Luan's POV.
Saí muito chateado da casa dos meus país, incrédulo com a atitude de Seu Amarildo. Como ele pode preferir minha infelicidade? Voltei para meu apartamento com os pensamentos a mil: indignação, tristeza e preocupação. Tomei um banho e não tive cabeça nem para desbloquear meu celular. Mas não tive como fugir dele, já que em instantes o mesmo começou a tocar freneticamente.
- Oi, Bruna. - atendi desanimado.
- Oi, Pi. - ela respondeu da mesma forma. Não ia nem reclamar da minha frieza? - Eu já sei o que aconteceu. - explicou-se.
- Ah, sabe? - suspirei derrotado. - Não quero ser grosso com você, Bubuzinha, mas...
- Você ficou mal, não é?! Não quer falar disso, eu te conheço.
- Sim. - concordei. - Eu não sabia que isso ia acontecer, nunca imaginei essa reação dele.
- Poxa, Pi! Vocês não tomaram cuidado e o Mone zela muito a sua carreira, era esperado.
- Eu estava de férias, Bruna. Férias! Eu queria curtir e fiz isso com a melhor companhia. Não tem nada a ver com carreira, com o Luan Santana.
- Teve também o choque... Ele descobriu o caso de vocês, o que não deve ter sido fácil.
- Fez um drama, até defendeu o Felipe. - fechei os olhos, reprimindo a raiva.
- De certa forma, o Felipe foi uma vítima. Vocês dois que enganaram, mentiram. Era seu amigo, Pi.
- Eu sei que errei, mas...
- Eu sei todos os seus motivos, você gosta dela. Mas quem for ver de fora, não vai enxergar esse lado, entende? Vai enxergar falsidade, falta de caráter, traição dupla... É complicado.
- Era disso que ela tinha medo.
- Era isso que vocês já sabiam que iam ter que enfrentar! Consequências, Pi.
- Pensei em ser julgado por todos, menos pelo meu próprio pai. Ele sabe da minha índole!
- Justamente, ele sabe quem ele criou, por isso o susto enorme. E eu não acho que ele saiba do seu sentimento por ela. Para todos, tinha ficado no passado.
- Fiquei muito chateado, ele até citou a Isabel.
- Eu não queria me meter...
- Você é a mais metida nisso tudo, Bruna.
- Pi, você não acha que ele pode ter razão? Espera um pouco, deixa a poeira abaixar.
- Ter razão? - ri sarcástico. - Ele se anunciou contra nosso relacionamento!
- A Tatá já terminou com o Felipe, já está tudo melhor. Dá um tempo, Pi! Deixa as coisas se ajeitarem, Mone refletir e mudar de ideia...
- Não, Bruna. Eu já esperei demais! Não vou perder tempo só por medo do que vão pensar, dizer. Eu tenho certeza que essa história não vai vazar, o Felipe não seria corno manso ao ponto de abrir a boca.
- Será? Você foi um idiota com ele, podia ser uma forma de vingança.
- Não estou nem aí! Se vazar, assumimos e enfrentamos juntos. Se não vazar, eu só voltei com a minha ex-namorada porque não esquecemos, porque apesar do tempo, o sentimento continuou aceso. Vamos casar, recomeçar! Eu estou solteiro desde que terminei com ela, é óbvio que ela foi especial; ninguém vai estranhar nada, até porque é a verdade. E se estranharem, estou...
- Foda-se, eu sei. De repente você só quer saber de ficar com a Tanara, não pensa mais em nada. - falou como se me repreendesse.
- O que quer dizer com isso, Bruna?
- Nada, Luan. Nada que eu disser vai adiantar! Faz como você preferir, você é dono do seu próprio nariz. - desligou. Ela desligou na minha cara? Atrevida.
Tanara's POV.
Voltamos de viagem um pouco receosos. Nos expomos muito e com certeza teríamos problemas. A primeira que eu enfrentei foi Érika. Não fui direto ao ponto e ela não perguntou nada, como se soubesse que eu mesma iniciaria o assunto. Quando essa hora chegou e eu abri o jogo, ela não pareceu surpresa. Confessou que já desconfiava, mas sua expressão era desgostosa. Sim, devo citar que só não discutimos porque eu permaneci calada. Ela afirmou não gostar do que fizemos, que era errado e inaceitável; quanto à ficarmos juntos de agora em diante, ela se assumiu imparcial. Nem contra, nem a favor. Queria ver aonde daria, mas estava muito decepcionada com nós dois. Fiquei mal, e caladinha, subi para o meu quarto. Eu sabia que seria assim e sabia também que tristeza seria inevitável. Os mais próximos que sabiam do meu noivado com Felipe exclamavam surpresa com a minha 'pressa' em arranjar outro, sentia as ofensas mesmo sendo mandadas indiretamente, como reprovações. Quem já sabia do meu caso com Luan, como Cristina, nos chamava de loucos; ora, "ASSUMIR ASSIM? COM ESSA PRESSA?". E quem não sabia de nada (no caso as fãs) comemorava 'a volta de lunara depois de dois anos', reclamava a mesma coisa ou simplesmente comentava sobres os acertos de Priscila. "Uau, ela estava certa!". Entre tudo isso, eu respirava fundo.
Me permiti dormir o resto dia todo e nem falei com o meu amor. Na manhã seguinte, eu contava os detalhes da viagem para minha irmãzinha e mostrava-lhe as fotos, que ela com inocência, admirava empolgada. Minha mãe continuava estranha comigo, o que continuava a me chatear. De tarde, liguei para minha avó. Meu refúgio.
Praticamente escondida para ninguém ouvir meus desabafos, lhe contei tudo. Tudo que aconteceu, que estava se passando, que eu estava sentindo; ela como sempre sabia as palavras certas e me aconselhou à correr para os braços dele, ignorar todas as críticas. Defendia a ideia de que só o que importava era minha felicidade e eu teria que lidar com essas horríveis consequências, já que me envolvi sabendo. Agradeci por tudo e com o coração apertado de saudades dela, logo em seguida liguei para Loli.
- Oi meu amor. - ele atendeu carinhoso, como sempre.
- Oi, coisa linda. - sorri. Sua voz me acalmava de uma forma sobrenatural.
- Aconteceu alguma coisa? Tá com a voz tristinha. - preocupou-se. Eu realmente não o mereço.
- Não, nada demais. Está aonde?
- Agora em casa. Mais cedo fui ver meus pais.
- Ah, foi? E aí? - perguntei um pouco apreensiva.
- Ah, amor... Normal.
- Eles não falaram nada das fotos?
- Não. Acho que esperaram que eu mesmo contasse.
- Você não contou?
- Tô esperando uma boa oportunidade.
- Eu contei pra minha mãe. - suspirei. - Ela me criticou.
- O que ela disse?
- Um monte de coisa, Loli. Mas eu sabia que teria que aguentar isso! Só que por mais que todos estejam julgando, por ser ela, me doeu mais, entende?
- Entendo, completamente. - suspirou estranho.
- Aconteceu alguma coisa que você não quer me contar, amor? - desconfiei.
- Claro que não, só que eu entendo. Estou nessa junto com você, Tatá, é óbvio que eu seja a única pessoa que te entenda.
- Tô me sentindo mal, até liguei pra vovó pra ver se melhorava.
- A vovó dá colinho, bebêzinha? - zoou-me.
- Por que você não vai se ferrar? - retruquei, nos causando uma risada sincronizada. Ele me fazia bem. Teríamos que aceitar que, agora, mais do que nunca, tínhamos que estar unidos; seria só nós dois.
- Vem pra cá. - pediu manhoso.
- Só se for pra ela me matar, né?! - ele riu. Que feio Luan Rafael, rindo da desgraça alheia! - Agora que ela sabe pra onde eu ia sempre, se eu sair não entro mais.
- Vem morar comigo, meu apartamento já está acostumado com você.
- Apressado! Já está assim?
- Tem que ser, muié.
- Vou pensar no seu caso, tudo bem?
- Pensa com carinho no seu Lolizinho.
- Tá carente?
- Você não nasceu pra ser muié, sua grossa. Eu aqui todo bonitinho...
- Você quer transar, só isso. Aliás, eu sempre te achei meio viado, mesmo já época de fã; será que vou ser o homem da relação?
- Então vai arranjar um que não seja viado, Tanara. Sua anã. - desligou na minha cara. É, desligou na minha cara e eu só conseguia rir.
•
Os dias passaram naquela mesmice. Notícias, confusões, questionamentos, críticas... Felipe não deu mais as caras e eu até agradeci por isso. Estava perturbada demais para aguentar mais esse problema. Luan me pedia sigilo, coisa da sua equipe. Mas de resto, continuávamos normais e apaixonados. Infelizmente foram poucas as vezes que nos vimos depois da viagem, já que ele estava curtindo o resto das férias com a família e a filha. Eu respeitava e aceitava, por mais que estivesse passando pelo o momento que mais exigisse a companhia dele. Então, me distraía no meu blog, nos meus compromissos como blogueira (que até então era minha profissão, meu emprego). Para piorar só um pouco a situação, Tio Marcos veio para São Paulo passar uns dias na casa da irmã. Legal, né?! NÃO. Ele nunca aceitou o Luan e lembro-me bem das suas implicâncias, da sua bajulação com o Erick. Entretanto, contrariando minhas expectativas, ele sequer tocou no assunto. Fiquei realmente muito surpresa e só me restou agradecer aos céus. Não foi de todo mal, já que antes dele vir ele pôde avisar sua chegada e me dar uma ideia. Minha avó simplesmente tinha mãos de fadas e arrasava em tudo que fazia na cozinha. Lembrei que ela sabia fazer (também arrasava) pamonha e o Luan, o chato que ela tanto amava, nunca tinha provado da sua pamonha. Ele era louco por pamonhas, como isso nunca aconteceu? Antes do Tio Marcos viajar, pedi para Dona Fátima fazer algumas e mandar com ele. Sou dessas? É, sou dessas. Meu amor amaria e eu já sabia a ocasião perfeita para ele provar.
Estão curiosas? Hum, pois eu lhes conto agora: seu aniversário. 13 de março, um dia esplendidamente especial, chegou. Meu amor faria 27 anos, dá pra acreditar? Exato, não. Justo nessa data, ele voltaria para os palcos; faria seu primeiro show depois das longas e descansadas férias.
Luan me explicou como tudo funcionaria. O show do dia 12 para o dia 13 seria em Brasília. Ele me convidou para ir com ele, mas como estávamos num momento delicado quanto às fãs, eu neguei e ele depois de pensar melhor, concordou comigo. Então, só quem o acompanharia seria Marquinhos e Douglas, seus fiéis amigos e grudes. Eu admirava bastante aquela amizade, achava-a linda. Me contou também sobre a sua briga contínua com Isabel. Ele queria passar esse dia ao lado da filha, mas ela não deixou a menina viajar para o show. A sua família havia alugado uma chácara em Campo Grande e depois do show, ele iria pra lá; então, pediu que a menina fosse para a chácara. Ela concordou, mas uma condição nada vantajosa para Luan: Isabel teria que ir junto. Será que essa cara de pau não se tocava? Ele negou prontamente. Seria só família, ela não caberia. Além do mais, segundo o meu 'namorado', fora Seu Amarildo, ninguém a suportava. Condição negada, Laura não passaria com ele. Mas como ele já tinha passado boa parte das férias com ela, não viu problema. Fato que fez Isabel iniciar outra discussão, como sempre criticou sua paternidade. Ele me contava com uma impaciência, uma exaustão que me deu até pena. Será que ele não ia se livrar daquela louca nunca? Enfim, prosseguindo, Loli praticamente me obrigou a comparecer na chácara. Eu achava um pouco precipitado, mas ele afirmou que todos já sabiam e era a oportunidade perfeita para nos apresentarmos como um casal oficialmente. Aceitei, até porque se não fosse assim, eu não o veria no seu aniversário. Estava morrendo de saudades, contava os segundos.
Tudo combinado, eu fui atrás do seu presente. O que dar pra ele? Era complicado, por mais que eu o conhecesse perfeitamente. Lembrei do que ele havia me dado no meu aniversário e porra, esse cretino sempre acertava, como eu iria supera-lo? As pamonhas eu já tinha, mas aquilo não era bem um presente. Pensei, pensei e simplesmente observando o meu quarto, achei o ideal. Nunca narrei para vocês, então absorvam bem a novidade (nem tão nova assim)! Depois daquele domingo, dia 18, que eu pus um fim definitivo na nossa história, eu tive uma ideia. Um pouco contraditória, pra quem desejava esquecer. A nossa história era diferente, estranha, louca e hum... linda? Por mais que tivesse morrido (naquela época eu estava certa disso), não merecia ser apenas uma vaga lembrança. Comprei um livro em branco: sem capa, sem uma palavra sequer. Peguei uma caneta e comecei a lembrar como eu o conheci, como ele se tornou uma pessoa tão especial mesmo estando tão longe. Numa uma ação involuntária, eu fui escrevendo. Descrevi detalhadamente o dia que eu entrei no seu camarim, em 2010. Como ocorreu, como eu consegui, como eu estava, o que eu sentia; falei tudo explicitamente. Uma sensação boa me dominou enquanto eu escrevia e então eu descobri que aquilo não pararia ali. De repente cheguei em 2013, no dia em que eu esbarrei nele, na batida. É, eu me empolguei e passei a escrever todo dia. Às vezes escrevia pouco, às vezes muito... Dependia muito da minha disposição, se eu estava desocupada ou até mesmo da inspiração; nosso envolvimento tinha que ser narrado em boa qualidade. Essa brincadeira dura até hoje e eu também contei essa 'segunda fase'. Quando decidi dar aquele livro para Loli, me apressei em atualiza-lo, para deixá-lo com fatos em tempo real. Parei exatamente descrevendo o dia 12 de março de 2018 e claro, explicando que agora quem contaria nossos novos rumos, nossa história daqui pra frente, seria ele. Não sabia se ele realmente faria aquilo, mas escrevi mesmo assim, já que de todo jeito eu não retornaria àquela escrita.
Agora eu tinha pamonhas e um livro. Bom, mas ainda insuficiente. Lembrei então que ele era um menino arteiro, um crianção. A ideia veio de repente: um drone. Aquilo na mão dele seria um perigo, mas ele com certeza se divertiria muito.
Pamonhas, livro e drone. Muito bom, mas ainda sim sentia falta de algo. Pensei no seu lado gordo, no romântico e no criança. O que faltava? SEU LADO CACHACEIRO! Claro, Luan adorava uma cerveja. Como você é inteligente, Tanara! Corri para comprar junto do drone, uma chopeira.
Com o combo perfeito nas minhas mãos, fui arrumar a mala. Ele estava indo pro show e não parava de falar comigo no WhatsApp, todo bobo, ansioso para as surpresas. Teve que largar o celular para cuidar dos preparativos e infelizmente não pôde ver minhas mensagens de "parabéns", enviadas exatamente às 00:00. Foi visualizar mais ou menos uma hora depois, com certeza depois de encerrar o show. Me agradeceu todo carinhoso e avisou que estava de saída e com certeza teria fãs para atender pela van. Eu assenti e comuniquei que estava sem sono, ou seja, depois de livre podíamos retomar nossa conversa. Entre nós dois havia muita reciprocidade e quando eu parava para pensar e perceber aquilo, me via encantada.
- Dá pra você deixar de ser aperreado? Eu não tenho culpa se só tinha voo pra essa hora. - respondia Luan, que estava impaciente do outro lado da ligação.
- Olha, se você não vier... - respirou fundo. - Eu sabia que devia ter te obrigado a ir pro show!
- Meu amor... - tentava acalma-lo, com uma vontade imensa de rir do seu medo.
- Não vem com meu amor, não, Tanara. Você é uma tratante, mas não vai me enrolar.
- Deixa de ser louco, Loli! Eu estou arrumada, já indo pro aeroporto.
- Mas já são cinco horas, daqui a pouco anoitece.
- Quanto drama, meu Senhor. - pedia paciência aos céus.
- Vai curtir sua família, vai. Eu ligo assim que chegar no aeroporto e pego um táxi.
- Eu vou te buscar.
- Não precisa.
- Precisa sim.
- Não, amor.
- Sim!
- Luan Rafael! - revirei os olhos. - Você vai ficar aproveitando seu aniversário e eu vou de táxi.
- Tchau, Tanara! Não demora, por favor. - desligou emburrado. Vê se pode!
Luan's POV.
Dentre tantos problemas, meu aniversário estava sendo um dia tranquilo e feliz. Estava me sentindo muito especial com tantos mimos, homenagens e declarações. Cantaram parabéns pra mim em Brasília durante o show e durante o atendimento. Minhas fãs eram as coisas mais lindas do mundo! Minha Tatá mandou mensagens logo quando deu meia noite, mas eu só pude respondê-la depois. Seu cuidado, seu jeito, só me fazia amá-la ainda mais (se é que isso seja possível). Minha filha só me ligou depois do almoço e mesmo tão pequena foi fofa. Não pôde passar essa data comigo por causa da mãe, uma doente histérica. Minha família estava se dedicando muito, o que só me deixava mais completo. Tatá não quis ir para o show e então viria direto para cá, o que começara a me incomodar. Estava aflito com sua demora! Já se passava das 19h00 e eu conversava com meus amigos, sem largar o celular na esperança que ela me ligasse avisando sua chegada. Sentia meu WhatsApp travar mesmo sem abri-lo, meu Instagram então! Ou seja, única rede social livre para xinga-la era o SnapChat. Não pensei duas vezes antes de entrar e imediatamente, vi seu nome. Pressionei sua história e minha tela foi tomada por uma foto linda. Não sabia lidar com a beleza dessa cretina!
Quer dizer que ao invés de ir de uma vez pro aeroporto, ela fica gastando tempo com foto no espelho? Viciada! Ê minha nossa senhora, me dá paciência. Printei a foto e coincidentemente, na mesma hora, o celular começou a chamar avisando que ela me ligava.
- Oi, meu amor. Cheguei, viu?! Estou no táxi.
- Amém, né, muié? Mas eu falei que ia te buscar. - bufei e ela riu.
- Eu sabia que se eu ligasse no aeroporto, você insistiria para vir. Qual o endereço mesmo?
- Espertinha, né?! - neguei com a cabeça e logo fui atrás de Xumba, para me explicar e eu repassar. Falei tudo e a ouvi repetindo pro taxista. Trocamos mais duas ou três palavras e eu desliguei. Estava morrendo de saudades, não via a hora de tê-la pessoalmente.
- Ela já chegou? - minha mãe perguntou, com um sorrisinho de lado. Eu só assenti com a cabeça, também contendo um sorriso bobo. Para estragar nossos sorrisos, meu pai se aproximou rapidamente, já com o veneno na ponta da língua.
- Então você está mesmo disposto a escancarar a sem-vergonhice de vocês?
- Pai, se o senhor tratar ela mal, eu levo ela daqui. - avisei de uma vez, firme. Estava falando sério, não ia admitir nem uma cara fechada!
- Ele não vai fazer nada, Luanzinho. - minha mãe olhou-o intimidadora. - Não é, Amarildo?
- Nunca trataria ninguém mal e eu gosto dela. Além do mais, é seu aniversário, seu dia, você faz o que quiser. - dei de ombros e eu apenas me afastei. O dia estava maravilhoso demais para me estressar com ele.
Um curto tempo depois, Tatá me enviou mensagens contento o aviso que estava próxima e logo um dos meus primos avistou um táxi na entrada. Corri para pegar o dinheiro do táxi, enquanto Bruna já ia recepciona-la. Quando voltei com o dinheiro, vi apenas minha irmã abraçando-a, nem sinal do carro. Era irônico, mas elas não se odiavam como antigamente. Acho que só um pouco!
- Uai, cadê o táxi? - perguntei intrigado.
- Eu paguei e ele foi embora. - Tatá respondeu soltando-se da minha irmã, como se fosse o óbvio. Odiava essa marra dela!
- Mas eu ia pagar, Tanara. - olhei feio e ela riu, vindo me abraçar.
- Feliz aniversário, meu amor. - esticou-se para selar meus lábios.
- Não mereço segurar vela, por isso já vou na frente. - Bruna resmungou, enquanto o cheiro da minha menina me dava as melhores sensações.
- Obrigado, minha linda! - respondi derretido. Como eu ficava gay perto dela!
- Será que existe aniversariante mais marmotoso? Eu acho que não. - não demorou para começar a zoar minha roupa. - Que look é esse, amor? - riu, enquanto alisava.
- Tô gatão, to gatão. - me gabei e ela riu mais ainda.
- Cadê o Marquinhos?
- Cê chega e já vai perguntando pelo o Marquinhos, Tanara? Que porra é essa?
- Deixa de ser paranóico! - mostrou a língua.
- Vem, vamos entrar. - peguei suas malas e fui guiando para onde todos estavam.
Lhe apresentei, mesmo com todos já a conhecendo. A frase "minha mulher" se repetia diversas vezes e todos a cumprimentava com um sorriso, um aperto de mão ou um abraço. Pela primeira vez na vida vi Tanara tímida e estava adorando aquilo. Ela abraçou minha mãe forte, já tinham uma intimidade. Pude ouvir um "meu bebê está crescendo, Tatá" e ela caiu na risada. Fomos guardar suas coisas no meu quarto, aonde ela ficaria, e ela aproveitou para manifestar seu constrangimento.
- Amor, você é louco? Me deixou com vergonha. - se queixava.
- Por quê?
- Repetindo várias vezes que eu sou sua mulher! - sorria negando.
- Mas você é minha menina, minha mulher. Tenho que frisar mesmo! - beijei seu rosto e ajeitei as malas num canto do quarto.
- Tinha esquecido como sua família é simpática. Mas meu Deus, hoje está lotado!
- Ih, muié. Juntou foi tudo! - ri. - Pronto! Já podemos voltar.
- Você não tá esquecendo de nada, Luan Rafael? - levantou as sobrancelhas, com os braços cruzados.
- Não. Tô? - cocei a nuca. Ela semicerrou os olhos e eu lembrei. - Ah... - me aproximei, sorrindo, e selei nossos lábios. - Era isso, não era?
- Não, seu bobo. O presente, né?! Tenho várias surpresas pra você! - piscou, me deixando curioso.
- Uia, precisava não Pikitinha.
- Senta aí. - apontou para a cama, que estava mais próxima. Só me restou obedecer. Sentei olhando-a abrir uma mala e tirar algumas coisas de dentro.
- Você sabe que eu sou meio indecisa...
- Meio?
- Tá, eu sou muito indecisa, por isso eu resolvi te dar quatro presentes!
- Quatro? Êlamor, Tatá. - tomei um susto.
- Cala a boca! Um deles é comida.
- Você trouxe comida? - me permiti rir.
- Não é qualquer comida! É uma comida feita pela Dona Fátima.
- Sério?
- Sério! Veio de Fortaleza, queridinho. E você adora...
- Mostra logo!
- Pamonha! - estendeu o treco que estava guardando aquela comida. Tenho quase certeza que meus olhos brilharam e eu imediatamente tomei o trem da sua mão. Ia abrir, mas ela me impediu.
- Não é pra eu comer, amor?
- Não, agora, não! - tomou da minha mão. - O segundo eu trouxe pensando no seu lado criança...
- Eu sou maduro, Tanara. Estou completando 27 anos, poxa! - fiz bico e ela mordeu o mesmo.
- Tenho certeza que você vai gostar, só não machuque ninguém. - estendeu uma caixa e quando eu a li, nem acreditei.
- Um drone, sua louca? - comecei a rir, feito uma criança mesmo. Aquilo era massa demais!
- É! Gostou?
- Eu amei, cara. - ia abrir, mas ela me impediu novamente. - Dá pra você parar, sua chata? Me dá os trem e eu não posso usufruir?
- Deixa de ser afobado! Eu posso terminar de mostrar todos, pelo menos?
- Pode. - bufei, revirando os olhos. Duvido que qualquer um deles seja tão legal quanto o drone! Ela logo pegou outra caixa e começou a explicar:
- Esse aqui eu comprei pensando no seu lado cachaceiro, você é quase um alcoólatra, então... - entregou-me e eu rapidamente li: Chopeira. Ela estava brincando comigo, né?!
- Caralho, não acredito que você comprou isso. - sorria, incrédulo. Ela era a melhor!
- Não sei se estou alimentando seu vício e talvez você morra de cirrose; mas saiba que se você morrer eu fico viúva, rica e arranjo um boy bem novinho! Então, não morra. - piscou, sorrindo cínica.
- Idiota. - mostrei a língua e ela riu.
- Gostou, amor?
- Eu amei, cara. Isso é muito legal! - eu realmente tinha amado tudo até agora. - E cadê o último? Quero que acabe logo pra eu poder abrir. Comprou pensando em qual lado meu? - falei fazendo charme.
- No seu lado romântico! - suspirou, pegando um embrulho. - Abre. - entregou-me e eu não demorei para começar a rasgar aquela embalagem.
- Um livro? - franzin a testa.
- Não sei como explicar, mas vou tentar resumir. Quando terminamos la em Fortaleza...
- Quando você terminou comigo.
- Enfim, eu fui lembrando de como tudo aconteceu, do quão incrível foi e... Eu escrevi tudo aí, amor.
- Cê escreveu, aqui? - abri o livro na mesma hora.
- Contei nossa história, pelo menos até ontem. Hoje por exemplo, você que vai ter que escrever. - pôs as mãos na cintura e meus olhos se arregalaram. Li o começo rapidamente e meu coração simplesmente disparou.
- Eu não sei o que falar. - a olhei boquiaberto. Eu estava muito impressionado, desacreditado.
- Promete pra mim que você vai contar tudo bonitinho de agora em diante, do jeitinho que eu fiz! Tem muitas páginas em branco, pode ficar à vontade. Só não vale mentir, certo? Tenta decifrar meu lado também.
- Você é incrível. Obrigado. - soltei o livro e lhe agarrei, bruscamente. - Eu sou louco por você. - me declarei, enquanto ela ria da forma que eu a segurava. Então lhe roubei um beijo.
Ficamos nos beijando por alguns minutos e logo ela despertou para a realidade. Tínhamos que aproveitar minha festa, ao lado dos meus parentes e amigos. Era muita felicidade! Descemos de mãos dadas e então ficamos no meio de todos. Ela conversava com Jéssica, Amanda, Bruna... Enquanto eu cantava com os meninos. Marquinhos estava inspirado, cantava demais e para implicar comigo, brincava dedicando algumas músicas para Tanara. Ela correspondia, não menos palhaça, fazendo rir qualquer um que prestasse atenção. Eu peguei meu celular e comecei a gravar aquele momento. Na hora que mechamaram para cantar, pedi ao meu amor que gravasse e assim ela fez.
Depois, passei a cantar com Marquinhos. Escolhi uma música, agora sim, para ela. "É o amor", de uma dupla que também fez parte do nosso começo: Zezé e Luciano. Ela gravava e eu cantava, às vezes lhe olhando, já que vários nos olhavam e eu não queria parecer o idiota apaixonado que eu era.
Depois, meu favo de mel. Mesmo cantando eu podia percebê-la toda boba, porque ela se derretia com essas coisas.
Minha mãe lhe chamou para algo que eu não entendi e ela me devolveu o celular. Continuei a cantar, agora sem ser gravado. Quando ela voltou, eu cantava "página de amigos" e eu mesmo gravava. Eu sabia que ela adorava aquela música e fiz questão de encara-lá.
Depois, larguei o microfone e me preocupei em registrar o mico que meus amigos estavam passando. Eu e Tatá combinávamos até no fato de achar desnecessário "grude à todo momento". Curtimos com todos.
Na hora que Xumba e Bruna vieram com o bolo, também não deixei de gravar. Tatá preferiu cantar do meu lado, mas atrás do celular, para não ser clicada. A mais exibida se escondendo, dá pra acreditar? Foi tudo massa demais, estava em êxtase com tantas energias, sensações, boas. Tive literalmente muita felicidade, meus 27 anos chegaram da melhor forma.
A bagunça acabou tarde e eu já não estava mais tão sóbrio. Tatá ria de mim depois de nos despedirmos de todos para 'dormir'. Que dormir o quê, eu vou é aproveitar minha muié! Entrei no quarto beijando-a com um certo desespero, enquanto ela ria como nunca. Minha touca já estava no chão e então eu tirei sua jaqueta. Depois a minha e o meu tênis. Ela se livrou da sandália, mas não parecia me levar a sério.
- Para com isso, menino! - se esquivava dos meus beijos. - Seu bêbado. - afastava meu rosto com a mão.
- Eu só tô feliz, amor. - mordi sua bochecha. Ela continuava rindo do meu estado. Resolvi parar e falar sério. Peguei em seu rosto e liguei nossos olhares, enquanto ela continuava com um pequeno sorriso. - Eu tô tão feliz, Tatá.
- Você merece, meu amor. - alisou minha barba.
- Você faz parte, você me faz muito feliz. Sabe, não sabe?!
- Eu sei. Você também me faz muito feliz!
- Eu te amo. - alisei seu rosto.
- Eu te amo muito, meu leãozinho. - com certeza se referia ao meu cabelo bagunçado.
Meu olhar cruzou com o seu em um piscar de olhos. Seus olhos eram lindos, cheios de verdade e intensidade. Não conseguia desviar. Tanara me olhou um pouco tímida e sorriu, meio sem graça, com um olhar tão íntimo, e eu não me segurei. Aproximei nossas bocas e a tomei pra mim, fazendo nossas línguas brigarem por espaço. Seus lábios macios me hipnotizavam e eu podia jurar que me deixavam mais tonto do que eu já estava. À medida que puxava seu corpo pra mim e minhas mãos passeavam nele todo, o tesão foi crescendo entre nós dois. Com cuidado tirei sua blusa sem descolar nossos lábios que se tocavam mais uma vez. Depois, acariciei seu cabelo entre o nosso beijo quente. Não queria desgrudar nossas bocas nunca mais, mas aquilo não era suficiente pra mim.
Queria mais intensidade.
Quando me afastei de sua boca, Tanara me olhou sorrindo. Passei a rodear ela, observando o quão linda, o quão minha ela era. Parei em suas costas e com as duas mãos acariciei cada um de seus ombros; desci lentamente pela extensão de seus braços. Conseguia sentir sua pele se arrepiar sob meu toque, e usei isso ao meu favor, explorando o toque lento.
Peguei suas mãos com calma e acariciei elas também; finalizei com um beijo na nuca. Tanara se contorceu e agarrei forte sua cintura, a colando ao meu corpo e a imobilizando ainda de costas pra mim, enquanto sua bunda pressionava bem meu membro.
- Você é minha. - disse com a voz já um pouco rouca de desejo. - E hoje quem manda sou eu.
Ouvi seu suspiro e ela não respondeu. Quando senti que seu corpo já estava mais rendido, a soltei um pouco e com uma mão ágil ergui sua blusa de uma vez, me arrependendo por um momento de estar de costas e não conseguir ver seus seios naquele momento. A sua calça também lhe caia muito bem, mas era uma pena que não por muito tempo.
Sem muito esperar, assim que descolei nossas bocas, andei um pouco e empurrei Tatá pra cama, ainda de costas. Ela caiu de bunda pra cima, então tirei aquela peça que cobria demais. Enquanto a mesma olhava pra trás apoiada nos cotovelos, alisei sua bunda, só coberta por uma calcinha minúscula que mal tapava nada. Depois apertei. Ela deu um sorriso pervertido, e eu retribui. Sem pensar, dei um tapinha na nádega direita enquanto mordia os lábios já louco de desejo. Tatá me olhou surpresa, mas sorriu.
Em seguida, virei minha garota, a deixando deitada de barriga pra cima no meio da cama, com uma das pernas flexionadas e um sorriso malicioso no rosto. Me aproximei meio que de joelhos.
Alisei sua perna toda, do pé até a coxa; e quando foi pra fazer o caminho inverso, peguei só o dedo indicador e desci por toda a extensão, fazendo o mesmo caminho, só que com força dessa vez.
Tanara me olhou surpresa. Estava sendo bruto e não tinha intensão de mudar isso. Aquilo estava me excitando muito, comandar estava me deixando pirado.
Assim que terminei o trajeto, olhando a marca que deixava em sua pele, voltei fazendo o mesmo até a coxa e sem ela esperar, dei um novo tapa com mais força dessa vez; marcou um pouco meus dedos. Tatá se assustou. Arregalou os olhos e soltou um gritinho, tão baixo e excitante quanto um gemido. Eu sabia que não estava machucando ela. Dessa forma, o seu gritinho foi como um combustível pra mim. Soltei um sorriso pra ela, e em seguida me abaixei um pouco e beijei todo o local, em cada ponta do meu dedo. Ela ficou sem entender nada, e confusa, me olhou com os olhos cheios de dúvidas.
- O que eu fiz? - não resisti a soltar um sorriso. Aquilo se acendeu dentro de mim.
- Nada minha linda.
Me aproximei de sua boca para voltar a beija-lá, mas minha mão voltou à sua perna, fazendo a mesma coisa que segundo atrás fiz com o meu dedo. Descia e subia ele por toda sua perna, "rasgando" sua pele; depois voltava alisando.
Durante o beijo Tanara soltou um pequeno gemido e desgrudou nossas bocas.
- Não estou entendendo. - disse, ainda com aqueles lindos olhos, me olhando com tamanha intensidade.
- Você confia em mim?
- Por que isso agora? - perguntou levando suas mãos ao cós da minha calça, mas eu peguei nela e segurei, enquanto ainda apertava sua coxa.
- Responda. Confia em mim?
- É claro que sim, mas...
- Me permite? - perguntei, olhando dentro dos seus olhos enquanto voltei a botar força nos meus dedos e apertar sua perna. - Se não for bom pra você, eu paro... Mas olha, é só pro nosso prazer. Não estou te machucando, estou? - perguntei erguendo uma das minhas sobrancelhas.
- Sou louco em você, no seu corpo, em tudo que tem seu cheiro. - disse agora levando minhas mãos pra um de seus seios e acariciando.
- Eu confio em você. - falou com a voz baixa, tomada de tesão. Olhei pra ela um pouco surpreso e sorri, encantado por saber que tinha ela nas minhas mãos.
Passei então a acariciar sua perna e voltei a beijar sua deliciosa boca, tomando ela pra mim.
Tanara levou as mãos até minha nuca e passou a puxar com delicadeza meu cabelo durante nosso beijo. Levei minha mão em sua cintura e apertava ela de leve. Então, levei a mão até seu seio ainda por cima do sutiã e ela me apertou mais. E num ato inesperado, desesperada por um toque, me arranhou as costas.
Parei tudo que fazia no momento, olhando ela me suplicar com o olhar, e então sorri, passando os dedos por seus lábios que estavam bem avermelhados.
- Tudo que você fizer comigo, eu vou fazer três vezes pior com você.
Ela me olhou ainda confusa e tentou me puxar pra mais perto, ainda apertando suas unhas nas minhas costas cobertas por uma camisa branca, fina.
- Passei por uma situação constrangedora quando você me deixou marcado naquele dia, não quero novamente. Você entendeu?
Tanara somente assentiu com a cabeça. Por um lado eu sabia que ela não ia cumprir nosso pequeno "acordo", o que me deixou bem animado. Continuei a acariciar os seios dela, agora tirando o sutiã. Brinquei um pouco com os bicos, provocando, e ela mearranhou os braços dessa vez, deixando uma leve marca das suas unhas. Sem dizer mais nada, tirei minhas mãos de seus seios ouvindo protestos e as grudei nas suas coxas, apertando forte, até minha garota soltar um gemido de dor em protesto no meio de um beijo que eu lhe dava.
Passei a fazer o jogo. A cada marca que ela me fazia, eu fazia mais forte nela.
Passei a beijar seu pescoço, com toda a paciência e calma do mundo, excitando, provocando. Ela tinha o rosto no meu ombro, e num ato inesperado, deixou um chupão em decorrência de um beijo que a arrepiou toda. Sem pensar, colei meus lábios no seu pescoço e chupei com vontade. Podia apostar que ficaria roxo no dia seguinte, mas acordo era acordo. Tatá reclamou num sussurro, mas voltei a beijar sua boca, sem deixar ela chiar mais.
Em seguida, estiquei ela na cama e levei minha boca até seu seio direito, chupando com intensidade. Passei a língua e ela apertou meu cabelo. Depois entrou com as mãos dentro da minha camisa e acabou me arranhando, bem mais forte dessa vez. Parei novamente o que fazia e olhei sério para ela, que ficou surpresa.
- Foi sem querer. - me olhou sapeca, com malícia e sorriso, como quem pede pra ser castigado. E eu tive a melhor ideia que poderia ter se passado pela minha cabeça naquele instante.
- Vai mais pra trás!
Guiei seu corpo até encostar as costas dela na cabeceira da cama. Tinha o olhar ainda de quem não tinha sacado meu jogo, mas sorri e me afastei, tirando a camisa e jogando longe, preparado pra entrar naquilo de cabeça.
Fiquei de joelhos perto dela, bem na frente de sua perna, peguei a direita com toda a delicadeza do mundo, levantei um pouco e me inclinei na direção. De certo ela achou que eu beijaria, mas, quando Tatá menos esperou, mordi sua canela, fraco, e fui subindo por toda a extensão lentamente. Ela me olhava rindo, só fazia cosquinhas. Mas, quando cheguei em sua coxa, entrei um pouco pra lateral interna, e mordi com vontade, deixando a marca do meu dente da sua pele branquinha.
Tanara gemeu alto e arqueou as costas enquanto eu a olhava com satisfação.
- Eu avisei, não avisei? - sorri, beijando seu rosto e rindo. - Está me desobecendo desde o começo já.
- Foi sem querer, droga. Não faz isso... - pediu manhosa, fazendo biquinho.
- Poderia lembrar que eu te amo e ter pena de você. Mas, meus dentes estão loucos para provar da sua pele... - disse alisando o local que eu havia mordido, mas me abaixei novamente e mordi perto, ainda mais forte que da primeira vez, ouvindo um gemido mais alto dela, seguido de algumas reclamações enquanto passei a morder a outra coxa também.
A cada vez que me afastava e olhava as marcas da minha boca, eu ficava mais satisfeito. Sorria pra ela, que me empurrou de leve.
- Chega né... - riu.
Me aproximei pra beijar sua boca e ela virou o rosto.
- Não, sai, você é sem graça, foi sem querer.
Fiquei com o rosto em seu pescoço, controlando minha vontade de morder ali também. Ri das suas reclamações e sem esperar, peguei seu cabelo com força fazendo ela me encarar. Olhei dentro do fundo dos seus olhos e sorri.
- Você só esqueceu, que quem manda hoje sou eu!
| Continuação bloqueada |
Depois daquele dia incrível que todos me proporcionaram e uma noite maravilhosa e diferente, eu e meu amor dormimos agarradinhos. Acordamos tarde e então eu fui usufruir meus presentes. Provei as pamonhas e fiquei apaixonado. Brinquei com o drone e guardei a chopeira e o livro. Esses eu queria ver só no meu apartamento, requeriam mais atenção. Também olhei as marcações no meu Instagram, que Tatá também estava incluída.
tataccioly Fotinha velha, porque eu sou dessas! 💁🏻 Feliz aniversário, meu cantante. Não preciso repetir o que já falei pra você, né?! 😍😌 Não brinca comigo, porque eu sei que não é 27. É 18 e você tem música nova pra galera. 👯✨🎤 Eu te amo muito, parabéns! ❤ @luansantana
Voltei para a minha rotina e Tatá voltou para a dela. Só que eu estava agoniado com aquela nossa situação! Estávamos sendo o quê? Namorados? Não, é inadmissível. Para mudar isso, eu já sabia o que fazer. Descobri o dia do show do Bruno&Marrone em São Paulo e como era um dia que eu estava 'de folga', não havia show, eu não pensei duas vezes antes de cismar com ele. Iria e comigo iria Tatá! Ela era louca por eles e as músicas deles simplesmente marcaram e marcam o nosso amor. Lembrei que uma vez, eu havia prometido que a pediria em casamento num show deles. Promessas são dívidas, certo? Achei até o anel que eu tinha comprado pra ela ainda em 2015, ele era especial, merecia ser usado.
Quando a convidei, ela simplesmente surtou. Nem pensou em nada, só aceitou pulando de alegria. Era até injusto: ela era tão fã e nunca tinha ido em um show sequer. Tudo pronto, chegou o dia! Me arrumei como uma mulher, demorei caprichando. Era um dia especial, eu tinha que estar perfeito para ela. Só que acabei vacilando logo de cara! Dentro do carro percebi que havia esquecido o anel, mas já estava atrasado, não podia voltar. Mas não deixaria de fazer o pedido! Voei para buscá-la e quando a vi, minha boca foi ao chão. Ela estava deslumbrante, linda demais. Entrou no carro e me cumprimentou com um selinho. Fomos conversando e ela contava como estava ansiosa. Chegamos um pouco atrasados, já que eles já cantavam. O que não diminuiu nossa empolgação! Nos dirigimos ao camarote e curtimos todas as músicas agarradinhos, enquanto eu abraçava-a por trás. Eu sabia o momento certo e ele não demorou-se. 'Agarrada em mim', sem dúvidas, era a mais marcante e eu não esperei ela chegar nem na metade. Tatá, distraída, cantava baixinho, quando eu tornei a sussurrar no seu ouvido.
- Meu amor...
- Hum?
- Isso tudo tem um propósito, sabia?
- Tem? - riu fracamente.
- Tanara Accioly, minha Pikitinha, encalhada, anãzinha, empata foda... - estava nervoso, minhas mãos suavam e ela continuava atenta às minhas palavras. - Você aceita deixar de ser minha menina e se tornar minha mulher, oficialmente? Quer casar comigo?
O tempo ensolarado lá fora, sem vestígio nenhum de chuva, "leve o guarda-chuvas e um casaco, parece que vai esfriar e chover", sábias palavras mãe, e não é que realmente choveu? Ela tinha razão, e eu fui tolo de mais por ignora-la.
"A vida não é como você pensa", realmente pai, você tinha razão, eu tive a necessidade de crescer rápido demais, e tudo aquilo que o senhor me falou anos atrás começou a fazer sentido.
"Você vai ser adulto um dia", quantas vezes essas frases não havia sido dita, e novamente eles tinham razão. Eles sempre se preocupam com os detalhes, eles buscam nos passar confiança, eles sempre veem, sentem, sabem. Só querem o nosso bem e preveem qualquer mal. Afinal, os pais sempre têm razão.
UFA! Não sabia que ia ficar gigante assim. 😱 Primeiramente: feliz páscoa, meus amores! Que nesse dia Jesus renasça também nos nossos corações, que seja realmente um dia de renovação. 🙏🏼💫🐇😍🍫 Gostaram do capítulo? E esse final? 🙈 Vou explicar o "continuação bloqueada". Então, não passa de uma brincadeira! Para o resto do hot ser desbloqueado, o capítulo precisa ter 60 comentários. De pessoas diferentes, não aceito anônimos não identificados. NÃO é meta! ✋🏼 Eu vou postar de todo jeito, mas, o hot só retornará se houver essa quantidade de comentários. Já tinha explicado no grupo e aliás, quem quiser entrar, é só deixar o número e o nome. Beijos amores, até mais! 😘