- Eu quero ficar com a guarda do João Guilherme! - disparou, me surpreendendo.
- Era só isso? - olhei-a, incrédulo.
- Como assim só isso?
- Você me acordou, eufórica, louca... Tanara eu vou te internar! - deitei.
- Mas amor, isso não é importante?
- É, só que não precisava disso. Eu esperava no mínimo uma gravidez! - dei de ombros e ela se debruçou em cima de mim. Isso tudo eram saudades? - Como você chegou nessa conclusão?
- Por que você está tão calmo?
- Deveria estar diferente?
- Amor, eu quero, de verdade, entendeu? Isso vai mudar nossas vidas. Você me apoia?
- Sempre te falei que sim, em qualquer decisão sua.
- Mas eu decidi criar ele!
- E está tudo bem, eu gostei.
- Você vai começar a criar seu cunhado!
- Vou me acostumar com ele.
- Por que você é tão maravilhoso? Nenhum marido aceitaria um menino assim, do nada. Além do mais sendo só um cunhado, de 14 anos.
- Você não aceita a Laura, Tatá?
- É diferente.
- Não é. Fala, como chegou nessa conclusão? - mexi nas mechas do seu cabelo.
- Ele mexeu comigo, eu não sei explicar.
- Tatá, sabe que não é tão simples assim, né?
- Sei. Só que a guarda dele já é minha! Ele te adora, ele gostou de mim. Vai ser fácil, eu estou confiante! Mal posso esperar para ele começar a morar com a gente. Assim que nossa casa tiver pronta, já irei buscá-lo.
- Meu Deus do céu, você está muito entusiasmada. Olha, deixa eu te explicar, meu bem. - selei nossos lábios, para tentar acalma-la. - O João Guilherme já têm as opniões formadas! Ele é maduro, mas continua sendo só um menino que acabou de perder o pai. Você não pode mexer com a vida dele como se ele fosse um fantoche, hum? Ele está na adolescência, Tatá. Você tem que tomar muito cuidado!
- Amor, mas somos um casal legal, ele vai gostar da novidade.
- Você só viu ele uma vez. Precisa se aproximar, pegar mais intimidade... Pra dizer sua vontade pro garoto, entendeu? Não pode fazer isso agora.
- Entendi.
- Vamos entrar em julho, aproveita as férias pra isso. Fica indo pro Rio, traz ele pra cá, vamos pra Xumba, Érika, minha chácara... Quando ele se sentir protegido com nós dois, você contar que quer satisfazer o desejo do seu pai.
- É, amor, você tem razão! Não posso ser egoísta assim. Vou passar a sair com ele e a Laura. Aliás, a Laurinha vai passar as férias com a gente?
- Se a mãe dela não implicar...
- A Isabel é o seu fardo. - revirou os olhos. - Mas bem feito, quem mandou transar com ela mesmo depois de saber da filha?
- Tanara, não lembra disso.
- Não posso lembrar da sua cafajestagem?
- Estávamos separados, você me deu um pé na bunda.
- Não quero saber, querido. Você comeu ela, iludiu a coitada...
- Coitada? Agora a Isabel virou coitada?
- Eu entendo ela, amor. Ela não consegue esquecer o jeito carinhoso que você faz.
- Nem carinhoso eu fui.
- Enfim, o jeito que você usou.
- Tanara, vai se arrumar, vou te levar pro hospício.
- Eu também te amo, meu bem. - beijou-me. - Agora irei tomar banho, porque estou morta! Ainda tenho que por várias roupas na lavanderia. Quero me mudar com todas elas bem limpinhas, pra poder organizar logo meu closet na nossa casa.
- Posso dormir?
- Você deveria preparar um café da manhã pra sua esposinha linda que acabou de chegar cansada da viagem.
- Não está mais tão cedo.
- Mas eu estou com fome! - saiu de cima.
- Ai, Tatá, eu nem sei fazer nada.
- Ok, amor. Deixa eu tomar banho, aí preparo pra gente! - piscou, entrando no banheiro. Fechei os olhos, tentando me recuperar do surto que minha mulher acabara de dar.
Tanara's POV.
A viagem me trouxe um show do Justin Bieber, uma briga com meu namorado, uma transa virtual e sábias reflexões. Resultado delas? Uma decisão importante.
Quando tive coragem de assumir para mim, quando conclui que queria, que precisava, que podia tomar conta do meu irmão, foi como se eu estivesse sendo libertada das correntes que eu mesma criei. Era tão... bom. Um alívio, uma felicidade, que só se comportaram durante o percurso até o apartamento do meu marido. Quando abri a porta, não consegui mais me controlar.
Entrei quase pulando!
Eufórica, ansiosa, alegre.
Sei lá o que eu estava!
E como sempre, Luan foi um príncipe. Deus me ama tanto, olha a pessoa que escolheu para ficar ao meu lado!
Meu marido abriu meus olhos numa conversa rápida e conseguiu me deixar ainda melhor. Fui tomar banho com um sorriso de orelha a orelha. Com uma esperança. Os pensamentos debaixo do chuveiro eram maravilhosos, como se aquela mudança só trouxesse paz.
Bastou eu sair do banheiro, para meu marido querer entrar, com uma cara nada boa. Afirmou não conseguir mais dormir e eu, descarada, ri. Vesti somente uma calcinha e um hobby. Nada de sutiãs, não estava com paciência para nada que me apertasse! Afinal de contas, eu estava na minha intimidade!
Preparei um café da manhã para nós dois e nós tomamos enquanto eu contava detalhes da viagem. Ele ainda estava enciumadinho, mas nada que eu não contornasse novamente. Depois que terminamos, Luan passou a me olhar estranho. Muito esquisito, mesmo! E este fato só se agravou com o tempo.
- A blogueirinha lavando roupa! - Luan me seguia, segurando um pote de sorvete. Seu olhar, como já disse, era estranho; aliás, a sua postura era muito estranha. O que estava acontecendo com meu marido?
- Não vou lavar, meu bem. Vou só por na lavanderia, já disse.
- Hum, então é preguiçosa? Quero o divórcio.
- Casou comigo sabendo. - olhei para trás, rindo. - Você sabe que não é isso, não tenho tempo! - entrei na lavanderia, que estava completamente vazia. As roupas que eu colocaria agora seriam as únicas.
- Muito ocupada você.
- Vai ficar me seguindo, fazendo piadinha? - perguntei, pondo peça por peça, enquanto ele me olhava, tomando o sorvete, encostado na parede.
- Não posso observar minha bela esposa?
- Estou tudo, Loli, menos bela. - apontei para o hobby de seda marrom que eu vestia.
- Você está gostosa e eu estou babando. Posso? Ou não? É proibido?
- Ih, estressado. Fica olhando aí! - dei de ombros, colocando a última blusa. - Vai se encher de sorvete? Você acabou de voltar pros treinos e já está saindo da dieta?
- Eu tô chupando sorvete porque não posso chupar outra coisa, minha linda. - o olhei, com as sobrancelhas erguidas.
- O que é isso, Luan Rafael?
- Você que tá me provocando.
- Eu?
- Por que não vestiu uma roupa? Fica desfilando praticamente nua.
- Porque eu tô na minha casa, com o meu marido. - falei, como se fosse o óbvio.
- Você parece que tá fugindo de mim, Tatá. - falou de boca cheia e eu me permiti rir. Menino mal educado!
- Fugindo de quê? - abracei a bacia que estavam as roupas e o encarei, na mesma posição de quem cruza os braços.
- Fugindo! Como se eu não te conhecesse, sei que está com vergonha.
- Vergonha de quê, meu bem? - revirei os olhos. - Não sei do que você tá falando!
- Então me responde se gostou de ontem.
- Ai, amor, esquece isso.
- Esquecer? Tá louca? - riu da minha cara. - Desculpa, amor, mas a noite de ontem vai ficar marcada. Nem que eu quisesse, conseguiria apagar da memória.
- Não teve nada de diferente pra você, e sim, pra mim.
- Você estava tão ousada, foi muito gostoso... - me secou.
- Luan, você está parecendo um tarado.
- Eu sou tarado por você, gostosa. Não precisa ficar tímida depois que faz a sem vergonhice, me atiça e me deixa na vontade.
- Ontem não foi suficiente pra você?
- Foi uma delícia. Novo, diferente, me amarrei. Mas, bater punheta tendo você é praticamente um pecado. Mexeu muito com a minha imaginação!
- O que você quer? - me atrevi a perguntar.
- De verdade? - sorriu, cafajeste.
- Diz logo, maníaco.
- Quero chupar você todinha.
- Quer transar?
- Não, amor, eu não quero transar. Eu só quero te chupar, entendeu? - eu tinha grandes razões para ficar vermelha na mesma hora.
- Hum, então você quer me chupar? Tô adorando esse nosso papo. Normal, né?! - usei sarcasmo e ele não pareceu gostar.
- Somos marido e mulher, podemos falar abertamente sobre isso. - de certa forma ele tinha razão. Ainda mais com o que fizemos na noite anterior. - Ontem você me deixou alucinado, amor. Desejando te chupar, todinha, entende? Eu estou salivando. - ok, agora era hora de corar.
- Você é louco! - reagi.
- Seu cheiro está me torturando.
- Acho que você precisa de outro banho. Sossega, Luan Rafael! - repreendi, indo guardar a bacia. Tive que passar por ele e quando lhe dei as costas, o viado derramou sorvete nas mesmas. - Luan, porra! - xinguei, desacreditada. - Eu acabei de tomar banho.
- E eu com isso? - se divertia. Sua risada despreocupada o entregava. Filho da mãe!
- Você melou meu hobby. - reclamei, vendo a mancha. - Tá gelado, poxa. - me aborreceu, realmente.
- Que eu saiba não existe sorvete quente. - fez piadinha e eu olhei-o irritada. - Você não entendeu a indireta?
- Você vai começar com isso? - bufei, querendo esquecer meu hobby estragado. Agora ele ficaria ali também.
- Por que você não satisfaz seu amor?
- Porque ele é louco.
- Só por você.
- Amor... - suspirei.
- Quer saber? Perdi a paciência! Quero te chupar e vou. - disse sério e se aproximou de mim, me assustando. Eu dei um passo pra trás e ele me acompanhou. Segurando o pote de sorvete, abraçou-me. - Por que você fica de doce comigo? - apertou minha bunda, forte.
- Ah, eu fico de doce?
- Deixa eu chupar você.
- Para de falar isso.
- Estou com água na boca. - fitou meus olhos e roubou-me um selinho. - Também com muitas saudades. - mais um.
- Você é muito cachorro. - bati no seu ombro desnudo.
- Cachorro morde e eu só quero chupar. - deu uma apertada na minha bunda, toda à mostra praticamente. Eu só usava o hobby e uma calcinha da mesma cor, minúscula. Sim, fio-dental. O hobby só cobria parcialmente.
- Garoto. - repreendi, com os olhos arregalados.
- Como você é boa, amor. - deu um tapa forte na minha bunda, que acabou me fazendo rir. - Ó, que gostosa. É uma magrinha com carne nos lugares certos. - deu outro e eu gemi, de dor.
- Carne aonde?
- Umas perninhas curtas, coxinhas grossas. Bunda grande. Peitos durinhos, no tamanho ideal... - mordeu um deles por cima, me fazendo rir novamente. Eu estava sem sutiã, já falei, não já?
- Na medida certa? - zoei a entrevista de anos atrás.
- Ah, Tanara, esquece essa revista.
- Impossível, meu bem. - alisei seu rosto.
- Eu posso continuar elogiando minha muié?
- Falando das minhas caRnes? - zoei o seu "r" puxado.
- É!
- Eu tenho caRne na barriga também?
- Sequinha. - alisou minha barriga. - Se engordar eu te largo, tô logo avisando.
- Hum, então você está comigo só pelo o meu corpo?
- Não, né? Seu rostinho também ajuda... - cheirou meu olho, deixando beijos molhados nos dois logo em seguida. - Como pode uma cadela dessa ser tão gostosa sem fazer academia? Enquanto eu sou gordo, puxando ferro?
- Genética, né?! Vamos fazer o quê? - me gabei.
- Por isso eu não te largo. Onde vou arranjar outra baixinha, branquinha, assim? Nada contra as altas e morenas, claro.
- Claro que você não tem nada contra, você já pegou de todos os tipos. É um cachorro!
- Quê isso minha gostosa, ciúmes à essa altura do campeonato?
- Você deve adorar eu só ter tido três homens na minha vida, né? Comparado à você eu sou uma santa.
- Graças a Deus, uai. Muié rodada não serve pra ser minha, não.
- Você já percebeu o quanto você é machista?
- Você já percebeu que mesmo eu sendo machista, metido, gordo... você me ama? - sorriu, enquanto sustentávamos os nossos olhares brilhosos.
- Idiota. - sorri, fechando os olhos e selando nossos lábios. Iniciamos um beijo com mistura maravilhosa: ternura e safadeza. Ele aproveitou meu envolvimento para levantar-me pela bunda. Só com uma mão? Sim, o desgraçado tinha força suficiente e conseguiu me equilibrar. Por que ele fez aquilo? Queria me por na máquina de lavar. E de fato, sentou-me. Deixou o pote também apoiado na máquina, mais precisamente atrás de mim. Senti o choque no final das minhas costas e esquivei-me para frente, dando uma certa empinada nos meus peitos.
- Pra quem não queria ser chupada... - balbuciou, depois de finalizarmos o beijo com selinhos.
- Para de ser cafajeste. Olha a hora, não podemos transar.
- Pra transar não existe hora. E eu repito: não vamos transar. Você vai ter todas as partes do seu corpo chupadas.
- Quando casamos você não se mostrava assim. Posso ficar com medo, sabia?
- Você deveria me agradecer. Sabe quantas mulheres reclamam que os companheiros não fazem sexo oral nelas? Tem homem que não gosta, não. E já eu sou viciado no seu gosto...
- Sabe por quê? Não é que você seja tarado em mim, você é tarado em mulher. Cretinamente você sabe satisfazer a gente em tudo.
- Um cara foda é outra coisa, né?!
- Mas tinha jeito de viado. - impliquei e ele me olhou sério. - Pra você abaixar essa bola! - dei risada.
- Não fui viado quando eu te comi lá em 2013 e você gamou no jeito que o papai faz.
- Naquela época sua viadagem já estava melhorzinha, amor. E não conta, eu era fã, né? Tudo que você fizesse eu ia amar. Ou fingir que amei, só pra te agradar. - tentei ser convincente.
- Tanara, deixa de ser cínica! Você disse que estava apaixonada por mim. Naquela época eu beijava mal? Nossa transa não foi boa? Não acredito que eu tô aqui subindo seu ego e você vai destruir o meu.
- Posso falar a verdade?
- Pode. - disse apreensivo. Tadinho, estava com medo.
- Eu estou brincando, amor. - confessei e ele respirou aliviado.
- Fingida. - puxou as pontas do meu cabelo, com força.
- Ai. - gemi, com o sorriso aberto e a cabeça jogada pra trás, já que ele estava mantendo o puxão com força.
- Não gosto de algumas brincadeirinhas suas.
- Prefiro você falando o que gosta em mim.
- Hum, você gosta, né? Safada.
- Dá pra soltar meu cabelo? Vou ficar com torcicolo. - sim, eu ainda estava olhando pra cima, sendo segurada pelas pequenas porém fortes mãos do meu marido.
- Seu pescoço está exposto. Acho que é mais favorável pra mim, não? Então eu não me importo com os problemas que você terá.
- Amor... - ia protestar, quando ele simplesmente atacou meu pescoço. Ajeitou a pegada do meu cabelo e pôs mais força, chupando meu pescoço de uma forma instigante. Fechei os olhos para melhor sentir sua boca em contato com a minha pele e nossa, sua barba me alucinava. - Você tá roçando muito gostoso, amor. Assim eu vou ceder...
- Mal sabe onde eu quero roçar de verdade. - mordeu, pondo uma mão no meu seio direito. Apertou de leve e eu suspirei.
- Roça, mas solta meus cabelos.
- Não. Eu gosto deles. - subiu a boca para a minha orelha. - Gosto de prender eles. Macios, cheirosos... - mordeu o lóbulo da minha orelha, dando um cheiro fundo nos meus preciosos fios. - Escuros.
- Não sou as loiras oxigenadas que você pegava. - provoquei e ele riu, rouco e cafajeste.
- Eu sou apaixonado pelo o castanho escuro dos seus cabelos e o claro dos seus olhos. - locomoveu os lábios para meu olho, deixou um beijo e depois moveu para a minha boca. Sugou meu lábio inferior. - Eu gosto, principalmente, de puxar eles enquanto meto em você. - sorriu, fazendo outra pressão nos coitados.
- Eu vou ficar com dor de cabeça, amor.
- Tudo bem, minha gostosa... - soltou-os e eu agradeci aos céus. - Só porque eu estou muito bonzinho.
- Deixa eu puxar os seus, pra ver se você gosta. - pedi.
- Puxa. - deu de ombros.
- Posso?
- Vai! - incentivou. O olhei sapeca e levei minhas mãos para a sua cabeça. Alisei sua nuca e beijei seu rosto. - Você é muito delicadinha, minha linda. Não dá pra tentar um sexo selvagem desse jeito! Eu me derreto todo nas suas mãos, sou muito sem graça. - fez charme e eu aproveitei para puxar com força. A sua cabeça foi para trás e ele riu de mim. Idiota! - É seu máximo?
- Você realmente é sem graça.
- Mas tento deixar de ser! Não é só você que gosta de inovar.
- O que você vai fazer?
- Ontem usamos demais nossos dedinhos. Hoje, eu vou te enlouquecer só com a minha língua...
- Eu duvido que você me faça gozar só com a sua língua! - provoquei e ele me olhou sério, ofendido. - Você sempre pede ajuda pros seus dedinhos, amor, assume!
- Eu faço você chegar aonde eu quiser com a minha língua, Tanara. Não me desafia! - se defendeu, com o orgulho ferido.
- Ok. Se você fizer eu gozar de verdade, ter um orgasmo só com sua língua, eu te pago um boquete. - sorri superior e ele arregalou os olhos. Foi engraçado.
- Tanara?
- Você pode me chupar em todo canto e eu não tenho o mesmo direito?
- No nosso namoro eu cortei isso.
- Mas ontem você assumiu que sente vontade! Com certeza se arrependeu, todo homem gosta.
- Eu tive meus motivos naquela época, mas... Espera, você lembra?
- Vai dizer que não se arrependeu?
- Outras mulheres já me pagaram boquete, Tanara. O seu não fez falta!
- Ah, não? Claro que lembro. Não é todo dia que você diz que quer foder minha boca.
- Por acaso você ainda sabe fazer isso? Só fizemos uma vez e foi antes mesmo de namorarmos. Éramos amigos.
- Foi ruim?
- Não.
- Eu já fiz depois que voltamos também, bobinho. Não lembra? No carro, naquela madrugada...
- Quando tínhamos acabado de decidir trair o mané?
- Sim.
- Aquilo não foi bem um boquete, Tanara!
- Eu cheguei perto, vai? Qual o problema se eu não souber mais? Se importa de me ensinar? - levantei as sobrancelhas, com um sorrisinho satisfeito.
- Eu adoro te ensinar as coisas, já falei.
- Mas nem tô preocupada. - dei de ombros. - Hoje não vou usar minha língua no seu amiguinho. Você não vai me dar orgasmo sem seus poderosos dedinhos... - beijei eles, desafiadora.
- Agora é uma questão de honra! Vai zoando, porque além de matar a minha vontade de te chupar, eu ainda vou ganhar um boquete. Ruim, mas vou.
- Ruim? - ri, desacreditada.
- Desculpa, amor, mas você passou muito tempo sem exercer essa atividade...
- Ok, você vai pedir perdão por ter falado isso.
- Depende de como você se sair.
- Falou que ia me chupar toda e até agora não saiu do pescoço. Dá pra ser ou tá difícil? Minha bunda já está doendo de ficar sentada nessa máquina. Que lugar desconfortável!
- Tá doendo, amor? - falou com segundas intenções.
- Vai se lascar, Luan Rafael!
- Ué, depois dos nossos anos separados, você ficou mais ousada. No nosso namoro eu fazia tudo e hoje em dia não é mais assim. Esqueceu da nossa lua de mel?
- Eu era mais tímida naquela época, amor.
- Agora temos mais intimidade e você, toda a liberdade comigo.
- Deixa eu assumir uma coisa?
- Deixo. - me abraçou, beijando minha tatuagem.
- As nossas transas enquanto enganávamos o Felipe eram tão gostosas. Tinham sabor de perigo. - sussurrei, provocativa. Ele só gargalhou.
- Foram mais gostosas pelo o fato de você ter ficado mais solta depois da nossa separação. Já não existe nada que não tenhamos feito!
- Existe sim.
- Mas não vai existir mais. - Luan não valia nada.
- Vai continuar existindo! Pode parar.
- Amor...
- Luan você tá muito safado, pelo amor de Deus.
- Eu tô te contando as minhas fantasias.
- Ah, anal virou fantasia?
- É bom, uai.
- Só pra você.
- Pra mulher também, resta o homem saber fazer.
- Você já fez isso, Luan?
- Quanta inocência, amor. Tem coisas do meu passado que você não precisa saber. - beijou meu pescoço. - Só é necessário você ser informada sobre o que a gente faz em quatro paredes. O que eu faço com as outras, não.
- Como é? - sentei-lhe uma mãozada.
- Ai, caralho!
- Cretino, cafajeste.
- Tatá, tá louca? Eu hein. - reclamou, me olhando desentendido.
- Se eu souber que você mete sua boca em qualquer vadia...
- Depende, aonde você está imaginando?
- Você sabe muito bem de onde eu estou falando! - dei outro tapa.
- Dá pra parar?
- Eu não vou mais transar com você sem camisinha.
- Claro que eu usei camisinha com todas, né, amor?! Mas oral eu só gosto de fazer em você.
- Ah, claro. Tenho cara de Alice?
- Eu tô falando a verdade, uai.
- Homem não presta mesmo.
- Se você quer saber, deve-se usar camisinha quando se faz o sexo oral. E depois que eu te conheci, nunca fiz em ninguém nem mesmo com camisinha.
- Duvido.
- Acha que eu sou burro? O tanto de doença que posso ficar exposto?
- Sei...
- É sério, minha linda. Se seu ciúme é esse, pode ficar despreocupada. Faço em você sem camisinha porque além de amar seu gosto, você é toda limpinha. - roçou a barba no meu pescoço, tentando me amolecer.
- Não quero mais transar com você sem camisinha.
- Se eu tivesse alguma doença, nós dois já íamos morrer. Porque olha, você só tem cara de santa, o tanto de gozo meu que já recebeu... - eu ri, era verdade. Medida suficiente para eu estar grávida. - Mas se quiser eu pego a camisinha! Vou ficar ofendido, mas pego.
- Até parece que eu tenho nojo de você!
- Eu sei que não. Só é fresca demais e fica de charme...
- Espera, não era você que não queria transar?
- Ah, mas eu sei que depois vai dar vontade. Te chupar com sorvete vai ser muito excitante. Vou ficar cheio de tesão, então se prepara porque eu vou meter sem dó, vai sair daqui assada.
- Como é, Luan Rafael?
- É amor, assadinha...
- Não, esse negocio aí de sorvete, eu não entendi.
- Você vai entender. Agora cala a boquinha, vai reservando ela pro meu boquete. - beijou meus lábios, me calando literalmente. Eu ia responder suas safadezas, mas rir foi mais fácil. Luan estava impossível hoje! Acho que nunca tínhamos conversado tão explicitamente sobre sexo.
O desgraçado era bom demais em tudo que fazia. O beijo, meu Deus, me levava pro céu. Seus fios capilares já estavam se bagunçando na palma da minha mão. Nossas línguas se tocavam em ritmo alucinante e com certeza o hobby já não era mais páreo para esconder meus seios, os bicos estavam eriçados. Não sei como, ele percebeu. Sem parar de corresponder as carícias da minha língua, ele deu outra apertada em um dos seios. Eu arfei entre o beijo. Meu pulmão se encheu de ar, automaticamente me empinando; ele sorriu satisfeito.
- Já está excitadinha só com um beijo mais intenso? - disse olhando para os meus mamilos. Havia desgrudado nossas bocas para me provocar.
- Só se eu fosse muito forte, não? Você mexe comigo desde cedo.
- É, você não é nada forte, é muito sensível.
- Vem cá. - puxei sua cabeça, colando nossos rostos novamente. Iniciamos outro beijo do mesmo jeito e nele, Luan finalmente começou a por suas ideias em prática. Enquanto eu estava concentrada em acarinha-lo com as minhas salivas, ele pegou o pote de sorvete atrás de mim. Sem precisar olhar (já que seus olhos encontravam-se fechados), ele pôs uma boa quantidade na colher e me surpreendendo, abriu minha calcinha, como se ela fosse uma gaveta. Sim, ele despejou todo o sorvete na minha intimidade. Eu senti um calafrio na espinha, um choque muito forte. Gemi entre o beijo, me esquivando.
- O que você fez? - indaguei com dificuldade, com os olhos arregalados e boquiaberta. Filho da puta!
- Tá geladinho, amor? Doeu?
- Filho de uma puta. - disse ofegante.
- Calma, daqui a pouco derrete. Sua bocetinha tá molhada e quente. - lambeu a colher que tinha acabado de por dentro da minha calcinha. Que pilantra, meu Deus! E o pior foi que a cara dele foi, muito, instigante.
- Você vai começar por aqui?
- Claro que não, minha linda. Mas é bom que o sorvete vá entrando em você, pra quando eu for chupar, o seu sabor não ofusque o sabor do flocos. - explicou, enquanto eu ainda estava para pinotear. Aquele cacete tava gelado pra caralho! Mas, eu gostei. Principalmente dele ter lambido a colher com tanto prazer. - Não fica me olhando assim que eu fico com dó.
- Tá gelado, merda. - quiquei na máquina, pra ver se melhorava. Sabe quando você tá com muito frio e fica se mexendo para ver se passa? Pois é.
- Opa, assim eu já gostei. Seus seios ficaram mais lindos agora. - elogiou, já que os mesmos deram uma ressaltada pelo meu quase "pulo". - Só não deixo você quicar mais, porque é melhor você fazer só mais tarde...
- Vai ficar só tomando o sorvete? Que saco.
- Ih, ficou irritadinha?
- Por que você não coloca gelo no seu pau? Ai você vai saber.
- Que gosto exótico pra um boquete, amor. Diferente, gostei. Você quer?
- Luan! Vai logo. - pedi manhosa.
- Pedir assim é covardia... Vou ter que chupar logo aí embaixo, só pra não ver você sofrendo.
- Deixa eu beijar sua boca, deve tá geladinha. - sorri; ele pegou a colher e pôs o sorvete branco com pedaços de chocolate na língua. Esticou ela pra mim, como se me mandasse chupar, provar do sorvete por aquele meio. Eu, como uma menina obediente, chupei com vontade. Ele logo tomou meus lábios e chupou a minha também. Novamente um beijo cheio de malícia. O sorvete estava encharcando minha calcinha e é... não foi tão ruim!
Luan não estava brincando quando disse que queria me chupar toda. Nesse mesmo beijo, ele tirou com muita delicadeza o meu hobby. Ajeitou meus cabelos, me olhando admirado.
- Você é tão linda, meu bem. - elogiou, encantado, examinando-me apenas de calcinha. Meus seios agora estavam aparecendo por completo. Eu sorri apaixonada e ele jogou o hobby em algum lugar aleatório. O chamei com o dedo e ele veio, selando meus lábios. O pote de sorvete agora estava apoiado nas minhas coxas. Enquanto me beijava, Luan pôs as duas mãos nos meus cabelos. Estirou eles, meio que medindo. Ficou afagando-os, carinhosamente. Luan deixava tudo mais sexy com pequenos gestos. Ele era tão romântico, sedutor, charmoso. - Você nem pense em cortar eles, entendeu? - sussurrou no meu ouvido e eu assenti. - Quero eles na sua bunda.
- Vai nessa.
- Acho melhor você me obedecer.
- E o que você vai fazer? - desafiei. Ele só me olhou com um sorrisinho sapeca e pegou o maldito pote de novo. Ele não ia esquecer aquela droga? Antes que eu protestasse, Luan pôs na colher e melou meu colo. Para ser mais específica, no meio dos seios. Ficou assistindo o líquido descer e eu novamente empinei, pelo frio.
- Fica empinadinha. - pediu, abaixando-se para ficar na altura do meu busto. O desgraçado passou a língua no local, deliciando-se do sorvete. Entre os meus seios. Lambeu ali. Eu continuei empinada, agora segurando em seus cabelos. Luan sem levantar a cabeça pegou mais sorvete e colocou em cima do meu peito direito. Não no bico ou mamilo, no decote. Passou e chupou. Com força. Eu arfei novamente, pegando em seus cabelos com mais força. Empurrei sua cabeça contra meus seios e ele passou a chupar ao redor. Ainda não no mamilo, só no seio em si.
- Amor. - gemi, ao ver que ele estava tendo muita calma.
- Caladinha, gostosa! - beijou ali e pegou mais sorvete. Agora sim, foi no mamilo. Empinei mais que tudo e ele abocanhou. Que delícia. Agora apertava o esquerdo e chupava com vontade o bico do direito.
- Você mama gostoso, amor. - ousei me pronunciar, gemendo. Luan deu um aperto mais forte no esquerdo e roçou o bico do direito entre os dentes. Me contorci toda.
- Eles são meus. É minha obrigação mamar direito. Só tô aproveitando o que me pertence. - disse, numa pausa para abafar meus gemidos. Eu estava com os olhos fechados e a boca aberta. - Olha como é linda até gemendo. - pareceu estar me observando. Apertou o direito e eu arfei. Ele pareceu ver toda a cena e voltou com suas cantadas: - Que delícia sua boquinha aberta assim. Toda entregue. Somente aos meus toques.
- Não para, Luan. - pedi, sem abrir os olhos.
- Eu quero aproveitar essa cena um pouco. - passou o dedo na minha boca e depois alisou minha bochecha. Pôs o dedão nos meus lábios de novo e dessa vez eu chupei. Abri os olhos e fui fazendo com mais calma. Ele me olhava interessado. Eu olhava bem cachorra mesmo.
- Cadela. - disse e eu mordi seu dedo.
- Deixa eu passar sorvete em você, meu bem. Também quero provar da sensação.
- Em mim?
- Por que não?
- Mas eu mal comecei meu trabalho...
- Por favor.
- Só um pouquinho. E se você morder meu mamilo, eu vou te bater.
- Vai?
- Tanara, é sério, eu não gosto.
- Mas eu quero apanhar!
- Então morde, sua cachorra. Mas saiba que vai apanhar, mesmo! - me entregou o pote de sorvete e eu me senti altamente poderosa ao pegar naquela colher. Pus sorvete e espalhei naquele peitoral másculo que eu tanto amava. Ele ficou me olhando. Comecei a lamber bem devagar e ele pegou meus cabelos, como se eu estivesse fazendo um boquete. Me aproximei dos seus mamilos e ele puxou minha cabeça, para me repreender. Não me importei. Não era agora que eu iria deixar de ser atrevida. Mordi com força e ele gritou.
- Cadela! - xingou, puxando meu cabelo para trás. Eu não consegui controlar minha risada. Ela saiu até sexy, eu acho. - Tanara, você é uma vadia!
- Chama mais, amor.
- Se eu já não estava com pena de você, agora as coisas só pioraram.
- O que você vai fazer? - destemida.
- Ordinária!
- Ai que delícia. - passei minhas oito unhas com força e ele me olhou desacreditado. O coitado gemeu de dor.
- Eu vou matar você, Tanara.
- Vem, amor, bate em mim. Quer que eu fique de quatro? Eu sou pequena, aqui dá.
- Tanara...
- Quer? Ainda vai dar pra você me chupar. - pisquei e ele puxou ainda mais meus cabelos, como se estivesse duvidando de mim e ao mesmo tempo avaliando a proposta. - Se decide, amor. Mas aproveita minha disposição...
- Tanara, escuta, não tem essa de você querer. Eu quero, eu mando, você faz. Entendeu?
- Você quer de quatro? - olhei safada.
- Você acha que pode comigo, não é, menina?
- Claro que eu posso.
- Não pode. E agora vai ficar de quatro só pra aprender isso! Anda. - ordenou, soltando os meus cabelos. Ok. Eu que comecei com isso, tinha que ir até o fim.
- Mas como, amor?
- Fica de joelhos! Me dá a mão...
- Não, eu consigo. - pus as mãos de lado e consegui virar de costas pra ele, ficando de joelhos em seguida. - Assim? - perguntei, com a bunda empinada na cara dele.
- É, assim. Não fica de quatro agora, não. Deixa eu... - segurou na minha cintura e eu senti seus dentes na minha nádega direita. - Gostosa. - empinei e ele além de morder, começou a alisar muito forte ali, como se estivesse fazendo uma massagem. - Empina pra mim, vai. - pediu e eu me esforcei para conseguir empinar mais do que eu já estava. - Que bunda maravilhosa! Tem certeza que você nunca vai me deixar comer ela? - mordeu com força.
- Luan. - gemi, tentando repreender. - Para com isso, foca no que você vai fazer.
- Tá assim porque sentiu vontade. Logo vai ceder, gostosa. Eu sei. - deu um tapa forte e eu gemi alto. - Isso foi por ter me mordido. Disse que queria apanhar, só estou lhe satisfazendo.
- Ai, amor... - reclamei. A mão do Luan era pequena, mas forte pra caralho!
- Deixa eu foder sua bunda, gostosa.
- Luan!
- Tudo bem, Tanara.
- Mais estamos conversando do que nos curtindo, meu bem. Agiliza. - pus sua mão no meu peito. Ele apertou com força e eu gemi, empinando mais ainda. Daqui a pouco iria quebrar minha coluna, mas era inevitável. Minhas mãos agora estavam apoiadas na parede que a máquina ficava colada. Agora, sim, estava de quatro!
- Geme, minha esposa. - apertou os dois, com as duas mãos. Eles cabiam perfeitamente. - É tão sensível, não resiste aos meus toques.
- Luan, logo... - implorei.
- E essa calcinha, Tanara? - pegou no elástico. - Fio dental? - riu.
- Gostou, amor?
- Eu amei. Pena que... - soltou meus seios para usar as mãos em outra coisa: rasgou a coitada. Eu me assustei e o pouco pano caiu. Agora eu estava nua e de quatro.
- Que agressivo. - ponderei e me retraí ao sentir sua mão entrando na minha intimidade. E o combinado? Ele começou a massagear parcialmente e eu confesso: era muito gostoso.
- Se usar os dedos, não vai ter boquete. - disse com dificuldade.
- Eu não estou enfiando nada.
- Luan... - gemi.
- Eu não resisti, meu bem. Deixa eu te massagear, prometo que não vou meter. Aliás, eu nem usei minha língua ainda. - continuou com os toques, enquanto eu estava para perder o juízo. Eu tinha que ser forte! - Que cena linda. Você de quatro, nua, só pra mim.
- Chega! Tira a mão. Senão, eu nem chego perto do seu amiguinho.
- Sua ingrata. Eu só queria te fazer um carinho! - tirou, imediatamente. Eu sorri vitoriosa.
- Faz o carinho com a porra da sua língua.
- Essa posição está confortável?
- Sim.
- Você está mentindo pra mim.
- Estou sendo sincera!
- Tanara, se você não assumir agora que está dolorida, eu vou te deixar assim a tarde toda. Como um castigo!
- Você é fraco e quer que eu seja também? Estou de boa. - rebolei e ele suspirou.
- Ok, sua cadela. Já que você quer assim, eu não quero mais. - pegou na minha cintura e me tirou dali, sem ao menos perguntar se eu queria. Idiota! Me pôs no chão e encostou minhas costas na máquina. Colou nossos corpos, ou seja, me prensou.
- Antigamente você se importava com o que me agradava.
- Antigamente, falou certo. - pôs meus cabelos para trás e beijou minha boca. Inesperadamente (de novo), ele pegou na minha cintura e me sentou ali. Com mais cuidado dessa vez, eu estava nua e podia me machucar. Pegou minha perna direita e levou-a mais para o lado, me abrindo, como ontem. Sorri animada. Ele finalmente começaria.
- Toda depilada, como sempre.
- Claro, meu bem. Sempre cuidada pra você. - pisquei e ele passou a mão no cabelo, safado. Olhava para a minha intimidade como uma criança olha para uma barra de chocolate. Pegou meu pé e beijou-o. Avaliou minhas unhas pequenininhas e sempre pintadinhas. Riu.
- Seu pé é tão lindo, gostosa. Branquinho, pequeninho e gordinho. Parece um pão.
- Que nem o seu!
- Não. O seu é fofo, o meu é feio. Eu sou homem, deveria ser maior.
- Ainda bem que com você, aquele ditado que o pênis é do tamanho do pé, não se concretiza, hum?
- Felizmente meu pé e meu pau não tem nada a ver.
- Pode deixar o agradecimento por minha parte. - disse, observando ele colocar minha perna no ombro. Sorri maliciosa quando ele se curvou e pegou o pote de sorvete, aproximando-se da minha intimidade.
- Bocetinha molhada, quente e pronta.
- Esperando por você.
- Eu estou louco para saboreia-la.
- Vem, meu bem. - alisei ela e ele respirou fundo. Estava o atiçando.
- Tira os dedos, Tanara! Ontem você usou demais. - pôs mais sorvete na colher e recheou minha intimidade exposta. Eu arfei, nem consigo descrever a sensação. Mas, era, bom...
Meu marido nem esperou eu me acostumar com o líquido entrando em mim e já me tocou com a sua língua. Eu gemi e levei as mãos para o seu cabelo de novo. Luan sabia me enlouquecer, ainda mais estando empenhado. Chupava com vontade, mais parecia estar se deliciando sem pudores com o meu gosto. Eu me contorcia na sua boca.
- Lu..an.. - respirava ofegante, aquele homem era surreal. Eu já estava alucinada com sua língua roubando meu gosto intensamente, mas tudo pode piorar, certo? É, com o Luan, sim. O filho da puta roçou A BARBA na minha intimidade. Gritei como uma escandalosa.
Céus, socorro.
Meus olhos se reviravam enquanto ele continuava roçando. Minha boca já não aguentava gemer tanto. Barba era golpe baixo! E não deu em outra. Como se eu fosse altamente fraca, me derramei só com isso. Que merda é essa, Tanara? Não é o primeiro oral que você recebe! Aliás, nem que fosse. Gozar só com uma boa chupada e barba era absurdo.
Me surpreendi. Surpreendi Luan.
Droga! Agora ele ia parar. E eu teria que lhe pagar um boquete.
Minha respiração ia se normalizando enquanto eu estava insatisfeita comigo mesma.
- Mas já, meu bem? - ele beijou minha intimidade.
- Eu não sei o que aconteceu.
- Que sensibilidade, gostosa! - levantou a cabeça. - Era só a minha barba.
- Filho da puta. Você apelou!
- Eu só rocei um pouquinho. Queria aproveitar mais? - perguntou, com um sorrisinho metido no rosto. Ele agora se acharia.
- Pronto, você conseguiu. Agora vai ter o seu boquete. - suspirei, já controlada. O prazer foi grande, mas a decepção também.
- Está chateada com o próprio corpo?
- Fui fraca.
- Você é fraca, minha linda. Mas se está assim porque queria mais, não tem problema. Eu não me incomodo de fazer você gozar duas vezes só com a minha língua. - se gabou. Cretino, mil vezes cretino! Ahgrrrrr...
Luan me tocou novamente, limpando o que eu havia produzido. Começou com a tortura de novo. E eu amei. Ele era tão maravilhoso, já conseguiu o que queria e mesmo assim, estava repetindo só para me agradar. Mesmo quando eu fui uma ingrata que teve prazer, que enlouqueceu, que gozou. Eu teria que caprichar nesse boquete! Ele merecia.
Luan estava se deliciando da mesma forma, tinha tesão! Fazia com vontade, caiu de boca literalmente. Restava-me gemer como uma cadela. Tive meu ápice novamente quando o desgraçado MORDEU de leve meu clitoris. Gritei. Era um lugar muito sensível, caralho! Prensou-o com a língua, gritei de novo, jogando meu quadril contra a sua cabeça. Ele queria me matar, era isso? Mas, ahn, era, tão, gostoso. Para finalizar, o viado roçou-o entre os dentes. Ok. Gritei e gozei novamente. Não acredito que o Luan me fez gozar duas vezes, só com a língua.
- Você está jogando muito baixo, seu ordinário!
- De nada, minha linda. - respondeu, limpando-me. - Sensívelzinha você. Gostou?
- Eu...
- Daria tudo pra ver você revirando os olhinhos. Mas ouvir já foi bom. - segurou a perna que estava sustentando com o ombro e beijou o interno da minha coxa, joelho e canela. Chegou no pé e o mordeu. Eu estava deplorável, mas satisfeita. Acho que nunca senti tanto prazer, assim. Luan era fodidamente incrível.
- Vem cá, sente seu gosto. - pôs minha perna no chão e veio me beijar. Eu ainda não conseguia falar e estava mole, relaxada na máquina. - As pernas bambas. - reparou, rindo de mim. - Eu gosto do efeito que eu te causo! É pra você lembrar que esse corpo é meu. Só meu. - me puxou para um abraço, segurando meu tronco.
- Eu nunca me senti assim.
- Eu sou foda, né?
- Estou em êxtase, amor. - deitei minha cabeça no seu ombro.
- Foi bom?
- Não. Gozei duas vezes à toa, porque sei lá, obriguei meu corpo.
- É sempre bom relembrar o meu ego o quanto eu te dou prazer.
- Para de ficar se achando, vai. Você foi maravilhoso, mas está me deixando nervosa.
- Nervosa? Por quê?
- E se eu não conseguir retribuir?
- Eu nunca te cobrei nada!
- Mas agora vai acontecer e eu estou preocupada.
- Não tem que ficar, isso é algo natural e eu tenho certeza que você vai se sair bem.
- Se eu for ruim, você me fala?
- Você me chupar não tem como ser ruim. Passei dois anos da minha vida sofrendo por você, te desejando. Isso é como um sonho erótico. Uma fantasia.
- Mas se eu não for boa como você...
- Tatá, para. Isso tem que ser super natural pra nós dois. Só relaxa. Faz o que você achar que deve fazer. - selou meus lábios e logo estávamos nos engolindo. Ele era muito compreensível, conseguia me acalmar. Me recompus da imensa onda de prazer e me preparei para proporcionar a mesma para o meu marido. Vida, me ajuda!
- Pensa pelo o lado bom: olha o seu tamanho! Eu vou poder ficar em pé e você não vai precisar se ajoelhar. - zoou meu tamanho e eu me permiti rir.
- Vagabundo!
- Minha baixinha gostosa.
- Onde vamos fazer isso? Aqui?
- É, aqui.
- Vamos para o quarto, amor.
- Quarto não, muié. Coisa manjada!
- Eu não vou me ajoelhar.
- A princesinha pensa que pra ser safada não exige sacrifícios?
- Sobe aqui e eu desço.
- Não tô acreditando que você vai fazer isso.
- Nem eu, meu bem. Nem eu.
- Subo? Você alcança?
- Claro que alcanço, né, Luan? Me poupe.
- Sua sorte é que eu já estou duro e cheio de tesão. - pôs minha mão por cima do seu calção e eu dei uma apertada. - Ai, cadela! - eu ri, mais sufocadamente. - Desce daí. - mandou, pegando na minha cintura e me tirando. Eu adorava ser carregada por ele.
Fiquei no chão e ele não sentou na máquina de imediato. Se ele sentasse, não daria para nos beijarmos. E eu sentia que ele queria isso para ir me envolvendo, me relaxando. O coitado se curvava todo para me beijar. Eu assim, descalça, fazia a nossa diferente de altura gritar. Eram centímetros que faziam uma pequena diferença.
Entre o beijo, Luan foi pegou minha mão e pôs em cima do seu calção. Quer dizer, sobre seu membro que já estava ereto. Não era pra menos, imagino que provar do meu gosto seja excitante. Ele sabia me preparar, sabia fazer meu medo desaparecer. De repente, eu já estava mais solta. Alisei ali e ele grunhiu, me animando. Apertei e ele emitiu o mesmo som. Ok, hora de mostrar a cueca!
Com audácia, abaixei sua única peça de roupa que não estava lá muito sexy. Calção de dormir, mereço? Ele riu quando sentiu-o nos pés.
- Geralmente você usa essas bermudas sem cueca. - soltei seus lábios para dizer isso.
- Logo hoje, eu não fiz isso. Que merda.
- Calma, amor. Tirar a sua cueca não é um trabalho difícil.
- Você vai mesmo tirar tudo? Dá pra fazer com a cueca.
- Você fez eu sentar aqui nua, não fez? Olho por olho, dente por dente.
- Tudo bem, baixinha. Então tira. - deu de ombros, me encarando cafajeste. Pus as unhas na barra da boxer verde e o olhei de baixo pra cima. Ele gostou da minha expressão provocativa e pegou nos meus cabelos de novo.
- Você vai arrancar meus cabelos, amor!
- Você que faz por onde.
- Pega leve, senão eu vou te morder pra machucar.
- Você não é louca, sabe que é um lugar sensível.
- Paga pra ver. - tirei as mãos da cueca. - Senta! - fiz voz de quem estava dominando a situação. Eu tinha que me convencer disso. Ele sentou sem nenhum esforço na máquina. Novamente pôs as mãos no meu cabelos e ficou me olhando com tesão. Eu iria gozar de novo só com o seu olhar de desejo. Então, sem mais delongas, ele me ajudou a tirar sua cueca.
Seu membro saltou.
Uau.
Às vezes eu esquecia o quanto meu marido era bem dotado. Aquilo caberia na minha boca? Céus!
Pus as mãos na sua base e passei a língua na cabecinha. Ele puxou meus cabelos com força, grunhindo alto. Ou seja, comecei bem. Luan começou a fazer uns barulhos estranhos enquanto eu continuava passando a língua, aquilo estava realmente me estimulando. Apertei suas bolas de leve e ele gemeu num tom mais elevado. É, um boquete não era coisa de outro mundo!
Finalmente parei de lambe-lo e abocanhei. Luan puxou meu cabelos com três vezes mais força do que no começo. Sua reação estava sendo muito espontânea e surpresa. Ele parecia estar sentindo um prazer bem maior do que eu imaginava. Estava o surpreendendo! Agora chupo com vontade e ele urra. Sim, ele passou a urrar. Os meus movimentos estavam lentos e intensos, o que devia ser provocante.
Encontrei dificuldade de coloca-lo na boca, tinha uma grossura desejada por todos os homens. E bom, não passei da cabecinha. Imagina o resto? Não entraria de forma alguma. Mas eu me esforcei. Durante meu vai e vem, empurrava minha cabeça contra seu quadril o máximo possível. Com isso, descobri o meu limite. Se eu forçasse um pouco mais, certamente chegaria na minha garganta. Porém: com essa dificuldade, eu desenvolvi outra habilidade. A parte do membro que não entrou na minha boca, estava ganhando as carícias da minha mão. E quando eu subia meus lábios, minhas mãos também subiam, atrás de preencher o espaço que acabara de perder os carinhos da minha boca. Ou seja, além do boquete, Luan estava ganhando uma aprazível punheta.
A reação que ele estava tendo nem chegou perto dos meus pensamentos de minutos antes, quando eu estava nervosa e preocupada. Luan gemia alto, do mesmo modo que eu estava enquanto ele me tocava com a sua língua. Arrisco dizer que até mesmo pior. Percebem a forte onda de prazer que ele estava sentindo? Eu percebi assim que, atrevidamente, olhei para cima e o vi de boca aberta, soltando seus grunhidos misturados com gemidos, em bom som, sem qualquer pudor.
Isso, Tanara!
Acredito que sua tamanha deleitação seja resultado da minha dedicação, da minha entrega. Eu estava com medo, só que depois, vi que era necessário meu relaxamento. De repente fui atingida pela ânsia de satisfazê-lo e aquilo me deu tesão pela coisa, estava fazendo com muita boa vontade. Aliás, não era só eu que estava cheia de tesão. Além dos seus clamores, seu tesão era notável pelo o seu próprio membro. Por quê? Rocei meus dentes e isso foi o basta para Luan. Ele gozou na minha boca e eu engoli somente um pouco. Não era bom, mas eu queria fazer bonito, hum? Mesmo após derramar-se, seu membro continuou duro. Entendem agora como meu marido estava excitado?
Um pouco do seu esperma caiu nos meus seios e quando ele olhou pra mim, foi a primeira coisa que percebeu. Eu olhei e limpei, levando o dedo até minha boca e chupando-o. Ele mordeu os lábios, ofegante. Agora também estava deplorável. Parabéns para mim!
Uma risadinha superior foi incontrolável. Ele ficou me zoando por ser tão sensível e fraca. Consegui inverter o jogo!
- Vo..cê estava, escondendo, o jogo. - falou pausadamente, com a cabeça encostada na parede e a boca entreaberta.
- Foi bom pra você?
- Tanara... você, acabou, comigo.
- Eu sei, meu bem. Eu sei. - alisei suas coxas, as suas pernas estavam bambas. Uau. Nunca havia visto meu marido assim! Seu membro continuava ereto e eu tive uma brilhante ideia. Ah, empenho, você se apossou do meu corpo.
Peguei uma cadeira dali e subi nela. Antes que Luan abrisse os olhos ou recuperasse a respiração, eu sentei bem devagar.
Sim, no seu membro.
Antes que eu terminasse de encaixar, Luan deu um pulo pra frente, o coitado não estava preparado. Abriu os olhos imediatamente e me encarou, enquanto eu terminava de descer e já estava gemendo. No mesmo segundo, apesar de assustado e totalmente desprevenido, ele também já estava demonstrando o prazer que eu lhe causei com aquela atitude.
- Você vai me matar, Tanara. Nem deixou eu me recuperar! - falou falho, ainda do jeito de antes. Não moveu um dedo, tadinho.
- Você ainda estava duro, amor. Eu precisava resolver esse problema! - balbuciei, pegando em seu rosto e comandando os movimentos. Estava disposta. Alisei sua barba e ele fechou os olhos novamente. Deixei minha boca entreaberta como a sua e comecei a sela-las. Fiquei as roçando, sentindo nossas respirações pesadas, conforme íamos recebendo as sensações. Luan pareceu criar coragem e pôs as mãoszinhas no meu quadril, me ajudando. Reagiu também com os lábios, que já começaram a querer tomar por completo os meus.
- Você foi covarde. - acusou-me, com as nossas bocas coladas, mas não beijadas.
- Não me julga. - implorei.
- Eu te perdoo. - mordeu meu lábio inferior.
- Eu te amo. Ahhh.. - gemi após a declaração. Ele continuava brincando de tocar nossos lábios, como se quisesse sentir minha respiração na sua.
- Acho que esse foi o melhor "eu te amo" que já ouvi, vindo de você. - deu um sorrisinho, soltando um grunhido depois.
Estávamos entregues como nunca antes. E mesmo exaustos após tantas provocações, estávamos instigados à terminar o dia assim, nos amando.