos conversar civilizadamente, por favor. 
 - Meu pai só me acusa, mãe. Eu não sou obrigado a ficar ouvindo! Eu já saí de casa por causa da Bruna, se ele continuar eu não ando mais aqui, é simples.
 - Ela está te afastando da sua família, Luan! - acusou injusta e novamente Tanara. Aquilo estava me fervendo o sangue, ela era inocente. 
 - Não faz isso, filho. - minha mãe me lançou um olhar piedoso. Ela sofreu muito quando eu me mudei. - Eu vou ter que concordar com o Amarildo. Não pode mudar por causa de uma mulher. 
 - Vocês vão insistir? A Tatá não me mudou, ela é maravilhosa, ela adora vocês. Ela nunca me pediu nada, nunca me forçou a nada. Parem de culpar ela. - suspirei. - Ela aceitou essa situação por mim. 
 - Eu gosto muito dela e isso não vai mudar agora; mas uma coisa muda, sim. Eu não vou mais apoiar vocês! E se depender de mim, não vão ficar juntos. - Amarildo disparou friamente, me magoando de uma forma arrebatadora. Minha mãe abaixou a cabeça e levou as mãos ao rosto, o cobrindo. 
 - Obrigado, pai. Muito obrigado. Acho que por hoje já deu, não vou mais continuar aqui. - fiz menção de andar, mas rapidamente minha mãe tirou as mãos do rosto e segurou meu braço. 
 - Luanzinho. - pediu. 
 - Deixa ele, Lizete. Deixa ele quebrar a cara! Vai querer voltar no tempo e me escutar. Vai saber que deveria ter seguido os meus conselhos, ter largado a Tanara de mão e ter ficado com a Isabel, a mãe da sua filha. - falou ameaçador, me causando uma risada sarcástica. 
 - Escuta uma coisa: você pode controlar o meu dinheiro, mas não controla e nem vai controlar o meu coração. Eu estou apaixonado, sim. Mas não é uma paixão passageira. Eu a amo. Fui apaixonado por ela, sou e sempre serei. Até tentei mudar isso, mas os planos de Deus são maiores e mais fortes que minha vontade. Nós vamos casar e por uma questão de aparências, eu vou mandar um convite pro senhor. - disse por fim, me soltando de Xumba e saindo logo em seguida, sem ao menos olhar pra trás. 


Perdi as contas das fotos 😐 Que trabalheira! 😓 Mas acho que vocês gostam desse exagero de vez em quando, então vale a pena. E agora hein?! Voltei real oficial 💥 Há boatos que o Luanzinho na parte 3 completa 27 anos, se eu fosse vocês não perdia! 😁😍 Palpites? Quero!!!!! Comentem muito, até o próximo. 🙌🏼 #beijoxqueridax #domycore